Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • ANDRÉ DE SOUSA CARVALHO
  • A DISTRIBUIÇÃO DE INSETOS AQUÁTICOS DEPENDE DO CONDIÇÃO AMBIENTAL DO RIACHO

  • Data: 01/02/2024
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  • O riacho é um importante ecossistema que compõem a paisagem do Cerrado, mas tem sido ameaçado por atividades humanas de diferentes intensidades de impactos, os quais variam desde pequenas habitações à extensas plantações. Os efeitos dessas atividades na estrutura física do riacho e na diversidade de organismos é dependente da magnitude do impacto, gerando desde mudanças sutis na característica do ecossistema, como largura, profundidade e vegetação ciliar até modificação total do canal e extinções locais de espécies. Nesse contexto, a dissertação é composta de apenas um capítulo, cujo artigo tem como objetivo avaliar o padrão distribuição da diversidade de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) entre os riachos com cobertura de floresta natural e influenciados por distúrbios antrópicos no ecótono Cerrado-Caatinga. Testou-se a hipótese de que os riachos em área de cobertura de floresta natural têm alta singularidade ambiental, diversidade alfa e singularidade ecológica do que entre os riachos influenciados por distúrbios antrópicos. As coletas foram realizadas em 25 riachos localizados no ecótono cerrado-caatinga no estado do Maranhão e Piauí. As variáveis ambientais foram mensuradas usando o protocolo padronizado e adaptado para riachos tropicais, onde em um trecho de 150 metros subdivido em seções transversais foram quantificados em cada seção variáveis relacionada à morfologia do canal, estrutura da vegetação ripária e distúrbios antrópico. Os espécimes de EPT foram coletados em diferentes substratos amostrados em cada seção do riacho usando uma rede D e, após separados dos substratos, foram armazenamos dentro de Eppendorf contendo álcool 85%. Nossos resultados mostraram que o distúrbio antrópico não é intenso e não modificou expressivamente as características ambientais dos riachos. Apesar dos riachos estarem distribuídos entre o Cerrado e a Caatinga, nós observamos uma certa homogeneização das características ambiente entre os riachos em floresta natural e sob influência de distúrbio antrópico, com apenas três riachos controles e três antropizados tiveram maior contribuição média para a heterogeneidade ambiental. Observamos uma tendência no aumento médio de substratos < 16 mm e vegetação com estrato arbóreo menor nos riachos antropizados. Não houve diferença significativa da diversidade α entre as categorias. Apesar disso a variável Substrato < 16 mm de diâmetro apresentou relação negativa com os mesmos. Não houve um padrão claro da singularidade composicional entre as categorias e apenas dois riachos controle contribui significativamente para a diversidade β. Embora a condição ambiental dos riachos amostrados não tenha sido alterada pelos distúrbios antrópicos, observou um aumento médio de substrato fino nos riachos antropizados o que sugere um alerta para a proximidade do impacto nos riachos. Assim, sugere-se que as comunidades que dependem desse recurso para alguma finalidade sustentável ou recreativa limite a zona de interferência na proximidade do riacho, principalmente respeitando os limites estabelecidos pela legislação brasileira.

  • ARYNA DIAS PEREIRA
  • Consequências morfológicas para a ave amazônica Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) provocadas pelas mudanças climáticas

  • Data: 07/02/2024
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  • Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) é uma ave abundante em florestas primárias e secundárias da Amazônia brasileira. Como a maioria dos demais dendrocolaptídeos, G. 18 spirurus não possui dimorfismo sexual aparente. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi verificar a existência de dimorfismo sexual morfométrico em G. spirurus, a partir de dados biométricos de indivíduos depositados nas coleções do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Foi verificada diferença significativa (r = 0.57, p < 0.001) entre machos e fêmeas para quatro (asa, cauda, cúlmen 23 e narina) dos seis atributos analisados. Foi observada uma relação linear positiva entre o tamanho da asa e cauda. O primeiro eixo da PCA explicou 47.3% da variação dos dados relacionados a asa, cauda e cúlmem, enquanto 25.8% foram explicados pelo segundo eixo. Foi possível comprovar a existência de dimorfismo sexual de tamanho em Glyphorynchus spirurus, comprovando que machos são maiores que as fêmeas em relação ao tamanho da asa, cauda e cúlmen, sendo assim possível diagnosticar os indivíduos em mãos.

  • DEBORAH MACIEL CAMARA
  • BIOLOGIA REPRODUTIVA DE GALEANDRA BLANCHETII E.S. RAND (ORCHIDACEAE, CATASETINAE)

  • Data: 25/03/2024
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  • O gênero neotropical Galeandra Lindl (Epidendroideae: Catasetinae) possui a maior diversidade de espécies no Brasil, apesar da sua alta diversidade, a biologia da polinização do gênero permanece em grande parte desconhecida, com os poucos estudos disponíveis até o momento indicam que o provável polinizador são abelhas em busca de néctar, no entanto, não existem estudos que confirmem a ausência de recompensa. Galeandra blanchetii E.S. Rand, é uma orquídea epífita endêmica do Brasil, comum em forófitos da família Arecaceae, nos domínios fitogeográficos da Amazônia, Caatinga e Cerrado. Tendo isto em vista, este estudo teve como objetivo investigar a biologia floral e reprodutiva Galeandra blancheti. Para tanto monitoramos a fenologia, avaliamos sua morfologia floral, aplicamos testes histoquímicos, analisamos seu sistema reprodutivos, e observamos visitantes florais e potenciais polinizadores, bem como os comportamentos nas visitas em fragmentos de Floresta Amazônica no Nordeste do Brasil. Além disso, caracterizamos quimicamente seu aroma floral e avaliamos o seu papel na atração de potenciais polinizadores. A floração de G. blanchetii é anual e a
    antese é diurna, com as flores abrindo pela manhã. A única estrutura secretora são osmóforos que estão envolvidos na atração e recompensa dos potenciais polinizadores, localizados no labelo, que consistem na epiderme adaxial e tricomas dispostos em linhas longitudinais, os quais atuam como guias até o início do cálcar. A maior parte das visitas ocorreu pela manhã. Os polinários nunca foram removidos de nenhuma das flores marcadas durante a noite. Dos 48 visitantes florais observados nas flores de G. blanchetii, 34 eram abelhas Euglossini (machos e fêmeas), o restante eram Meliponini, Ceratinini e abelhas da subtribo Centridini. Além de abelhas, outros visitantes foram borboletas da família Hesperiidae e formigas. Apenas machos de Euglossa (E. securigera e E. cordata) e uma Centridini contataram efetivamente a coluna, removendo o polinário sendo classificadas como potenciais polinizadoras, no entanto apenas as Euglossa foram as mais frequentes. No entanto o processo de polinização não ocorre apenas por engodo alimentar, pois as flores oferecem recompensas aos machos de Euglossa que desempenharam duplo comportamento, a busca por néctar sem sucesso e a coleta de fragrâncias florais, semelhante à outras Catasetinae.

  • EDNALDO BEZERRA DOS SANTOS
  • ESTUDO TAXONÔMICO DE Mesorhaga SCHINER, 1868 (DIPTERA, DOLICHOPODIDAE) DO NORDESTE BRASILEIRO

  • Data: 04/03/2024
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  • Ao analisar 29 exemplares de Mesorhaga Schiner (Diptera: Dolichopodidae), foram identificadas duas espécies não descritas do Piauí (Nordeste do Brasil), Mesorhaga parnasete, sp. novembro. e M. gomesi, sp. nov., 
    descrito e ilustrado aqui. 
  • ELINE SILVA LIMA
  • IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DA ICTIOFAUNA DO RIO BURITI, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 27/03/2024
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  • O rio Buriti, tributário da bacia do rio Parnaíba, está localizado a Leste do Estado do Maranhão e é utilizado pelas comunidades ribeirinhas para banhos e pescas, contudo, abriga uma ictiofauna ainda desconhecida. Nesse sentido, utilizamos a técnica de DNA Barcoding para identificar os peixes do rio Buriti, na tentativa de detectar novas ocorrências que possam ampliar o conhecimento da ictiofauna maranhense. As coletas foram realizadas no alto curso do rio Buriti (municípios de Buriti e Brejo/MA) médio curso (municípios de Milagres e Santa Quitéria/MA) e baixo curso (municípios de São Bernardo e Magalhães de Almeida), utilizando apetrechos de pesca, como tarrafas, redes de arrasto, armadilhas e malhadeiras de diferentes aberturas. As espécies coletadas foram identificadas por meio da literatura específica e submetidas a técnicas moleculares: extração, amplificação do gene COI via PCR e sequenciamento. Os produtos do sequenciamento foram submetidos aos seguintes softwares para a realização das análises filogenéticas e distâncias genéticas: Bioedit, Mega X, jModelTest2, BEAST, FigTree, RaxML e Inkscape. Para a delimitação das Unidades Taxonômicas Operacionais (OTUs) foram utilizados os modelos: ABGD, ASAP mPTP e GMYC. Foram analisadas 153 sequências provenientes de peixes do rio Buriti, correspondendo a 20 espécies, 20 gêneros, 13 famílias e quatro ordens. As relações filogenéticas sugerem a existência de linhagens distintas para Hoplias malabaricus, que apresentou distâncias intraespecífica de 3,7%, e Leporinus cf. friderici, que apresentou médias de 3,2%. Os resultados indicam que H. malabaricus e Leporinus cf. friderici apresentam uma grande variação em aspectos genéticos, se tratando de complexos de espécies. Prochilodus sp. apresentou padrões morfológicos bastantes similares e incertezas na definição de seu status taxonômico (Prochilodus lacustris e Prochilodus nigrigans). A média de divergência interespecífica variou de 4,4% (Pygocentrus nattereri e Serrasalmus rhombeus) a 35,5% (Rhamphichthys rostratus e Crenicichla menezesi). As análises de delimitação de espécies mPTP e GMYC identificaram a mesma quantidade de unidades taxonômicas operacionais OTUs = 22, enquanto o ABGD e ASAP revelaram 20 OUTs. Cichla kelberi se constitui como um possível novo registro para a bacia do rio Parnaíba. Os resultados destes estudos revelaram ainda altos níveis de variabilidade genética entre populações de H. malabaricus, e a presença de uma linhagem exclusiva para o rio Buriti, afluente da bacia do rio Parnaíba, ressaltando a importância das análises taxonômicas integrativas em estudos relacionados a complexos de espécies. O sucesso do DNA Barcoding na identificação a nível de espécie foi de 98% nos táxons analisados, contribuindo no conhecimento da diversidade ictiofaunística do rio Buriti.

  • FRANCINETE SOUSA DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA “IN VITRO” DE EXTRATOS VEGETAIS DE BRIÓFITAS CONTRA MICRORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA

  • Orientador : FRANCISCO LAURINDO DA SILVA
  • Data: 13/03/2024
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  • A busca por alternativas terapeuticas com atividade antimicrobiana, e uma emergencia global a saude humana, ja que a eficacia dos tratamentos disponiveis apresenta reducao, o que contribui para a alta virulencia dessas infeccoes, elevando as taxas de internacoes e a mortalidade. Muito e investigado sobre o efeito dos extratos vegetais no combate ou controle desses microrganismos patogenicos, mas muitas das especies vegetais utilizadas nesses estudos pertencem ao grupo das angiospermas e quando se avalia esse efeito com especies de briofitas essas pesquisas ainda sao escassas no Brasil. Sao plantas com pouca visibilidade por parte da comunidade cientifica e que sao propicias a descoberta de uma variedade de compostos biologicamente ativos como terpenoides, fenois, glicosideos, acidos graxos, dentre outros. Assim, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana do extrato etanolico bruto de Octoblepharum albidum, Groutiella tomentosa, Marchesinia brachiata in vitro contra cepas de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Para as especies botanicas estudadas, tambem foi proposto: investigar os potenciais constituintes bioativos, pelo metodo de precipitacao e coloracao em tubos de ensaio; identificar a Concentracao Inibitoria Minima (CIM), pelo metodo de microdiluicao em caldo com placas de 96 pocos em concentracoes que variaram entre 4.000 a 62.5 ƒÊg/mL; demonstrar a atividade bactericida e/ou bacteriostatica dos extratos e verificar o potencial de toxicidade dos extratos vegetais. Os resultados da analise fitoquimica de G. tomentosa identificaram a presenca de triterpeniodes pentaciclicos livres e saponinas, para O. albidum mostrou a presenca de esteroide e alcaloides e para M. brachiata constatou-se a presenca de taninos condensados e esteroides. Os resultados da CIM, pelo metodo microdiluicao em caldo, mostraram que os extratos etanolicos brutos de G. tomentosa e M. brachiata apresentaram efeito bactericida apenas para a cepa de K. pneumoniae na concentracao de 4.000 ƒÊg/mL e que o extrato etanolico bruto de O. albidum, nao apresentou atividade contra nenhuma das cepas utilizadas neste estudo. Portanto, mesmo que boa parte das especies botanicas utilizadas neste estudo apresentem atividade antimicrobiana, esse efeito nao ocorreu na grande maioria das cepas bacterianas utilizadas, mas e relevante a acao ser efetivada na cepa K. pneumoniae por ser tratar de microrganismo gram-negativo, ja que estas bacterias apresentam particularidades estruturais que dificultam a penetracao de antibioticos, e em muitas regioes esse microrganismo ja adquiriu resistencia ate mesmo aos carbapenemicos. Estudos precisam ser realizados para identificar se as concentracoes que apresentaram atividade bactericida sao potencialmente toxicas para celula.

  • HÉMILY AZEVEDO DE ARAUJO
  • ASPECTOS PSSICOSSOCIAS E QUALIDADE DE VIDA DOS SOBREVIVENTES DE QUEIMADURAS

  • Data: 09/05/2024
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  • Caracterizar a epidemiologia dos casos de vítimas de queimaduras do Estado do Maranhão, investigar a repercussão desses acidentes na qualidade de vida e bem-estar desses indivíduos, compreender os efeitos motores e funcionais da queimadura no cotidiano e estimar a resposta da queimadura na autoestima dos pacientes. Método: Trata-se de uma pesquisa com abordagem quanti-qualitativa. Esta pesquisa está sendo realizada através do rastreio de sobreviventes de queimaduras cadastrados na Associação Maranhense de Apoio aos Sobreviventes de Queimaduras (AMASQ). A população de estudo é composta por 30 sobreviventes. Para o levantamento e inquérito da avaliação das variáveis foram utilizados os questionários: características sociodemográficas, Burn Specific Health Scale-Revised (BSHS-R), Escala de Autoestima Rosenberg/UNIFESP-EPM; Health Assessment Questionnaire-20 e Questionário de Identificação de Transtornos Mentais Comuns – Self- Report (SQR – 20). Resultados: Quanto ao gênero dos participantes 18 eram do sexo feminino, idade variando entre 8 a 55 anos. A maioria possui Ensino Superior. Em relação ao estado civil, maioria são solteiros. A cor parda foi a mais declarada. O local de maior ocorrência foi o domicílio, com o fogo sendo o agente mais citado. Em relação a qualidade de vida o pior escore foi o domínio de Sensibilidade ao calor. Quanto a capacidade funcional, 2 sobreviventes possuem dificuldade “moderada a intensa” nas atividades rotineiras. E nos aspectos psicológicos e autoestima, 17 sobreviventes apresentaram-se com sofrimento mental e 7 com baixa autoestima. Conclusão: A qualidade de vida desses indivíduos após a queimadura é afetada consideravelmente, afetando também sua autoestima, capacidade funcional e seus aspectos psicológicos.

  • JASMINE DÉA NOGUEIRA SENA
  • TAXONOMIA DE Macrostomus WIEDEMANN, 1817 (DIPTERA, EMPIDIDAE) DO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 31/01/2024
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  • Macrostomus Wiedemann é registrado pela primeira vez para o estado do Maranhão, Brasil, com a ocorrência de Macrostomus maranhensis, sp. nov. (Grupo M. amazonensis), Macrostomus ferrugineus (Fabricius) e Macrostomus gurupi, sp. nov. (grupo M. ferrugineus), Macrostomus paraensis, sp. nov. (grupo indefinido). Uma chave de identificação e mapa com os registros geográficos das espécies analisadas são apresentados aqui.

  • JESINEIDE SOUSA DA SILVA
  • ANÁLISE DO PERFIL DE VULNERABILIDADES: PROGRAMÁTICA, INDIVIDUAL E SOCIAL DE PESSOAS COM HIV/AIDS

  • Orientador : FRANCISCO LAURINDO DA SILVA
  • Data: 03/10/2024
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  • O HIV é uma condição clínica que vem acometendo o homem ao longo das últimas décadas, estima-se que aproximadamente 39,9 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus, e estes indivíduos estão susceptíveis á vulnerabilidades. Para tanto, esse estudo objetivou analisar o perfil de vulnerabilidade de pessoas com HIV/AIDS. Nesse contexto, tratou-se de uma pesquisa transversal com abordagem quantitativa, descritivo e exploratório, onde a amostra do estudo foi composta por 268 pacientes, acompanhados regulamente no CTA/SAE, entre os anos de 2022 e 2023 em Caxias-MA. Para o levantamento e inquérito da avaliação foi elencada a seguinte questão norteadora: Quais são os fatores relacionados aos contextos de vulnerabilidade individual, social e programatica de pessoas com HIV/AIDS? Para a resposta, foram utilizados questionários adaptados, com perguntas sociodemográficas, e marcadores pautados para as vulnerabilidades programática, individual e social. Os dados foram tabulados e organizados no Microsoft Office Excel 365, para análise descritiva das variáveis estudadas, com frequência simples. Para a análise dos dados, foram utilizados software estatístico Programa R (4.3.2), e IBM SPSS 22 for Windows, para variáveis categóricas, foi aplicado o teste Qui-Quadrado com independência ao nível de 95% de confiança (α=0,05) e para as variáveis numéricas, aplicou-se o teste de Kruskal-Wallis para variáveis independentes ao nível de 95% de confiança (α=0,05). Ademais, o estudo informou a vulnerabilidade de pessoas com HIV/AIDS de acordo com o sexo, orientação sexual, idade, e estado civil. Demonstrando, como fator de vulnerabilidades social, individual, e programática, devido ao gênero, questões sociais, dificuldade em conversar sobre o HIV, revelando a lacuna da falta de conhecimento sobre o vírus e suas transmissibilidades, bem como, a falta de prevenção e diagnostico tardio, e ainda a falta ao acesso e recursos de saúde. 

  • JOSÉ FLAVIO FERREIRA DE SOUSA
  • UTILIZAÇÃO DA FARINHA DAS FOLHAS DE ORA-PRO-NÓBIS NA ALIMENTAÇÃO DE CODORNAS JAPONESAS EM POSTURA)

  • Data: 21/02/2024
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  • Objetivou-se com esta pesquisa avaliar o efeito da utilização da farinha das folhas de ora-pro-nóbis, em rações de codornas japonesas em fase de postura, sobre desempenho, qualidade dos ovos e viabilidade econômicas das dietas. O ensaio foi realizado no Instituto Federal do Maranhão, em Caxias-MA, em duas etapas. Na etapa 01, foi realizado o cultivo e quantificação bromatológica da ora-pro-nóbis. Na etapa 2, foram utilizadas 160 codornas com 45 dias de idade, alojadas em 20 gaiolas com 8 aves cada, em delineamento inteiramente casualizado, com 4 tratamentos e 05 repetições. Os tratamentos foram: 0, 10, 20 e 30% de farinha de folhas de ora-pro-nóbis na dieta. Diariamente, e por 30 dias, foi coletado 1 ovo por unidade amostral, para avaliação dos parâmetros de desempenho e de qualidade dos ovos. Os valores bromatológicos encontrados, indicaram que a ora-pro-nóbis pode ser um ingrediente alternativo para uso nas rações destinadas a coturnicultura. O uso da ora-pro-nóbis na dieta mostrou efeito quadrático (p&lt;0,05) sobre a taxa de postura, conversão alimentar por dúzia e massa de ovo, percentagem da casca, do albúmen e da gema, e sobre o índice gema e cor da gema. A pigmentação da gema foi maior nos tratamentos que receberam 20 e 30% de farinha de ora-pro-nóbis, com valores médio de 10,4 e 10,7, respectivamente. O consumo, umidade das excretas, peso e tamanho do ovo, gravidade específica, espessura da casca e unidade Haugh, não foram alterados. É recomendado a utilização de até 20% da farinha de folhas de ora-pro-nóbis na alimentação de codornas japonesas em postura, pois não afeta o desempenho produtivo das aves, que produzem ovos com padrão de qualidade superior em relação às dietas convencionais.

