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CURAS NA FRONTEIRA: Práticas populares de cura entre mulheres em Oiapoque – Amapá e contribuição para uma educação escolar insurgente
Produto Educacional: VOVÓ ME DISSE QUE ISSO TAMBÉM CURA!
Práticas de cura. Educação. Decolonialidade
Esta tese tem como intuito apresentar práticas de curas entre mulheres do Oiapoque-AP, para propiciar produto educacional E-book, que considere práticas culturais populares de cura, não sublinhadas em uma cultura escolar de viés colonialista. O estudo busca instigar o refletir sobre o local/regional e o lugar dos saberes dos subalternos na educação escolar. Apresenta-se como lócus Oiapoque, o espaço da fronteira franco-brasileira, compreendido entre Amapá (Brasil) e Guiana Francesa (França), como ponto de interações étnicas singulares. Práticas de cura populares englobam puxações, interdições alimentares, benzimentos, rezas, aconselhamentos, indicação e confecção de remédios e outros, abarcando uma pluralidade de modos de fazer e de conceber o mundo. São de gênese múltipla, resultantes de interações étnicas e recriações culturais e estão dissipadas entre mulheres parteiras, benzedeiras, curandeiras, descendentes de povos que vivem e chegaram ao município de Oiapoque, independente dos demarcadores físicos que limitam a fronteira. A pesquisa qualitativa para o estudo englobou coleta e análise de fontes documentais e entrevistas semiestruturadas, além de pesquisa bibliográfica com vistas a permitir reflexões sobre outras lógicas a serem problematizadas para uma perspectiva decolonial para a educação.