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“Uma flor que nasce no asfalto”: a resistência ao coletivismo no romance distópico Cântico, de Ayn Rand
Literatura distópica. Coletivismo. Desumanização. Ayn Rand
A presente pesquisa tem a finalidade de investigar a distopia (tanto na teoria literária como na prática política) como estado desumanizador por meio do coletivismo. A literatura distópica (como outros gêneros que derivam dela) é uma ferramenta útil tanto como um aviso sombrio para seus leitores sobre os perigos do totalitarismo, quanto como reflexão sobre os idealismos utópicos. Além disso, o gênero distópico, enquanto obra de ficção, é um grande propulsor da imaginação literária. Nesse sentido, o presente estudo tem como objeto literário o romance distópico da escritora russo-americana Ayn Rand; Cântico (1937). A obra é ambientada em um futuro não especificado, físico e espiritualmente desolado, com uniformidade forçada e uma linguagem desprovida de todos os pronomes singulares. Nesse sentido, o presente estudo apoia-se nos apontamentos de diferentes estudiosos que teceram comentários sobre a questão da literatura distópica e dos movimentos oriundos dela, como Claeys (2010); Sargent (2010); Ortega y Gasset (2016); Arendt (2012) e Ayn Rand (2021). Dessa maneira, a análise a ser realizada pretende colaborar com os estudos literários distópicos, além de outros que visem uma reflexão sobre os ideais de construção ou mudança da sociedade.