  • JUDSON CHAVES RODRIGUES
  • TAXONOMIA E DIVERSIDADE DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA, PSYCHODIDAE) EM ÁREAS ENDÊMICAS PARA LEISHMANIOSES DAS REGIÕES LESTE E OESTE DO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 26/03/2024
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  • O estado do Maranhão é endêmico para as leishmanioses e a fauna de flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) é bem diversificada. O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo de taxonomia e diversidade de flebotomíneos das regiões leste e oeste de diferentes áreas endêmicas para leishmanioses do Maranhão. Os insetos foram capturados com armadilhas CDC (Center of Disease Control) e Shannon (cor preta e branca), entre os períodos de maio de 2022 a agosto de 2023, em quatro municípios da região Oeste (Centro do Novo do Maranhão na Reserva Biológica do Gurupi (REBIO Gurupi), Governador Nunes Freire, Centro do Guilherme e Maranhãozinho) e quatro na região Leste (São João do Sóter, Aldeias Altas, Coelho Neto e Alto Alegre do Maranhão). Os flebotomineos da REBIO Gurupi tiveram seu DNA extraído, seguido da amplificação e do sequenciamento do marcador molecular citocromo b (cytb) para identificação das fontes de repasto sanguíneo, o Espaçador Interno Transcrito (ITS1) do DNA ribossômico para detectar DNA de Leishmania (n=70) e o gene mitocondrial cytochrome oxidase subunit 1 (COI) para identificação por DNA barcoding (n=5 machos e n=5 fêmeas). Foram capturados 2.056 espécimes de flebotomíneos pertencentes a 38 espécies e 12 gêneros. A região Leste foi mais abundante (58,4%) que a Oeste (41,6%), porém a região Oeste apresentou maior riqueza de espécies (n= 37 espécies) que a Leste (n= 15 espécies). As espécies mais abundantes capturada na região Leste foram Ps. Série Chagasi (83,43%), seguida de Ps. wellcomei (5,58%) e Ny. whitmani (2,66%), enquanto que na Oeste foram Ps. davisi (20,12%), Ny. antunesi (12,40%) e Bi. flaviscutellata (12,05%). Nos espécimes da REBIO Gurupi foi identificado fonte alimentar de homem Homo sapiens (Primates: Hominidae) e anta Tapirus terrestris (Perissodactyla: Tapiridae) em 11(n=70) amostras e detectado DNA de Leishmania (Leishmania) infantum Nicolle, 1908 (Kinetoplastida: Trypanosomatidae) em Ps. davisi (n=2/70) e Ny. antunesi (n=1/70), ambas consideradas como vetor de Leishmania do subgênero Viannia (Lainson & Shaw, 1987). A descrição de 12 exemplares machos (Trichophoromyia de Gurupi) foi baseada na morfologia e morfometria que diferenciou esta nova espécie das demais pertencentes ao gênero Trichophoromyia. Além disso, a identificação pelo DNA barcoding de cinco machos e cinco fêmeas (Th. de Gurupi) separou esta nova espécie com as outras espécies desse gênero, apoiando a descrição deste novo táxon. Esta pesquisa demonstra que o estado do Maranhão apresenta elevada diversidade e abundância de flebotomíneos com predominância de espécies importantes na transmissão das leishmanioses que, do ponto de vista epidemiológico, é necessário a continuação de estudos entomológicos em diferentes áreas do Maranhão.

  • LUIS AGUIAR DE MORAIS
  • DESCRIÇÃO DO COMPORTAMENTO REPRODUTIVO DE AVES AMAZÔNICAS UTILIZANDO ARMADILHAS FOTOGRÁFICAS

  • Orientador : GONÇALO MENDES DA CONCEIÇÃO
  • Data: 29/01/2024
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  • Estudos de longo prazo da biologia de reprodutiva, são importantes para o conhecimento da ecologia e evolução de aves em florestas neotropicais, apesar disso, lacunas substanciais permanecem no conhecimento da maioria das espécies da região. O advento de novas tecnologias de monitoramento vem se mostrando efetivo para o estudo do comportamento de aves em reprodução. O objetivo desta pesquisa foi investigar descrever o comportamento reprodutivo de aves amazônicas utilizando monitoramento por armadilhas fotográficas (camera-trap). Foram realizadas buscas por ninhos em áreas de floresta preservada na região da área de endemismo Tapajós, entre o rio Tapajós e Xingu. Uma vez encontrado um ninho, foi instalado um dispositivo de armadilha fotográfica, e iniciado o monitoramento por vídeo. A descrição da biologia reprodutiva usando métodos tradicionais também foi feita em paralelo. Apresentamos aqui dois capítulos como resultados da pesquisa. No primeiro, um artigo descrevendo pela primeira vez os aspectos reprodutivos de um insetívoro de sub-bosque. No segundo discutimos as estratégias de nidificação de uma ave seguidora de formigas nômades.

  • MARIA ALZENIRA LOURA DO CARMO ALBUQUERQUE
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR COVID-19 NO MARANHÃO

  • Orientador : MARIA CLAUDENE BARROS
  • Data: 27/06/2024
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  • A COVID-19 é uma doença viral, infecciosa, com sintomas respiratórios, que tem por agente etiológico o SARS-CoV-2, um tipo de beta coronavírus. Os sintomas predominantes são febres, mal-estar e tosse, cursando de forma branda na maior parte dos infectados. Entretanto, alguns pacientes desenvolvem a forma mais grave, e quando o organismo não consegue se restabelecer, evoluem ao óbito. O enfrentamento à COVID-19 é um desafio na atualidade por ser uma infecção ainda desconhecida quanto aos efeitos sistêmicos a médio e longo prazos. Em vista disso, as medidas públicas de saúde estão direcionadas para a prevenção, o monitoramento e o controle de casos, o que faz surgir a necessidade de investimentos em novas tecnologias em saúde e inovação. Assim, essa pesquisa tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por COVID –19 no Maranhão, nos anos de 2020 a 2022. O estudo foi realizado no Estado do Maranhão sendo a amostra composta por todas as Declarações de Óbitos (DO) por COVID – 19, registradas no banco de dados do Sistema de informação de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Saúde do Estado Maranhão, entre os anos de 2020 a 2022 no Maranhão. Para a seleção, tabulação e análise dos dados foram utilizados os programas Microsoft Excel®; Qgis (Sistemas de Coordenadas Geográfica) e Python. Onde foi gerado as tabelas, mapas e realizou-se análises estatísticas básicas descritivas. Os dados revelaram 15.469 óbitos por COVID-19 no Maranhão, sendo a maior incidência no ano de 2021 com 51,3% (7.928) e com prevalência no mesmo período de 471 óbitos por 100.000 habitantes. Foi observado que houve prevalência nos óbitos do sexo masculino com 58,3% (9.022 óbitos); no que se refere à raça a grande maioria de óbitos foi em pessoas pardas com 63,6% (9.645); faixa etária de 60 a 80 anos; 26,8% (4.045) dos óbitos não tinham nenhuma escolaridade; no estado civil, a prevalência maior foi em casados, com 43,8% (6.587). Em relação a ocupação foi de 29,25% (3.940) para outros cargos Celetistas; para as variáveis de saúde a predominância de óbitos foi no hospital com 89,9%(13.903); as causas básicas revelaram 81,3% (12.575) de óbitos por infecção por Coronavírus de localização não específica (B34.2) e quanto à assistência médica dos óbitos, 92,5% (10.711) foram assistidos. Neste contexto, analisou-se o perfil epidemiológico dos óbitos por COVID –19 no Maranhão, oportunizando documentar o quantitativo de óbitos em diferentes categorias e com essas informações alimentar o sistema de informação sobre mortalidade no estado na contemporaneidade.

  • MARIA GABRIELA DE SOUSA BACELAR
  • AVALIAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DE MADEIRAS COMERCIAIS EXPOSTAS A DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO

  • Orientador : GONÇALO MENDES DA CONCEIÇÃO
  • Data: 29/07/2024
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  • O setor extrativista madeireiro é um dos que mais cresce no Brasil, demonstrando potencialidade nas diversas áreas, seja para uso nas indústrias de papel e celulose, carvão vegetal, moveleiras, artes e a construção civil. O trabalho teve como objetivo caracterizar o perfil socioeconômico dos proprietários de pontos de vendas de madeira e similares no município de Caxias- MA, sob o ponto de vista dos produtos comercializados, do conhecimento dos trabalhados em relação aos mesmo e ainda visando conhecer o perfil econômico deste mercado dentro do município. O estudo foi realizado no município de Caxias-MA, foram feitas visitas a possíveis estabelecimentos que participariam da pesquisa, logo após as visitas foi apresentado os objetivos da pesquisa ao estabelecimentos que aceitaram participar, em seguida foi aplicado um questionário semi- estruturado de perguntas abertas e fechadas, os dados obtidos foram tabulados pelo EXCEL, onde foram gerados gráficos e tabelas que compõem os resultados deste trabalho. Os resultados obtidos durante este estudo mostram que em sua maioria os estabelecimentos do municípios estão localizados no bairro Volta redonda (23,5%), se caracterizam por ser empresas de pequeno porte com nove (9) funcionários, 60% destas já atuam a 10 anos no mercado e ainda afirmam está neste ramo devido à alta rentabilidade (10 empresas). Em relação a escolaridade apenas 13% possui ensino superior completo, sobre a origem da madeira 72% de tudo que é comercializado é de origem do Pará. Concluiu-se que o setor madeireiro é constituído de micro e pequenas empresas, poucos funcionários, os mesmos com renda mensal de menos de um salário mínimo, nível de escolaridade Ensino Fundamental, sem capacitação, madeira é proveniente da região Norte do Brasil, e substituição da utilização da madeira por MDF.

  • PAULA LETYCIA NUNES DE SOUZA
  • CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO EXTRATO CORPORAL DA FORMIGA Paraponera clavata (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) NA PROSPECÇÃO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS

  • Data: 17/05/2024
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  • As formigas formam um grupo globalmente dominante, contribuindo com uma grande proporção da biomassa da fauna terrestre. Várias espécies de formigas são utilizadas como recurso medicinal e constituem um grande arsenal de compostos ativos, sendo comumente utilizada na entomoterapia, além de apresentar uma ampla gama de atividades biológicas. Existem grupos que são citados dentro da cultura popular, especialmente na etnofarmacologia, como a espécie Paraponera clavata, popularmente conhecida como Tucandeira ou Tocandira, que são utilizadas para tratamentos como asma, problemas reumáticos, artrite, dores de ouvido, dores nas costas, alcoolismo e dores difusas. São também conhecidas por possuírem ferroada extremamente dolorosa. A maioria das espécies de formigas possui sistemas funcionais de peçonha derivados de ovipositores, principalmente para defesa e predação. As peçonhas de formigas são misturas complexas de proteínas, peptídeos e pequenas moléculas. Apesar de sua importância biológica e grande potencial, a maioria das peçonhas de formigas não foi caracterizada, gerando a incapacidade dos investigadores em identificar seus componentes. Nesse contexto, os objetivos deste trabalho foram: 1) Descrever o uso de formigas na medicina popular; 2) Investigar as propriedades antioxidantes e identificar os componentes responsáveis por esta atividade no extrato corporal de P. clavata e 3) Analisar, in silico, a presença de peptídeos bioativos na sequência da poneratoxina, a principal toxina presente na formiga P. clavata. Este estudo explorou o uso tradicional das formigas na medicina popular, destacando suas aplicações medicinais, métodos de preparo e doenças tratadas. Quanto ao uso popular identificamos 30 espécies de formigas com destaque para o gênero Atta, seguido dos gêneros Polyrhachis e Oecophylla. Essas formigas são utilizadas moídas, esmagadas, transformadas em chás ou extratos, ou ainda utilizada a peçonha. Os tratamentos mais citados foram à asma, seguidos de problemas reumáticos, artrite, dores de ouvido, dores nas costas, alcoolismo e como analgésico. Destacam-se as espécies dos gêneros Atta, Polyrhachis e Oecophylla por apresentar uma ampla gama de aplicações medicinais. Quanto as propriedades antioxidantes, o extrato bruto de P. clavata foi melhor solubilizado em solução NaCl 0,9%. O extrato apresentou atividade antioxidante nos ensaios de captura direta dos radicais DPPH e ABTS. A fração hexânica apresentou leitura a 280 nm, a fração de diclorometano apresentou um pico de absorção a 270 nm e a fração acetato de etila apresentou um pico de absorção a 259 nm, sugerindo que diferentes moléculas foram isoladas. A análise do extrato em HPLC, utilizando coluna C18, revelou detecção a 220 nm, sugerindo a presença de peptídeos e proteínas. Por fim, a análise in silico da ÿ-paraponeritoxina investigou as propriedades farmacológicas de quatro peptídeos obtidos a partir da sequência primária de ÿ-paraponeritoxina. Os estudos revelaram que os peptídeos apresentam, em diferentes graus, potencial atividade antiviral, antibacteriana e antifúngica, bem como potencial citotoxicidade contra linhagens celulares de melanoma (SK-MEL-28), mieloma múltiplo (RPMI-8226), carcinoma pancreático (PANC-1) e mieloma de células plasmáticas (U-266). Esses achados ampliam o conhecimento sobre o potencial medicinal das formigas e suas peçonhas e suportam estudos futuros para a síntese destes peptídeos em laboratório e investigação de suas propriedades in vitro.

  • RENATA SANTOS VIANA ALMEIDA
  • DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NAUCORIDAE LEACH, 1815 (INSECTA: HEMIPTERA: NEPOMORPHA) NO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 26/02/2024
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  • Naucoridae Leach, 1815 é uma família de percevejos estritamente aquáticos, distribuída nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, é a família mais diversa de Nepomorpha em termos de gêneros e a terceira em número de espécies. Esses insetos são comumente conhecidos como insetos aquáticos rastejantes, compreendendo 400 espécies, 46 gêneros e oito subfamílias. No Brasil são registradas cinco subfamílias, dez gêneros e 70 espécies. Estudos relacionados à taxonomia de Naucoridae são bastante incipientes para o estado do Maranhão. O objetivo deste trabalho foi conhecer a fauna da família Naucoridae no estado do Maranhão, Brasil, com o intuito de reduzir o impedimento taxonômico associado a essa família de insetos. As coletas foram realizadas em ambientes lóticos e lênticos de diferentes pontos do estado, compreendendo diferentes biomas e bacias hidrográficas entre os anos de 2010-2023. O material está depositado no Laboratório de Entomologia Aquática - LEAq e parte será depositado na Coleção Zoológica do Maranhão - CZMA. Ao todo, foram identificados 697 espécimes de 13 espécies, sendo que todas, exceto Limnocoris menkei La Rivers, representam novos registros para o Nordeste do Brasil: Cryphocricos sp. nov., Ctenipocoris sp. nov. 1, Ctenipocoris sp. nov. 2, L. burmeisteri De Carlo, L. menkei, L. minutus De Carlo, L. surinamensis Nieser, Pelocoris binotulatus nigriculus Berg, P. bipunctulus (Herrich-Schäffer), P. magister Montandon, P. poeyi (Guérin-Méneville), P. politus Montandon, e P. subflavus Montandon. Os resultados apresentados neste trabalho demonstraram ser relevantes, pois são dados importantes para compreender a real diversidade e distribuição de Naucoridae na região, passando de uma espécie conhecida para 13 e apresentando três novas espécies, além de contribuir para o enriquecimento do conhecimento dessa fauna. Este trabalho contribui diretamente para a diminuição das lacunas Lineana e Wallaceana em relação a diversidade de Naucoridae para o estado do Maranhão e evidencia a importante diversidade do estado que ainda é pouco estudado e conhecido.

  • SONIA PANTOJA NASCIMENTO LIMA
  • CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE QUANTO AO USO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS INFANTIS

  • Data: 30/04/2024
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  • As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no Sistema Único de Saúde (SUS) referemse a um conjunto de abordagens terapêuticas baseadas em conhecimentos tradicionais e complementares à medicina convencional, a sua importância reside na promoção de um cuidado mais abrangente e integral à saúde, apoiando e valorizando os saberes populares. Dentre as PICs, as plantas medicinais e fitoterápicos são muito bem aceitas pela população em geral, oferecem opções de tratamento menos invasivos e reduzem custos a longo prazo, a fitoterapia pode ser utilizada como prática complementar a tratamentos de diversas doenças incluindo as afecções respiratórias infantis. Assim objetiva-se avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde quanto a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de doenças respiratórias infantis. Trata-se de um estudo multimétodo: metodológico e transversal, dividido em duas etapas: a primeira consistiu na elaboração e validação do instrumento de coleta de dados; a segunda culminou na aplicação do instrumento com os profissionais de saúde, buscando-se identificar o nível de conhecimento destes profissionais acerca do uso de plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de doenças respiratórias infantis. O estudo foi realizado
    no município de Caxias – MA com profissionais da Estratégia Saúde da Família. A análise de dados ocorreu por meio da organização das informações em uma planilha eletrônica no programa Excel e em seguida foi transportada para um banco de dados, utilizando o Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0, em que os dados quantitativos serão ordenados em gráficos e tabelas. A análise exploratória descritiva dar-se-á através de frequências absolutas e relativas, médias e desvio padrão das variáveis quantitativas, onde foram analisados conforme literatura pertinente. A pesquisa foi norteada com base nas normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, conforme a Resolução n. 466/12. Cumprindo-se as etapas, construiu e validou-se a primeira versão do questionário a partir da análise dos 11 juízes especialistas, em que 10 eram enfermeiros, com atuação na área de docência e/ou validação de instrumentos de coleta de dados, e 1 bióloga com experiencia na docência envolvendo plantas medicinais e fitoterápicos. A análise de conteúdo foi realizada por meio do Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC), o presente instrumento teve um CVC total de 0,89. Todos os itens foram julgados sendo claros, pertinentes e relevantes, havendo simetria no tocante as posições e avaliações dos itens por cada um dos juízes. Por meio da coleta de dados usando um instrumento validado, é possível identificar lacunas no conhecimento dos profissionais e evidenciar intervenções direcionadas. Isso é crucial para projetar programas de treinamento e educação contínuada que abordem áreas de deficiência.

  • VITOR EMANUEL SOUSA DA SILVA
  • PROSPECÇÃO DE POTENCIAL LARVICIDA E CITOGENÉTICA DO EXTRATO ETANÓLICO FOLIAR DE Turnera subulata PARA O CONTROLE BIOLÓGICO DE Aedes aegypti E Aedes albopictus

  • Data: 29/04/2024
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  • Doenças como a febre amarela, dengue, vírus Zika e Chikungunya são tidas como um dos principais problemas de saúde pública mundial. Tais enfermidades são de caráter infeccioso e possuem como causa um arbovírus, sendo transmitidas por insetos da família Culicidae. Dentro os espécimes pertencentes a esta família, destacam-se o Aedes aegypti Linnaeus, 1762, e o Aedes albopicus Skuse, 1894, sendo os principais vetores. O A. aegypti é um vetor de hábitos antropofílicos, com capacidade de propagação em distintos tipos de criadouros. Além disso, sua característica de oviposição possui relação direta com os hábitos de armazenamento de água da população. Já o A. albopictus é tido como o principal transmissor da dengue, febre amarela urbana e silvestre e encefalite em países localizados no continente asiático, de onde é oriundo. Entretanto, possui uma extensa disseminação geográfica. O principal foco da grande maioria dos programas de controle é diminuir a densidade populacional do vetor, utilizando-se de técnicas que tem como finalidade a eliminação ou controle dos criadouros do mosquito. Estas técnicas são o controle químico, a utilização de agentes biológicos, dentre outros. Assim, no ano de 2012, a OMS lançou a estratégia global para a prevenção e controle do vetor, visando meios menos degradante ao meio ambiente, Deste modo, em busca de melhores alternativas para o controle do A. aegypti e A. albopictus a fim de menor impacto ambiental e à saúde humana, diversos estudos vêm sendo desenvolvidos com o uso da prospecção química de plantas medicinais. Dentre as plantas medicinais destacam-se as da família Turneraceae com uma vasta distribuição, principalmente localizada nas regiões tropicais e subtropicais, Sendo as espécies de Turnera são bastante conhecidas no Nordeste brasileiro e empregadas na medicina popular. A presente pesquisa tem como objetivo analisar o potencial Larvicida do extrato etanólico foliar da espécie de Turnera subulata Smith, 1817 (Turneraceae) frente a formas larvais de Aedes aegypti e Aedes albopictus, como prospecção de produto alternativo no controle destes vetores. Trata-se de uma pesquisa do tipo experimental analítica prospectiva utilizando o extrato etanólico de Turnera subulata como potencial Larvicida para o controle biológico de Aedes aegypti e Aedes albopictus. O rendimento do extrato de T. subulata foi de 10% em relação ao peso das folhas secas (2100 g). Esse percentual é semelhante aos descritos na literatura, onde extratos, utilizando etanol como solvente, apresentam uma boa proporção da relação solvente e extrato, e uma grande quantidade de compostos secundários bioativos, De acordo com os dados evidenciados, o extrato bruto etanólico de T. subulata possui uma diversidade de compostos bioativos, sendo estes: Saponinas, Taninos, Flavonoides, Alcaloides e Esteroides, Nos bioensaios realizados com o extrato etanólico foliar de T. subulata frente às larvas de A. aegypti e A. albopictus foram identificadas atividade em todas as concentrações do extrato em todos os intervalos de exposição realizados nos experimentos, é digno de destaque que a concentração 0,004 g/ml, sendo a concentração que apresentou uma atividade significativa proporcional ao controle positivo. No teste citogeneticos foi observado a presença da ação citotóxica, através do aumento dos índices mitóticos e redução do crescimento das raízes, contudo, nas análises dos tratamento demonstraram uma ausência de mutagenicidade e genotoxicidade nas concentrações testadas em A. cepa. No entanto, foi observada uma tendência de aumento das aberrações cromossômicas com o aumento da concentração do extrato. Portanto, o extrato etanólico de Turnera subulata demonstrou atividade larvicida significativa, estando equiparado aos compostos químicos sintéticos que comumente são utilizados para o controle larvicida de destas espécies, além de uma grande variedade de compostos químicos secundários bioativos. Além disso, demonstrar ser ausente de
    atividade mutagênica e genotóxica, contudo, apresenta uma ação citotóxica.

2023
Descrição
  • ALANA ELLEN DE SOUSA MARTINS
  • TAXONOMIA DE Hemerodromia MEIGEN, 1822 (DIPTERA, EMPIDIDAE, HEMERODROMIINAE) DO ESTADO DO MARANHÃO COM DESCRIÇÃO DE SEIS ESPÉCIES NOVAS E NOVOS REGISTROS

  • Data: 27/02/2023
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  • Após analisar 182 espécimes de Hemerodromia, foram identificadas seis espécies novas, H. fapema, sp. nov., H. gurupi, sp. nov., H. joanae, sp. nov., H. maranhensis, sp. nov. H. rafaeli, sp. nov. e H. rectlinea, sp. nov.; além de dois registros novos: H. brevicercata Câmara, Takiya, Plant & Rafael e H. cercusdilatata Câmara, Plant & Rafael. As espécies novas são descritas e ilustradas aqui; uma chave de identificação para as espécies encontradas é apresentada.

