OVIPOSIÇÃO DE Aedes spp. (DIPTERA, CULICIDAE) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO E CAMPO COM OVITRAMPAS
armadilhas, oviposição, vetores
O Aedes aegypti e Aedes albopictus são vetores com capacidade de transmitirem diversas arboviroses de grande importância na saúde pública. Dentre as várias formas de controle dos vetores, as armadilhas de oviposição (ovitrampas) são ferramentas sensíveis para detectar a presença de mosquitos do gênero Aedes spp, que podem ser usadas com diferentes biolarvicidas disponíveis no mercado para controle destas espécies vetoras. Porém, é necessário verificar qual destes produtos consorciados com armadilhas de oviposição podem influenciar o comportamento de fêmeas. Portanto, o presente estudo tem por objetivo verificar a oviposição de fêmeas de Aedes aegypti e Aedes albopictus em ovitrampas consorciadas com larvicida microbiano NatularTM DT (Saccharopolyspora spinosa) e VectoBac® WG (Bacillus thuringiensis var. israelensis) em condições de laboratório e campo. Foram realizados testes em campo durante o período seco (agosto a outubro de 2017) e ainda serão realizados no período chuvoso (janeiro a março de 2018), bem como testes conduzidos em laboratório para comparar influências dos biolarvicidas na oviposição de A. aegypti, em condições controladas. Foram instaladas um total de 180 armadilhas de oviposição durante o período seconos bairros Cangalheiro e Itapecuruzinho. Foram selecionadas 10 residências em cada bairro e instaladas três armadilhas em cada residência, cada ovitrampas recebeu diferente substância: a primeira com água fenada, utilizado como controle positivo, a segunda com espinosade e a terceira com Bti. Foram calculados os Índices de Positividade de Armadilhas-IPO e Índice de Densidade de Ovos-IDO e os dados meteorológicos foram obtidos no site do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. Obteve-se 50,5% de armadilhas positivas com um total de 4.741 ovos coletados, o que mostra a sensibilidade desta armadilha na detecção de Aedes spp. O maior IPO foi em ovitrampas consorciadas com espinosade em relação a armadilha controle. Os dados mostram que a temperatura pode ter influenciado na positividade das armadilhas no mês de outubro no bairro Itapecuruzinho, enquanto que no bairro Cangalheiro a temperatura não influenciou da mesma maneira, pois a positividade se manteve praticamente constante mesmo com temperaturas mais elevadas. Enquanto o maior IDO foi obtido nas armadilhas com água fenada, controle positivo. Portanto, com este estudo foi possível constatar que armadilhas consorciadas com biolarvicidas são ferramentas eficientes para verificar o comportamento de oviposição de fêmeas de A. aegypti e A. albopictus. Além de fornecer informações sobre a influência dos biolarvicida no controle desses mosquitos vetores.