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Banca de DEFESA: LOROANA COUTINHO DE SANTANA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LOROANA COUTINHO DE SANTANA
DATA: 12/06/2024
HORA: 09:30
LOCAL: Plataforma google meet
TÍTULO:

MULHERES NO CONTEXTO SOCIOPRODUTIVO E AMBIENTAL NA ALDEIA MAÇARANDUBA – TERRA INDÍGENA CARU, BOM JARDIM, MARANHÃO


PALAVRAS-CHAVES:

ecofeminismo, igualdade de gênero, gênero, mulher indígena, sustentabilidade.


PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

A Aldeia Maçaranduba, localizada na Terra Indígena Caru, Bom Jardim, Maranhão, é um espaço que representa bem as questões que envolvem aspectos socioculturais e efeitos do patriarcado sobre a vida dos seus habitantes. No entanto, as vozes e experiências femininas são frequentemente sub-representadasna sociedade em geral e, frequentemente, são negligenciadas nas políticas públicas. Nesse sentido, este trabalho tem o por objetivo a análise das experiências e lutas das mulheres indígenas na Aldeia Maçaranduba e, assim, contribuir para uma compreensão mais abrangente das relações de gênero nas comunidades indígenas, tendo por base o contexto socioprodutivo e ambiental do local. Para subsidiar essa temática, este estudo apresenta, inicialmente, um panorama sobre a situação indígena no Maranhão. Após, fundamentar-se-á em um arcabouço teórico centrado em três temáticas principais: (1) As relações sociais de gênero, patriarcado e as mulheres indígenas; (2) A pauta das mulheres indígenas, centrada nas políticas públicas de gênero e autonomia dessas mulheres; e (3) As mulheres indígenas na atuação das questões
ambientais e do desenvolvimento sustentável. Para tanto, foram adotados alguns procedimentos metodológicos como a utilização do diário de Campo (DC) para registro das histórias orais em rodas de conversas, e da observação sensível, além de serem elaborados o inventário sociodemográfico (ISD) e uma pesquisa empírica com aplicação de entrevista semiestruturada (ESE) que delineará o contexto sociocultural
e produtivo da Aldeia Maçaranduba. Utilizou-se também o levantamento bibliográfico e documental que dará base às nossas reflexões. O estudo finaliza no capítulo “Mulheres indígenas na Aldeia Maçaranduba”, que traça um perfil robusto da importância e atividade dessas mulheres ao longo dos anos. O texto é enriquecido por uma expressiva entrevista realizada com Marcilene Guajajara, a voz da liderança indígena
feminina das Guerreiras da Floresta, na Terra Indígena do Caru. Este estudo mostra que as relações estabelecidas nas aldeias são permeadas por questões sociais de gênero, tal qual nas sociedades mais modernas, fruto do patriarcado pós-colonial. Ainda, está posto que as mulheres indígenas são, normalmente, colocadas de lado e invisibilizadas no que tange às políticas públicas importantes para este grupo, o que acaba por tolher sua autonomia. Destaca-se que, a mulher e o ambiente são postos de lado quando estes se põem à frente dos interesses dos grupos mais abastados e privilegiados socialmente e, nesse cenário, o ecofeminismo exerce um papel fundamental como análise do papel destas mulheres na proteção ambiental e em assuntos de desenvolvimento sustentável. O estudo explicita que as discussões de gênero são fundamentais para o estabelecimento de um estado de direito para mulheres indígenas. Contudo, parte desse cenário de opressão e desigualdades impostas pelo patriarcalismo já foi vencido pelas mulheres indígenas da aldeia Maçaranduba, a parte do coletivo Guerreiras da Floresta. Finalmente, estudos futuros devem aprimorar os entendimentos acerca do avanço das relações de gênero na aldeia, tendo por base o contexto socioprodutivo, político e ambiental do local. Buscando, assim, melhoria de vida e justiça social para povos originários, tão importantes para a história do Maranhão e do Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARIA MARY FERREIRA - UFMA
Presidente(a) - 6966 - NEUZELI MARIA DE ALMEIDA PINTO
Interno - 314728 - ZULENE MUNIZ BARBOSA
Notícia cadastrada em: 06/06/2024 15:39
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