TURISMO E USO DO TERRITÓRIO NO POLO MUNIM, MARANHÃO: Dinâmicas e perspectivas socioespaciais.
Turismo. Polo Munim. Território. Políticas Públicas
Visando estabelecer o desenvolvimento da atividade turística, o governo do Estado do Maranhão, lançou em 2010 a segunda versão do Plano de Desenvolvimento do Turismo do Maranhão (Plano Maior 2010-2020), que propõe promover o turismo essa unidade da Federação de acordo com características e potencialidades municipais agrupadas em forma de polos turísticos. Nesse contexto, insere-se o Polo Munim que é integrado por seis municípios (Axixá, Cachoeira Grande, Presidente Juscelino, Icatu, Morros e Rosário), cuja referência principal é o rio Munim. O objetivo dessa pesquisa é analisar a dinâmica de uso e ocupação do Polo Munim no período de 2010 a 2017, fornecendo subsídios para ações de manejo territorial. Buscamos ainda identificar os usos do território turístico nos municípios pertencentes ao referido Polo; compreender planos, programas e políticas públicas voltadas pra o desenvolvimento do turismo no Polo Munim; analisar os principais conflitos dos territórios turísticos pertinentes ao Polo. Para alcançar os objetivos propostos, usou-se da dialética, que permitiu uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade considerando que os fatos sociais só podem ser entendidos a partir de contextos políticos, econômicos, culturais, etc. Para tanto, os procedimentos metodológicos adotados foram: levantamento bibliográfico e cartográfico; levantamento documental; trabalho em campo; Entrevistas abertas; seleção, análise e interpretação dos dados. Os resultados apontaram que a regionalização proposta pelo Plano Maior adquire uma falsa preocupação desenvolvimentista, pois o turismo é praticado nos municípios sem planejamento por parte dos gestores estaduais, municipais e sociedade civil. O que é proposto pelo Plano Maior, continua algo somente descrito em documentos oficiais, de caráter retórico uma vez que, na prática, a visitação ocorre de maneira espontânea e pouco estruturada, pouco inclusiva no sentido de possibilitar a participação das comunidades, o que é reflexo de um modelo de turismo que possui baixo efeito multiplicador econômico e social.