Consequências morfológicas para a ave amazônica Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) provocadas pelas mudanças climáticas
Amazônia, história natural, morfometria, museu.
Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) é uma ave abundante em florestas primárias e secundárias da Amazônia brasileira. Como a maioria dos demais dendrocolaptídeos, G. 18 spirurus não possui dimorfismo sexual aparente. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi verificar a existência de dimorfismo sexual morfométrico em G. spirurus, a partir de dados biométricos de indivíduos depositados nas coleções do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Foi verificada diferença significativa (r = 0.57, p < 0.001) entre machos e fêmeas para quatro (asa, cauda, cúlmen 23 e narina) dos seis atributos analisados. Foi observada uma relação linear positiva entre o tamanho da asa e cauda. O primeiro eixo da PCA explicou 47.3% da variação dos dados relacionados a asa, cauda e cúlmem, enquanto 25.8% foram explicados pelo segundo eixo. Foi possível comprovar a existência de dimorfismo sexual de tamanho em Glyphorynchus spirurus, comprovando que machos são maiores que as fêmeas em relação ao tamanho da asa, cauda e cúlmen, sendo assim possível diagnosticar os indivíduos em mãos.