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Entre permanências e rupturas: a cidade em Sempre serás lembrada
Modernidade; Cidade; Memória; Josué Montello.
Objetivamos com o presente trabalho analisar a representação da cidade, na dialética entre tradição e modernidade em Sempre serás lembrada (1999), de Josué Montello. Pensar a imagem da cidade significa atribuir sentidos de existência humana, tais como relações de trocas, pensamentos, desejos, movimentos e uma substância de sucessivas dinamicidades – tanto dos indivíduos, quanto dos espaços construídos. Nossa pesquisa está fundamentada na visão de Giddens, Berman, Baumam, no que se refere à modernidade; quanto à cidade, consideramos a visão de Pesavento, Calvino, dentre outros. Com a modernidade, tanto a cidade física quanto a social é impelida a um vertiginoso ritmo de mudanças, de sorte que a vida e a experiência em sua conjuntura sofrem o impacto dessa nova realidade volúvel. Nas cenas literárias, é possível ler a cidade sob o signo desse processo, mas ainda apreendê-la pela memória e suas fissuras de outrora: os personagens, com suas ações e juízos nos informam tal espaço entre os fios do passado pelas lembranças balizadas em ruas, praças, igrejas e moradas, suas vozes também testemunham a cidade sob o impulso do futuro, como as projeções de expansão, planejamentos de ambientes e tantos outros dados que apontam para a metropolização.