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O EU-LÍRICO NEGRO E A ETNOPOESIA NO ROMANTISMO MARANHENSE: um estudo da poética de Trajano Galvão em Sertanejas
Romantismo no Maranhão. Trajano Galvão. Sertanejas. Etnopoesia. Eu-lírico negro.
Trajano Galvão de Carvalho (1830-1864) foi um poeta maranhense inserido no contexto do Romantismo no Brasil. Nascido em Vitória do Mearim-MA, educado em Lisboa e formado Bacharel em Direito pela Faculdade de Olinda, o jovem Trajano era afeito à vida campesina, de onde extraía material para suas composições poéticas. É Patrono da
Cadeira n. 20 da Academia Maranhense de Letras, e sua produção, apesar de diminuta, é expressiva, relevante e pioneira: pouco mais de uma década antes dos abolicionistas mais consagrados na Literatura Brasileira, Trajano Galvão já versava sobre o negro escravizado e lhe conferia voz em sua poesia. Esta dissertação, portanto, tem como objetivo analisar a poética de Trajano Galvão de Carvalho (1830-1864) a partir da obra póstuma Sertanejas (1898). Nossa ênfase será em apresentar o poeta maranhense do século XIX, lançando luz sobre os aspectos românticos de sua obra, e destacando no corpus de análise os poemas que compõem a etnopoesia trajaniana – nos termos de Borralho (2009) e Santos (2001). Na análise dos etnopoemas de Trajano Galvão, investigaremos as características do sujeito negro, tanto na expressão do eu-lírico negro quanto na do eu-lírico impessoal. Os aportes teóricos iniciais desta pesquisa são encontrados em Leal (1874), Corrêa (1898), Moraes (1977), Santos (2001), Borralho (2009, 2010), Oliveira (2014) e Carvalho (2020).