INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA CARCERÁRIA NO FENÔMENO DA TERRITORIALIZAÇÃO NO COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE SÃO LUÍS-MA.
Arquitetura prisional. Territorialização – poder. Teorias macrossociológicas.
A arquitetura carcerária desempenha um papel significativo no fenômeno da territorialização no ambiente prisional. A territorialização refere-se ao processo pelo qual os indivíduos buscam estabelecer e reivindicar territórios dentro do ambiente prisional quando, em especial, esse espaço não esteja controlado pelas forças legais da justiça. A forma como as prisões são projetadas e organizadas pode influenciar diretamente a territorialização. Por exemplo, a disposição das celas, corredores, pátios e áreas comuns podem incentivar ou desencorajar a formação de grupos territoriais. Quando as prisões possuem espaços abertos e design flexível, é mais provável que ocorra a territorialização. Nesse sentido, a territorialização do espaço prisional tem implicações diretas na macrossociologia criminal, que é o estudo das relações entre a criminalidade e os fatores sociais de uma determinada sociedade em níveis mais amplos. A forma como as prisões são organizadas e localizadas em determinados territórios pode afetar tanto a dinâmica criminal quanto as relações sociais nessas áreas, influenciando nas relações de poder e controle social dentro e fora dessas instituições, essa interconexão é estudada com a geografia que nos fornecem perspectivas complementares para compreender os processos sociais e espaciais envolvidos. A territorialização é uma maneira pela qual os presos tentam estabelecer controle e segurança dentro do ambiente prisional. Os presos podem criar fronteiras físicas e psicológicas, estabelecer hierarquias e defender seus territórios contra invasores. Essa dinâmica pode ser intensificada em prisões superlotadas, onde há uma competição por recursos limitados.