CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE QUANTO AO USO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS INFANTIS
Conhecimento; Profissionais de saúde; Plantas medicinais; Fitoterápico; Doenças respiratórias; Crianças.
As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no Sistema Único de Saúde (SUS) referemse a um conjunto de abordagens terapêuticas baseadas em conhecimentos tradicionais e complementares à medicina convencional, a sua importância reside na promoção de um cuidado mais abrangente e integral à saúde, apoiando e valorizando os saberes populares. Dentre as PICs, as plantas medicinais e fitoterápicos são muito bem aceitas pela população em geral, oferecem opções de tratamento menos invasivos e reduzem custos a longo prazo, a fitoterapia pode ser utilizada como prática complementar a tratamentos de diversas doenças incluindo as afecções respiratórias infantis. Assim objetiva-se avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde quanto a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de doenças respiratórias infantis. Trata-se de um estudo multimétodo: metodológico e transversal, dividido em duas etapas: a primeira consistiu na elaboração e validação do instrumento de coleta de dados; a segunda culminou na aplicação do instrumento com os profissionais de saúde, buscando-se identificar o nível de conhecimento destes profissionais acerca do uso de plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de doenças respiratórias infantis. O estudo foi realizado
no município de Caxias – MA com profissionais da Estratégia Saúde da Família. A análise de dados ocorreu por meio da organização das informações em uma planilha eletrônica no programa Excel e em seguida foi transportada para um banco de dados, utilizando o Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0, em que os dados quantitativos serão ordenados em gráficos e tabelas. A análise exploratória descritiva dar-se-á através de frequências absolutas e relativas, médias e desvio padrão das variáveis quantitativas, onde foram analisados conforme literatura pertinente. A pesquisa foi norteada com base nas normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, conforme a Resolução n. 466/12. Cumprindo-se as etapas, construiu e validou-se a primeira versão do questionário a partir da análise dos 11 juízes especialistas, em que 10 eram enfermeiros, com atuação na área de docência e/ou validação de instrumentos de coleta de dados, e 1 bióloga com experiencia na docência envolvendo plantas medicinais e fitoterápicos. A análise de conteúdo foi realizada por meio do Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC), o presente instrumento teve um CVC total de 0,89. Todos os itens foram julgados sendo claros, pertinentes e relevantes, havendo simetria no tocante as posições e avaliações dos itens por cada um dos juízes. Por meio da coleta de dados usando um instrumento validado, é possível identificar lacunas no conhecimento dos profissionais e evidenciar intervenções direcionadas. Isso é crucial para projetar programas de treinamento e educação contínuada que abordem áreas de deficiência.