HERPETOFAUNA DO MEIO-NORTE: COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DE ESPÉCIES NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS MARANHENSES
Ecótono. Meio-norte. Biodiversidade. Herpetofauna. DNA-Barconding. Degradação ambiental.
Vários estudos mostram que a herpetofauna possui alta riqueza e ainda é pouco conhecimento em escala nacional. Muitas são as dúvidas taxonômicas sobre a identificação e composição de comunidades. Nesse contexto ganha importância o uso de ferramentas moleculares como o DNA Barconding para a melhor definição de espécies. No Estado do Maranhão, a falta de estudos abrangentes e a degradação ambiental ressaltam a urgência de catalogar e reconhecer a diversidade biológica, considerando a presença de diversos biomas, como a vegetação de babaçu, o cerrado, a floresta amazônica, os campos inundáveis e as áreas de mangue. O desmatamento e as alterações nas paisagens naturais são históricos no Maranhão, resultando na perda de cobertura florestal e de biodiversidade. Para este estudo foram inventariadas 5 unidades amostrais em 4 bacias hidrográficas diferenciadas em paisagem e fitofisionomia. Para tanto foram usadas metodologias como Procura Visual e Armadilhas de interceptação e queda para a coleta de espécimes. Como resultado foram 171 registros somados entre espécies de répteis e anfíbios, exaltando a alta riqueza de espécies e o endemismo e diferenciação entre as áreas de influência. Em destaque, as áreas ecotonais obtiveram maiores índices de diversidade e com significativa riqueza de espécie para este estudo. A área de transição na Bacia do Tocantins localizada entre os biomas do Cerrado e Amazônia foi área de composição mais rica contendo espécies endêmicas de vários biomas. As demais áreas obtiveram composição heterogênea apesar de diversos registros únicos exaltando a influência dos biomas. Também notou-se a influência da degradação ambiental e alteração das paisagens como fator importante na composição de espécies.