Análise da paisagem da zona ripária do rio Tocantins na seção Usina Hidrelétrica de Estreito ao ponto de captação de água da Suzano
Zona ripária. Rio Tocantins. Análise integrada.
A pesquisa objetiva analisar o processo de transformação da zona ripária na seção da Usina Hidrelétrica de Estreito ao ponto de captação de água da empresa Suzano, a partir da análise das mudanças que ocorreram na paisagem na escala temporal de 1997 a 2018, como forma de contribuir no entendimento dos processos que se desenvolveram ao longo do tempo ocasionando mudanças tanto nos aspectos físicos como também sociais. Objetiva-se também caracterizar os elementos da paisagem que compõem a zona ripária; identificar as transformações dessa paisagem no rio Tocantins em diferentes cenários; e apresentar uma análise integrada dessa paisagem. Nesta perspectiva, apresenta-se a fundamentação teórica pautada na discussão da categoria paisagem e análise integrada em bacias hidrográficas. Destaca-se ainda revisão dos conceitos de zona ripária tanto na ciência geográfica como em outras ciências ambientais e a legislação ambiental vigente no Brasil, Maranhão e Tocantins. Adota-se a proposta metodológica sistêmica e a aplicação de técnicas de geoprocessamento que permitiram a elaboração dos produtos cartográficos: localização da área de estudo, delimitação da zona ripária utilizando como elemento físico a hipsometria, localização das praias no percurso pesquisado, unidades litoestratigráficas, relevo, solos e declividade. Realização de trabalho de campo com registro de fotografias da área de estudo por meio de câmera fotográfica, visita à quatro (04) colônias de pescadores, duas (02) associações de barqueiros e seis (06) associações de barraqueiros com aplicação de entrevistas aos representantes de cada um desses estabelecimentos. Apresentam-se como resultado reflexões teóricas e conceituais de zona ripária; características geológicas, geomorfológicas e pedológicas; uso e ocupação da terra na área da zona ripária que foram divididas em cinco (classes), sendo elas: agropecuária, solo exposto, uso urbano, vegetação e água; análise integrada da paisagem na zona ripária o que possibilitou identificar o índice de vulnerabilidade na zona ripária; as implicações para os agentes sociais, em especial aos ribeirinhos, que utilizam o rio em suas atividades cotidianas, seja para o lazer ou atividade econômica para o sustento de suas famílias. Desta forma, pode inferir-se, que as modificações na zona ripária na seção pesquisada não ocorrem somente no âmbito físico, mas também social, ocasionando implicações tanto para o ambiente como para a sociedade.