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MULHERES NEGRAS EM TELA: falas e experiências de agentes populares femininas em sala de aula e em audiovisual.
Mulher; Cultura Popular; Ensino de História.
A proposta de repensar os espaços didáticos e materiais pedagógicos dedicados a conteúdos como cultura e história da africana e afro-brasileira, história das mulheres, etc. são acima de tudo caminhos para (re)ler os silenciamentos históricos designados a esses espaços geográficos, políticos, sociais, culturais, etc. Nas últimas décadas a construção de novos debates acerca desses espaços criam pontes cada vez mais fortes entre o âmbito escolar e os espaços de pesquisa acadêmicos, cada vez mais recheados de representatividade afro-brasileira. Paralelo a isso vê-se necessário repensar a própria representatividade de nossos sujeitos históricos por meio de temáticas condutoras. Por meio delas constrói-se a possibilidade de colocar nas mãos de nossos alunos signos de representatividade feminina e também afro-brasileira. A inserção do feminino no espaço de sala de aula é de significativa importância para representar os espaços de poder ocupados por elas em diferentes círculos sociais e políticos, mas que são constantemente esquecidas nas páginas da nossa história masculina, branca e burguesa. A utilização de falas e experiências agentes populares femininas da cultura popular e negra fazem parte desse processo de desconstrução teórica e metodológica, podendo ser apresentadas no âmbito escolar como meio de produções audiovisuais que permitem que os alunos possam experienciar sensorialmente ou outro, o mundo e nós mesmo.