  • AMANDA KATLY MACHADO DE ALBUQUERQUE
  • PROPORÇÃO DE ZYGOPTERA / ANISOPTERA (INSECTA: ODONATA) COMO FERRAMENTA PARA AVALIAR MUDANÇAS ANTRÓPICAS EM RIACHOS DO CERRADO

  • Data: 28/02/2023
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  • Os ecossistemas aquáticos estão entre os ambientes que mais sofrem com os impactos antrópicos. A detecção e a mensuração rápida desses impactos são de grande importância para a manutenção desses ambientes. A ordem Odonata tem se destacado como um importante bioindicador de qualidade ambiental, devido sua sensibilidade as alterações ambientais, bem como, em virtude de suas exigências ecofisiológicas que as torna muito associadas com as condições de habitats. O objetivo desse trabalho foi avaliar se a razão Zygoptera/Anisoptera pode ser utilizada como uma ferramenta eficaz para avaliar as mudanças antrópicas em riachos do Cerrado. Nossa hipótese é que a proporção de Zygoptera/Anisoptera é uma ferramenta eficiente para medir alterações ambientais nos riachos do Cerrado e que em ambientes mais íntegros haverá uma relação positiva com a abundância e riqueza de espécies de Zygoptera, por outro lado, em ambientes menos íntegros haverá uma relação positiva com a abundância e riqueza de espécies de Anisoptera. O trabalho foi desenvolvido no Bioma Cerrado na mesorregião leste do estado do Maranhão, aonde foram coletados indivíduos adultos de Odonata em 44 riachos, utilizando uma rede entomológica do tipo “puçá” através do protocolo de varredura de áreas fixas, utilizando um transecto de 100m. Foi aplicado o Índice de Integridade de Habitat (IIH) para verificar a integridade do ambiente. Foram coletados 1430 espécimes, distribuídos em quatro famílias, 28 gêneros e 75 espécies. Os táxons mais abundantes foram Argia reclusa Selys, 1865 e Acanthagrion gracile (Rambur, 1842) para Zygoptera e Perithemis lais (Perty, 1834) e Erythrodiplax basalis (Kirby, 1897) para Anisoptera. A nossa hipótese de que a proporção de Zygoptera/Anisoptera é um parâmetro eficiente para medir impactos antrópicos em ecossistemas aquáticos foi corroborada. Assim, observamos que à medida que aumenta a integridade de habitat há um aumento na proporção de riqueza e abundância de Zygoptera e uma redução nesses parâmetros na subordem Anisoptera. Nossos resultados indicam que se a proporção de abundância e riqueza de Zygoptera for maior ou igual a 68% e 58%, respectivamente, os riachos serão considerados conservados e em riachos com proporção de abundância e riqueza de Anisoptera maior que 31% e 41%, respectivamente, serão considerados alterados. Por se tratar de uma distribuição binomial (não-linear) observamos que não há valores fixos de mudança na proporção, por exemplo, com o aumento de uma unidade de IIH ocorre o incremento de aproximadamente 9 indivíduos e 6 espécies de Zygoptera e uma redução na mesma proporção de Anisoptera, no entanto essa mudança vai diminuindo em com o aumento do limiar de integridade. Os padrões detectados no Cerrado foram semelhantes aos encontrados nos estudos do Bioma Amazônico e da Mata Atlântica, confirmando a eficácia desse método avaliar mudanças nas proporções das subordens em ambientes com gradiente de integridade. Concluímos, que a razão Zygoptera/Anisoptera pode ser usado com um aliado para gerar dados de estudos de monitoramento rápidos, de baixo custo e de fácil aplicação, possibilitando o desenvolvimento de medidas de mitigação, controle e conservação de ambientes ameaçados como o registrado no Bioma Cerrado.

  • ANANDA SANTOS FREITAS
  • ANÁLISE ESPACIAL E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA INFECÇÃO LATENTE POR MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS ENTRE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE CAXIAS-MA

  • Data: 23/01/2023
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  • Apesar de ser uma doença tratável e curável, a tuberculose ainda constitui um grave problema de saúde pública e continua sendo a principal causa de morte por doença infecciosa entre adultos em todo o mundo. Entre os grupos de risco para essa infecção estão os profissionais da área da saúde, um dos grupos mais vulneráveis, pois mesmo que não apresentem sintomas podem estar infectados pela forma latente. Deste modo o estudo tem como objetivo: avaliar a distribuição espacial e o perfil epidemiológico da infecção latente por Mycobacterium tuberculosis entre profissionais da atenção primária à saúde da cidade de Caxias-MA. Assim, desenvolveu-se uma pesquisa transversal, descritiva com abordagem quantitativa em 27 Unidades Básicas de Saúde da cidade de Caxias-MA no período entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, com uma amostra de 287 profissionais de saúde da atenção primária. Para identificação da tuberculose latente, realizou-se o Teste Tuberculínico (TT), cujo resultado foi determinado pela leitura do endurado maior ou igual a 5mm entre 48 a 72 horas após aplicação. A análise dos dados ocorreu no software estatístico SPSS versão 22.0 e a análise espacial realizada com o software QGIS versão 3.22. A prevalência da tuberculose latente na população estudada foi de 30,7%. De acordo com a distribuição por categorias dos profissionais de saúde segundo o ponto de corte da TT (≥ 5 mm), observou-se que 36,1% (48), 30,4% (21) e 19,4% (6) daqueles que apresentaram resultado positivo eram ACS, técnicos/auxiliares de enfermagem e enfermeiros, respectivamente. Ter recebido algum treinamento ou capacitação sobre tuberculose foi a única característica associada ao resultado positivo da TT (p=0,008) em comparação aos que não receberam. Para cerca de 30,4 % dos casos reatores, este foi o primeiro contato com o exame. Ademais, ser portador de alguma doença crônica (p=0,713) e hábitos como etilismo (p=0,858) ou tabagismo (p=0,521) não representaram fatores de risco estatisticamente significativos para resultados de prova tuberculínica positiva. Quanto a distribuição espacial a tuberculose latente, mostrou-se predominante nas UBS localizadas na zona central, leste e oeste, respectivamente. Os achados da presente pesquisa, fornecem informações relevantes para as equipes especializadas em medicina do trabalho, o que pode estimular o uso da TT como uma ferramenta de biossegurança, voltada a instituição de medidas e identificação de infecções ligadas a questão ocupacional.

  • ANDRÉIA PEREIRA DOS SANTOS GOMES
  • ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E RASTREIO DE DIABETES MELLITUS

  • Data: 28/02/2023
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  • Introdução: as doenças cardiovasculares, o câncer, o diabetes mellitus e as doenças respiratórias crônicas representam as principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), estas são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes no planeta. Considerando o alto risco para esses indivíduos, os atendimentos presencias nos serviços públicos de saúde foram adaptados conforme a estratificação de risco e a condição clínica do paciente. Objetivo: analisar a adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica, com o uso do instrumento QATHAS - Questionário de Adesão ao Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica, rastreando e identificando o conhecimento sobre diabetes mellitus neste grupo de participantes. Método: estudo transversal, analítico, com abordagem quantitativa, desenvolvido em parceria com 9 equipes de saúde da família, e uma amostra de 128 participantes. Os instrumentos de coleta de dados foram: o QATHAS, Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) e Diabetes Attitude Questionnarie (ATT-19). Neste estudo foi utilizado o nível de confiança usual de 5% (0,05). Para tabulação e organização dos dados foi utilizado o programa Microsoft Excel 2016, e para análise estatística o programa Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS) versão 22. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. E todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: identificou-se com o QATHAS que 38% dos participantes atingiram o nível 90 e 36% o nível 100. Observou-se nas médias de Índice de Massa Corpórea (IMC) e circunferência abdominal dos participantes sobrepeso e acúmulo de gordura abdominal (principalmente nas mulheres). Identificou-se que a mediana de glicemia se manteve acima de 150mg/dl enquanto a meta para as pessoas em tratamento, embora seja individualizada, costuma ser inferior a 150mg/dl. Foi possível correlacionar dentro do público feminino uma adesão positiva em relação ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo e o controle das taxas de glicemia. Com o uso do FINDRISC foi possível verificar uma associação estatisticamente significativa entre a escolaridade e o risco de diabetes. Com o ATT-19 foi verificada uma significância estatística para a diferença entre as proporções de atitude, sendo a atitude negativa mais predominante. Conclusão: identificou-se adesão mediana ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso para hipertensão arterial sistêmica, como também que o baixo nível de escolaridade é fator predisponente, com aumento do risco de o indivíduo com hipertensão arterial sistêmica desenvolver diabetes mellitus. Além disso, os participantes com hipertensão arterial sistêmica associada a diabetes mellitus, tem uma dificuldade em conviver com a doença, ou seja, uma atitude negativa. Os resultados apresentados apontam para um esforço adicional das equipes da estratégia saúde da família no acolhimento, manejo e vínculo com esse público.

  • ANTÔNIA FERNANDA LOPES DA SILVA
  • ANÁLISE FITOQUÍMICA E POTENCIAL ANTIMICROBIANO DE EXTRATOS E FRAÇÕES DE Brosimum gaudichaudii Trécul FRENTE A BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA

  • Data: 02/02/2023
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  • As plantas medicinais constituem um arsenal de produtos com diferentes potenciais a serem explorados. São bastante utilizadas como terapia alternativa e complementar para diversos problemas de saúde, tornando-se ainda, a primeira opção para assistência à saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar o potencial antimicrobiano do extrato etanólico foliar e frações de Brosimum gaudichaudii (Moraceae) frente às bactérias de importância clínica. Para tanto, foram utilizados extratos secos e frações da folha e casca do caule contra cepas bacterianas de padrão ATCC, Escherichia coli, Klesbsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Os extratos foram obtidos por maceração em etanol, seguindo a metodologia descrita na Farmacopeia Brasileira. Após a obtenção dos extratos, seguiu-se para o fracionamento, obtendo as frações bruta, hexânica, clorofórmica, acetato de etila e hidrometanólica. Em seguida, foi realizada a triagem fitoquímica nas frações obtidas, sendo posteriormente submetidas aos testes de susceptibilidade in vitro utilizando a metodologia de disco difusão. Para a realização dos testes de susceptibilidade foi obtida uma suspensão bacteriana ajustada a 0,5 na escala de MacFarland. Posteriormente foi realizada a semeadura em placas de petri contendo ágar Muller Hinton. Os discos foram impregnados contendo 15μL dos extratos nas concentrações de 10, 25, 50 e 100mg/mL, utilizando, como controle positivo, o antibiótico ciprofloxacino e, como controle negativo, o DMSO 10%. O diâmetro dos halos de inibição foi medido com auxílio de um halômetro sobre o fundo da placa. Nos resultados da triagem fitoquímica foram constatadas a presença de uma variedade de metabólitos secundários, tais como flavonoides, esteróides, saponinas, alcaloides, taninos e cumarinas. As frações dos extratos demonstraram atividade inibitória para três bactérias testadas. O halo de inibição variou de 8±0,00 a 14±0,00 mm para K. pneumoniae, 8±0,00 a 10±0,00 mm para P. aeruginosa e 8±0,00 a 9±0,00 mm para S. aureus. Dentre as frações testadas, a fração acetato de etila, tanto do caule quanto da folha, apresentou melhor potencial de inibição. Isso aponta que as frações dos extratos vegetais de Brosimum gaudichaudii Trécul apresentam potencial antimicrobiano. Sendo assim, sugere-se que seja realizado o isolamento dos metabólitos presentes nesta fração para delimitar os principais compostos responsáveis pela ação antimicrobiana.

  • CLAUDESON DE OLIVEIRA VELOZO
  • MELASTOMATACEAE NOS ESTADOS DO MARANHÃO E PIAUÍ, BRASIL: diversidade, endemismo e distribuição

  • Data: 27/02/2023
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  • Os avanços no conhecimento sobre a real diversidade da flora brasileira, ainda são desafiadores. Esse fato pode ser explicado pela vasta extensão territorial do país, por lacunas de informações sobre vários grupos botânicos e pela necessidade de investimentos em projetos de pesquisas e na formação de recursos humanos especializados. Visto isso, a pesquisa objetivou analisar a riqueza, endemismo e distribuição de Melastomataceae nos estados do Maranhão e Piauí. Para a realização do checklist foram utilizados registros de coleta dos repositórios online de dados GBIF, Specieslink, Reflora e Sibbr. Esses registros passaram por um tratamento que envolveu separação dos registros em válidos e inválidos, além de realizar verificações ortográficas, nomenclaturais, padronização de coordenadas, data de coleta, citação de coletores e especialistas que determinaram a identificação do material. Os registros validados foram utilizados para compor o checklist, selecionando-se para cada espécie um voucher. Em relação a distribuição, plotou-se os registros em um arquivo .shp dos estados no software QGIS e a análise se deu por geoprocessamento. Já em relação ao status de conservação, esse foi realizado para as espécies endêmicas de Melastomataceae ocorrentes nos estados do Maranhão e Piauí com o auxílio do manual para uso da lista vermelha da IUCN. Realizou-se também uma modelagem de nicho ecológico (ENM) no ambiente R com uso do pacote ENMTML. Como resultado, foram obtidos um total de 4777 registros de coleta. Após o tratamento dos dados, quanto as questões taxonômicas e geográficas restaram 2486 registros válidos, representando 137 espécies, agrupadas em 26 gêneros. Do total de espécies registradas na pesquisa, 49 são novos registros para o Maranhão ou Piauí. As regiões Norte e Sul (Sudoeste no Piauí) apresentaram os maiores números de coleta e espécies, essas coletas e espécies concentram-se principalmente no domínio Cerrado em detrimento de Amazônia e Caatinga. Com isso, 17 espécies tiveram seus status de conservação verificados, sendo que três foram categorizadas como “Menos preocupante”, oito “Quase ameaçada”, três “Vulnerável”, três “Em perigo”. Em relação a modelagem, as espécies demonstraram possuir uma alta adequabilidade climática, com suas respectivas especificidades. Portanto, a pesquisa mostrou-se relevante, pois, revelou a riqueza de espécies que os estados e a região possuem, demonstrou como isso pode estar aplicado na diversidade de táxons na família, nas regiões dos estados, na vegetação, no domínio fitogeográfico e no endemismo. Também contribuiu com novos dados sobre a conservação e distribuição de algumas espécies endêmicas de Melastomataceae. Por fim, espera-se que os resultados obtidos sirvam de base para futuras pesquisas botânicas de cunho taxonômico, ecológico e de conservação tanto nos estados do Maranhão e Piauí quanto na região Nordeste e no Brasil.

  • DIEGO COSTA DE SOUSA
  • EFICIÊNCIA DO USO DE GÊNEROS E FAMÍLIAS DE HETEROPTERA NO BIOMONITORAMENTO DE RIACHOS DO CERRADO NO LESTE MARANHENSE

  • Data: 23/03/2023
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  • Os Heteroptera são insetos aquáticos que respondem a alterações ecológicas, detectam mudanças ambientais que podem ser mensuradas com métricas, como por exemplo o Índice de Integridade de Habitat (IIH). Este trabalho tem como objetivo avaliar quais níveis taxonômicos podem ser mais eficientes na avaliação dos impactos ambientais. Testando as seguintes hipóteses: i. os táxons mais altos de Heteroptera apresentarão congruência com táxon mais baixo; ii. a integridade ambiental dos riachos afetará a composição de famílias, gêneros e espécies e criará pontos de mudança na abundância e na frequência de cada táxon. A pesquisa foi realizada em 30 riachos, aplicando IIH. A captura dos insetos foi realizada com o uso de uma peneira e rapiché, em um transecto de 100m. Para a obtenção dos dados, uma Análise de Componentes Principais (PCA) foi usada para avaliar a variação das condições de integridade entre os riachos e também para realizar a ordenação do IIH final de cada unidade amostral. Para avaliar a variação na composição da comunidade foi utilizada uma Analise de Coordenadas Principais (PCoA). Para testar a hipótese i. foi utilizada a análise de Procrustes. Para testar a hipótese ii. a identificação dos pontos de mudança das comunidades de família, gênero e espécie em resposta ao gradiente, foi utilizado a Análise de Taxa do Indicador de Limite TITAN. Foram coletados 2.165 indivíduos de duas infraordens (Gerromorpha e Nepomorpha) distribuídos em oito famílias, 20 gêneros e 36 espécies. Em relação ao IIH, 11 riachos são preservados com IIH entre 0.50 a 0.69 e percebe-se que os pontos amostrais estão bem distribuídos ao longo do gradiente em todos os níveis taxonômicos. O grau de congruência foi alto (acima de 78%), independente da resolução utilizada. Os pontos de mudanças para espécie ocorrem entre 0.44 (fsumz-) e 0.54 (fsumz+) de integridade, já para gênero foi entre 0.54 (fsumz-) e 0,48 (fsumz+) e família entre 0.44 (fsumz-) e 0.50 (fsumz+). As comunidades de Heteroptera são afetadas pela integridade do ambiente, pois mostram sensibilidade do grupo aos impactos antrópicos. Belostoma sp e Ranatra williamsi são indicadoras negativas e Stridulivelia tersa indicadora com respostas positivas. Para os gêneros, Limnogonus, Martarrega e Ranatra apresentaram respostas negativas ao gradiente e Cylindrostethus, Stridulivelia e Limnocoris com respostas positivas. Em família, Belostomatidae mostrou respostas negativas e Veliidade resposta positiva ao gradiente. Este estudo mostra que o IIH é uma importante ferramenta para avaliar a estrutura ambiental de riachos no Leste Maranhense, pois houve a seleção de métricas, como padrão de uso da terra além da zona de vegetação ribeirinha IIH1, e estrutura do barranco do rio IIH7, indicadoras da estrutura do ambiente, onde são essenciais para composição de Heteroptera nos ecossistemas aquáticos. O uso de Heteroptera como indicadores de ambientes aquáticos realizados em ótica de maior nível taxonômico, são úteis na realização de estudos de impactos, tornando as pesquisas mais eficientes, de custos baixos e trazendo informações precisas, do mesmo modo que se utiliza espécies.

  • FRANCISLEIA FALCÃO FRANÇA SANTOS SIQUEIRA
  • Apitoxina, Antifúngico, Candida, Cryptococcus

  • Orientador : FRANCISCO LAURINDO DA SILVA
  • Data: 23/03/2023
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  • Infecções fúngicas têm sido um problema de saúde mundial, estimando-se que mais de 300 milhões de pessoas sofrem com infecções fúngicas severas a cada ano. Dentre os principais causadores dessas infecções destacam-se as espécies do gênero Candida e Cryptococcus que tem representado grande desafio clínico devido às dificuldades de diagnóstico e tratamento destas infecções. O objetivo foi analisar a atividade da Apitoxina frente às cepas ATCC de Candida albicans, Candida tropicalis, Candida krusei, Candida parapsilosis e Cryptococcus neoformans de importância em saúde pública. A apitoxina foi obtida de abelhas pertencentes à espécie tipo Apis mellifera scutella Lepeletier (Abelha africanizada). Para determinação da atividade antifúngica foi utilizado o método de difusão em disco com diferentes concentrações da apitoxina. Nas concentrações de 50 μg.mL–1 e 100 μg.mL–1, o veneno apresentou atividade inibitória de forma dose-dependente sobre todas as cepas testadas, com zona de inibição variando entre 8,67±1,15 – 9,33±0,58 mm para a concentração de 50 μg.mL–1 e 10,33±0,58 – 16,00±5,29 mm para 100 μg.mL–1. Foi feita a modulação da Apitoxina com antifúgicos padrões frente as leveduras do gênero Candida e Cryptococcus. Além disso, foi realizados testes da atividade hemolítica. Na concentração 8 μg.mL–1, o veneno apresentou atividade fungicida para Cryptococcus. E nas concetraçoes, 128, 32, 32 e 64μg.mL–1, respectivamente, para Candida albicans, C. tropicalis, C. krusei e C. parapsilosis. Os resultados alcançados mostram indícios de que a Apitoxina deve ser estudada de forma mais minuciosa como uma possível alternativa terapêutica no combate às infecções fúngicas causadas por determinadas espécies de leveduras do gênero Candida e pela espécie Cryptococcus neoformans.

     

  • JOÃO HERIBERTO DE OLIVEIRA
  • PADRÃO DE MUDAS, PLUMAGENS E IDENTIFICAÇÃO DA IDADE DE Antilophia bokermanni COELHO & SILVA, 1998 (AVES, PIPRIDAE)

  • Data: 28/03/2023
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  • A identificação das estratégias e dos ciclos de mudas de penas são de grande importância para determinar a idade e o sexo das aves, e estes por sua vez permitem obter conhecimentos acerca da sua ecologia e dinâmica populacional. O presente estudo teve como objetivo descrever os padrões de mudas e a sequência de plumagens de Antilophia bokermanni, em busca de parâmetros morfométricos e qualitativos para apontar sua idade e sexo. As aves foram capturadas com redes de neblina de abril/2021 a setembro/2022, em três localidades no município de Crato, Ceará. Foi utilizado o sistema proposto por Wolfe, Ryder e Pyler (molt-based ageing system, WRP) para definição dos ciclos de mudas, e testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney para averiguar diferenças morfométricas de asa, cauda, tarso e peso. Cada indivíduo recebeu um código de idade equivalente ao seu ciclo de muda, e os ciclos foram determinados de acordo com o início de uma muda pré-básica e outra. Foram definidos códigos de ciclo para 103 indivíduos, e 12 categorias de idade foram identificadas na população amostrada. Antilophia bokermanni foi determinado como tendo uma Estratégia Básica Complexa (EBC), com uma muda pré-formativa parcial em seu 1º ciclo e mudas pré-básicas de extensão completa. A muda de penas teve maior frequência ao final do período reprodutivo (com pico em fevereiro) e raramente se sobrepôs à reprodução. A FCJ (primeira plumagem juvenil) apresentou-se com penas com cerdas mais espaçadas em todo o corpo, de cor verde e de menor qualidade. Essas penas foram substituídas até o terceiro mês de vida por uma muda pré-formativa (FPF, primeira muda pré-formativa), gerando uma plumagem formativa (FCF). A FCF foi identificada por meio do limite de mudas entre as grandes coberteiras, e retrizes com formas pontiagudas, além de algumas penas discretamente avermelhadas no dorso e na cabeça em machos. A SPB (2ª muda pré-basica), em machos, gerou uma plumagem com penas avermelhadas no píleo e no dorso (formando um “V” nas costas). As fêmeas, a partir da SPB, apresentaram plumagem indistinguível das básicas subsequentes, enquanto os machos apresentaram a maturação da plumagem mais tardia, e somente quando atingiram o 4º ciclo – a partir daí o ciclo foi identificado como definitivo. Foram constatadas diferenças significativas nos caracteres morfométricos em nível de idade (entre o 1º e o 4º ciclo) para comprimento de asa (1.5 mm) e comprimento de cauda (4.9 mm), e em nível de sexo para comprimento de asa (♂ = 77,5 mm versus ♀ = 76,1 mm), cauda (♂ = 64,9 mm versus ♀ = 62,5 mm). Os resultados obtidos nesse estudo estabelecem uma ferramenta indispensável que garante a identificação segura e imediata da idade e sexo de Antilophia bokermanni, requisito básico para estudos demográficos, monitoramento populacional e programas de conservação.

