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PULGÕES, COCHONILHAS E INIMIGOS NATURAIS ASSOCIADOS A CULTIVOS DE HORTALIÇAS E PLANTAS ESPONTANEAS NA ILHA DE SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL
Afídeos, Coccoideos, Flutuação populacional, Olerícolas, Predadores, Parasitoides.
Os pulgões e cochonilhas são insetos que se alimentam diretamente da seiva das plantas e causam sérios danos com impactos na produção. Devido à importância econômica dessas pragas para hortícolas, esse trabalho foi conduzido com objetivo de inventariar as espécies de pulgões e cochonilhas bem como seus inimigos naturais associados a cultivos de hortaliças e plantas espontâneas, e estudar a flutuação populacional desses artrópodes na Ilha do Maranhão, Brasil. A pesquisa foi realizada em áreas de agricultores familiares, nos municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. As coletas foram mensais, e realizadas diretamente sobre as plantas infestadas, sendo 16 hortaliças e seis plantas espontâneas. Registrou-se a ocorrência de nove espécies de cochonilhas, cinco de pulgões e 47 de inimigos naturais; 43 novas interações de inimigos naturais com pulgões e cochonilhas; e dois parasitoides, Aenasius mitchellae e Aenasius flandersi foram registrados pela primeira vez no Brasil. Cinco espécies de pragas foram consideradas predominantes por apresentarem os maiores índices faunísticos: Aphis gossypii, Lipaphis pseudobrassicae, Maconellicoccus hirsutus, Phenacoccus solenopsis e Phenacoccus sp.3; entre os inimigos naturais foram: Aphidius sp., Anagyrus kamali, Allotropa scutellata, Diomus leondaum e Syrphidae. As hortaliças Abelmoschus esculentus e Hibiscus sabdariffa são as mais infestadas por pulgões e cochonilhas nas regiões de estudo. Verificou-se a associação dos inimigos naturais com 10 hortaliças, com destaque para A. esculentus associado a 14 espécies de parasitoides e 13 predadores. Os picos populacionais de afídeos, cocóideos e inimigos naturais ocorreram no período seco, e as menores abundâncias no período chuvoso. Na época seca houve a ocorrência de 72,3 % dos afídeos, 60 % dos cocóideos, 68,9 % dos parasitoides e 51 % dos predadores. Os picos populacionais de A. kamali ocorreram nas épocas de maior incidência de M. hirsutus; assim como, Aphidius sp. com A. gossypii e L. pseudobrassicae; e D. leondaum com A. gossypii, P. solenopsis e Phenacoccus sp.3. Quando analisado as relações entre as variáveis bióticas e abióticas, houve correlação negativa entre afídeos e cocóideos com precipitação pluviométrica e umidade relativa.