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Dinâmica Socioambiental da Produção de Attalea speciosa no Maranhão como Subsídio para o Desenvolvimento Sustentável
Babaçu, Extrativismo, Usos do solo, Antropização.
O estado do Maranhão é detentor da maior produção de babaçu do Brasil, cultura que desempenhava um importante papel socioeconômico para famílias extrativistas. Até meados da década de 80 essa cultura foi o escape para a crise que atingiu o Estado, após o declínio da produção têxtil-algodão. Porém, esse quadro mudou depois da introdução de leis que legitimaram a privatização e expropriação de terras públicas, restringindo o acesso das quebradeiras de coco-babaçu aos babaçuais. Esse fato deu início a conflitos por acesso a esse recurso natural, que vem diminuindo devido a introdução de atividades e implantação de cultivos agrícolas, pastagem e aumento de áreas desmatadas, o que pode ter influenciado na produção e extração de amêndoas de babaçu. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi identificar o que tem ocorrido com babaçuais ao longo de três décadas e o que tem afetado no aumento e/ou na diminuição da produção dessa palmeira nas mesorregiões do estado do Maranhão. Identificar esses fatores é de suma importância, uma vez que o babaçu é classificado como uma palmeira que gera renda para diversas famílias. Os dados para o desenvolvimento da pesquisa foram adquiridos no banco do IBGE/SIDRA, MapBiomas e Lapig, onde técnicas de geoprocessamento foram implementadas no software QGIS para a análise espacial da dinâmica da produção de babaçu no Estado. Essas informações serão capazes de atualizar dados cartográficos da produção de babaçu e de reconstruir a evolução histórica dessa palmeira tão importante para a subsistência de muitas famílias. Além de contribuir com políticas públicas capazes de preservar tais áreas e instigar uma maior fiscalização e punição pela não devida preservação desses ambientes.