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Banca de DEFESA: CHRISLIANNE COSTA PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CHRISLIANNE COSTA PEREIRA
DATA: 01/08/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

Vulnerabilidade à Intrusão Salina na Água Subterrânea da Bacia do Rio Tibiri, São Luís – MA


PALAVRAS-CHAVES:

Bacia do rio Tibiri. GALDIT. Cunha salina.


PÁGINAS: 156
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

No período compreendido entre a década de 1970 e 1980, a cidade de São Luís apresentou um processo de industrialização tardio, marcado pela criação do Distrito Industrial em 1980. Este processo de industrialização foi acompanhado pelo adensamento populacional oriundo de fluxos migratórios para a capital e trouxe como consequência uma forte mudança na dinâmica demográfica na área da bacia do rio Tibiri e adjacências. Nessa perspectiva, as últimas décadas têm sido marcadas pela deterioração dos recursos hídricos subterrâneos devido a ocupação das áreas de recarga de aquífero e aumento da pressão sobre esses recursos na cidade de São Luís, o que indica a necessidade de planejamento e ações para a proteção dos seus aquíferos. Os aquíferos de ambientes insulares tornam-se ainda mais propícios à intrusão salina, a qual pode ocorrer no sentido horizontal, através da percolação da água oriunda do mar, ou também, verticalmente, por influência de manguezais e estuários. A presença de vegetação de mangue indica a ocorrência de águas salobras e ambiente estuarino presentes em todas as bacias costeiras da ilha ludovicense, como as bacias dos rios Tibiri, Anil, Paciência, Bacanga, Rio dos Cachorros, Santo Antônio, Igaraú e outros. Na bacia hidrográfica do rio Tibiri, a água subterrânea é utilizada para satisfazer diversos usos nas comunidades rurais, para o abastecimento público e privado de áreas residenciais e para atender a demanda hídrica de empresas situadas no Distrito Industrial. Diante da importância desta bacia hidrográfica e da problemática da cunha salina, tem-se o método GALDIT proposto por Chachadi e Lobo Ferreira (2001) como alternativa para investigar a vulnerabilidade de aquíferos à intrusão salina, classificando a área de estudo nas classes de vulnerabilidade alta (≥7,5), média (5 -7,5) e baixa (≤5). Dito isto, esta pesquisa apresenta a Carta de Vulnerabilidade dos Aquíferos à Intrusão Salina na Bacia Hidrográfica do rio Tibiri. O estudo identificou as classes de vulnerabilidade na bacia do rio Tibiri, servindo como instrumento na tomada de decisões referentes à gestão de águas subterrâneas na cidade de São Luís. Os resultados obtidos apresentaram a classe de vulnerabilidade alta apenas na zona rural do Mato Grosso situada na margem esquerda, o que é agravado devido a sua localização próxima à foz do rio Tibiri, por onde ocorre a entrada das macromarés. As regiões rurais do Quebra Pote, Santa Helena e Itapera do Quebra Pote, localizados na margem direita do rio, na porção inferior, foram classificadas com vulnerabilidade moderada. Destaca-se que na porção superior da bacia nas regiões Tibirizinho e Tajaçuaba, também indicaram vulnerabilidade moderada. Na margem esquerda do rio, a extensão da Andiroba até o bairro São Raimundo apresentou vulnerabilidade baixa à intrusão salina. Na margem direita, as comunidades Cinturão Verde e Tinaí também apresentaram vulnerabilidade baixa, apesar da proximidade à área de mangue. Além da dinâmica da natureza envolvendo o ecossistema estuarino, as características do uso do solo na bacia envolvendo uso residencial, industrial e rural exercem pressão sobre os recursos hídricos subterrâneos. As classes de vulnerabilidades alta a moderada encontradas na área da bacia indicam a atuação da intrusão da cunha salina na bacia hidrográfica do rio Tibiri, que, apesar de ser majoritariamente rural, apresenta uma condição insular. Esta pesquisa demonstra a importância de utilizar as informações disponíveis referentes aos dados hidrodinâmicos dos poços tubulares e qualitativos das águas subterrâneas, para fins de monitorar o comportamento da cunha salina e subsidiar medidas mitigadoras para evitar a salinização das águas subterrâneas na bacia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 177.189.702-30 - EDILEA DUTRA PEREIRA - UFMA
Externo à Instituição - JOÃO PAULO CÁRCOMO LOBO FERREIRA - LNEC
Interno - 6913 - LUIZ CARLOS ARAUJO DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 26/07/2022 10:55
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