ESPACIALIDADES VIVIDAS POR PESCADORES (AS) ARTESANAIS NO POVOADO DE ENGENHO GRANDE, VITÓRIA DO MEARIM-MA.
Espaço Vivido. Corpos Hídricos. Pescador (a) Ribeirinho. Pesca Artesanal
Este trabalho consistiu em analisar o espaço vivido por pescadores (as) artesanais do povoado de Engenho Grande, Vitória do Mearim-MA, tendo a compreensão do significado de ser pescadores (as) ribeirinhos, destacando como as vivências e experiências contribuíram na construção de suas identidades, do sentimento de pertencimento e da percepção coletiva, que se traduziu na sua intersubjetividade. A percepção de pescadores (as) revelou os problemas ambientais ligados à pesca predatória no trecho do rio Mearim, igarapés e campos naturais inundáveis que circundam seu povoado. A pesquisa foi qualitativa, abordando a percepção de pescadores (as), e descritiva, em termos de objetivos, porque apresentou as experiências e vivências de pescadores (as) no espaço vivido. O trabalho utilizou a revisão da literatura sobre o espaço vivido, corpos hídricos, percepção de pescadores (as) artesanais, comunidades ribeirinhas e pesca artesanal. Foram realizadas as entrevistas semiestruturadas com 7 (sete) pescadores (as) artesanais do povoado. A categoria geográfica correspondeu ao Espaço vivido (Nogueira, 2020). Com base nas entrevistas realizadas no povoado em questão e na observação em campo, verificou-se que a intervenção humana na área atingiu negativamente o equilíbrio ambiental dos corpos hídricos continentais de Engenho Grande, através da pesca predatória, pecuária extensiva, agricultura intensiva, do aumento da população na região e do desvio de canais naturais de águas, contribuindo para a escassez do pescado, afetando o bem-estar de pescadores (as) artesanais e de sua comunidade ribeirinha.