Telefone/Ramal: | Não informado |
MEMÓRIA E IMAGINÁRIO EM FLORES INCULTAS: O (DES)VELAR DAS IMAGENS POÉTICAS EM LUIZA AMÉLIA DE QUEIROZ
Imaginário. Memória. Fenomenologia. Imagens poéticas. Luiza Amélia.
A presente pesquisa tem por objetivo analisar as imagens poéticas presentes na produção literária de Luiza Amélia de Queiroz, na obra “Flores Incultas” (2015). Nessa perspectiva, averiguamos as imagens que constelam por meio do imaginário da autora mediante a memória poética e a escrita de si, as quais carregam vestígios
memorialísticos. Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo-interpretativo, focando na análise de dez poemas selecionados para o corpus. A priori, buscamos identificar a maneira como o imaginário da autora é influenciado pelo contexto social no qual ela estava inserida. Diante disso, os poemas selecionados trazem temáticas variadas que traçam o perfil sentimental da autora, desde aqueles que envolvem os sentimentos telúricos da terra natal e da infância aos que perpassam a vida transgressora, bem como aqueles que produzem um canto mais melancólico com o presságio da morte, isto é, aqueles produzidos na velhice. A posteriori, à luz da fenomenologia das imagens poéticas, buscamos adentrar no fenômeno da imaginação criadora, visto que, anterior ao manusear da pena, existiu o universo onírico, o pensamento e o sonho, instâncias que são perceptíveis no poetar da escritora. Para embasamento teórico nos respaldamos na noção de trajeto antropológico, preconizado por Durand (2019) e também no epistemólogo Gaston Bachelard, em suas poéticas do devaneio (2018) e do espaço (1998). Além disso, trabalhamos com a palavra poética que, nesse contexto, somamos ao trabalho as concepções de Paz (1982) e Bosi (1977), entre outros autores. Os resultados dessa pesquisa são preliminares, mas já apontam que as condições imaginárias e simbólicas são fortemente influenciadas pelos fatores socioculturais, por isso, por meio do eu-lírico, podemos acessar e mapear uma série de imagens que evidenciam o (des)velar de uma constelação de imagens poéticas de cunho arquetipal.