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CONTROLE DE LESÕES CORTICOSAS EM FRUTOS DE ABACAXI ‘TURIAÇU’ VIA ADUBAÇÃO COM CÁLCIO E BORO
Ananas comosus var. comosus (L.) Merril, deficiência de boro, adubação foliar, qualidade do fruto.
O abacaxi 'Turiaçu' é um patrimônio vegetal nativo do Maranhão, originário do município de Turiaçu, localizado na Microrregião do Gurupi. Apresenta elevado valor comercial devido à excepcional qualidade do fruto, que possui elevado teor de açúcares, peso médio e polpa amarela. Todavia, a presença de lesões corticosas na casca do fruto é um desafio significativo, indicando uma possível deficiência de boro. Essas lesões afetam negativamente o valor comercial da cultivar 'Turiaçu' e dificultam a sua penetração em novos mercados, causando desconfiança entre os consumidores quanto à qualidade do produto. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estudar a relação entre o estado nutricional das plantas de abacaxi 'Turiaçu' adubadas com cálcio e boro via solo e via foliar e a ocorrência de lesões corticosas nos frutos após a colheita. O experimento foi conduzido em campo, no povoado Serrinha, no município de Turiaçu – MA. O espaçamento utilizado foi de 1,0 x 0,30 m e o delineamento experimental foi blocos ao acaso com 8 tratamentos: controle (T1); Calagem + NPK (T2); B solo + NPK (T3); Calagem + B solo + NPK (T4); B e Ca foliar + NPK (T5); Calagem + B e Ca foliar + NPK (T6); Calagem + AO + BIO (T7); AO + BIO (T8). Os resultados da análise estatística revelaram que o número médio de Lesões Corticosas Típicas (LCT) foi afetado pelos diferentes tratamentos aplicados. O tratamento mais eficaz (T7) mostrou uma redução de 91,21% em comparação ao grupo controle, com os frutos apresentando valores de 0 a 2 lesões. Em seguida, os tratamentos T8 e T6 demonstraram reduções de 78,54% e 66,21%, respectivamente, com uma amplitude de 0 a 5 lesões para ambos. Apesar de os tratamentos T7 e T8 demonstrarem maior eficácia na redução do número de LCTs, ambos os tratamentos não atendem aos padrões estabelecidos pelo MAPA em relação ao peso do fruto pois apresentaram valores médios de 489,53 e 518,04 g. Os tratamentos de base orgânica (T7 e T8) proporcionaram uma maior redução na incidência de lesões corticosas nos frutos. Entretanto, os frutos, não apresentaram padrão comercial.