  • JOSÉ CARLOS DE CARVALHO ARRAES
  • FLORÍSTICA, FITOSSOCIOLOGIA E SÍNDROME DE DISPERSÃO DO ESTRATO ARBÓREO-ARBUSTIVO DE TRÊS ÁREAS DE CAATINGA EM NÍVEIS DIFERENTES DE CONSERVAÇÃO NO PIAUÍ

  • Data: 24/02/2023
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  • A caatinga tem sido explorada através de atividades agrícolas, pecuária, extrativista, indústrias ceramistas e gesseiras, bem como parques de energia eólica e solar, o que contribui ainda mais para o aumento das áreas degradadas. As mudanças florísticas, estruturais e de síndromes de dispersões das comunidades vegetais que passam por processos de sucessão ecológica, causados por ações antrópicas, são pouco conhecidas na caatinga, o que é proveniente do deficit de estudos comparativos dos parâmetros florísticos, fitossociológicos e de suas síndromes, o que gera a falta de dados na literatura e resultados, como também conhecimento e compreensão do desenvolvimento dessa vegetação diante de ações antropogênicas. A comparação de três áreas de caatinga, no aspecto florístico, fitossociológico e de sua síndrome de dispersão entre áreas em diferentes estágios de conservação, pode ajudar a compreender as mudanças que ocorrem na vegetação. Objetivou-se com a pesquisa comparar três áreas de caatinga, com diferentes níveis de conservação, para compreender as mudanças da vegetação diante de ações antrópicas. O estudo foi realizado em três áreas de caatinga com diferentes níveis de conservação, no município de Campinas do Piauí/PI, nas quais foram instaladas 34 parcelas de 10x10m. Nas unidades amostrais foram amostrados todos os indivíduos vivos arbóreo-arbustivos, com circunferência à altura do solo (CAS) ≥ a 10 cm e altura total (AT) ≥ 1,30 m. A análise morfológica do material botânico coletado foi realizada em laboratório, para identificação dos espécimes. Para as análises fitossociológica foram avaliados os parâmetros da estrutura horizontal e vertical das espécies: densidade absoluta (DA) e relativa (DR), frequência absoluta (FA) e relativa (FR), dominância absoluta (DoA) e relativa (DoR) e os índices do valor de importância (IVI) e de cobertura (IVC). A diversidade florística através do índice de Shannon Wiener (H’), equabilidadede Pielou (J), índice de similaridade de Jaccard (J’) e Sørensen. A distribuição diamétrica e hipsométrica foi realizada com intervalo de classe de 3 cm e 1m respectivamente. Para cada espécie identificada foi descrito o tipo de fruto e sua síndrome, de acordo com a dispersão de seus diásporos e bibliografia especializada. Foi feita uma análise do percentual da síndrome de dispersão das espécies de cada área, como também, uma análise de componentes principais (PCA), para destacar se existe diferença na representatividade das síndromes de dispersão entre as áreas. A partir dos parâmetros analisados, foram feitas comparações entre as áreas, no aspecto florístico, estrutural, de sua síndrome de dispersão, bem como seus índices, apontando suas principais diferenças e relações. A área I (25 anos de conservação) apresentou Índice de Shannon-Wiener (H´) e equabilidade de Pielou (J´) de 1,49 e 0,51 respectivamente, com 993 indivíduos, 18 espécies, 16 gêneros, 7 famílias, com densidade total de 2920,59. A área II (60 anos de conservação), com (H`) = 2,44 e (J´) = 0,73, apresentou 467 indivíduos, 28 espécies, 25 gêneros, 10 famílias, com densidade total de 1373,53. A área III (sem evidência antrópicas há 90 anos), com (H´) = 2,62 e (J´) = 0,73, com 705 indivíduos, 36 espécies, 31 gênero, 15 família e densidade total 2073,53. A família Fabaceae apresentou maior número de espécies, tipos de síndromes e frutos nas três áreas. A similaridade florística de Jaccard e Sørensen mostrou alta similaridade entre as áreas II e III, e baixa similaridade entre as áreas (I-II) e (I-III). A baixa riqueza encontrada para área I, como a baixa similaridade entre essa e as demais áreas, é uma clara evidencia da perturbação que essa vegetação sofreu. A dominância de espécies pioneiras e secundárias iniciais como (Croton blanchetianus, Cenostigma bracteosum, Mimosa tenuiflora, Combretum leprosum), nas áreas I e II, indicaram um menor grau de recuperação em relação a área III. As ações antrópicas afetam diretamente a estrutura e diversidade das espécies, com perda de diversidade e redução ou aumento da dominância para certos grupos de espécies. Em áreas de caatinga antropizada, o número de espécies e a densidade dos indivíduos variam com o tempo de conservação, sendo que para a primeira, isso acontece de forma crescente, à medida que as áreas são conservadas. Houve maior percentual da síndrome autocórica seguido por anemocórica e por último zoocórica. Os frutos mais comuns foram legume e cápsula. O percentual e a analises de componentes principais (PCA), mostraram representatividade das síndromes autocóricas e anemocóricas, que estão ligadas principalmente a área I. Apesar da menor representatividade as síndromes autocórica/zoocória e zoocórica apontaram afinidade com as áreas mais conservadas (II e III).

  • JÚLIA SILVA OLIVEIRA
  • MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM AMBIENTES ABERTOS: REVISITANDO A DISTRIBUIÇÃO ATUAL PARA ENTENDER E ASSEGURAR O FUTURO DOS SQUAMATA PSAMÓFILOS DA DIAGONAL DE FORMAÇÕES ABERTAS DA AMÉRICA DO SUL

  • Data: 30/01/2023
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  • Identificar regiões que contribuem para a persistência da biodiversidade, em cenários de mudanças climáticas, fornece informações básicas para a tomada de decisões sobre conservação em uma velocidade equivalente ao avanço da destruição. Nosso objetivo é (1) prever a distribuição potencial das espécies de Squamata psamófilos endêmicas da Diagonal das Formações Abertas (DOF) no cenário atual, (2) identificar áreas prioritárias de levantamento, (3) estimar os impactos das mudanças climáticas em dois cenários futuros de emissão de CO2 e (4) discutir estratégias para salvaguardar essas espécies-alvo. Criamos um banco de dados de ocorrências com base em dados de coleções biológicas e literatura científica. Usamos variáveis ambientais para os períodos atual e futuro, tanto em cenários otimistas quanto pessimistas para executar os modelos de distribuição potencial usando nove algoritmos; foram considerados apenas os modelos com TSS > 0,8. Elaboramos o modelo consensos considerando a média dos modelos individuais, e então elaboramos os mapas gerais de adequabilidade para cada cenário. Obtivemos modelos consensos de distribuição potencial com alto desempenho para todas as espécies e cenários. Apesar da comprovada equivalência com os registros de ocorrência da espécie, nosso estudo também indica áreas potenciais de ocorrência para os Squamata psamófilos da DOF que ainda precisam ser amostrados e são prioridade de levantamento para futuros inventários em regiões do Cerrado, Chaco, Mata Atlântica e Pampas. Em todas as projeções futuras, prevê-se que mudanças climáticas alterem a adequabilidade e promova mudanças na distribuição das espécies, modificando os padrões de riqueza dos Squamata psamófilos da DOF. Finalmente, demonstramos que as condições climáticas futuras podem diminuir a eficácia das áreas atuais na proteção da diversidade desses répteis. Nossos resultados destacam a vulnerabilidade dos Squamata psamófilos da Diagonal Seca da América do Sul às mudanças climáticas e fornecem informações cruciais sobre a necessidade de políticas públicas dinâmicas para conservação dessas espécies.

  • LEANDRA MARIA DOS SANTOS CARDOSO
  • Taxonomia de Viridigona Naglis, 2003 (Diptera: Dolichopodidae) da região Meio Norte do Brasil com a descrição de três espécies novas e novo registro

  • Data: 28/02/2023
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  • Dolichopodidae é a quarta família de Díptera, em número de espécies formalmente descritas. Os dolicopodídeos estão amplamente distribuídos em todas as regiões zoogeográficas, exceto na Antártida. A família está representada por cerca de 8.063 espécies formalmente descritas em 290 gêneros e 19 subfamílias, sensu stricto, para o mundo. Para a Região Neotropical estão descritas cerca de 1.219 espécies, estas distribuídas em 77 gêneros em 13 subfamílias. Para o Brasil, estão descritas cerca de 219 espécies distribuídas em 31 gêneros e 11 subfamílias, incluindo Neurigoninae objeto deste estudo. Neurigoninae possui 220 espécies conhecidas pela ciência em 15 gêneros distribuídos em três tribos para o mundo: Coeloglutini, Dactylomyiini e Neurigonini; esta, representada por sete gêneros e 204 espécies, entre os quais está Viridigona Naglis, com 28 espécies descritas para a Região Neotropical, nove delas registradas para o Brasil. Este trabalho tem por objetivo estudar taxonomicamente os espécimes de Viridigona do acervo da CZMA - Coleção Zoológica do Maranhão. As identificações taxonômicas foram realizadas mediante o uso de chaves dicotômicas especializadas para o grupo, além de interpretações das descrições originais. Foram analisados 185 espécimes de Viridigona, distribuídos em dois grupos de espécies, duas espécies por grupo, assim distribuídas em grupo albisigna: Viridigona mapi, sp. nov., Viridigona piauiensis, sp. nov., e grupo viridis: Viridigona symmetrica, sp. nov. e Viridigona asymmetrica Naglis, 2003, descritas e ilustradas neste manuscrito. Tais resultados representam o primeiro registro de Viridigona para o Nordeste brasileiro.

  • MARIA FERNANDA RIBEIRO FERREIRA
  • PADRÕES DE DIVERSIDADE DE LARVAS DE ODONATA (INSECTA) EM RIACHOS DA SAVANA TROPICAL

  • Data: 27/02/2023
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  • Os ecossistemas aquáticos de água doce podem ser influenciados em diferentes escalas por atividades antrópicas. Na última década o Cerrado tem perdido expressiva área de vegetação devido ao uso do solo para a pecuária, monoculturas de soja e a urbanização, resultando na diminuição de recursos alóctones para os ecossistemas aquáticos e perda da diversidade local. Nesse contexto, o objetivo geral da dissertação foi verificar como as atividades antrópicas nos riachos do Cerrado têm influenciado na diversidade de larvas de Odonata e como é estruturada a ocorrência desses indivíduos nos diferentes habitats desses riachos. A dissertação foi composta em duas seções. Na primeira, nós avaliamos se diversidade de larvas de Odonata em riachos antropizados do Cerrado é principalmente em função das modificações dos habitats locais ou do uso antrópico na área de drenagem dos riachos. Após analisar dados de 40 riachos distribuídos entre as bacias do Itapecuru e Parnaíba, os quais estão inseridos em uma paisagem caracterizada pela presença de formação florestal, mosaico de usos e urbanização, nossos resultados mostraram que a diversidade alfa foi maior para a bacia do Itapecuru a qual apresenta maior proporção de urbanização. Houve baixa dissimilaridade média da diversidade beta entre as bacias, no entanto a composição foi diferente e, o componente de substituição da diversidade beta foi o predominante entre as bacias. As características do habitat local foram os principais preditores dos padrões de diversidade de larvas de Odonata entre as bacias e, ressaltamos que para manter a diversidade desses indivíduos a cobertura de dossel dos riachos, mesmo que fragmentada, deve ser considerado na elaboração de políticas de conservação dos ambientes aquáticos. Na segunda sessão, nós avaliamos a importância dos habitats de riachos antropizados no Cerrado na ocorrência de larvas de Odonata. Nós coletamos indivíduos de larvas de Odonata em 46 riachos entre as bacias Itapecuru e Parnaíba, em quatro tipos de substratos (folhas, raiz, macrófita e areia) e dois tipos de fluxo (remanso e corredeira). Os resultados mostraram que a abundância e riqueza foram maiores no fluxo remanso, substrato macrófita e mesohabitat remanso macrófita, a composição também foi diferente entre os fluxos, substratos e mesohabitats. Além disso, encontramos associações isoladas e coerentes entre os fluxos, substratos e mesohabitats. Portanto, os resultados encontrados nesse estudo são consistentes com a ideia de que a diversidade de Odonata é mantida em riachos antropizadas no Cerrado devida a interação entre habitat disponibilizados pela paisagem.

  • NARUNA ARITANA COSTA MELO
  • AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICO E SUA ASSOCIAÇÃO COM O POLIMORFISMO DO GENE NOS3 EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS

  • Data: 04/05/2023
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  • A doença renal crônica é caracterizada pela perda gradativa da função renal, com relevante impacto para a saúde pública por estar associada a carga de fatores de risco cardiovascular e à mortalidade prematura. Por ser uma doença multifatorial, variantes genéticas podem estar envolvidas em sua patogênese e nesse contexto, existe um interesse em examinar a associação entre o polimorfismo Glu298Asp dentro da enzima óxido nítrico-sintase endotelial (eNOS) do gene NOS3 e a presença de problemas cardiometabólicos em pacientes renais. Dessa forma, o estudo teve por objetivo avaliar os fatores de risco cardiometabólico, bem como perfil bioquímico, parâmetros antropométricos e sua associação com o polimorfismo do gene NOS3 em pacientes renais crônicos. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 95 pacientes acompanhados em um centro de prevenção de Doença Renal e universitários. Foram avaliados dados sociodemográficos, antropométricos, bioquímicos e hemodinâmicos. Para determinação da frequência do polimorfismo Glu298Asp, foi realizado a extração do DNA a partir de sangue total, seguido de amplificação através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) com primers específicos e submetidos à reação de sequenciamento de DNA. Para a análise estatística foi utilizado o software SPPS® versão 25.0, sendo aplicado os testes t de Student e ANOVA One Way para comparação entre os grupos. A curva ROC avaliou os melhores preditores não invasivos da síndrome metabólica (SM). Os resultados no que se refere a epidemiologia foram considerados significativos quando p<0,05. Houve prevalência do sexo feminino (p<0,001) e alterações na glicemia, frações lipídicas, pressão arterial, índice de massa corporal (IMC), gordura corporal (%), circunferência da cintura e risco para SM no grupo renal. Os melhores preditores não invasivos de SM foram a relação cintura-estatura (AUCROC=0,85), IMC (AUCROC=0,80) e percentual de gordura corporal (AUCROC=0,80). E na análise polimórfica, 65 indivíduos foram considerados homozigotos normais, um indivíduo homozigoto mutado e 28 considerados heterozigotos. A presença do risco para síndrome metabólica demonstra maior risco cardiometabólico no grupo renal. Foi evidenciado a presença de um único indivíduo com o polimorfismo Glu298Asp, entretanto não foi possível associar sua presença com o risco cardiometabólico. E quanto aos melhores preditores não invasivos de SM foram destacados a relação cintura-estatura, índice de massa corporal e percentual de gordura corporal.

  • NATÁLIA FRANCISCA DA SILVA SOUZA
  • AVES DO PIAUÍ: DIVERSIDADE, CONSERVAÇÃO E LACUNAS DE CONHECIMENTO

  • Data: 29/03/2023
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  • Atualmente no Brasil são conhecidas 1.971 espécies de aves, divididas em 33 ordens, 102 famílias, 85 subfamílias e 732 gêneros. Nesse sentido, o processo de levantamentos e compilações é indispensável para o avanço do conhecimento da diversidade local, contribuindo para o conhecimento e conservação da avifauna. O estado do Piauí, localizado na região Nordeste do Brasil, sua avifauna atualmente é conhecida pelos diversos trabalhos publicados, sendo estes em diferentes localidades do estado, ou seja, todo conhecimento encontra-se ainda disperso em várias publicações. Neste estudo compilamos a lista das espécies da avifauna com ocorrência no estado do Piauí. Para o levantamento de dados, foram realizadas durante o período de Abril/2021 a Abril/2022, consultas a artigos científicos, livros digitais e impressos, bases de dados do Wikiaves, revistas digitais, repositório de instituições e depósitos em museus por meio do site e acesso aos e-mails dos curadores de suas respectivas coleções. Todos os materiais consultados que possuíam listas, registro(s) de espécie(s) ou gênero foram incorporados ao banco de dados distintos (documentos e registros de espécie). Para validação destes registros, foram excluídos trabalhos fundamentados em entrevistas e recebimento de animais por CETAS. Neste estudo foram compilados 29.109 registros de ocorrência de aves coletadas ou observadas no estado do Piauí, gerando uma lista com 551 espécies de aves, distribuídas em 29 ordens e 80 famílias. As espécies com maior número de registros foram Cyanocorax cyanopogon (N = 288), Paroaria dominicana (N = 279) e Coryphospingus pileatus (N = 253). Dos 224 municípios do estado, 166 possuem no mínimo um registro de ocorrência de espécie, sendo Parnaíba (N=1.031) e Uruçuí (N=725) os dois municípios com maior número de registros. Os resultados deste estudo representam a primeira lista de aves ocorrentes no estado do Piauí, constituindo uma base sólida para futuras pesquisas e para a compreensão dos padrões de distribuição e dispersão das aves do estado. Além disso, preenche uma lacuna de conhecimento sobre a diversidade de espécies de todo território do estado do Piauí.

  • ROMARIO DE SOUSA OLIVEIRA
  • ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL E MODELAGEM PREDITIVA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NO MARANHÃO, BRASIL: IMPLICAÇÕES PARA AÇÕES DE SAÚDE PÚBLICA

  • Data: 28/02/2023
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  • A leishmaniose tegumentar (LT), doença parasitária que acomete tegumento e/ou mucosas, se caracteriza como um importante problema de saúde pública em diversas regiões tropicais do mundo. Nas Américas, o Brasil possui a maior ocorrência da doença, especialmente nas regiões norte e nordeste. No maranhão, a dinâmica de distribuição da doença e sua associação com vulnerabilidade social não é bem compreendida. Além disso, o impacto da recente pandemia da COVID-19 nos registros de casos novos da LT ainda não foi bem mensurado. Este estudo analisou a dinâmica espaço-temporal, a influência dos fatores de vulnerabilidade social e o impacto da pandemia de COVID-19 na ocorrência da LT no Maranhão, além de desenvolver um modelo matemático para simular e prever a tendência da incidência nos próximos anos. Para análise geoestatística, foram considerados os casos confirmados do período de 2007 a 2020 obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizado suavização empírica dos dados através do método bayesiano. A autocorrelação espacial e estatística de varredura foram utilizados para determinação dos conglomerados espaciais e espaço-temporais, além de sua correlação com os indicadores de vulnerabilidade social (IVS). Para avaliar o possível impacto da COVID-19 nos registros de LT, foi aplicada a métrica P-score. Para isso, foram utilizadas informações da incidência mensal da doença no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020. Foi desenvolvido um modelo de previsão baseado na média móvel integrada autorregressiva sazonal, através da abordagem Box-Jenkins, seguindo as fases de pré-tratamento da amostra, identificação/estimação, diagnóstico e previsão dos casos para o período de janeiro de 2007 a dezembro de 2020, com previsão até dezembro de 2025. No período de 2007 a 2020, foram confirmados 26.159 casos de LT, com conglomerados espaciais predominando no oeste maranhense, com discreta expansão para o leste. Todos os domínios do IVS apresentaram correlação positiva com a taxa de incidência de LT suavizada. A análise espaço-temporal identificou um cluster mais provável (primário) e três clusters secundários para alta incidência da doença. No ano de 2020, início da pandemia no Brasil, eram esperados 1.346 casos de LT, no entanto somente 1.158 foram notificados, representando uma queda de 13,94%. A regional de saúde de São Luís apresentou as maiores quedas de possíveis novos registros da doença (-69, 63%). O modelo SARIMA (1,0,2)x(0,1,1)12 apresentou melhor ajuste, portanto, foi o escolhido para realizar uma previsão para o período de janeiro de 2021 a dezembro de 2025, onde a LT apresentou tendência decrescente. Os achados desse estudo sugere que a existência de conglomerados espaciais e espaço-temporais em áreas de grande vulnerabilidade social. Além disso, as subnotificações parecem ter se potencializado com a pandemia de COVID-19. Nesse sentido, é crítico e urgente a otimização de estratégias de prevenção e controle da doença no Maranhão, com priorização de recursos nas áreas de maior necessidade.

