FRAGILIDADE AMBIENTAL DO RELEVO À OCUPAÇÃO URBANA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO DO ANGELIM, SÃO LUÍS – MA
Fragilidade Ambiental do relevo. Apropriação do relevo. Processos geomorfológicos. Morfodinâmica.
A análise da fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana é um tema fundamental para planejamento ambiental, pois investiga as áreas frágeis, com a intenção de diagnóstica-las, considerando as formas de ocupação. A partir da atuação do ser humano de forma significativa e predatória na descaracterização da paisagem, tem-se como resultado a interferência na morfodinâmica, uma vez que o relevo é ocupado sem estudos prévios junto a fragilidade do ambiente. A fim de compreender esta dinâmica, selecionou-se a sub-bacia hidrográfica do riacho do Angelim, a qual possui 4,34 km² em sua dimensão areal, estando situada à noroeste da Ilha do Maranhão, no médio curso da bacia hidrográfica do rio Anil. Neste sentido, objetivou-se analisar a fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana da sub-bacia hidrográfica do riacho do Angelim, São Luís – MA, por meio da identificação dos parâmetros geoambientais que influenciam na fragilidade do relevo, dos padrões de ocupação do relevo e no entendimento das inter-relações dos aspectos naturais e sociais da área de estudo. Para o alcance do objetivo proposto foram realizados levantamentos bibliográficos e cartográficos, organização do ambiente de trabalho, trabalhos de campo e mapeamento temático, por meio da espacialização de dados da geologia, solos, hipsometria, declividade, formas do terreno, comparação da drenagem, classificação dos canais, unidades de relevo, uso e cobertura da terra, comparativo da impermeabilização, expansão urbana sobre o relevo e transgressões legais. Foi realizada também a caracterização socioeconômica da população residente e a identificação da fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana. Considerando as propostas metodológicas selecionadas para este trabalho, com adaptações necessárias e utilizando os dados de declividade, morfologia, formas do terreno e uso e cobertura da terra, foi gerado o mapa de fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana. A área em análise apresentou 45,6% com média fragilidade emergente e 54,4% com alta fragilidade emergente à ocupação. Destaca-se a classe de alta fragilidade, pois refere-se às áreas que apresentam dinâmicas naturais específicas, somado ao uso e cobertura da terra, que podem gerar diversos problemas ambientais. Em razão da escala de trabalho foram selecionados quatro setores distribuídos ao longo da sub-bacia hidrográfica do riacho do Angelim para realização de uma análise mais detalhada da fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana, os quais estão localizados nos seguintes locais: rua Belo Horizonte – Angelim, rua da Paz – Bequimão, um trecho da avenida Jerônimo de Albuquerque – Angelim e rua Tarquíneo Lopes – Novo Angelim.