Avaliação de marcadores de pacientes em tratamento hospitalar para COVID -19.
Saúde Pública, Doenças Transmissíveis, Infecções por Coronavírus.
O coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) tem sido responsável por numerosos problemas em nível mundial para além da doença que foi denominada COVID19. Nesse sentido, observou-se a necessidade de verificar a função de órgãos essenciais por seus marcadores habituais e relacionar quais destes efeitos decorrem da COVID-19 e seu tratamento hospitalar, mais precisamente, alterações nos marcadores cardíacos, hepáticos, renais e de coagulação. Dessa maneira, o objetivo geral é analisar os marcadores cardíacos, hepáticos, renais e de coagulação de pacientes em tratamento hospitalar para a infecção pelo SARS-CoV2 em hospitais públicos. Trata-se de um estudo de corte transversal, analítico, documental, com abordagem quantitativa que se propõe a analisar o perfil clínico de pacientes em tratamento hospitalar para COVID -19 em hospitais públicos. O estudo foi realizado em dois municípios do Estado do Maranhão, Caxias e Presidente Dutra, o período de realização do estudo ocorreu no primeiro semestre de 2021. A população do estudo foram os pacientes internados com diagnostico de COVID-19 nos hospitais selecionados em ambos os municípios no período de julho a dezembro de 2020. A coleta de dados seguiu um checklist elaborado de modo que todas as informações relevantes para o estudo fossem encontradas nos prontuários dos pacientes internados nos leitos destinados ao tratamento da COVID-19. Os dados foram tabulados e organizados em planilha no programa Microsoft Excel® por meio de dupla digitação no intuito de validar o banco de dados, seu processamento será realizado pelo Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 22 for Windows. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e aprovado segundo o parecer nº 4.356.353, de 22 de outubro de 2020, atendendo às recomendações da Resolução n° 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Os principais achados foram que pessoas do sexo masculino foram mais hospitalizadas, a faixa etária acima de 60 anos foi a mais acometida e sua sobrevida foi diminuída quanto mais tempo permanecia hospitalizada, 81% dos pacientes foram admitidos na UTI. Os sinais e sintomas que mais ocorreram foram dispneia, febre e tosse e as classes de fármacos mais utilizados durante o tratamento hospitalar foram antimicrobianos, corticoides e anticoagulantes. E verificou-se uma associação entre alteração de alguns biomarcadores com a quantidade de classes de fármacos usados pelos pacientes durante a hospitalização. Dessa maneira, a caracterização da população principalmente de um estado com um dos menores índices de desenvolvimento humano é de suma importância para a tomada de decisão e manejo dos pacientes críticos pelos profissionais de saúde.