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Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIEL RODRIGUES CÔRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIEL RODRIGUES CÔRA
DATA: 28/08/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Sala c14 CESC UEMA
TÍTULO:

FATORES DE RISCO PARA INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM MULHERES QUILOMBOLAS, CIGANAS E DE COMUNIDADES RURAIS


PALAVRAS-CHAVES:

Infecções Sexualmente Transmissíveis; Fatores de risco; Populações
Vulneráveis.


PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

INTRODUÇÃO: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) representam um importante
problema de saúde pública, sendo causadas por diversos agentes etiológicos. Estima-se que
ocorram aproximadamente 1 milhão de novos casos diariamente em todo o mundo. No Brasil,
mulheres de comunidades quilombolas, ciganas e rurais enfrentam riscos acrescidos devido a
condições socioeconômicas e culturais que agravam a suscetibilidade a essas infecções. Além
de serem frequentemente sub-representadas em estudos científicos, o que resulta em uma
compreensão limitada das características epidemiológicas das IST nesses grupos.
OBJETIVO: Investigar os fatores de risco associados a IST em mulheres quilombolas,
ciganas e de comunidades rurais. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado em
mulheres de seis comunidades quilombolas, uma área cigana e um macro território de
comunidade rural de Caxias – MA. Para coleta de dados foi utilizados um formulário
estruturado com fatores sociodemográfico e comportamentais e coleta de amostras cervical
em meio líquido. As amostras foram testadas por PCR em tempo real. Para análise estatística
foram realizadas análises descritivas e inferenciais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
estudo incluiu 295 mulheres (43,7% quilombolas, 52,2% rurais e 4,1% ciganas). A iniciação
sexual precoce (coitarca < 18 anos) foi relatada por 74,9%, e 62,7% tiveram múltiplos
parceiros sexuais, com 65,1% não usando preservativos. A prevalência geral de IST foi de
72,9% (IC95%: 66,8-77,3), com Ureaplasma parvum sendo o patógeno mais comum
(61,7%), seguido por Mycoplasma hominis (35,3%), Ureaplasma urealyticum (13,6%),
Trichomonas vaginalis (7,1%), Chlamydia trachomatis (2,4%) e Mycoplasma genitalium
(0,7%) foram menos frequentes. Nenhum caso de Neisseria gonorrhoeae foi identificado.
Trichomonas vaginalis foi significativamente associado ao prurido vaginal (OR = 2,566, p =
0,047). Os fatores comportamentais e socioeconômicos associados à presença de IST
incluíram ausência de citologia prévia (AOR=2,39, p=0,046), alta frequência de banho diário
(AOR=3,28, p=0,042) e uso prolongado de roupas íntimas apertadas (AOR=1,83, p=0,027).
CONCLUSÃO: Este estudo revelou uma alta prevalência de IST entre mulheres de
comunidades quilombolas, rurais e ciganas. As variações na prevalência de IST entre os
diferentes grupos e os fatores sociodemográficos e comportamentais observados apontam para
a complexidade da saúde sexual e reprodutiva nessas comunidades e indicam a necessidade de
abordagens diferenciadas e culturalmente sensíveis nas políticas públicas de saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 7212 - ANA CARLA MARQUES DA COSTA
Externo à Instituição - IVONIZETE PIRES RIBEIRO - UESPI
Presidente(a) - 7210 - MARIA EDILEUZA SOARES MOURA
Notícia cadastrada em: 20/08/2024 15:58
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