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AUTOFICÇÃO E PERFORMANCE NA ESCRITA DE RICARDO LÍSIAS:
uma leitura de Divórcio
Literatura contemporânea. Autoficção. Performance. Autor. Ricardo Lísias.
A presente pesquisa tem como objetivo analisar a escrita autoficcional de Ricardo Lísias e o seu viés performático, especificamente no romance Divórcio (2013). Nossa hipótese é que, ao mesclar elementos autobiográficos e ficcionais, a escrita de Lísias expande-se para além do texto, utilizando outras esferas de significação que culminam na construção de uma performance do autor. A análise será à luz das discussões acerca das principais expressões da escrita de si: a autobiografia e a autoficção, refletindo criticamente sobre uma mudança de paradigma no que se refere a figura inter e extratextual do autor, na medida em que envolve um sujeito performático. O aporte teórico constitui-se das postulações de Lejeune (2014) e Arfuch (2010) acerca das questões autobiográficas; e de Doubrovsky (2014), Gasparini (2014) e Lecarme (2014), no que tange a autoficção. Acerca das discussões sobre a categoria autor, dispomos das considerações de Foucault (2002), Barthes (2004) e Schollhammer (2011). No tocante às discussões do autor enquanto um sujeito performático, Klinger (2012) e Sibilia (2016), dentre outros teóricos. Assim, buscou-se situar o autor Ricardo Lísias na prática autoficcional da literatura brasileira contemporânea, na qual cria um jogo de contradições próprio da autoficção, inserindo Divórcio em um novo patamar narrativo, aspecto que reconfigura a figura autoral e que nos move a sua investigação.