VARIAÇÃO ESPAÇO–TEMPORAL DA COMUNIDADE DE ZOOPLÂNCTON E DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS NAS ÁGUAS ESTUARINAS DO RIO ANIL, SÃO LUÍS – MA
Copépodes. Diversidade ecológica. Estuário. Eutrofização. Impactos antrópicos.
A diversidade beta do zooplâncton e a heterogeneidade ambiental estão relacionados ao nível de degradação em um estuário de macromarés. Com isso, o estado trófico foi determinado por meio do índice multimétrico (TRIX) e associado a composição e distribuição da comunidade de zooplâncton junto as variáveis ambientais, para determinar principais características das espécies indicadoras ao longo de um estuário tropical. Nos resultados, a diversidade alfa apontou o segundo setor (SII), o mais impactado ao longo do estuário, com um declínio quando comparado ao primeiro setor (SI). Já a diversidade beta, por meio do cálculo da PERMADISP e dissimilaridade de Jaccard, evidenciaram uma heterogeneidade ambiental definida por diferenças sazonais significativas, cooperando para uma heterogeneidade biológica entre os períodos chuvoso e estiagem. A PERMANOVA apontou variações nos parâmetros ambientais como: salinidade, pH, SiO3 e NO2, apresentaram diferença significativa tanto sazonal quanto setorialmente (p<0,05). A comunidade foi composta por 74 táxons, cujo 75,7% foi representado pelo grupo dos copépodes, principalmente pelas famílias Oithonidae e Paracalanidae com o maior número de espécies. Quanto à diversidade alfa, a comunidade estudada apresentou uma média diversidade, baixa riqueza e heterogênea. Quanto ao IndVal, este determinou 15 táxons entre eles destacam-se os copépodes Euterpina acutifrons, Clytemnestra scutellata, Debilus swelli e Notodiaptomus sp. sendo nove representantes do SI (60%) e seis o SII (40%). Portanto, através da pesquisa se pode determinar os filtros ambientais e as espécies indicadoras que compõem a dinâmica do estuário, assim como o estado trófico atual para o diagnóstico do ecossistema.