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O NEGRO E O RETRATO DA MARGINALIDADE:
uma análise da representação do negro no romance “A Balaiada” de Viriato Corrêa
Balaiada. Literatura. Estereótipo racial. Representação do negro.
A literatura brasileira tomou para si um modelo eurocêntrico, causando um apagamento das contribuições da cultura africana na sociedade brasileira, uma forma de manter os afrodescendentes passivos diante de uma realidade cruel a que eram submetidos. Desde o Brasil colônia, houve a hipersexualização da mulher negra e a inferiorização do homem negro, dessa forma, a estigmatização do negro fez surgir vários preconceitos raciais que foram capazes de sobreviver à abolição da escravatura. O presente estudo foi baseado em uma análise da obra literária A Balaiada: romance histórico do tempo da Regência (1996), do autor maranhense, Viriato Corrêa, focando-se na representação do negro e o retrato da marginalidade presente na obra, bem como nos estereótipos criados em torno desse movimento das massas populares. Como objetivo geral: Analisar a construção do estereótipo de raça na obra A Balaiada: romance histórico do tempo da regência de Viriato Correa. Verificou-se na análise literária a predominância de um discurso que inferiorizava os homens negros e sexualizava a mulher preta. Nesse contexto, contra essa construção negativa da identidade negra, a literatura atua como ferramenta de enfretamento ao racismo; de fortalecimento do sujeito histórico-social do negro.