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POR UMA PRÁTICA ANTIRRACISTA: o Ensino de História por meio de episódios de racismo na mídia brasileira
Palavras-chave: Racismo nas mídias; Ensino de História; IEMA Bacelar Portela; Plataforma Digital.
Os racismos do presente têm sua matriz na linguagem e na força da escravidão ampliada no século XVI. O Brasil Colônia, a chamada América Portuguesa, tem um histórico vinculado à escravidão mercantil. Esse escravismo foi um genocídio aos indígenas e aos africanos. Porém, onde houve escravidão houve resistência. A Lei n. 3.353 de 1808 declara extinta a escravidão, mas, apesar de ser uma luta de resistência dos escravizados, entra para história por meio da memória oficial como um presente do branco. Outra questão é a igualdade, garantida por lei, mas negada pela ciência, na medida em que ela naturaliza os racismos por meio das políticas raciais e do determinismo racial do final do século XIX. Como entender as invisibilidades e as violências raciais que incidem no presente? Um primeiro passo é começar a discutir a “outridade”, característica perigosa do racismo no Brasil. Outro, é perceber as contradições do passado e refletir por meio da memória, da história e dos esquecimentos. Assim, a pesquisa analisa casos de racismo veiculados na mídia (televisão, noticiários e redes sociais) de modo a
elaborar planejamento didático, a fim de possibilitar meios para que esse tema possa ser pensado e debatido no chão da escola. Dessa forma, selecionou-se cinco episódios de racismo para serem analisados e debatidos de forma didática com turmas da 2a série do IEMA Bacelar Portela. Na medida em que o trabalho didático for sendo realizado, a Plataforma Digital Racista não me trisca! será alimentada com conteúdos voltados à prática de um Ensino de História antirracista.