UM OLHAR PARTICIPATIVO SOBRE AS QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS NA VILA LUIZÃO, SÃO LUÍS/MA
Vila Luizão. Problemas socioambientais. Educação Ambiental. Pesquisa-ação.
Este trabalho de pesquisa ocorreu na ilha do Maranhão, município de São Luís, na Vila Luizão, área que surgiu no início da década de 1990 como alternativa de moradia em razão da segregação socioespacial vivenciada na capital maranhense. Tal processo regido pela lógica de produção capitalista, aliada à atuação controversa do Estado, determinou o surgimento de ocupações espontâneas lideradas por comunidades de baixa renda. Tem-se como objetivo geral analisar os principais problemas socioambientais da área por meio da Educação Ambiental participativa amparada pela abordagem fenomenológica e seguindo indicações da pesquisa-ação por meio de círculos de diálogos comunitários. Os fundamentos teóricos perpassam por: Thiollent (2004), Haesbaert (2004;2014), Souza (2013), Saquet (2013), Diniz (1999), Ferreira (1999) e Maricato (1996). Seguindo o princípio de que a natureza da questão ambiental, baseia-se na compreensão de que a sociedade e o meio ambiente são inseparáveis, visto ser o mundo material recortado por sujeitos que constroem projetos distintos de uso e significação do espaço. Como resultados, destacamos o processo de círculos de diálogos com as lideranças comunitárias nos quais foram discutidos problemas socioambientais quanto ao: diagnóstico socioambiental, saneamento básico, água e saúde, resíduos sólidos (descarte ecologicamente correto), coleta seletiva do lixo e compostagem na Vila Luizão. Neste âmbito participativo, constatamos diversos problemas socioambientais que a comunidade tem enfrentado em seu território, como a carência de serviços públicos, diversos pontos de lixões a céu aberto, ausência de saneamento básico. Observa-se, desta feita, que o espaço urbano afirma-se como referência singular para a compreensão e minimização da problemática socioambiental de forma coletiva com a discussão e potencialização de ações a partir da pesquisa-ação, cuja revelou um cotidiano que envolve as relações de poder no território e também a exposição aos graves problemas de saúde – provocados pela falta de infraestrutura à qualidade ambiental.