25 jul, 2019 • 15:47
Durante a 71º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande foram programados os minicursos: 1. Direitos Humanos e Território e 2. Consciência Museológicas do Movimento Indígena no qual fizeram inscrição estudantes de graduação e pós-graduação das áreas de Direito, Geografia, História, Pedagogia, Psicologia, Sociologia e Comunicação. No primeiro minicurso inscreveram-se 33 estudantes e no segundo 11.
De forma introdutória destacou-se o fato histórico e político que representa o 71º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro de 1948; evento que coincide com o ano inaugural da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, reunida pela primeira vez em São Paulo.
A maioria dos participantes do minicurso tem formação em Direito. Esse grupo comentou o conteúdo marginal que tem a disciplina Direitos Humanos na sua formação. Os autores introduzidos no debate foram Benedict Anderson, Franz Fanon, Jacques Rancière, Giorgio Agamben e Michel Foucault. Durante o minicurso foi revisada a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho e dispositivos específicos sobre Direitos Culturais e Direito ao Patrimônio.
O mais relevante do exercício acadêmico esteve orientado para questões conceituais e teóricas que permitem aproximar-se as situações especificas dos direitos humanos no Estado de Mato Grosso do Sul, conforme dito, o segundo em população indígena e o primeiro em atos criminais (massacres, linchamentos e persecuções) que vitimizam crianças, mulheres e homens indígenas.
O minicurso contou com a colaboração de lideranças do Movimento de Atingidos pela Base de Alcântara, MABE. senhora Dorinete Serejo e o senhor Leonardo dos Anjos, ambos convidados a participar de debates sobre os Acordos de Salvaguarda e os posicionamentos dos quilombolas em relação as propostas do Estado Brasileiro.
As professoras Patrícia Portela – PPGCSPA/UEMA, Sheilla Borges Dourado – Universidade de Uberlândia e o professor Franklin Carvalho – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia foram responsáveis por essa formação dentro da SBPC.
As aulas foram ministradas no espaço reservado para a SBPC (Afro e indígena).
Notícia elaborada por Rosa Acevedo Marin
Fotografia: Sheilla Borges Dourado