  • ROSEANE CÁSSIA GALENO OLIVEIRA
  • DIVERSIDADE MOLECULAR DE Astyanax bimaculatus (LINNAEUS 1758), EM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO DO MARANHÃO, NORDESTE DO BRASIL

  • Data: 24/02/2023
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  • Astyanax bimaculatus são pequenos caracídeos, conhecidos popularmente como piabas, tetras ou lambaris, formam um complexo de espécies que engloba 18 táxons, caracterizados por uma mancha escura acima da linha lateral e outra preta alongada no pedúnculo caudal. A técnica DNA barcode permite a identificação de táxons, auxiliando metodologias tradicionais, possibilitando uma maior compreensão da ictiofauna. Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo identificar molecularmente via DNA barcode A. bimaculatus encontrados em bacias hidrográficas maranhenses, determinando os índices de diversidade molecular utilizando o gene mitocondrial COI. Os espécimes utilizados foram coletados, fotografados, identificados e retirados fragmentos de tecido muscular, para ser utilizado na extração de DNA, em seguida foi realizada a amplificação do gene COI via PCR e sequenciamento. As sequências obtidas foram analisadas nos softwares: BioEdit, Mega X, DnaSP, NETWORK, BAPS, Arlequim, jModelTest2, BEAST, FigTree, RaxML e Inkscape. Para a delimitação das Unidades Taxonômicas Operacionais (OTU’s), foram utilizados os modelos ABGD, ASAP, GMYC e bPTP. As sequências foram plotadas na plataforma BOLDSystems para confirmar a identificação morfológica. Adicionou-se ao banco de dados 50 sequências de A. bimaculatus disponíveis no Genbank dos Rios Parnaíba, Amazonas, Paraguai, São Francisco, Tocantins e Paraíba do Sul para comparar com as 50 sequências das bacias hidrográficas localizadas no Estado do Maranhão (Pericumã, Itapecuru, Mearim e Parnaíba). Foram analisadas 100 sequências com um fragmento de 636 pares de bases (pb), com 515 sítios conservados e 121 sítios variáveis e 32 haplótipos, com diversidade haplotípica de h= 0,9289 e nucleotídica de π =0,0523. A rede haplotípica gerou seis haplogrupos com divergência genética intrapopulacional variando de 0 a 2% separando as populações dos Rios Pericumã, Itapecuru e Mearim das demais bacias analisadas, corroborando com a árvore de Inferência Bayesiana (IB) que as agrupou em um único clado e com os grupos gerados no BAPS que tiveram a mesma constituição genética. Em todos os modelos de delimitação empregados houve a formação de uma única OTU que agrupou as três populações maranhenses. A AMOVA – Análise Molecular de Variância indicou que a maior variação ocorreu entre os grupos, com altos valores de Fst = 0,911 para a análise que considerou todas as populações, Fst = 0,945 quando se considerou somente as populações coletadas em bacias do Estado do Maranhão e Fst = 0,908 para o teste que considerou os haplogrupos formados. Nossos resultados confirmam a ocorrência de uma OTU exclusiva que agrupa as populações Pericumã, Itapecuru e Mearim, não havendo compartilhamento de haplótipos com outras bacias hidrográficas brasileiras, contribuindo para o melhor entendimento da diversidade do complexo A. bimaculatus, uma vez que se evidenciou uma nova linhagem para bacias maranhenses.

  • WAGNER RIBEIRO DA SILVA JUNIOR
  • Samambaias e Licófitas da região geográfica imediata de São Luis, MA, Brasil.

  • Data: 23/02/2023
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  • Licófitas e samambaias são plantas traqueófitas sem sementes, que se reproduzem através de esporos e dependem de ambientes úmidos para a fecundação. Possuem diversos substratos, ao qual as mais comuns são as terrestres, epífitas e rupícolas. O Maranhão apresenta grande variedade de hábitats ideais para o desenvolvimento desses vegetais principalmente devido ao seu aspecto ecotonal, porém poucos são os estudos a respeito desse grupo. O Maranhão é dividido em cinco Regiões Geográficas Intermediárias e 22 Regiões Geográficas imediatas, dentre elas está a Região Geográfica Imediata de São Luís, que é uma região situada na transição entre a Amazônia e o Cerrado e apresenta vasta variedade de corpos hídricos como corredeiras e cachoeiras, além de rios como o Una, Munim, Arruda e Boqueirão. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento florístico das licófitas e samambaias na Região Geográfica Imediata de São Luís e efetuar uma análise de similaridade florística para determinar se a composição local se assemelha mais ao bioma Amazônia ou Cerrado, além de propor status de conservação preliminares para as espécies coletadas. A coleta de dados ocorreu entre abril de 2020 e setembro de 2022 em 13 municípios, com espécimes coletados e identificados segundo as técnicas usuais de coleta e literatura especializada. O material coletado foi depositado nos herbários HABIT, SLUI e SP. Para análise de similaridade utilizou-se dados de levantamentos florísticos realizados no Maranhão, Pará e Paraná em conjunto com o índice de similaridade de Jaccard e uma análise de agrupamento pelo método de associação média (UPGMA) com suporte interno calculado através de 5000 simulações de bootstrap por meio do software Paleontological Statistics – PAST. Foram identificadas 63 espécies, sendo 60 de samambaias, em 18 famílias e 37 gêneros e três espécies de licófitas, em dois gêneros da mesma família. Desse total, dez espécies (15,9%) são novas ocorrências para o estado do Maranhão, das quais três também são reportadas pela primeira vez para a região Nordeste do Brasil. A família mais representativa foi Pteridaceae (17 espécies), seguida por Polypodiaceae (nove espécies). Os principais substratos observados foram os terrícolas, com 34 espécies (54%), epífita com 15 espécies (23,8%), aquática com quatro espécies (6,3%), rupícola com três espécies (4,7%) e hemiepífita com duas espécies (3,1%). Cinco espécies (8,1%) apresentaram mais de um substrato. Utilizando os dados de ocorrência dessas espécies e comparando com estudos realizados em áreas de Amazônia, Cerrado e transições no Maranhão e outras áreas do Brasil, efetuou-se a análise de similaridade florística, que apontou maior afinidade da área de estudo com espécies de ocorrência amazônica. Posteriormente, realizou-se a avaliação preliminar do grau de ameaça dessas espécies, concluindo-se que 50,8% (32 spp.) foram classificadas como vulneráveis, 31,8% (20 spp.) foram classificadas como em perigo e 17,4% (11 spp.) foram classificadas como quase ameaçadas. Esse estudo ampliou o conhecimento sobre a distribuição geográfica das espécies de samambaias e licófitas no Maranhão para a região Central do Norte do Maranhão, até então sem nenhuma amostragem significativa, além de ter sido o primeiro estudo sobre similaridade florística com ênfase em samambaias e licófitas do Maranhão.

  • WENDERSON COSTA DA SILVA
  • TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DE EXTRATOS VEGETAIS CONTRA BACTÉRIAS DE RELEVÂNCIA CLÍNICA

  • Data: 23/03/2023
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  • O controle contra microrganismos infeciosos multirresistentes às vezes é ineficaz mesmo com a descoberta de novos antibióticos, em função dos inúmeros mecanismos de resistência que eles apresentam. Diversos extratos vegetais de plantas medicinais de uso popular possuem efeitos antimicrobianos, representando dessa forma, uma alternativa terapêutica para doenças infeciosas. O objetivo deste trabalho foi investigar o potencial antibacteriano de extratos e frações preparadas a partir da casca do caule e das folhas de Caryocar brasiliense Cambess, Astronium urundeuva, e Copernicia prunifera utilizando ensaios in vitro. Foram realizadas análises de triagem fitoquímica pelo método de precipitação e coloração em tubos de ensaio e atividade antibacteriana frente a bactérias padronizadas de Klebsiella pneumoniae (ATCC13883), Escherichia coli, (ATCC 25922), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e Staphylococcus aureus (ATCC 25923), pelo método disco-difusão e pelo método de microdiluição em caldo em placas de 96 poços. Os resultados da triagem fitoquímica de C. brasiliense Cambess, A. urundeuva e C. prunifera mostram a presença de diversos constituintes bioativos com potencial antimicrobiano, como flavonoides, esteroides livres, triterpenóides pentacíclicos livres, saponinas e alcaloides. Além disso, foram identificados taninos hidrolisáveis e condensados em A. urundeuva e taninos condensados em C. prunifera. Com relação a atividade antibacteriana, os extratos brutos e frações de C. brasiliense Cambess apresentaram efeito inibitório contra S. aureus, K. pneumomiae e P. aeruginosa com halos de inibição que variou de 7,5±1,40 a 18,3±6,06 mm, sendo S. aureus mais sensível aos testes de difusão em disco. Pela microdiluição em caldo os extratos foram mais efetivos contra K. pnuemoniae (Concentração Inibitória Mínima (CIM) = 125-1000 μg/mL) seguido de S. aureus (CIM = 250-1000 μg/mL). Os extratos foram inativos contra E. coli. Para. A. urundeuva, os resultados mostram que a cepa de S. aureus foi a mais sensível aos testes pelo método de difusão em disco, com zonas de inibição variando de 8.33 ±0.58 a 12,33±0,58 mm; seguido de K. pneumoniae (7.33±1.15 a 11.33±0.58), sendo a E. coli e P. aeruginosa mais resistentes aos testes. Houve maior atividade inibitória pelo método de microdiluição em caldo, sendo S. aureus mais sensível aos testes (125-1000 μg/mL), seguido de K. pneumoniae (250-1000 μg/mL). E por fim, para C. prunifera, os extratos etanólico e frações da casca do caule e folhas tiveram atividade inibitória contra S. aureus e K. pneumonie com zona de inibição que variou de 7,0±1,73 a 9,33±0,58 mm pelo método de difusão em disco. Pelo método de microdiluição em caldo os extratos foram satisfatórios somente contra K. pneumoniae (CIM = 125 a 1000 μg/mL) S. aureus, P. aeruginosa e E. coli se mostraram resistentes aos testes (CIM > 1000 μg/mL). Com base nos resultados, os extratos de C. brasiliense Cambess, A. urundeuva e C. prunifera podem vir a ser agentes alternativos para o controle de infecções associadas a essas bactérias, após estudos de toxicidade e testes in vivo.

  • ZENÓHBIA VERÔNICA SANTOS RIBEIRO
  • SUSCETIBILIDADE DE Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762) AO ESPINOSADE E SUA ATIVIDADE LARVICIDA NO MUNICÍPIO DE CAXIAS-MA

  • Data: 13/04/2023
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  • O espinosade é um dos larvicidas utilizados no controle de mosquitos vetores. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar a suscetibilidade do Aedes aegypti ao espinosade e sua atividade larvicida em populações em Caxias-MA. Verificou-se que os tanques desprotegidos apresentaram 100% de mortalidade até o 21º dia, enquanto nos tanques protegidos a efetividade do larvicida manteve-se 100% durante 77 dias de experimento. O efeito do biolarvicida na eclosão das larvas expostas à concentração 10% mostrou uma mortalidade de 43,2% em 48 horas. Na concentração de 50% observou-se mortalidade em 24 horas, com 64%, em 48 horas, 99,2%, e com 72 horas, 100%. Na concentração de 100%, nas 24 horas, houve uma mortalidade de 79,2%, com 100% em 48h. Para os testes com atividade ovicida, observou-se 100% na inibição da eclosão dos ovos nas primeiras 24h. Nos bioensaios quantitativos observou-se maior toxicidade na avaliação de 72h, com menores valores de CL50 e CL90 com 0.016 mg/L e 0.045 mg/L, respectivamente. Verificou-se também menores valores de CL50 com 0.050 mg/L e 0.021 mg/L quando comparado com A. aegypti da cepa Rockefeller com CL50 0.123 mg/L e 0.089 mg/L em 24 e 48 horas, respectivamente. Quando analisado o nível de suscetibilidade, observou-se mortalidade de 100% em 24h de exposição à concentração diagnóstica (0,904 mg/L), demostrando alto nível de suscetibilidade do vetor ao produto biológico. O nível de resistência da população de A. aegypti ao biolarvicida foi considerada suscetível, pois apresentaram valores menores que 5 com 0,4 e 0,2 em 24 e 48 horas, respectivamente.

2022
Descrição
  • ADRIELLY DA SILVA VIEIRA
  • ANATOMIA FOLIAR DO GÊNERO Calea L. seção Monanthocalea (NEUROLAENEAE, ASTERACEAE) E SUAS IMPLICAÇÕES TAXÔNOMICAS

  • Data: 30/05/2022
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  • Asteraceae é uma das maiores famílias pertencente ao grupo das angiospermas, com distribuição neotropical, 1600-1700 gêneros e 44 tribos distribuídos em 13 subfamílias, onde a aliança Heliantheae possui entre 20 a 25% de todas as espécies. Neurolaneae Rydb. é umas da aliança Heliantheae que no Brasil é representada apenas por duas subtribos (Neurolaneinae e Enydrinea), com três gêneros Calea L., Enydra Lour. e Staurochlamys Baker. Calea foi subdivido em cinco seções segundo a morfologia de suas espécies: Calea sect.. Calea, Calea. sect.. Lemathium, Calea sect.. Meyeria, Calea sect.. Monanthocalea e Calea sect.. Haplocalea. Calea graminifolia, calea tridactylita e Calea coronopifolia são espécies do gênero Calea sect. Monanthocaleae. Onde a primeira apresentou indivíduos depositados em herbários com divergências morfológicas quanto ao hábito, folha e presença de tricomas. Já C. cornopifolia e C. tridactylita são espécies que compartilham quase todas as características morfológicas exceto pelas características das lacínias das flores do disco, pelas páleas do eixo da inflorescência e as cipselas glabras em C. coronopifolia e pilosa nas costelas em C. tridactylita. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa foi analisar anatomia foliar de amostras desses indivíduos com intuito caracterizar e contribuir na resolução das questões acerca da classificação dessas espécies. A análise da anatomia foliar mostrou que todas as espécies compartilham epiderme uniestratificada, cutícula espessa, presença de tricomas, estruturas secretoras e feixes colaterais. Também indicou que as amostras de C. graminifolia diferem significativamente na sua anatomia quanto ao contorno da lâmina foliar, ausência e presença de extensão da bainha, tipos de tricomas e estruturas secretoras. E demonstrou que o contorno da lâmina foliar foi caráter diagnóstico na diferenciação entre C. cornopifolia e C. tridactylita. Por fim, essa pesquisa também é relevante por trazer informações acerca da anatomia foliar de espécies do gênero Calea que ainda não haviam sido estudadas.

  • ALEXANDRE FERNANDO RODRIGUES ROCHA
  • CHECKLIST E PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE ARECACEAE NO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 30/06/2022
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  • A família Arecaceae é um grupo que agrega plantas popularmente chamadas palmeiras, as quais se destacam por possuir grande importância econômica entre as espécies vasculares. As palmeiras são encontradas praticamente em todo o país e distribuídas também em regiões tropicais e subtropicais do planeta. Arecaceae pertence à ordem Arecales e está dividida em cinco subfamílias: Arecoideae, Calamoideae, Coryphoideae, Ceroxyloideae e Nypoideae. Para fins de conservação, torna-se importante informações sobre a ocorrência e distribuição das espécies no espaço geográfico. Entre os estados brasileiros, o Maranhão destaca-se pelos déficits de conhecimento botânico, principalmente a respeito das palmeiras, um grupo importante que possui formações vegetacionais exclusivas, como Matas de Cocais no Maranhão, onde predomina os babaçuais, entre outras espécies, que possuem forte potencial econômico, que têm sido impactadas com a acelerada degradação. Devido aos déficits de conhecimento e ameaças as palmeiras do Estado, a pesquisa teve como objetivo elaborar um checklist atualizado de Arecaceae, com análise da distribuição espacial das espécies no estado do Maranhão, demonstrando o padrão das palmeiras e modelar duas espécies de forte potencial econômico, babaçu-Attalea speciosa e buriti-Mauritia flexuosa. Com base nos repositórios de dados: GBIF, speciesLink, Reflora e SiBBr, foram obtidos os registos de coletas de palmeiras do Maranhão para criação de um banco de dados das espécies, que posteriormente passaram pela “limpeza”, onde os registros foram validados de forma espacial e taxonômica. Foram avaliados também a sinonímia e adicionado os nomes aceitos. Todas as etapas foram realizadas manualmente no aplicativo Excel 2013. Com a construção da lista foram atualizadas 235 coletas, distribuídas 41 espécies, 15 gêneros e dois híbridos. Os gêneros mais representativos em números de espécies, Geonoma, Bactris Jacq. ex Scop., Syagrus e Attalea. A distribuição geográfica das espécies no Maranhão foi realizada por meio da análise de geoprocessamento, na qual, o shapefile do estado foi dividida em quadrículas de 1º x 1º (áreas amostrais do estudo). Os municípios que apresentaram os maiores números de ocorrência de palmeiras foram Balsas, Carolina, Codó, Zé Doca, Bom Jardim, Mirador e Estreito, os demais 50 municípios apresentaram entre uma a cinco ocorrência. As quadrículas com maior riqueza (10 a 14 espécies) encontravam-se em unidades de conservação e terras indígenas, desmostrando padrão de distribuição com agregamento de pontos de ocorrência. Para os modelos foram utilizadas 28 variáveis climáticas, edáficas e topográficas, nove algoritmos disponíveis no pacote biomod2. Os modelos de distribuição de espécies demostraram que A. speciosa apresentou adequabilidade ambiental estável para o cenário futuro (2050), entretanto para M. flexuosa, os modelos evidenciaram perda futura (2050), de adequabilidade devido as mudanças climáticas.

  • AMALIA DOS ANJOS BEIMS
  • SELEÇÃO DE ISOLADOS DE Bacillus thuringiensis BERLINER 1911 COM POTENCIAL INSETICIDA EM LARVAS DE Aedes albopictus SKUSE 1894 (DIPTERA: CULICIDAE)

  • Data: 25/05/2022
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  • O mosquito Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse, 1895) é nativo do sudeste asiático, possui competência na transmissão de diversos arbovírus e vem trazendo preocupação às autoridades de saúde pública do Brasil pela sua expansão territorial e potencial capacidade vetorial. A bactéria Bacillus thuringiensis (Bacillales: Bacillacea) (Berliner, 1911) é um dos principais agentes de controle biológico de mosquitos vetores, pois sua patogenicidade e modo de ação torna sua aplicação segura, viável e eficaz.  Além de apresentar segurança ambiental, e dificultar o aparecimento de populações de insetos resistentes. Com isso, o presente trabalho tem como objetivo selecionar linhagens de B. thuringiensis do Maranhão para o controle biológico de A. albopictus. Foram selecionadas 93 linhagens de B. thuringiensis do Banco de Bacilos Entomopatogênicos do Maranhão (BBENMA) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), seguindo o seguinte critério: utilizar isolados que já foram testados para A. aegypti, com mortalidade acima de 50% em bioensaios seletivos, e que não foram testados para A. albopictus.  Foram selecionadas 93 linhagens, provenientes dos biomas Amazônico, Caatinga e Cerrado, em que foram realizados bioensaios seletivos para determinar a ação entomopatogênica dos bacilos contra as larvas de A. albopictus. Dos isolados testados, cerca de 13 obtiveram mortalidade acima de 50%. Em relação aos genes analisados, os genes cyt1Aa, cry4Aa e cry11Aa foram os mais frequentes. Dentre as cepas que demonstraram alta atividade larvicida, as linhagens BtMA-750 e BtMA-1114 apresentaram a maior quantidade de genes diptero específicos, proporcionando o aumento da toxicidade das respectivas cepas. A seleção de linhagens provenientes de ambientes de clima tropical, já adaptadas a estas condições, facilita futuras alternativas no controle de mosquitos de importância médica presentes nessas localidades. Portanto, os isolados de B. thuringiensis mostraram alto potencial para o controle de larvas de A. albopictus podendo ser utilizados em programas de controle desse vetor.

  • AMANDA CAROLINE CARDOSO E SILVA
  • Dna Barcode na identificação de peixes do rio Mearim e seus tributários, Maranhão, Brasil

  • Data: 30/05/2022
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  • A bacia hidrográfica do Rio Mearim é genuinamente maranhense, possuindo um papel importante na economia e alimentação de comunidades ribeirinhas, embora venha sofrendo constantemente com os impactos antropogênicos. Seus afluentes abrigam uma diversidade de peixes que permanecem mal documentadas e inconclusivas. Nesse sentido, esse estudo teve como objetivo identificar via DNA Barcode a ictiofauna da bacia do Rio Mearim com a implementação de modelos de delimitação de espécies, na tentativa de detectar possíveis ocorrências e/ou novas espécies para ampliar o conhecimento da fauna de peixes deste importante ecossistema. As coletas foram realizadas nos Rios Grajaú, Flores, Corda, Pindaré e Mearim (alto, médio e baixo curso) utilizando apetrechos de pesca. Os táxons foram identificados usando chaves taxonômicas e submetidos às técnicas moleculares: extração, amplificação do gene COI via PCR e sequenciamento. Foram usados softwares para as análises filogenéticas, distâncias genéticas e delimitação de OTUs (Unidades Taxonômicas Operacionais). Obtivemos 905 sequências, sendo 73 espécies, 65 gêneros, 32 famílias e dez ordens. Um total de 56 espécies (76,7%) foram identificadas via DNA Barcode, apresentando baixos níveis de divergências genéticas intraespecíficas (0,2%,). Os resultados deste estudo revelaram a ocorrência de dois novos registros para a bacia do Rio Mearim, as espécies Bryconops affinis e Sturisoma robustum. As relações filogenéticas apontam para ocorrência de duas linhagens para os táxons Leporinus, Loricaria, Pimelodella e Hoplias, com a formação de subclados bem definidos. As análises de delimitação de espécies identificaram 70 (ABGD), 71 (ASAP), 74 (PTP) e 75 (GMYC) OTUs. Este estudo apresenta ainda as espécies endêmicas do Nordeste brasileiro nos tributários da bacia do Rio Mearim, sendo abordado no capítulo 2.

