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POESIA E MEMÓRIA NA OBRA “É NOSSO O SOLO SAGRADO DA TERRA”, DE ALDA ESPÍRITO SANTO
Alda Espírito Santo. Literatura Africana. Poesia. Memória.
Alda Espírito Santo, em sua obra É nosso o solo sagrado da terra (1978), através de poemas, faz a releitura das lutas, desafios e aspirações da população santomense, ressaltando suas experiências e dificuldades. Sua escrita tornou-se eficaz para transmitir as vozes silenciadas e para promover a conscientização sobre as questões de desigualdade e opressão colonial. Nesse sentido, seus poemas apresentam a voz dos marginalizados, enfatizando a importância da igualdade, dignidade e justiça para todos, independentemente de seu gênero ou idade. Desse modo, este trabalho se baseia na perspectiva memorialística para analisar os poemas que se enquadram nessa linha de pesquisa, uma vez que a autora relembra acontecimentos do passado como forma de incentivar o espírito libertário diante da opressão colonial. Diante dessa situação, a atenção desta pesquisa está centrada nos estudos teóricos sobre a poesia, memória e a base de formação da literatura santomense. O estudo é qualitativo, bibliográfico, crítico literário, baseado na visão teórica de Bosi (1977), Candau (2005; 2011), Cortez e Rodrigues (2005), Crippa & Laranjeira (2018), Eliot (1991), Fanon (1968), Fraga (2006), Halbwachs (2006), Mata & Padilha (2006), Margarido (1994), Negueiros (1895), Paz (1982), Pollak (1989), Schlegel, Seibert (2015) e outros. A obra É nosso o solo sagrado da terra, evidencia como a literatura proporciona reflexões sobre o lugar que as minorias ocupam na sociedade e como a memória coletiva é fundamental para a sua organização.