SANIDADE DO AMBIENTE ESTUARINO E DA OSTRA Crassostrea gasar CULTIVADA NO MUNICÍPIO DE PRIMEIRA CRUZ, MARANHÃO, BRASIL
Bactérias; Aquicultura; Parasitas; sanidade em moluscos
O presente trabalho objetivou avaliar os aspectos microbiológicos pesquisando a presença de Vibrio, Coliformes e Salmonella e parasitas patógenos presentes na ostra Crassostrea gasar e na agua de cultivo no município de Primeira Cruz, Maranhão. As coletas de água e ostra foram realizadas nos meses de novembro e dezembro de 2017 (período seco) e março e maio de 2018 (período chuvoso). Foram analisadas as quantidades de coliformes presentes em amostras de água e ostra, Vibrio e Salmonella nos tecidos da ostra, além da identificação e quantificação de patógenos. Para a água de cultivo o NMP foi de (<1,8/100 mL) em todas as amostras e para as ostras o NMP mínimo foi <3 e máximo 23/g. Vibrio obteve mínimo de 2.600 e máximo 3.600 UFC/g já Salmonella foi ausente em todas as amostras. Quanto aos patógenos foram identificados, Nematopsis sp., Bucephalus sp., Bactérias Rickettsia sp. e metazoários, no entanto, os mais prevalentes foram Nematopsis sp.e Bucephalus sp. ambos com (13,3%) de prevalência no período seco. No entanto, as intensidades de infecção foram leves. Nematopsis possuiu prevalência na glândula digestiva, manto, tecido conjuntivo, gônadas, brânquias e palpos labiais. Porém, a glândula digestiva foi o tecido que registrou maior ocorrência do protozoário nos animais infectados (30%). Já os bucefalídeos foram mais prevalentes nas gônadas e glândula digestiva. Em intensidade elevada a infecção provocou castração nas gônadas, devido a intensa ocupação dos esporocistos e cercarias. As ostras e a água do ambiente estão com as densidades de coliformes em níveis baixos, sendo adequadas para a aquicultura, porém, ressalta-se a importância da criação de legislação que regulamente níveis basais para os grupos bacterianos causadores de gastroenterites envolvendo o consumo de moluscos consumidos in natura. A prevalência de patógenos nos animais foi considerada baixa e os patógenos presentes nos tecidos das ostras não causaram grandes danos ao animal com exceção de Bucephalus que é um potencial causador de castração parasitária.