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O Bruxo Espanhol de Cassandra Rios: a mulher no contexto ditatorial brasileiro.
Ditadura. Resistência. Ato Institucional. Cassandra Rios.
A mulher tem ocupado posições de destaque nos principais segmentos da sociedade, a exemplo de Denise Pires de Carvalho, nomeada a primeira mulher na história a ocupar o argo mais alto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, uma das mais importantes do Brasil. No entanto, essa proeza deve-se a um passado de lutas constantes, uma vez que, outrora, a mulher era excluída social e politicamente. Movimentos como o feminismo surgem no Brasil, a partir do século XIX, sobretudo com a publicação de Direito das mulheres e injustiça dos homens, de Nísia Floresta Brasileira Augusta, com objetivo de defender seus direitos no decorrer desse século. O Bruxo Espanhol (1973), de Cassandra Rios, faz parte do cenário feminista no auge da Ditadura Militar, sobretudo, na vigência do Ato Institucional 05 (AI-5) que, em razão de seu conteúdo heterossexual e em virtude de a autora declarar-se lésbica, teve sua obra censurada e sofreu perseguições dos ditadores. Assim, o presente estudo parte da seguinte questão: como a escrita cassandriana, a partir da obra O Bruxo Espanhol foi importante para continuar resistindo ao regime ditatorial, sobretudo, na vigência do AI-5? Por isso, o objetivo principal é analisar a escrita de Cassandra Rios, na obra O Bruxo Espanhol, durante o período do AI-5, levando em consideração o papel da literatura exercido na obra alulida. A pesquisa a ser desenvolvida será de cunho documental, tendo em vista investigar de forma aprofundada o movimento feminista no Brasil e seus efeitos na vida das mulheres, bem como da sociedade durante a vigência do AI-5, por meio de um levantamento do estado da arte acerca da temática aqui abordada, como teses, dissertações, artigos, livros, sites. Para discutir e chegar ao objetivo geral da pesquisa, o estudo teve por base as discussões de Duarte (2003), Brancher (2013), Colling (1997), além de outros/as autores/as, fomentando importantes contribuições ao mundo acadêmico-científico, explicitando as transformações pelas quais as mulheres passaram durante a vigência do AI-5, e a solidificação da escrita feminista durante esse período ditatorial brasileiro, para que hoje a mulher pudesse expressar-se com igualdade e equidade, embora o percurso ainda seja de constantes lutas (e pesquisas).