Telefone/Ramal: | Não informado |
O EU NO FIO DA NAVALHA: A ESCRITA DE SI EM THE UNABRIDGED JOURNALS OF SYLVIA PLATH
Sylvia Plath; diários; escrita de si.
Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras – PPG-LETRAS, do Curso de Letras da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Mestre em Letras.
Desde os seus onze anos, Sylvia Plath cultivava o hábito de escrever e manter diários, rotina que perpetuou até seus últimos dias de vida. A obra The Unabridged Journals of Sylvia Plath abrange os diários escritos pela poeta durante os anos de 1950 a 1962 e a presente dissertação objetiva analisar a relação com a escrita e com o gênero diarístico através dos diários de Sylvia Plath. Para melhor compreender, recorremos aos estudos pioneiros desenvolvidos por Philippe Lejeune sobre o gênero do diário para entender e fundamentar as características que compõe os diários no geral; para isso recorremos a O Pacto Autobiográfico, Diários de garotas francesas no século XIX e On Diary. Também recorremos aos estudos realizados por Simonet-Tenant para abrangermos melhor os estudos dos diários e Jacques Derrida e Phillipe Artières para a compreensão do diário como um arquivo infindável. Procuramos abranger os diários de Plath a partir dos pontos de vistas defendidos por Lejeune e, também, as relações de gênero e autoria levantadas pela poeta em diversas passagens, e, para tal, buscamos obras contemporâneas a Sylvia Plath, a saber Um teto todo seu, de Virginia Woolf, O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir e A Mística Feminina, de Betty Friedan. Desse modo, objetivamos explorar as entradas dos diários escritos por Plath por uma perspectiva intertextual, em uma tentativa de, não só interpretá-las como uma obra de cunho íntimo, mas, também, analisá-las através de um viés literário. Ao mesmo tempo, analisamos como Plath lida com o gênero e como ela usa o diário como uma ferramenta para construir uma autoimagem e estruturar suas obras, além de ser o espelho que a ajuda a navegar no mundo.