VULNERABILIDADE AMBIENTAL A PARTIR DO USO E COBERTURA DA TERRA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PINDARÉ – MA
Vulnerabilidade. Bacia Hidrográfica. Rio Pindaré.
A presente pesquisa visa analisar a vulnerabilidade ambiental na bacia hidrográfica do rio Pindaré – MA, considerando o uso e cobertura da terra na mesma em diferentes faixas temporais. Para alcançar o objetivo proposto, realizou-se pesquisa bibliográfica; seleção de bases cartográficas; aplicação de técnicas de geoprocessamento para a produção de mapas temáticos, onde se utilizou da escala de 1:250.000; e a utilização do Sistema de Informações Geográficas QGIS, até o momento. Como caminho metodológico, recorreu-se a Crepani et. al. (2001) para a obtenção dos fatores de vulnerabilidade, onde se avaliaram os diferentes graus de vulnerabilidade predominantes na bacia do rio Pindaré, a partir de três tipos de meios tidos como unidades ambientais, sendo eles: meios estáveis, nos quais prevalece a pedogênese; meios intergrades, nos quais há equilíbrio entre pedogênese e morfogênese; e os fortemente instáveis, nos quais predomina a morfogênese. Os resultados parciais permitiram identificar que quanto aos aspectos geológicos, os mesmos corresponderam a uma grande variabilidade, sendo os mesmos: Coberturas Lateríticas Maturas; Depósitos Aluvionares; Depósitos de Pântanos e Mangues; Depósitos Flúvio-lagunares; Formação Ipixuna e Formação Itapecuru; quanto a sua vulnerabilidade, os Depósitos Aluvionares, Depósitos de Pantanos e Mangues e os Depósitos Flúvio-lagunares apresentaram os maiores teores de vulnerabilidade ao fator geológico, sendo um total de 5,34% da área da bacia. Quanto aos solos, na área da bacia tiveram a predominância de Argissolos, Gleissolos, Latossolos, Luvissolos, Neossolos e Plintossolos, na qual a sua vulnerabilidade expressaram todas as classes de Plintossolos (Plintossolos Argilúvicos Distróficos, Plintossolos Háplicos Distróficos, Plintossolos Argilúvicos Eutróficos, Plintossolos Pétricos Concrecionários); todas a classes de Gleissolos (Gleissolos Háplicos Ta Eutróficos, Gleissolos Háplicos Tb Distróficos, e Gleissolos Tiomórficos Órticos); e os Neossolos, representados pelos Neossolo Flúvico Ta Eutrófico, Neossolos Litólicos Distróficos, Neossolos Quartzarênicos Órticos. Algumas das causas para a presença de tais solos como vulneráveis é a classificação dos mesmos como solos jovens, com um intenso processo de retenção de água, com dificuldades no processo de escoamento superficial; assim os solos vulneráveis da bacia representaram um total de 20,18%. Em relação à geomorfologia, foram identificadas as unidades geomorfológicas Baixada Maranhense, Depressão de Imperatriz, Depressão do Gurupi, Planalto Dissecado do Gurupi – Grajaú, Planícies e Terraços Fluviais, Superfície Dissecada de Santa Luzia do Paruá, Superfície Sub-Litorânea de Bacabal. Para a vulnerabilidade do fator geomorfológico, identificou-se que a parte norte da bacia concentrou os maiores níveis de estabilidade,enquanto na região central, em pequena escala, observaram-se os maiores teores de vulnerabilidade. Para o clima, chegou-se à conclusão que, no ano de 1991, tem-se o maior nível de vulnerabilidade na BHRPind, presente na parte norte. Já o ano de 2011, correspondeu o de menor vulnerabilidade.