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Banca de QUALIFICAÇÃO: DANIEL LOPES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIEL LOPES
DATA: 13/12/2021
HORA: 15:00
LOCAL: UEMA
TÍTULO:

LEIA, SINTA, VEJA E ESCUTE O TURBILHÃO, DE COELHO NETO – UM RETRATO REALISTA DAS TRANSFORMAÇÕES E DAS TENSÕES SOCIAIS NO RIO DE JANEIRO DA BELLE ÉPOQUE


PALAVRAS-CHAVES:

Turbilhão. Coelho Neto. Realismo. György Lukács. Realismo-Naturalismo.


PÁGINAS: 72
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Teoria Literária
RESUMO:

Este estudo analisa o realismo em Turbilhão, de Coelho Neto, obra publicada originalmente no começo do século XX, em 1906. Nela, compreende-se um painel que reflete, artisticamente, os fenômenos histórico-socais do Rio de Janeiro: o capitalismo, a modernização, a pobreza e a miséria, o tradicionalismo e o patriarcalismo, a condição sociopolítica, a prostituição, a condição social e a emancipação da mulher, bem como outras temáticas. É entre a sociedade tradicional e a sociedade moderna que Coelho Neto circunscreve a sua ficção, apontando os contrastes sociais e as mudanças na vida cotidiana carioca – “progresso” e “civilização” x “pobreza” e “miséria”. A pesquisa é de cunho bibliográfico e qualitativo, fundamenta-se nos estudos de György Lukács (2010; 1968), que entende a arte realista como uma práxis social, capaz de desenraizar o indivíduo da condição de alienado e elevá-lo à condição de sujeito autoconsciente. A partir de tensões, levantamos, ainda, uma discussão entre o método realista (LUKÁCS, 2010; 1968) e o realismo-naturalismo brasileiro, a fim de problematizar a história, a
sociedade e o ser-social. Para tanto, essa discussão se ancora também às ideias de Coutinho (1997), Bosi (2013) e Proença Filho (2012). Entendemos que a crítica especializada e canônica, o mais das vezes, nega o realismo na obra de Coelho Neto porque se fundamenta no ideal estético convencional de um modelo ou de uma escola literária. Por isso um dos motivos desta dissertação ter como fundamento o método realista, visto que essa noção compreende o realismo não como um modelo fixo ou uma concepção estética normativa ou de uma escola literária, mas o entende como uma atitude do escritor frente às mudanças da vida social. O método realista, à luz de uma concepção ontológica, é uma resposta às transformações e aos desafios impostos pela realidade social. Portanto, é uma entrega do escritor ao conhecimento do objeto. Partindo da ideia do realismo crítico-dialético, os achados de pesquisa que, por ora, temos, ao negar a afirmação majoritária da crítica literária especializada e canônica segundo a qual Coelho Neto não aderia à realidade local, muito menos tinha uma visão crítica acerca dos fenômenos sociais de sua época, demonstram que o realismo na obra coelhonetiana não só existe, mas também se difere do realismo dos escritores do século XIX.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 867654 - DOUGLAS RODRIGUES DE SOUSA
Interno - 844842 - EMANOEL CESAR PIRES DE ASSIS
Externo à Instituição - JOSÉ WANDERSON LIMA SOUSA - UESPI
Notícia cadastrada em: 01/12/2021 11:24
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