RIQUEZA, ABUNDÂNCIA E DIVERSIDADE DE PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES EM FRAGMENTOS DE FLORESTA OMBRÓFILA NAS REENTRÂNCIAS MARANHENSES
Comunidades. Diversidade. Impacto. Mamíferos. Mineração. Reentrâncias.
O município de Godofredo Viana situado nas Reentrâncias Maranhenses, contempla significativo reduto de vegetação nativa, uma vez que comporta um dos poucos remanescentes de extensa Floresta Ombrófila mesmo frente à diversos impactos antropogênicos. O objetivo do presente estudo é verificar a influência de uma mineração na estruturação das comunidades de pequenos mamíferos não voadores em três fragmentos de Floresta Ombrófila Densa com diferentes distâncias a matriz minerária, bem como caracterizar essas comunidades quanto as variáveis dependentes riqueza, abundância, composição e diversidade taxonômica. A amostragem foi realizada entre os anos de 2018 a 2021 em três fragmentos influenciados por uma mineração, sendo denominados de Área Próxima (320m de distância da matriz mineradora), Área Intermediária (1700m de distância da matriz mineradora) e Área Distante (2800m de distância da matriz mineradora). Foram utilizadas armadilhas sherman, tomahawk e pitfall trap que são usuais para amostragem de pequenos mamíferos não voadores, contemplando o período de estiagem e chuvoso. Registramos 19 espécies, 11 espécies pertencentes à Ordem dos marsupiais (Didelphimorphia) e 8 pertencentes à Ordem dos roedores (Rodentia). As áreas Próxima e Intermediária compartilharam 13 espécies e a área Distante foi a detentora de maior riqueza (15 espécies) e composta por espécies mais especialistas e sensíveis a distúrbios ambientais. Até o momento não há estudos na Região Nordeste que avaliaram impactos de mineração em mamíferos, sendo o presente estudo o pioneiro e revelando que os impactos negativos de uma mineradora estão além da remoção da cobertura vegetal nativa e exposição do solo, mas afetando acentuadamente espécies silvestres.