  • ANASTÁCIA DOS SANTOS GONÇALVES
  • Leguminosas do Maranhão: composição, distribuição e conservação de áreas prioritárias

  • Data: 30/06/2022
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  • A pesquisa teve como objetivo conhecer a composição, distribuição e as áreas prioritárias de coleta e conservação de Leguminosae no estado do Maranhão. Foi estruturada uma lista de espécies verificadas para o estado, com a utilização de um sistema de gerenciamento informatizado. Para isso, foi produzido um banco de dados com informações retiradas de repositórios digitais, com filtragem de informações geográficas e taxonômicas, e posteriormente produção da lista de espécies, sendo determinadas informações sobre formas de vida e domínios fitogeográficos de acordo com a Flora do Brasil 2020. Foram produzidos mapas para a ilustração de como a família está distribuída, quais áreas mais coletadas e quais regiões mais ricas no Estado, com indicação de áreas para conservação, através da detecção de áreas de endemismo. Para analisar a distribuição geográfica, foi plotado o território maranhense em um mapa de grids de 1° grau de latitude por 1° grau de longitude. No Maranhão foram registradas cinco subfamílias para Leguminosae, com 128 gêneros e 593 espécies, o que representa uma alta diversidade para a flora maranhense, em relação ao Brasil o estado maranhense ocupava a 11º posição, sendo elevado para o 8º lugar, como estado mais diverso em Leguminosae do Brasil. As espécies foram distribuídas nas seguintes subfamílias: Caesalpinioideae, Papilionoideae, Dialioideae, Cercidoideae e Detarioideae, onde Papilionoideae foi a subfamília mais rica. As áreas mais ricas em coletas foram Sul, Leste e fragmentos do Norte, assim como foram as regiões mais ricas em espécies para o Estado. Sugere-se que os locais prioritários para conservação ocorram no Gurupi, Norte e Sul por possuírem altas taxas de endemismo e sofrerem com as ações antrópicas, e o Cerrado com o avanço acelerado da agroindústria. A pesquisa é relevante para o conhecimento do Maranhão, pois é o primeiro estudo que avalia a distribuição de coletas da leguminosas no estado e infere áreas para conservação. As informações retiradas de repositórios digitais, filtrados e analisados, fornecem um número expressivo de Leguminosae para o estado do Maranhão, permitindo a elaboração de uma lista de espécies para a família, o que auxiliará na realização de estudos futuros em várias linhas de pesquisas, como taxonomia e conservação, e reconhece o Estado como o segundo mais diverso no Nordeste brasileiro, considerando a família mais rica do País.

  • ANDRESA SOARES DA COSTA BRITO
  • USO DE CAIXAS NINHO POR VERTEBRADOS NO CERRADO DO LESTE MARANHENSE

  • Data: 31/05/2022
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  • O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e vem sofrendo alterações severas na sua vegetação, a maioria delas em decorrência de ações humanas. Essas, por sua vez, reduzem a disponibilidade de recursos utilizados por diversos vertebrados, como por exemplo cavidades naturais. Esse problema pode ser minimizado com a adição de ninhos artificiais ou caixas-ninho. No presente estudo objetivamos avaliar a taxa de ocupação de caixas-ninho por vertebrados em remanescentes de Cerrado do leste maranhense, verificando diferenças na ocupação com relação à altura e ao diâmetro da entrada distintos. Foram instaladas 136 caixas-ninho, cujo monitoramento foi realizado quinzenalmente. O teste qui-quadrado (χ2) foi aplicado para verificar diferenças nas taxas de ocupação das caixas-ninho com relação à altura e ao diâmetro do orifício de entrada. Um total de 51,4% (N = 70) das caixas-ninho foi utilizada por vertebrados, seja para abrigo e/ou reprodução. Dessas, 45 foram ocupadas mais de uma vez, perfazendo um total de 197 ocupações, das quais 78,1% (N = 154) foram ocupadas por mamíferos marsupiais (Didelphidae), 8,1% (N = 16) por serpentes e lagartos, 10,1% (N = 20) por aves e 3,5% (N = 7) por anfíbios. A espécie que teve a maior taxa de ocupação foi Caluromys philander, que ocupou 28,6% (N = 39) das caixas-ninho. No total, 11 caixas-ninho foram ocupadas por Caluromys philander para reprodução e 37 para abrigo. Em relação aos vertebrados em geral foi constatada maior ocupação de caixas-ninho instaladas abaixo de dois metros de altura (p < 0,005; 73,6%; N = 145), assim como maior ocupação das caixas-ninho com diâmetro do orifício de entrada de 5 cm (p < 0,005; 90,3%, N = 178), só com relação a C. philander foi constatada maior ocupação em caixas instaladas abaixo de dois metros de altura (p < 0,005; 69,3%; N = 86), assim como maior ocupação em caixas com diâmetro do orifício de entrada de 5 cm (p < 0,005; 90,3%, N = 112). Mediante a ocupação observada no presente estudo, conclui-se que caixas-ninho são uma alternativa viável para conservação de vertebrados, uma vez que são frequentemente utilizadas por diferentes grupos para abrigo e reprodução. Nosso estudo mostrou também um bom desempenho das caixas-ninho para C. philander, sendo uma alternativa viável e de baixo custo para estudos dessa espécie.

  • DILMA MARIA LIMEIRA DA SILVA
  • Neurigona Rondani, 1856 (Dolichopodidae: Neurigoninae) da Amazônia maranhense com descrição de sete espécies novas

  • Data: 31/05/2022
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  • Neurigona Rondani (Diptera: Dolichopodidae) é um gênero cosmopolita com 163 espécies formalmente descritas, abundante na Região Neotropical com 44 espécies descritas, 12 das quais estão registradas para o Brasil. Sete espécies novas são descritas e ilustradas aqui: Neurigona amazomaranhensis, sp. nov., Neurigona fapema, sp. nov., Neurigona helemunizae, sp. nov., Neurigona raimundoi, sp. nov., grupo banksi; Neurigona maranhensis, sp. nov., Neurigona mariae, sp. nov., grupo tenuicauda; Neurigona zeaugustoi, sp. nov., é colocada em “unplaced”. Uma chave de identificação para os grupos, assim como para as espécies dos grupos aqui registrados, será apresentada.

  • GEYSLA DA COSTA FERNANDES
  • Phylogenetic relationships, Maranta, Monocots, Monophyly, Molecular Markers, Systematics.

  • Data: 28/04/2022
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  • Marantaceae is the second largest family belonging to the order Zingiberales with distribution throughout the pantropical region. This family has representatives with great economic and ornamental potential. Maranta is one of its largest genera, and is exclusive to the neotropical region with more than half of its species occurring in Brazil. In some previous phylogenetic studies, Maranta was presented as non-monophyletic, however these studies are inconclusive. Therefore, this theses aimed to present a phylogenetic hypothesis for the genus Maranta, for which we used nuclear (ITS) and plastid molecular markers [rpl32-trnL, rps16 (intron), and trnL-F]. The sampling includes 32 species distributed in eight genera (Ctenanthe, Halopegia, Hylaeanthe, Koernickanthe, Maranta, Myrosma, Saranthe and Stromanthe). Bayesian Inference and Maxima Likelihood analyzes were performed, and the indels present in the molecular marker matrices were coded. Our results confirmed the non-monophyly of Maranta. The Baysian Inference analysis of the data combined with the use of informative indels provided better results with higher internal supports. The analyzed species are divided into two clades, one formed by Maranta, Hylaeanthe, Myrosma and Koernickanthe, and another formed by Ctenanthe, Saranthe and Stromanthe. In the first clade, the species of Hylaeanthe, Myrosma and Koernickanthe are nested between species of Maranta. This study highlighted the need for a new circumscription for Maranta, expanding the genus, and although most species of Hylaeanthe, Myrosma (monospecific), Koernickanthe (monospecific) already have combinations in Maranta, here we present twonecessary combinations and a new name of Hylaeanthe in Maranta.

  • JORDÂNIA LETÍCIA DO NASCIMENTO SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO DE INSETOS DA ORDEM EPHEMEROPTERA (INSECTA) EM TRIBUTÁRIOS DO RIO ITAPECURU ATRAVÉS DE MARCADORES MITOCONDRIAIS

  • Data: 12/07/2022
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  • A ordem Ephemeroptera ocupa quase todos os ambientes aquáticos, e são sensíveis as alterações ambientais, por isso considerados bioindicadores de qualidade de água e ambiental, fazendo parte do grupo dos ETP (Ephemeroptera, Tricoptera e Plecoptera). Apesar da grande importância, a dificuldade ou limitação do avanço da identificação morfológica cria obstáculos ao avanço dos estudos para essa ordem de insetos. Um exemplo são as chaves taxonômicas que geralmente existem apenas para um determinado estágio de vida ou gênero e suas estruturas que são facilmente danificadas ou perdidas, assim ferramentas moleculares como marcadores moleculares mitocondriais vem auxiliando nessa problemática. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo caracterizar e delimitar espécies/gêneros da ordem Ephemeroptera em rios e riachos da Bacia do Itapecuru, no Cerrado do Leste Maranhense, utilizando sequências dos genes mitocondriais rRNA 16S e COI. As coletas das ninfas e adultos foram realizadas em trechos de rio e riachos nas delimitações da Bacia Hidrográfica do Rio Itapecuru, posteriormente os espécimes foram identificados usando chaves de identificações específicas para a família Leptophlebiidae. Materiais depositados no Laboratório de Entomologia Aquática do CESC/UEMA, foram submetidas as técnicas moleculares como a Extração de DNA, amplificação dos genes via PCR e sequenciamento. Os produtos do sequenciamento foram submetidos a softwares para realizar as análises filogenéticas, distâncias genéticas e delimitação de espécie para o gene COI. Foram obtidas 122 sequências, sendo 82 para o gene rRNA 16S e 40 para o gene COI, as análises foram realizadas com os dados concatenados, obtendo um fragmento de 1121 pares de bases, correspondendo a 17 gêneros, 26 espécies e cinco famílias, com médias das divergências genéticas intraespecíficas variando de 0 a 0,3% e interespecíficas de 1,20 a 55,30%. Os agrupamentos pelas reconstruções filogenéticas de Máxima verossimilhança (ML) e Inferência Bayesiana (BI) apresentaram clados fortemente sustentados, indicando concordância com as espécies atribuídas por identificação morfológica, com exceção de Hidrosmilodon sp. e Hidrosmilodon gillieesae, que se apresentaram em clados separados. As análises de delimitação de espécies para o gene COI identificaram 17 OTUs para os métodos ABGD, ASAP, PTP e 16 para o GMYC. Novos registros de gêneros/espécie foram confirmados para o Maranhão como Hagenulopsis, Cloeodes, Caenis e Campylocia anceps. Gerando uma base de dados genéticos pioneiros para o estado do Maranhão, cuja utilização poderá ter implicações diretas nos estudos taxonômicos e de conservação para a ordem.

  • KAMENE COSTA DE SOUSA
  • PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

  • Data: 30/05/2022
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  • O envelhecimento é configurado como a diminuição gradativa das funções orgânicas, logo após o indivíduo atingir a idade adulta, decorrentes da passagem dos anos. Na terceira idade, surgem algumas adversidades, bem como, a perda do papel social, a aposentadoria, a solidão e o falecimento do cônjuge, aspectos que por sua vez podem estar associados ao desencadeamento de sintomas depressivos e prejuízos na capacidade funcional destes sujeitos. A Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa (AMPI) é um instrumento interdisciplinar que pode auxiliar no rastreio e na detecção dos indícios de sintomas depressivos e nos níveis de dependência funcional. Ante ao exposto, o objetivo geral da pesquisa é avaliar a prevalência e fatores associados a sintomas depressivos em idosos assistidos na Atenção Primária à Saúde (APS) no município de Caxias, correlacionando-os com a capacidade funcional. A pesquisa é do tipo transversal e analítica, com abordagem quantitativa e teve como local a residência dos idosos cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com uma amostra de 188 idosos. A coleta se deu por meio do formulário sociodemográfico, da Escala da Depressão Geriátrica (GDS-15), do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), do Índice de Katz e da Escala de Lawton e Brody. Os resultados evidenciaram que a prevalência de sintomas depressivos nos idosos investigados foi de 29,8%; os fatores associados à dependência foram a idade, a renda, a escolaridade, o estado civil, as deficiências, e o fator domiciliado. Por fim, conclui-se que os dados desse trabalho podem auxiliar os profissionais de saúde para a identificação e compreensão de fatores relacionados à sintomatologia depressiva e à capacidade funcional dos idosos, delineando estratégias de avaliação, ações de prevenção, promoção de tratamento e entendendo que a capacidade funcional é um indicador do processo saúde-doença, essencial para o planejamento das intervenções e monitoração do estado clínico-funcional dessa população.

  • LETÍCIA DA SILVA
  • POTENCIAL ANTIMICROBIANO DA SECREÇÃO DA GLÂNDULA METAPLEURAL DE Paraponera clavata (FABRICIUS, 1775) (FORMICIDAE: PARAPONERINAE)

  • Data: 21/06/2022
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  • A resistência de micro-organismos patogênicos aos medicamentos convencionais constitui um sério problema de Saúde Pública. A problemática da resistência tem gerado a necessidade do conhecimento de substâncias bioativas que possam atuar como alternativas no tratamento de infecções provocadas por fungos e bactérias. O efeito antimicrobiano da secreção da glândula metapleural já foi demonstrado em algumas espécies de formigas. O presente estudo teve como objetivo analisar o efeito antimicrobiano do extrato da glândula metapleural da formiga Paraponera clavata frente as cepas ATCC de bactérias patogênicas Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae e do fungo Candida albicans. Realizou-se a coleta de operárias de formigas, sendo estas mantidas em ninhos artificiais. As glândulas metapleurais foram extraídas e maceradas em hexano, seguido das etapas de evaporação do solvente. Os testes de suscetibilidade foram realizadas pela metodologia da difusão em ágar com a formação de poços, sendo formados poços na segunda camada e adicionados 40μl da amostra do extrato da glândula metapleural. Diferentes concentrações do extrato metapleural foram testadas frente aos micro-organismos. Verificou-se que o extrato da glândula metapleural de P. clavata não inibiu as bactérias e o fungo utilizados na pesquisa. Contudo, destaca-se a importância da realização de testes com outros micro-organismos, tendo em vista que o potencial da glândula metapleural de outras espécies de formigas ter sido comprovado em estudos anteriores e da relevância da descoberta de compostos bioativos alternativos.

  • LUCAS RAFAEL UCHOA
  • Padrões de riqueza e distribuição de lagartos (Répteis: Squamata) da Caatinga, Nordeste do Brasil

  • Data: 07/03/2022
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  • A Caatinga é a maior região de floresta seca da América do Sul, exclusivamente situada no nordeste do Brasil. Foi historicamente negligenciada quanto aos estudos de biodiversidade e erroneamente entendida como pobre em espécies e endemismos para diversos grupos de organismos. Quanto à herpetofauna, estudos com lagartos lideraram o conhecimento sobre a diversidade e endemismos dos répteis na Caatinga e nortearam as primeiras indicações de áreas prioritárias para a região. Contudo, apesar dos avanços, dados detalhados sobre distribuição dos lagartos na Caatinga, ainda estão fragmentados. Apresentamos aqui a mais recente síntese detalhada e atualizada do conhecimento sobre os lagartos da Caatinga, fornecemos (i) lista de espécies; (ii) padrão de riqueza taxonômica; (iii) lacunas e vieses espaciais no conhecimento; e (iv) mapas detalhados de distribuição de todas as espécies que contém com pelo menos um registro de ocorrência dentro dos limites da Caatinga. Confeccionamos uma base de dados utilizando dados de ocorrências de lagartos na Caatinga oriundos de coleções científicas, coleta em campo e literatura. Produzimos mapas de distribuição atualizados, calculamos a Extensão de Ocorrência e fornecemos o perfil ambiental para cada espécie registrada. Produzimos mapa de padrão de riqueza taxonômica e de amostragem. A base de dados é composta por 20.444 registros de lagartos para a Caatinga. Registramos 88 espécies de lagartos (13 famílias), sendo 50% endêmicas. Identificamos 37,5% das espécies com distribuição restrita. Identificamos que 69,8% da Caatinga não tem nenhum registro de ocorrência de lagartos (corresponde a 869 municípios). Os dados apresentados, constitui importante passo no sentido de sintetizar de forma detalhada o conhecimento acumulado sobre os lagartos da Caatinga e constitui importante produto para o planejamento acurado de ações de conservação dos lagartos. Adicionalmente, direciona ações para avançarmos no conhecimento dos lagartos da Caatinga: concentrar inventários em áreas de vazio amostral; atualização contínua do banco de dados de ocorrências as espécies, em especial para espécies com poucos registros de ocorrências; avançarmos na geração de dados de autoecologia das espécies (em especial das endêmicas).

  • LUCIANA ROCHA PAULA
  • ANÁLISE MICROBIOLÓGICA, FÍSICO- QUÍMICA E POR METAIS PESADOS DO RIO ITAPECURU NO LESTE MARANHENSE

  • Data: 21/06/2022
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  • No Leste Maranhense perpassa a bacia do rio Itapecuru, um dos principais rios que percorrem o estado do Maranhão. Nota-se que com o passar dos anos, houve um aumento da poluição dos mananciais decorrente de ações antrópicas, diminuição da vegetação ripária, dentre outras ações que estão causando danos ao meio ambiente e a saúde da população que utiliza essa água. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar a qualidade da água em termos de parâmetros microbiológicos, físico-químicos e por metais pesados do rio Itapecuru no Leste Maranhense. Trata-se de um estudo de natureza experimental, com abordagem quanti-qualitativa, realizado no período de junho de 2021 até março de 2022. Inicialmente ocorreu um levantamento dos locais a serem realizadas as coletas, que em seguida, foram identificados e registrados para controle. Foram selecionados dez pontos ao longo do curso do rio Itapecuru que perpassa a cidade de Caxias-Ma. As análises dos parâmetros físicos, químicos foram realizadas no período seco para evitar efeitos de diluição. Para execução dos testes, as aferições dos parâmetros foram realizadas in situ, os parâmetros físico-químicos analisados foram: temperatura da água, condutividade elétrica, potencial hidrogeniônico (pH) e oxigênio dissolvido. As amostras para a análise de metais pesados foram coletadas no mesmo período das físico-químicas, seguindo regulamentação padronizada contidas no Manual de controle da qualidade da água para técnicos que trabalham em ETAS, e foram encaminhadas ao o Laboratório de Espectroscopia (LabEspec) do Instituto Federal do Piauí, Campus Teresina Central e foram analisadas pela técnica de fluorescência de raios X dispersivos de energia (EDXRF) na máquina Episilon 3-XL PANalytical. As coletas para a avaliação microbiológica foram realizadas de setembro de 2021 a fevereiro de 2022, seguindo as normas contidas no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater e as análises ocorreram no Laboratório de Microbiologia e Imunologia das doenças infecciosas do CESC/UEMA. Em relação aos parâmetros físico-químicos: a temperatura média dos pontos foi de 26,8 ºC. Na condutividade a maior média encontrada foi de 60,57 μS/cm, e a menor média foi de 32,47 μS/cm. No potencial hidrogeniônico a média mais elevada foi de 7,6 e a menor apresentou 6,7. No que se refere ao oxigênio dissolvido, à maior média foi de 10,47 mg/L e a menor média de 5,23 mg/L. Quanto a analise microbiológica, no resultado do teste presuntivo as leituras alternaram entre 240 e >1.600 NMP/100 ml, no teste confirmativo para coliformes totais e no teste complementar (Escherichia coli- EC), para coliformes termotolerantes houve uma variação entre 14 e 1600 NMP/100 ml para ambos os testes. Na análise estatística dos elementos químicos potencialmente tóxicos (metais pesados) nos dez pontos de coletas foi realizada uma Análise de Componentes Principais (PCA) para avaliar quais variáveis explicam melhor a variação ambiental dos locais avaliados, e para comparar se existia diferença nos parâmetros físicos – químicos coletados foi realizada uma matriz de associação que é usada na Análise de Coordenadas Principais (PCoA). Como resultado da PCA, obteve-se em seu primeiro eixo 40,07% da explicação da alternância dos dados ambientais e no segundo eixo 20,11%, totalizando 60,18% da variação dos dados. Nos resultados da PCoA, no primeiro eixo, foi elucidada uma alteração de 42,18% da variação dos dados e o segundo eixo explicou 32,35% da variante dos dados, tendo-se como total de 74,53% da variação dos dados físicos – químicos. Portanto, os resultados da pesquisa indicam que as águas do Rio Itapecuru no médio curso do Rio Itapecuru (Leste Maranhense, Brasil) precisam ser constantemente monitoradas e avaliadas, visto que esse rio possui grande importância para o município de Caxias-MA, e a população utiliza-o para diversas finalidades.

  • MARIA BEATRIZ DA SILVA SOUSA
  • Influência da integridade do habitat na diversidade taxonômica e morfológica de larvas de Odonata (Insecta) em riachos do Cerrado Maranhense

  • Data: 30/05/2022
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  • Os ambientes aquáticos sofrem com constantes intervenções antrópicas, que afetam sua integridade e de todo um ecossistema. Buscando avaliar a influência dessas alterações no ambiente aquático, estudos de biomonitoramento utilizando insetos aquáticos estão sendo desenvolvidos. As larvas de Odonata apresentam dependência dos substratos na fase inicial da vida e tendem a sofrer alterações na sua composição e distribuição diante de modificações que ocorram no seu habitat, mostrando-se importantes componentes para ações de monitoramento. Nesse sentido, o presente estudo buscou entender como a integridade do ambiente pode influenciar na riqueza, distribuição e diversidade morfológica de larvas de Odonata, em riachos do Cerrado Maranhense. Foram amostradas larvas e variáveis bióticas e abióticas de 25 riachos, classificados de acordo com categorias de uso do solo. Um total de 1116 larvas de Odonata foram coletados, as quais encontram-se distribuídas em 45 gêneros e seis famílias. As variáveis físico-químicas, pH e IIH, influenciaram na composição dos indivíduos, enquanto as categorias de uso de solo foram explicativas para abundância das larvas. Em relação aos índices de diversidade morfológica, REA e RHH mostram sofrer influência da integridade do habitat, onde RHH apresentou maior diversidade em ambientes alterados. Observou-se que a riqueza não sofreu influência das modificações nos riachos, podendo ser reflexo da homogeneização das larvas de Odonata, favorecendo táxons generalistas e decréscimo de organismos sensíveis, mas mantendo a população constante. Por fim, o estudo mostrou que a utilização da diversidade taxonômica e funcional, em conjunto, conseguem refletir melhor a influência que perturbações no ambiente aquático apresentam sobre as larvas de Odonata.

