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UM ESTUDO DA CONSTRUÇÃO SOCIAL SERTANEJA NAS LETRAS DE LUIZ GONZAGA
Construção social. Sertão. Luiz Gonzaga. Imaginário popular.
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a construção social sertaneja por meio de um espaço percebido pelo sujeito nas letras das canções de Luiz Gonzaga. O artista apresenta um sujeito enunciador que afetado por experiências vividas e percebidas mostra-se intimamente ligado ao espaço, alimentando, assim o imaginário popular sobre o sertão. Dessa maneira, serão analisadas as letras das canções A vida do viajante (1963); No meu pé de serra (1946); Xote dos cabeludos (1967); A morte do vaqueiro (1963); Sequei os olhos (1983); Aboio apaixonado (1956); Asa branca (1947); A volta da asa branca (1950); Algodão (1953); Assum Preto (1950); Paraíba (1946); Cidadão sertanejo (1983); Estrada do Canindé (1951); Gibão de couro (1957); Légua tirana (1949); Pau de arara (1952); Riacho do navio (1955) e Vozes da seca (1953), uma vez que a tessitura textual dessas composições articula a construção social a partir das relações de vivência do sujeito. Essa pesquisa, de base qualitativa e bibliográfica, procura inicialmente, propor uma reflexão de caráter introdutório sobre a relação entre espaço e memória a partir dos estudos de Eric Dardel (2015) e Halbwachs (2006). No que tange às investigações sobre vida e obra do artista, o estudo se baseia em Dominique Dreyfus (2012). Por fim, para entender o caráter social das canções, a pesquisa fundamenta-se em Antônio Cândido (2006), com importantes contribuições de Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2011/2012) no que concerne ao estudo do sertão. Nesse sentido, serão abordadas as categorias pertinentes ao estudo social, tais como tradições, costumes, religião, terra, linguagem, vestimenta, tipos humanos, valores etc. Espera-se, assim, demonstrar o entrecruzamento entre a produção artística de Luiz Gonzaga e seus parceiros com o lugar assumido pelo sertanejo no imaginário popular.