ÍNDICE DE POTENCIALIDADE DE OCORRÊNCIA DE CAVIDADES EM ARENITOS NA BACIA HIDROGRÁFICA TOCANTINS/ARAGUAIA NO ESTADO DO MARANHÃO
Índice de Ocorrência. Cavidades Naturais. Bacia do Tocantins/Araguaia
Essa pesquisa tem como foco incentivar a preservação das cavidades naturais no Estado do Maranhão. O recorte escolhido para a pesquisa foi a Bacia do Tocantins/Araguaia, localizada na região sudoeste maranhense. Pautada em uma abordagem de aplicação de Sistemas de Informação Geográfica, utilizando métodos quantitativos de análise multifator e álgebra de mapas, em uma escala de 1:100.000, foi guiada pelo conceito de paisagem e pela concepção de carste em arenito. A pesquisa tem como objetivo geral desenvolver um indicador de ocorrência de cavernas aplicável na Bacia do Tocantins/Araguaia no Estado do Maranhão, através do uso de análise multicritério. Tem como objetivos específicos subsidiar a validação do modelo do índice de ocorrências de cavidades e topografar e cadastrar as cavernas encontradas, além de caracterizar, sucintamente, cada uma delas por sua geologia, espeleogênese e existência de recursos biológicos e arqueológicos, se existirem. Entre os fatores que norteiam a necessidade desse estudo, está a localização da Bacia Hidrográfica, pois existem duas províncias espeleológicas tanto do lado maranhense como no Tocantins. Outro fator importante está presente no Decreto n 6.640 de 2008, que versa sobre a necessidade de licenciamento ambiental do patrimônio espeleológico brasileiro, além das características geológicas e morfológicas da área que contribuem para a formação das cavernas na região. Para isso, optou-se pela utilização do método AHP (Analyse Hierarque Processing), que é um dos métodos de tomada de decisão mais utilizados para correlação individual de variáveis, e para apresentar o resultado além da maneira numérica será utilizado álgebra de mapas. Os resultados expressaram que a metodologia foi eficiente para mensurar o potencial de ocorrência de cavidades em arenito, visto a média das cavidades encontradas nos trabalhos de prospecção estarem situadas em áreas de Alta e Muito Alta Potencialidade para a Bacia Hidrográfica do Tocantins/Araguaia, além da realização das topografias e cadastro das cavernas junto a Sociedade Brasileira de Espeleologia. Entre as dificuldades encontradas na pesquisa, está a inexistência de uma base geológica com escala superior à do Serviço Geológico do Brasil de 1:250.000, o que dificulta o cruzamento das variáveis pelo tamanho do pixel ao ser convertido para formato matricial e a base de geomorfologia do IBGE (2009) que foi utilizada em parte para definir as formas de relevo, mas no decorrer do processo de mapeamento apresentou grandes inconsistências.