  • MARLON CARLOS DA SILVA CINTRA
  • STATUS DE CONSERVAÇÃO E RISCO DE EXTINÇÃO NO PRESENTE E FUTURO PRÓXIMO DE ESPÉCIES ENDÊMICAS DO BRASIL DE Epidendrum (LAELIINAE-ORCHIDACEAE)

  • Data: 27/05/2022
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  • O gênero neotropical Epidendrum L. é um dos maiores pertencentes a família Orchidaceae e é amplamente distribuído no Brasil. Neste estudo foi avaliado o status de conservação e risco de extinção no clima atual e projetado para o futuro próximo das 63 espécies de Epidendrum endêmicas do país. O status de conservação foi avaliado segundo o guia de avaliação da União Internacional para a Conservação da Natureza – IUCN, utilizando o critério B. Também foi aferido o declínio da qualidade ou redução absoluta da área de distribuição geográfica das espécies por supressão de vegetação nos últimos 35 anos, utilizando dados do projeto MAPBIOMAS. Foram compilados 2.754 registros de 37 espécies avaliadas, sendo 10 espécies categorizadas como “Em Perigo”, seis como “Vulnerável”, 10 em “Quase Ameaçado” e 11 como “Menos Preocupante”. Outras 24 foram classificadas como Dados Insuficientes (DD), e duas não avaliadas. A espécie E. strobilicaule Hágsater & Benelli teve a maior perda de área de distribuição para atividades antropogênicas nos últimos 35 anos, enquanto E. paniculosum Barb.Rodr. apresentou a menor perda. As maiores ameaças nos últimos 35 anos para as espécies foram a pastagem, urbanização, e o mosaico de agricultura e pastagem. Considerando a abordagem de ENM (do inglês, Ecological Niche Modeling), foram selecionadas 18 espécies para construir os ENMs com um número mínimo de registros (n=15). A partir de um VIF (do inglês, variance inflation factor) foram selecionadas 11 variáveis bioclimáticas e de solo para construir e calibrar os ENMs no clima atual e, em seguida, foram utilizados três modelos climáticos globais (GCM) para as projeções das condições ambientais em 2050, considerando um cenário intermediário de aumento de gases de efeito estufa na atmosfera (SSP370). Foram utilizados seis métodos numa abordagem consensual para mapear aquelas regiões com maior adequabilidade ambiental para cada uma das espécies. Os modelos foram avaliados pelo AUC (area under curve) e o mapa final ponderado pelo TSS (true skill statistic). Para as 18 espécies analisadas é previsto uma drástica redução de suas áreas adequadas para ocorrência em 2050. Duas espécies apresentam previsão de deslocamento de áreas adequadas para 2050, incluindo áreas não ocupadas no presente. E. caldense Barb.Rodr. deverá se deslocar mais ao sul, enquanto E. latilabrum Lindl. mais a norte do país. Não existem diferença estatística significativa entre perda de área de distribuição no futuro próximo entre espécies epífitas e rupícolas/terrícolas, mesma situação para às espécies que ocorrem em mais de um domínio fitogeográfico e aquelas exclusivas da Mata Atlântica

  • PAULA FERNANDA SILVA MOURA MACHADO
  • SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA TERAPIA INTENSIVA NO CONTEXTO DA PANDEMIA POR COVID – 19

  • Data: 01/06/2022
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  • Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e tem como principais sintomas febre, cansaço e tosse seca. A COVID-19 espalhou-se gradativamente por diversos países, gerando impactos globais na área da saúde, e o colapso causado pela pandemia gera alto índice de perturbações psíquicas e sociais, incluindo o aumento significativo da Síndrome de Burnout. Objetivo: analisar os indicativos da Síndrome de Burnout em profissionais da Terapia Intensiva no contexto da pandemia por COVID-19, bem como suas características sociodemográficas. Metodologia: estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa, com entrevistas de profissionais da saúde (Enfermeiros, Fisioterapeutas e Técnicos de Enfermagem) atuantes na Unidade de Terapia Intensiva, específica para pacientes com Covid-19, utilizando-se um questionário sociodemográfico e um relativo à Síndrome de Burnout, o Match Burnout Inventory- Human Service Survey. Aplicou-se frequência absoluta, médias de posição, desvio padrão e teste de Kolmogorov-Smirnov, com significância <5%. Resultados: Os profissionais eram relativamente mais jovens, com idade inferior a 30 anos, com tempo de vínculo na instituição inferior a 4 anos e com esquema vacinal completo. Grande parte contraiu a COVID-19. Em relação ao Match Burnout Inventory- Human Service Survey, os escores indicaram que a dimensão Exaustão Emocional apresentou maior indício de alto risco para Síndrome de Burnout em relação às dimensões Despersonalização Profissional e Realização Profissional. Conclusão: a Unidade de Terapia Intensiva de combate à COVID-19 é majoritariamente feminina, com poucos anos de experiência e com carga horária extensiva. Ademais, enfermeiros estão mais propensos ao acometimento da COVID-19 em função do trabalho, bem como seus familiares. Além disso, identificou-se um maior indicativo para a Síndrome de Burnout em Enfermeiros quando comparados os Técnicos de Enfermagem e Fisioterapeutas. Ademais, mais da metade dos profissionais apresentam Indicativos de Tendência ou Indicativo de Burnout.

  • RAIMUNDO GIERDSON ABREU MACEDO
  • arollia perspicillata and Carollia brevicauda are species of bats that belong to the genus Carollia, family Phyllostomidae. This genus includes eight species, of which three occur in Brazil, namely: C. benkeithi, C. brevicauda and C. perspicillata. It highlights for its complex taxonomic history, characterized mainly by the difficulty in differentiating some of its species, such as: C. perspicillata and C. brevicauda, which have overlapping morphological variations and geographic distribution. In this context, an integrative study was conducted with analyzes of morphological, craniometric and molecular characters in order to infer about the taxonomic status of the species C. perspicillata and C. brevicauda. For this purpose, Principal Component Analysis (PCA), different delimitation tests and occurrence records were done. Collections were executed in different Brazilian phytogeographic domains: Caatinga in the state of Piauí (Picos); Cerrado in the state of Maranhão (Caxias and Chapadinha) and in the state of Piauí (Teresina and Altos); Amazon in the state of Maranhão (Luís Domingues) and in the state of Pará (Viseu and Augusto Corrêa). Seven morphological measurements and weight, 19 craniometric measurements and sequencing of the mitochondrial gene rRNA 16S were measured. The morphological analyzes were performed using an Excel spreadsheet, the craniometric analyzes using Principal Component Analysis (PCA) in the R software and the molecular analyzes using several softwares: BioEdit, DAMBE, DNAsp, NETWORK, jModelTest, MEGA, BAPS, GMYC, bPTP and BEAST. As a result, it was possible to verify that in the morphology six characters, of the seven used, showed overlap; in craniometry the 19 diagnostic characters showed overlap and for the 16S rRNA gene the maximum genetic distance achieved was only 1.4% with the phylogenetic trees of Maxima Likelihood (ML) and Bayesian Inference (BI) evidencing the formation of two clades, however, without differentiating the species, the haplotype network showed two haplogroups both sharing the haplotypes, the delimitation methods showed lineage formation, but it was not possible to differentiate the species. In this sense, the results of this study revealed overlap in morphological and craniometric measurements, non-genetic differentiation and absence of boundary limits pointing to a taxonomic unit, that is, non-separation of the species.

  • Data: 19/05/2022
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  • Biodiversity, Carollia, Cryptic Species, Bat

  • SÂMIA CAROLINE MELO ARAUJO
  • SERPENTES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA DO MARANHÃO: DIVERSIDADE, MAPEAMENTO E PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES

  • Data: 26/05/2022
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  • O Brasil se destaca mundialmente por apresentar elevada riqueza e endemismo de espécies de serpentes. Na última síntese, 430 espécies foram listadas com ocorrência no país, das quais 71 são consideradas peçonhentas de importância médica; pertencentes as famílias Viperidae e Elapidae. Envenenamentos por serpentes peçonhentas constituem importante problema de saúde pública e está incluído na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde. Dentre os países sul-americanos, o Brasil possui o maior número de casos de acidentes ofídicos e o estado do Maranhão é o segundo maior número em acidentes ofídicos da região Nordeste. Há necessidade de uma análise rebuscada e aprofundada desses acidentes, afim de contribuir para melhoria do tratamento das vítimas e prevenção dos acidentes. Aumentar o conhecimento sobre a distribuição das espécies de serpentes de importância médica e os acidentes que estas ocasionam de crucial importância para o planejamento estratégico da saúde e tratamento adequado das vítimas desse tipo de agravo. São objetivos dessa dissertação o (i) mapeamento das espécies de serpentes de importância médica com ocorrência no estado indicando áreas de elevado risco para o ofidismo (capítulo 1); (ii) traçar o perfil clínico-epidemiológico dos acidentes provocados por serpentes de importância médica no MA identificando vulnerabilidades no atendimento dos acidentados (capítulo 2) e; (iii) disseminar o conhecimento científico produzido nos capítulos 1 e 2 para a população a partir da elaboração de um livro em formato e-book apresentando as serpentes de importância médica e o perfil dos acidentes que ocasionam no estado do Maranhão, bem como estratégias de prevenção e primeiros socorros desse tipo de agravo (capítulo 3).

2021
Descrição
  • ADNA DALLYLA TORRES LOPES
  • Diversidade e Conservação de Briófitas em Áreas com Diferentes Níveis de Degradação na Região Sul do Estado do Piauí, Brasil

  • Data: 30/07/2021
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  • O estudo florístico e das relações ecológicas das briófitas são necessários para divulgação da biodiversidade e ecologia do grupo no país. Nas últimas décadas, o cerrado tem sofrido alta taxa de expansão agrícola e gerado ameaças à biodiversidade. Devido à inexistência de pesquisas da brioflora e por possuir áreas sob influência da agricultura, este estudo visa investigar as variações na composição, riqueza, abundância e diversidade de briófitas em áreas em diferentes estádios de conservação, na região Sul do Piauí. Foram estudadas duas antropizadas pós corte e uso de fogo, com quatro e 25 anos em regeneração, e uma sem desmatamento. Nestas comunidades arbóreas e arbustivas os distúrbios provocaram a diminuição da altura e diâmetro dos indivíduos, enquanto a densidade e área basal aumentaram conforme o tempo de regeneração. Cada comunidade é caracterizada pela presença de uma única espécie dominante, enriquecida por um maior número de espécies raras. O turnover é o principal contribuinte da diversidade beta. No levantamento geral da brioflora da região analisados um total de 430 amostras em que foram identificadas 47 espécies distribuídas em 16 famílias e 23 gêneros. A lista de espécies inclui 14 são novas ocorrências para o estado do Piauí, sendo quatro novos registros também para a região Nordeste. Para as áreas em estágios sussecionais diferentes, a riqueza de espécies foi crescente no gradiente da área mais recentemente perturbada para a área conservada e sua relação com a diversidade funcional foi significativa para as áreas com 25 anos em regeneração (p<0.01) e sem desmatamento(p<0.01), no entanto, a diversidade funcional analisada separadamente para o efeito dos estágios de regeneração, foi maior na área com quatro anos. A composição funcional foi diferente entre as áreas antropizadas(p<0.019), enquanto a área sem desmatamento não diferiu destas últimas, quatro anos (p<0.334) e 25 anos (p<0.177). Os resultados indicam que as comunidades de briófitas são sensíveis às perturbações antropogênicas, pois difere principalmente em riqueza e provocaram mudanças na composição e funcionalidade. O levantamento representa uma importante contribuição para o conhecimento da brioflora da região.

  • ANA ALICE TORRES DE SOUSA
  • REVISION OF THE GENUS Lopesiodinia PRADO, 1973 (DIPTERA: ODINIIDAE) WITH DESCRIPTION OF THREE NEW SPECIES

  • Data: 28/05/2021
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  • Odiniidae, com 76 espécies descritas em 18 gêneros, está representada em todas as regiões zoogeográficas, exceto na Antártica. Odiniidae está subdividida em duas subfamílias, Odiniinae e Traginopinae. Traginopinae, está representada por 36 espécies em 13 gêneros. Um desses gêneros, Lopesiodinia Prado, 1973 possui registros exclusivamente para a Região Neotropical e está representado por duas espécies, Lopesiodinia diversa Prado, 1973 e L. alvarengai Prado, 1973. Lopoesiodinia é aqui revisado e três espécies novas são descritas e ilustradas, Lopesiodinia marcusi, sp. nov., L. argentata, sp. nov. e L. pontarolloi, sp. nov. É apresentada chave para identificação das espécies de Traginopinae da Região Neotropical.

  • ANNY KAROLINE RODRIGUES BATISTA
  • EFEITOS DOS EXTRATOS VEGETAIS BRUTOS E SUAS FRAÇÕES SOBRE CEPAS BACTERIANAS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA

  • Data: 23/07/2021
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  • A resistência bacteriana a antibióticos tornou-se mundialmente um sério problema de Saúde Pública atingindo milhares de pessoas. Assim, vê-se a necessidade de buscar formas alternativas no combate das mesmas. Portanto, essa pesquisa objetivou verificar o efeito antimicrobiano do extrato da Annona muricata L. frente a cepas ATCC de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Realizou-se a coleta do material e a obtenção dos extratos, posteriormente houve a preparação das cepas bacterianas para os testes de suscetibilidade. Os testes prosseguiram em três etapas: extratos brutos, extratos fracionados quimicamente e testes com diluições seriadas. Verificou-se atividade antibacteriana da graviola frente a todas as cepas testas sendo o resultado mais significante referente ao extrato bruto do fruto frente a cepa da E. coli com halo igual a 22mm. Em relação aos testes com os extratos já purificados, as frações provenientes do fruto tiverem ação mais relevantes. A fração de Hexano correspondeu em resultados mais expressivos obtendo halos igual a 28mm, 26mm e 37mm frente as cepas de E. coli, K. pneumoniae, e S. aureus respectivamente. Quanto aos testes relacionados as diluições seriadas observamos que a partir da diluição de 1/10 os extratos já não possuíram nenhuma atividade inibitória sobre as bactérias em estudo. Contudo, esses resultados demonstram o potencial do extrato da graviola, em especial do fruto, como font

  • ANTONIO EDMILSON CAMÊLO JÚNIOR
  • Taxonomia integrativa aplicada ao complexo Trichocentrum cepula (Hoffmanns.) J.M.H. Shaw (Oncidiinae-Orchidaceae)

  • Data: 09/07/2021
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  • O complexo Trichocentrum cepula, constituído de três espécies (T. caatingaense, T. cepula e T. sprucei) endêmicas da América do Sul cisandina, possui delimitações de espécies com interpretações distintas para diferentes autores. Para a obtenção do melhor entendimento sobre os limites das unidades biológicas que o compõe, uma abordagem integrativa foi aplicada utilizando morfometria geométrica, análises citogenéticas (contagens cromossômicas e bandeamento CMA/DAPI) e filogenia molecular (com os espaçadores ITS do DNA ribossomal e rpl32-trnL do DNA plastidial). Na análise morfométrica foram utilizadas 278 flores representando toda a distribuição do complexo no Brasil. Seguindo a circunscrição vigente e considerando as três espécies como entidades distintas, as análises mostraram que T. sprucei se separa das demais com base na variação da porção superior dos lobos medianos. A sobreposição morfológica entre T. caatingaense e T. cepula corrobora sua sinonimização. Numa segunda análise utilizando 160 flores destas duas últimas espécies organizadas em seis pseudo-populações, foi possível observar quatro grupos morfológicos, sendo um deles referente à T. caatingaense (Pop.1 e 2), e dois referentes a nomes atualmente considerados sinônimos de T. cepula (T. glaziovii – Pop. 3 e 5, e T. wittii – Pop. 6), um quarto grupo (Pop. 4) sem um nome disponível a ser aplicado. As análises citogenéticas mostraram que todos os espécimes possuem 2n=36 cromossomos, com dois tipos de heterocromatina, com bandas CMA+ nas regiões terminais e bandas DAPI+ nas regiões pericentroméricas dos cromossomos. As bandas DAPI+ pericentroméricas apresentaram uma elevada variação no número e tamanho em uma mesma célula, tal variação ocorre entre as espécies, as pseudo-populações e localidades, ou até mesmo entre espécimes de uma mesma localidade. Os espécimes analisados exibiram bandas DAPI+ pericentroméricas que variaram de 16 bandas em alguns representantes do Pará (T. sprucei, bacia amazônica) até 28 bandas em representantes da Pop. 6 (T. cepula). Já as bandas CMA+/DAPI˗ terminais variaram de duas bandas na Pop. 2 e Pop. 6 até 24 bandas em representantes da população do Pará. Na análise filogenética para a matriz de ITS com 19 terminais, as análises de BI e ML geraram árvores similares, e revelaram que o complexo está agrupado num clado fortemente sustentado, evidenciando monofiletismo. Outra análise (BI e ML), agora com 13 terminais, as árvores geradas também foram similares, com espécimes das Pops. 1 e 2 formando um clado irmão dos demais terminais; e os espécimes previamente identificados como T. cepula e T. sprucei misturados num clado fortemente sustentado. Nossos dados apontam para sobreposição da morfologia da principal estrutura usada na taxonomia desse complexo, nesse caso o labelo, para sinonimização de T. caatingaense em T. cepula, entretanto, os dados filogenéticos apontam uma maior correlação entre T. cepula, um táxon polifilético, e T. sprucei; os dados citogenéticos evidenciaram a variação morfológica observada no grupo deixando claro que taxonomicamente é mais estável tratar as populações brasileiras em um único nome, nesse caso, T. cepula, nome mais antigo.

  • ARYEL MORAIS DE QUEIROZ
  • SAPOS RHINELLA MARINA (AMPHIBIA: BUFONIDAE) DO MEIO-NORTE DO BRASIL: EXISTE EVIDÊNCIA DE HIBRIDIZAÇÃO E INTROGRESSÃO

  • Data: 26/07/2021
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  • Os sapos da América do Sul pertencem a família Bufonidae Gray, 1825, estão agrupados no gênero Rhinella Fitzinger, 1826 e costumavam ser reconhecidos com base na morfologia interna e externa dos adultos e larvas. O gênero passou por revisões taxonômicas e sistemáticas, que promoveram, por sua vez, avanços no conhecimento biogeografico auxiliando assim no entendimento sobre os rearranjos e distribuições das unidades evolutivas reconhecidamente válidas. O complexo Rhinella marina, compreende dez espécies: R. marina, R. diptycha, R. veredas, R. arenarum, R. cerradensis, R. icterica, R. poeppigii, R. rubescens, R. achavalli e R. horribilis, distribuídas do sul dos Estados Unidos até o sul da Argentina. Com base em caracteres morfológicos, o complexo Rhinella marina compartilha os seguintes caracteres diagnósticos: crânio amplo ossificado com presença de todas as cristas craniais bem desenvolvidas, exostose, esfenoetmóide coberto completamente pela articulação medial dos nasais e frontoparientais e o ponto de articulação entre o ramo medial do pterigoide e a ala do parasfenóide formado por uma sutura, única sinapormofia distintiva das demais espécies do gênero. Estudos moleculares sugerem que hibridização e introgressão parecem ser fenômenos comuns, evidenciando sua ocorrência durante a história evolutiva de diferentes taxa, inclusive em Rhinella. Estudos mostram que espécies intimamente relacionadas do gênero Rhinella compartilham zonas de ecótonos, onde são encontrados indivíduos híbridos com ou sem características morfológicas intermediárias, o que dificulta a identificação específica adequada, principalmente em se tratando de complexos de espécies. Dessa forma, avanço no conhecimento das unidades evolutivas, sob a ótica molecular, associado ao entendimento dos padrões de distribuição das diversas espécies de Rhinella é essencial para identificar áreas ativas de formação de novas espécies e identificar hotspots de importância histórica e evolutiva. Nesta dissertação apresentamos (i) um histórico taxonômico e sistemático do gênero Rhinella (Capítulo 1); (ii) investigamos a presença de múltiplas linhagens entre as espécies do gênero Rhinella gr. marina de ocorrência na região Meio-Morte do Brasil, analisamos a ocorrência de introgressão e hibridização entre as espécies intimamente relacionadas e fornecemos dados informativos quanto aos limites entre as espécies gerando dados que delimitem áreas de potencial introgressão e hibridização (Capítulo 2); por fim, (iii) apresentamos uma nota de extensão de ocorrência de Rhinella dapsilis no estado do Maranhão (Capítulo 3

  • BEATRIZ BACELAR BARBOSA
  • ECTOPARASITAS DE AVES EM REMANESCENTES FLORESTAIS DA AMAZÔNIA, CERRADO E CAATINGA NO NORDESTE DO BRASIL

  • Data: 29/09/2021
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  • O parasitismo é uma relação interespecífica onde apenas uma espécie é beneficiada. A associação de parasitismo em aves é indicada por fatores associados tanto aos parasitos quanto aos hospedeiros, entre eles os microhabitats fornecidos pelas aves que facilitam a proliferação dos parasitos. Nas aves, o aumento do contato com espécies de habitats adjacentes e com espécies de animais domésticos podem trazer novos ectoparasitos. O Brasil é um dos países com a maior diversidade de aves, com mais de 1971 espécies de modo que muitas ordens de aves no país nunca tiveram sua fauna parasitária explorada. O presente estudo teve como objetivo pesquisar a comunidade de ectoparasitas associados às aves em remanescentes florestais da Amazônia, Caatinga e Cerrado. A pesquisa se desenvolveu na Reserva Biológica do Gurupi (Amazônia), na Área de Proteção Ambiental do Inhamum (Cerrado) e em áreas rurais no município de Picos, Piauí (Caatinga). As aves foram capturadas com redes ornitológicas e cada indivíduo foi examinado detalhadamente em todas as partes do corpo para coleta de ectoparasitos, que foram coletados com auxílio de um algodão embebido em álcool 70% e pinça. Em casos específicos, as penas de voo (rêmiges e retrizes) foram removidas (cortadas) com os parasitas e colocadas diretamente em frasco coletor. As identificações dos parasitas foram feitas em laboratório utilizando uma lupa estereoscópica com auxílio de chaves de identificação. Foram examinadas 88 espécies de aves (74 Passeriformes e 14 não Passeriformes), das quais 21 foram capturadas na Amazônia, 10 na Caatinga e 57 no Cerrado. As famílias de aves mais representativas foram Thamnophilidae e Tyrannidae, com 11 espécies cada, e Thraupidae com nove. Foram identificados 14 táxons de ácaros em nível específico, 22 até o nível genérico e dois em nível de família. Além disso, foram encontradas 25 associações ainda não conhecidas entre ácaros x aves e 21 espécies novas de ácaros para a ciência. Tais resultados são expressivos e comprova a importância de ampliar o conhecimento sobre a interação entre ectoparasitas e aves, além da necessidade de coletas de ectoparasitos para estudos taxonômicos.

