FENOLOGIA DE LEGUMINOSAS GRANÍFERAS E EFEITO DE ÁCIDO HÚMICO NA PRODUTIVIDADE DE LEGUMINOSAS INOCULADAS COM Bradyrhizobium NO MARANHÃO
Vigna; fixação biológica de nitrogênio; rizóbios; substâncias húmicas.
O feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp) é uma importante leguminosa para as populações de baixa renda do Nordeste do Brasil. Assim como o feijão-caupi, feijão-mungo-verde (Vigna radiata), feijão-azuki (Vigna angularis) e feijão-arroz (Vigna umbellata) podem ser alternativas para diversificar a alimentação e renda, porém são pouco conhecidas pelos agricultores maranhenses. Objetivou-se avaliar i) a fenologia e produtividade em campo do feijão-caupi, feijão-azuki, feijão-arroz e feijão-mungo-verde, e ii) os efeitos do ácido húmico (AH) sobre o crescimento e produtividade do feijão-arroz, do feijão-caupi e do feijão-mungo-verde com e sem inoculação de Bradyrhizobium spp, no trópico úmido maranhense. Em 2019 foram realizados dois experimentos a campo, com quatro espécies leguminosas graníferas: feijão-caupi, feijão-azuki, feijão-arroz e feijão-mungo-verde. Em 2021 foi realizado um experimento a campo. Foi usado o arranjo fatorial 3×2×2: espécies de feijão (feijão-caupi, feijão-arroz e feijão-mungo-verde), aplicação de AH (com e sem) e inoculação com Bradyrhizobium spp (com e sem). O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições (2019) e três repetições (2021). Em 2019, o ciclo de vida das espécies variou de 56 a 70 dias. Feijão-azuki, feijão-arroz e feijão-mungo-verde tiveram ciclos de vida menores que o do feijão-caupi. Nenhuma das três espécies apresentou potencial produtivo superior ao do feijão-caupi. O feijão-arroz foi a única espécie que teve produtividade próxima a do feijão-caupi. Em 2021, com Bradyrhizobium, o AH aumentou a produtividade do feijão-arroz em 39% e do feijão-caupi em 79,5% em relação à não aplicação de AH. O AH não influenciou a produtividade do feijão-mungo-verde com Bradyrhizobium. Sem Bradyrhizobium, o AH aumentou a produtividade do feijão-arroz em 63%, do feijão-caupi em 27,5% e do feijão-mungo-verde em 23% em relação à ausência de AH. Nossos resultados sugerem que o feijão-arroz pode ser considerado promissor para ser cultivado no trópico úmido maranhense. Ademais, a aplicação de AH aumenta a produtividade de grãos de feijão-arroz, feijão-caupi e feijão-mungo-verde independentemente da inoculação das sementes com Bradyrhizobium.