LUGAR, GEOGRAFICIDADE E A PERCEPÇÃO DO VIVIDO EM ALDEIAS ALTAS-MA
Lugar e cidade. Aldeias Altas. Maranhão. Geograficidade. Geografia Humanista
A presente pesquisa tem como objetivo interpretar o lugar através da percepção dos moradores da pequena cidade de Aldeias Altas no Maranhão. Neste sentindo, os caminhos percorridos têm bases em discussões teóricas-metodológicas da Geografia Humanista e as influências fenomenológicas e existencialistas, enfatizando o lugar, o espaço vivido e os modos de vida em ambientes urbanos. A cidade interpretada como lugar tem respaldo em discussões de Tuan (1983), Relph (2012) e Buttimer (2015) sobretudo valorizando a perspectiva da experiência como ponte para construção de significados, identidade e pertencimento aos lugares de vida. O lugar em Aldeias Altas é problematizado a partir de sua emancipação, exaltando as relações subjetivas e intersubjetivas dos seus primeiros moradores frente as modernizações e urbanização, como também, a geograficidade e as significações perceptivas sobre a cidade atualmente, considerando a aproximação amalgama do corpo com a cultura, valores, símbolos, história e sentidos na manutenção de características tradicionais na cidade. Para tanto, houve imersões em campo, primeiramente de forma alternada para observação e reconhecimento dos ritmos da cidade, buscando aproximações com premissas fenomenológicas de Dardel (2011) e uma proposta etnogeográfica que contemplou um mês de residência na cidade, possibilitando interpretações sobre as diferentes escalas da experiência cotidiana. Portando, a cidade de Aldeias Altas é um fenômeno vivido, resultado das experiências e concepções aproximadas da natureza por aqueles que lhes dão sentido, uma estrutura de entendimentos ainda imersa entre o antigo e o novo.