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TRAÇOS EXPRESSIONISTAS EM A MULHER SEM PECADO E SENHORA DOS AFOGADOS: entre o trágico e o grotesco
A mulher sem pecado. Senhora dos afogados. Nelson Rodrigues. Expressionismo. Trágico. Grotesco. Teatro brasileiro.
Diante da revolução estética da década de 1940 pela qual passou o teatro brasileiro, Nelson Rodrigues teve destaque pelo diálogo que seu texto cênico estabeleceu com o Expressionismo, movimento artístico de origem alemã que compôs o ambiente da modernidade nas artes. O teatro rodriguiano fez uso de elementos expressionistas a fim de construir o drama nas suas obras, tanto pela perspectiva pessimista com que a vida é retratada, quanto pelo aniquilamento com que suas personagens estão sujeitas. A proposta deste estudo é identificar, à luz do Expressionismo, os elementos que constituem a construção das personagens nas peças da literatura dramática brasileira de Nelson Rodrigues, selecionadas para esta pesquisa – A mulher sem pecado (1941) e Senhora dos afogados (1947) – com ênfase para as dimensões trágicas e grotescas, perceptíveis tanto na composição do enredo, quanto no comportamento e nas atitudes das personagens centrais da obra. Servem de suporte teórico, para o primeiro eixo, os estudos sobre o Expressionismo de Argan (1992), Cardinal (1984) e Elger (2003). No segundo eixo, para as percepções do trágico e do grotesco, Szondi (2001), Williams (2012), Kayser (2009) e Victor Hugo (2019). No terceiro e último eixo da pesquisa, referentes aos estudos críticos sobre
Rodrigues, utilizou-se Fraga (1998), Lopes (1993), Sussekind (1977), Magaldi (1992; 2004), Castro (2014). Quanto à metodologia, a pesquisa é de cunho bibliográfico, exploratório e analítico. Adota-se um modelo de análise de conteúdo. A investigação dessas obras possibilitará contribuições para estudos sobre o texto teatral, sobretudo o moderno produzido no Brasil, uma vez que pesquisas nessa área são essenciais, pois Literatura e Teatro são expressões artísticas e verdadeiros espelhos da sociedade.