RISCO DE INUNDAÇÕES NO ALTO CURSO DO RIO ANIL, SÃO LUÍS – MA
Inundação. Risco. Alto curso da bacia hidrográfica do Anil.
A pesquisa em questão objetiva analisar o risco de inundações no alto curso do rio Anil, São Luís – Maranhão, a partir do zoneamento de risco, com vistas ao planejamento urbano, e como forma de subsídio a políticas públicas que objetivem a melhoria da qualidade de vida dos habitantes das áreas atingidas bem como a diminuição da vulnerabilidade à inundações nestas áreas. Objetiva-se também identificar a suscetibilidade à inundações utilizando os fatores: altimetria, declividade, uso e cobertura terra, e índices pluviométricos; identificar as alterações antrópicas que intensificam a suscetibilidade natural à ocorrência de inundações; identificar a população atingida pelos eventos; e gerar o mapa de risco à inundação da área de estudo. Nesta perspectiva, apresenta-se a fundamentação teórica pautada na discussão da categoria espaço e transformações espaciotemporais no alto curso do rio Anil. Apresenta-se também o contexto da processo de industrialização e urbanização relacionando-os com o aumento populacional, além de uma revisão de conceitos referente a Desastres, Risco e Perigo e Inundações; e Desastres associados a Inundações. Adota-se a proposta metodológica semiquantitativa de análise multicritério a partir de SAATY (1991) que pode ser utilizado para quantificar características qualitativas, possibilitando a ponderação. Até o presente momento foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos: revisão cartográfica, elaboração dos mapas fatores, trabalhos de campo, entrevistas, catalogação de notícias de jornais, medição de vazão e identificação de indicadores de degradação a partir de Cunha (2010). Apresenta-se como resultado parcial a partir da proposta adotada o contexto geoambiental da área estudada; seis (6) áreas de ocorrência de manchas de inundação, sendo estas: Rua das Jaqueiras; Rua 25, Jardim São Cristóvão; Rua João Alberto; Rua São Carmelo; Travessa São Jorge e Rua das Brotas. Onde observou-se os seguintes indicadores de degradação: lançamentos de efluentes, resíduos sólidos lançados nos canais fluviais, obras de canalização e retificação dos canais, grande quantidade de sedimentos no leito destes, erosão nas margens, retirada da mata ciliar, e domínio da vegetação secundária no entorno, além de modificações na topografia do leito e obras de engenharia. Diante disto pode-se inferir que a degradação ambiental, uso e ocupação do solo, e índices pluviométricos são fatores deflagradores das inundações nas áreas elencadas, sendo estes atrelados ao histórico de ocupação e nas modificações espaciotemporais ocorridas na bacia hidrográfica como um todo.