ÍNDICE DE OCORRÊNCIA E PROSPECÇÃO DE CAVIDADES NATURAIS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO TOCANTINS/ARAGUAIA NO ESTADO DO MARANHÃO
Índice de Ocorrência. Cavidades Naturais. Bacia do Tocantins/Araguaia
Essa pesquisa tem como foco incentivar a preservação das cavidades naturais no Estado do Maranhão. Ainda em momento preliminar do estudo, o recorte escolhido para a pesquisa foi a Bacia do Tocantins/Araguaia, localizada na região sudoeste maranhense. Pautada em uma abordagem de aplicação de Sistemas de Informação Geográfica, utilizando métodos quantitativos de análise multifator e álgebra de mapas, em uma escala de 1:100.000, e guiada pelo conceito de paisagem e pela conceituação de carste em arenito apresentada por Klimchouk e Ford (2000) e Hardt (2011), a pesquisa tem como objetivo geral desenvolver um indicador de ocorrência de cavernas aplicável na Bacia do Tocantins/Araguaia no Estado do Maranhão, através do uso de análise multicritério. Tem como objetivos específicos subsidiar a validação do modelo do índice de ocorrências de cavidades e topografar e cadastrar as cavernas encontradas, além de caracterizar, sucintamente, cada uma delas por sua geologia, espeleogênese e existência de recursos biológicos e arqueológicos, se existirem. Entre os fatores que norteiam a necessidade desse estudo, está a localização da Bacia Hidrográfica, pois existem duas províncias espeleológicas tanto do lado maranhense como no Tocantins. Outro fator importante está presente no Decreto n 6.640 de 2008, que versa sobre a necessidade de licenciamento ambiental do patrimônio espeleológico brasileiro, além das características geológicas e morfológicas da área que contribuem para a formação das cavernas na região. Para isso, será necessário utilizar o método AHP (Analyse Hierarque Processing), que é um dos métodos de tomada de decisão mais utilizados para correlação individual de variáveis, e para apresentar o resultado além da maneira numérica será utilizado álgebra de mapas de acordo com Crepani et al (2001). Os resultados até o momento se apresentam na forma de mapeamentos das variáveis de tempo geológico que contribuem na ocorrência cavernícola, como os mapas de geologia, em que foi encontrado 14 formações geológicas, incluindo a Formação Sambaíba, em destaque por apresentar grande parte das cavernas do estado como rocha encaixante, as formas geomorfológicas, inclui as Chapadas e Planos, Planaltos e Relevos residuais em forma de inselbergs mesas e mesetas e o mapeamento de declividade, onde apresentou clinográfias que chegam até 70,8. Entre as dificuldades encontradas na pesquisa, está o empecilho da escala da base geológica da CPRM (2017) de 1:250.000, o que dificulta o cruzamento das variáveis por causa do tamanho do pixel ao ser convertido para formato matricial e a base de geomorfologia do IBGE (2009) que foi utilizada em parte para definir as formas de relevo, entretanto no decorrer do processo apresentou grandes inconsistência