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A (DES) VERDADE DO IMAGINÁRIO NA OBFRA "KAFKA E A BONECA VIAJANTE" DE JORDI SIERRA I FABRA
Kafka e a boneca viajante. Literatura infantojuvenil. Fabra. Imaginário. Iser
A presente dissertação tem como objeto de estudo a obra Kafka e a boneca Viajante do autor Jordi Sierra i Fabra (2009), uma narrativa infantojuvenil, que tem sua origem alicerçada no acontecimento vivenciado pelo escritor Franz Kafka e o seu encontro com uma garota na praça de Steglitz, no ano de 1923, em Berlim na Alemanha, encontro este, que resultou na construção de cartas imaginárias feitas por Kafka para a garota com a intenção de fazê-la superar a perda de sua boneca. Fabra (2009) permitiu-se recriar as cartas, dando-lhes uma nova ordem de significação, recriação a qual, condicina a busca desta pesquisa em compreender a atuação do imaginário na construção da referida obra, a partir da perspectiva teórica do fictício e imaginário de Wolfgang Iser (2013), diante da tríade: real, fictício e imaginário. A presença da tríade no contexto da obra, consente relacioná-la às determinações dos atos de fingir: seleção, combinação e autoindicação, que impõem ao imaginário a produção de uma (des) verdade no enredo, bem como analisá-la por meio do jogo textual que possibilita a interação autor, texto e leitor. A discussão cerca-se de uma abordagem qualitativa e utiliza-se de referenciais bibliográficos, teóricos e críticos advindos de estudos que vão de encontro com a perspectiva Iseriana e que ratificam a origem da narrativa Kafka e a boneca viajante entrelaçada por elementos do mundo dado e representado que viabilizam o percurso do imaginário vivenciado pelos personagens: Kafka, Elsi e Brígida.