Detecção de Populações da Palmeira de Babaçu em Diferentes Ambientes da Amazônia Maranhense Usando Técnicas do Sensoriamento Remoto
Babaçu, Attalea speciosa mart, Geoprocessamento, Sentinel-2, OBIA.
O extrativismo do babaçu já se destacou como uma das três principais atividades produtivas do cenário agrário maranhense, que apresentava relevância concentrada no caráter ecológico, preservacionista, político e social. Mas, a partir da década de 70 este cenário começa a mudar, dando início a um conflito histórico entre os produtores rurais e as comunidades extrativistas do coco babaçu. Na década de 90 se iniciou o processo de organização e articulação das mulheres quebradeiras de coco, gerando o primeiro Encontro Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, que resultou no Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB. Esse movimento contribuiu com a agenda de luta dessas mulheres, que priorizava as questões ligadas à preservação do meio ambiente e às garantias do livre acesso e uso comum das palmeiras. Assim, as quebradeiras conseguiram mais força nas leis do “babaçu livre”. Contudo, mesmo que o MIQCB tenha unido as quebradeiras e adquirido força nos últimos anos, eles ainda não conseguem combater a pressão que as áreas de babaçuais vêm sofrendo pelos grandes empreendimentos agrícolas. Diante desse pressuposto, a criação de políticas públicas para a proteção da palmeira, pode ser uma forma de perpetuar essa cultura tradicional do Maranhão que gera sustento principalmente para essas famílias que dependem do Babaçu.