  • CARLOS EVANGELISTA PEREIRA LIMA
  • DIVERSIDADE TAXONÔMICA E FUNCIONAL DE FORMIGAS EM FRAGMENTO DE FLORESTA AMAZÔNICA, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 30/08/2021
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  • Os ecossistemas florestais do Brasil têm sido fortemente ameaçados pela fragmentação de habitats e por mudanças climáticas pelo globo terrestre. Na floresta amazônica, os índices de desmatamento aceleraram nos últimos anos, principalmente ocasionados pelo avanço das fronteiras agropecuária e pelos efeitos da urbanização. Os remanescentes florestais amazônicos no estado do Maranhão encontram-se fragmentados, o que interfere na estrutura das comunidades, de formigas, ainda pouco amostradas para a região. Neste estudo foi caracterizada e avaliada a diversidade taxonômica e funcional de formigas associadas a um fragmento urbano remanescente de Mata Amazônica na Unidade de Conservação Bacanga, município de São Luís, Maranhão. As coletas foram realizadas no mês de janeiro de 2020, por meio de Autorização Sisbio, número: 71260-1. A mirmecofauna foi amostrada com a utilização de métodos do tipo PTD (Pitfall com 10g de NaCl dissolvido em água + detergente), PTI (Pitfall com iscas atrativas: sardinha misturada ao mel + detergente) e WK (Extrator de Winkler) em três transectos lineares de 600 m, distantes entre si 100 m, cada transecto contendo 30 pontos amostrais a cada 20 m. Foram coletados 2452 indivíduos, distribuídos em oito subfamílias, 29 gêneros, 58 espécies e 16 grupos funcionais, com destaque paras as espécies onívoras de serrapilheira/solo/subsolo de pequeno porte (SO) e arborícolas onívoras (AO). Myrmicinae foi a subfamília com maior riqueza, contribuindo com maior parte das espécies coletadas (44,83%), seguida por Formicinae (19%) e Ponerinae (12%). Camponotus Mayr, (1861) foi o gênero mais diverso, sendo representado por oito espécies, seguido pelos gêneros Solenopsis Westwood, 1840 e Strumigenys Smith, F., 1860, com cincos espécies cada. A riqueza de espécies e os diferentes grupos funcionais encontrados, apontam que a Unidade de Conservação Bacanga é um importante fragmento de floresta amazônica que contribui para manutenção da biodiversidade e dos seus serviços ecossistêmicos.

  • CLEILTON LIMA FRANCO
  • DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE GERROMORPHA (INSECTA: HEMIPTERA: HETEROPTERA) NO CERRADO LESTE-MARANHENSE, BRASIL

  • Data: 02/03/2021
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  • A ordem Hemiptera é a maior e mais diversa ordem entre os insetos hemimetabólicos, distribuídas mundialmente, todos os táxons aquáticos neotropicais estão na subordem Heteroptera. As infraordens Gerromorpha, Nepomorpha, e Leptopodomorpha pertencentes a Heteroptera são primariamente associadas com corpos d’água doce, com algumas espécies sendo tolerantes ou restritas à água salgada, ou mesmo secundariamente terrestres. Considerando as cinco famílias de Gerromorpha encontradas no Brasil (Gerridae, Hebridae, Hydrometridae, Mesoveliidae, Veliidae), apenas as famílias Gerridae e Veliidae eram registradas para o Maranhão. O presente estudo é composto por dois capítulos, o primeiro capítulo é um levantamento das espécies ocorrentes nos 25 pontos coletados em ambiente lênticos e lótico contendo informações da distribuição das espécies para o Brasil e características diagnósticas para identificação. O segundo capítulo é a avaliação das variáveis físico-químicas e do habitat como condutividade, oxigênio dissolvido, pH, temperatura, tipo de leito, abertura do dossel, integridade do Ambiental, largura do igarapé, profundidade, velocidade e vazão em 20 igarapés, assim analisando quais fatores mais influenciam a comunidade de Gerromorpha. Foram coletados 1.778 espécimes de Gerromorpha distribuídas em quatro famílias Gerridae, Hydrometridae, Hebridae, Mesoveliidae e Veliidae, distribuída em 13 gêneros e 23 espécies, a família Gerridae e Veliidae apresentou a maior riqueza com nove gêneros cada, sendo a espécie Cylindrostethus palmaris Drake & Harris, (1934) e Brachymetra albinervus (Amyot & Serville, 1843) a mais abundante totalizando 40% dos dados, já para Veliidae a espécie mais abundante foi Rhagovelia hambletoni Drake & Harris, (1933) totalizando 22% dos dados. No presente estudo, as variáveis variaram entre os locais onde a velocidade, profundidade, vazão e condutividade foram as que mais influenciaram a riqueza de espécies de Gerromorpha e não sendo afetados pela integridade dos habitats. Sugerimos que a influência do ambiente esteja relacionada à preferência de microhabitat das espécies. Esses resultados fornecem uma excelente base para o desenvolvimento de estratégias para minimizar problemas ambientais

  • CLEISON LUIS DA SILVA COSTA
  • DIVERSIDADE MOLECULAR DE MORCEGOS (CHIROPTERA; MAMMALIA) DO GÊNERO MYOTIS E NOVO REGISTRO DE Eptesicus furinalis

  • Data: 30/07/2021
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  • Os morcegos do gênero Eptesicus (Rafinesque, 1820) pertence à família Vespertilionidae são exclusivamente insetívoros e atuam como controladores de populações de insetos considerados pragas de lavouras ou vetores de zoonoses. As espécies deste gênero são muito similares no que se refere as características morfológicas o que dificulta a diagnose dos táxons devido à sobreposição nas medidas externas e cranianas. Isso também não é diferente para o gênero Myotis que desde a sua classificação tem se mostrado bastante controversa, onde várias revisões taxonômicas e sistemáticas apontam problemas na identificação das espécies, o que dificultam conhecer a sua real distribuição geográfica. Contudo, estudos taxonômicos mostram que o grupo Myotis é, um complexo de espécies. A partir de uma revisão do gênero, quatro subespécies foram reconhecidas para o complexo M. nigricans (M. n. nigricans, M. n. carteri, M. n. extremus e M. n. osculatti). A dificuldade na reconstrução da história filogenética dos vespertilíonideos está relacionada diretamente com as variações morfológicas, o que proporciona estudos inconclusivos com frequentes discussões, necessitando assim de maiores esclarecimentos. Os estudos moleculares reconheceram as espécies M. nigricans e M. albescens como conflitantes após a existência de 12 linhagens, historicamente isso é um problema no entendimento das relações evolutivas do grupo e outros trabalhos têm sugerido a revisão dos clados que estão incluídas as espécies M. riparius, M. ruber, M. oxyotus, M. diminutus e M. keaysi. Neste sentido, ferramentas integrativas têm sido usadas a fim de elucidar essas incertezas e minimizar a problemática taxonômica conhecendo as unidades evolutivas. Dessa forma, nessa dissertação o primeiro capítulo apresentamos um breve histórico da revisão dos gêneros Eptesicus e Myotis, fundamentada em aspectos taxonômicos, distribuição geogrográfica, aspectos morfológicos e genéticos. O segundo capítulo, com base em dados morfológicos e molecular (DNA Barcode) registramos a primeira ocorrência da espécie E. furinalis para o estado do Maranhão, ampliando a sua distribuição geográfica no Brasil. O terceiro capítulo apresentamos a diversidade das espécies do gênero Myotis via genes mitocondriais (rRNA16S e COI).

  • DAIANA SOUSA DA SILVA ARAUJO
  • A PRESENÇA DE MACRÓFITAS ALTERA A DIVERSIDADE BETA DAS ASSEMBLEIAS DE EPHEMEROPTERA, PLECOPTERA E TRICHOPTERA (EPT) DE RIACHOS DO CERRADO MARANHENSE

  • Data: 09/07/2021
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  • A heterogeneidade de habitat em ecossistemas aquáticos afeta a distribuição e estruturação de insetos aquáticos imaturos das ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) porque fornece uma gama de diferentes recursos no ambiente aquático. Este estudo avaliou a relação entre a heterogeneidade de habitat de um gradiente ambiental com riqueza de gênero de EPT, abundância de indivíduos e diversidade beta de gêneros em riachos do Cerrado. Testamos a hipótese de que: 1) a cobertura de macrófitas será um componente importante do gradiente ambiental devido à sua capacidade de alterar as condições físico-químicas da água; 2) cobertura de macrófitas, variáveis físico-químicas da água e a integridade ambiental serão as principais preditoras das comunidades de EPT. Foram amostradas assembleias de EPT e um conjunto de 10 variáveis ambientais em 20 riachos com diferentes proporções de coberturas de macrófitas. Foi encontrado um total de 3.723 espécimes, representando 36 gêneros e 14 famílias EPT. Nossos resultados mostram que tanto a cobertura de macrófitas quanto o oxigênio foram importantes para o gradiente ambiental. Este gradiente afetou a abundância de indivíduos de EPT, riqueza de gênero e diversidade beta de gêneros de EPT. Portanto, sugerimos que a presença de macrófitas seja considerada em estudos ecológicos de assembleias aquáticas, especialmente em regiões de Cerrado, onde os riachos possuem naturalmente maior entrada de luz.

  • DIANA MOTA SOUSA
  • AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATO DE Turnera subullata Sm EM BACTÉRIAS DE IMPORTANCIA CLINICA

  • Data: 23/07/2021
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  • Nas últimas décadas, o interesse pelos medicamentos de origem natural usado pelos saberes empíricos na população brasileira voltou a crescer. Estudos indicam que as folhas de Turnera subulata Sm, também conhecida popularmente como “chanana” são empregadas, principalmente, para o tratamento de doenças crônicas, como o diabetes, hipertensão e dores crônicas associadas a processos inflamatórios. Nesse contexto esse trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antimicrobiano de compostos bioativos do extrato foliar de espécies do gênero Turnera subullata Sm frente a cepas padronizadas de algumas bactérias e fungo de importância clínica. Para os testes, foi feito extrato utilizando folhas secas de T. subullat Sm. Inicialmente, procedeu-se o processo de secagem dos extratos, trituração, adicionado solvente metanol e volatização de todo o solvente a 40ºC. Para a extração etanólica (EET/2), foi utilizado etanol (álcool etílico absoluto PA, C2H6O/99,8 %). As folhas ficaram em contato com o solvente por 2h (40 ± 1 °C), com agitação magnética constante, na proporção de amostra para solvente de 1:10 (v/v). Para a extração hidroalcóolica (EHI) seguiu-se processo semelhante a EET/2, exceto quanto ao solvente, sendo água deionizada + etanol (1:1, 50 %:50 %) para EHI. As cepas fúngicas e bacterinas utilizadas foram de Candida albicans, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae, todas ATCC. Observou-se poder inibitório antimicrobiano exercido dos extratos hidroalcoólico e etanólico, já que houve inibição da maioria das bactérias testadas. Porções hidroalcóolicas e etanólicas do extrato vegetal Turnera Subulata Sm. (Chanana) foram obtidos esses extratos, sendo utilizados em testes de suscetibilidade. O extrato hidroalcóolico apresentou atividade antibacteriana e antifúngica frente a todas as leveduras testadas. Considerando-se os resultados obtidos, em relação à atividade inibitória de crescimento do vegetal testada frente as cepas bacterianas e fúngica, pode-se constatar uma possível alternativa para tratamento de infecções causadas por esses microrganismos, mediantes estudos mais apurados acerca da temática estudada. Embora esta tenha sido a melhor técnica de análise observada neste estudo, faz-se necessário o aprofundamento do mesmo para a elucidação das potencialidades ainda não encontradas até o presente momento

  • DORALICE LIMEIRA DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DE MARCADORES CLÍNICOS E LABORATORIAIS DE PACIENTES EM TRATAMENTO HOSPITALAR PARA A COVID-19

  • Data: 30/12/2021
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  • O coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) tem sido responsável por numerosos problemas em nível mundial para além da doença que foi denominada COVID19. O objetivo deste estudo foi analisar os marcadores cardíacos, hepáticos, renais e de coagulação de pacientes em tratamento hospitalar para a infecção pelo SARS-CoV-2 em hospitais públicos. Trata-se de um estudo de corte transversal, analítico, com abordagem quantitativa, realizado em dois municípios do Estado do Maranhão. A população do estudo foram os pacientes internados com diagnostico de COVID-19 nos hospitais selecionados em ambos os municípios no período de julho a dezembro de 2020. A coleta de dados seguiu um checklist elaborado. Os dados foram tabulados e organizados em planilha no programa Microsoft Excel® e seu processamento foi realizado pelo SPSS, versão 20 para Windows. Os principais achados foram que pessoas do sexo masculino foram mais hospitalizadas, a faixa etária acima de 60 anos foi a mais acometida e sua sobrevida foi diminuída quanto mais tempo o indivíduo permanecia hospitalizado, 81% dos pacientes foram admitidos em Unidade de Terapia Intensiva. Os sinais e sintomas mais registrados foram dispneia, febre e tosse; dentre estes os pacientes que tiveram febre e dispneia apresentaram maior risco de óbito (OR= 4,7 e 9,3 respectivamente). As classes de fármacos mais utilizadas durante o tratamento hospitalar foram os antimicrobianos, corticosteroides e anticoagulantes, com uso dos antimicrobianos por 100% da amostra e maior chance (OR= 10,8) de óbitos pelos pacientes que não fizeram uso dos anticoagulantes. Verificou-se uma associação positiva moderada entre os biomarcadores mioglobina e troponina com a quantidade de classes de fármacos usados pelos pacientes durante a hospitalização. A média nos resultados dos biomarcadores comparados entre os que tiveram alta e óbito demonstrou aumento para mioglobina e troponina, tempo de protrombina, Ddímero, ureia, creatinina, leucócitos, proteína C reativa e diminuição na média de hemoglobina e albumina. Esses resultados podem auxiliar a tomada de decisão pelos profissionaisfornecendo assim melhorias no cuidado de saúde dos pacientes em tratamento. Entretanto, ressalta-se que estes dados se referem aos pacientes acometidos durante a primeira onda da pandemia de COVID-19.

  • FELIPE SANTANA E SILVA
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS DO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 02/07/2021
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  • Identificar o nível de qualidade de vida segundo o ambiente ocupacional das Unidades Prisionais. Método: Pesquisa transversal, qualitativa, não-probabilista, com 104 participantes, no Estado do Maranhão, entre junho de 2019 a julho de 2020. Resultados: A maioria dos participantes são do sexo masculino 84%, onde 63%, possuem Ensino Superior. O domínio qualidade de vida apresentou melhor média 54,7. Enquanto o domínio ambiente ocupacional apresentou a pior média 35,8. Quando realizada a comparação entre quais gêneros apresentaram os melhores escores nos 5 domínios, houve igualdade entre os dois gêneros. Conclusão: Os resultados demonstram que os agentes penitenciários possuem bom nível de qualidade de vida em todos os domínios do QVS-80. Porém, o domínio ambiente ocupacional, apresentou os piores escores, demonstrando ser um ponto que necessita de melhorias, uma vez que estes servidores passam boa parte do tempo de suas vidas nestes locais.

  • GUSTAVO HELAL GONSIOROSKI DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO STATUS DE CONSERVAÇÃO DAS AVES DO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 30/09/2021
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  • O objetivo deste estudo foi avaliar o status de conservação e elaborar a lista de espécies de aves ameaçadas de extinção no estado do Maranhão, utilizando a metodologia IUCN. Para isso foi necessário revisar as espécies com ocorrência no estado. Assim, o primeiro capítulo apresenta informações atualizadas sobre a avifauna maranhense, com comentários sobre ocorrências duvidosas em publicações pretéritas, novos registros e indicação de lacunas de conhecimento ornitológico no estado. A produção desse checklist foi realizada com base nos critérios adotados pelo CBRO, tendo como resultado 759 espécies de aves com ocorrência no estado do Maranhão, distribuídas em 30 ordens, 89 famílias e 458 gêneros. Desse total, 46 espécies são endêmicas do Brasil, 19 táxons são considerados endêmicos do Centro de Endemismo Belém e 52 táxons estão ameaçados de extinção nacional e/ou globalmente. Foram adicionadas 28 espécies à listagem estadual, das quais três são ameaçadas de extinção. Outras 16 espécies passaram para a lista terciária e oito anteriormente omitidas foram reconsideradas. No segundo capítulo foram avaliados os 759 táxons listados para o Maranhão, onde 79 foram categorizados como Não Aplicável (NA). Para os demais táxons, foram avaliados os status de conservação de mais de 76 mil registros e os resultados demonstram que a grande maioria das espécies permanece na categoria Menos Preocupante (LC), totalizando 530 táxons; outros 30 táxons foram categorizados como Dados Insuficientes (DD) e 28 táxons foram avaliados como Quase Ameaçadas (NT). 92 táxons estão ameaçados de extinção, sendo a grande maioria presente na Amazônia maranhense com 68 táxons, em segundo o Cerrado com 23 táxons. Os resultados demonstram que a perda de habitat, caça/captura e agrotóxicos podem levar dezenas de espécies à extinção no Maranhão. Ressalta-se que dos 92 táxons ameaçados, 77 estão presentes em UC’s de proteção integral. A ausência de dados de diversos táxons reforça a importância de pesquisas ornitológicas concentradas em estudos sobre história natural e densidade populacional dos táxons em território maranhense. As principais ações de conservação necessárias são fiscalização intensa contra grilagem de terras, desmatamento ilegal, queimadas e caça/captura, além da implementação do Mosaico Gurupi, para manter e criar conexões por corredores ecológicos entre as Terras Indígenas, a Rebio Gurupi e grandes fragmentos isolados, criando uma grande área protegida para as espécies do Centro de endemismo Belém, assim como a implementação de Unidades de Conservação de proteção integral na Mesorregião Leste Maranhense.

  • JAILSON DA COSTA GASPAR
  • CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DA FLORA FANERÓGAMA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DO MARANHÃO: UMA ANÁLISE LOCAL PARA UMA COMPREENSÃO REGIONAL

  • Data: 12/10/2021
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  • A Área de Proteção Ambiental (APA) dos Morros Garapenses, está localizada na região Leste maranhense entre os municípios de Duque Bacelar, Coelho Neto, Buriti de Inácia Vaz e Afonso Cunha. A APA abriga uma biodiversidade significativa e um importante sítio paleobotânico com registros fósseis do Permiano, sendo uma área estratégica para estudos no Maranhão. A pesquisa teve como objetivo elaborar uma lista de espécies de fanerógamas para Área de Proteção Ambiental (APA) dos Morros Garapenses. O material foi coletado através do método de caminhamento em trilhas pré-existentes em diferentes altitudes e fisionomias. A coleta, herborização, identificação e classificação das espécies seguiu a literatura especializada. Foram catalogadas 297 espécies, distribuídas em 196 gêneros e 70 famílias. Destas, as famílias com maior riqueza específica foram Fabaceae (60 spp.), Malvaceae (20 spp.), Rubiaceae (18 spp.), Cyperaceae (16 spp.), Euphorbiacae (14 spp.) e Bignoniaceae (13 spp.). Foi verificado a ocorrência de 49 espécies endêmicas, quinze novos registros para o Maranhão e cinco para o Cerrado. Além disso, foram encontradas diversas fisionomias, Cerradão, Campo sujo, Cerrado típico, veredas, Mata ciliar e áreas antropizadas. Através do estudo foi possível constatar um número significativo de espécies para a APA dos Morros Garapenses, a necessidade urgente da criação do plano de manejo, a utilização sustentável dos recursos naturais e a recuperação de áreas degradadas.

  • JOSEMEIRE DA COSTA XIMENES
  • Avaliação do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral no Munícipio de Caxias, Maranhão

  • Data: 09/07/2021
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  • Analisar a percepção de enfermeiros e médicos sobre as estratégias de prevenção, controle, diagnóstico e tratamento da Leishmaniose Visceral Humana. Métodos: Estudo descritivo, qualitativo, desenvolvido com seis profissionais da Atenção Básica de Caxias, Maranhão. Os dados foram coletados através da entrevista semiestruturada em grupos focais e analisados pela Análise de Similitude (frequência de palavras) e Classificação Hierárquica Descendente no software IRaMuTeQ. Resultados: A Classificação Hierárquica Descendente apresentou dois seguimentos: Segmento um, dividido em três classes (Classe 4 – Percepção dos profissionais acerca das ações de controle e vigilância da Leishmaniose Visceral; Classe 3 – Ações de prevenção, controle, diagnóstico e tratamento da Leishmaniose Visceral desempenhada pelos profissionais e Classe 2 – Fragilidades detectadas pelos profissionais sobre as ações de controle e vigilância da Leishmaniose Visceral no PVCLV e Segmento dois, em duas classes: Classe 5 – Ações desenvolvidas no Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral no município e Classe 1 – Obstáculos encontrados pelos profissionais de saúde para realizar as ações do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. Considerações Finais: Os problemas a serem enfrentados estão relacionados principalmente no cerne da organização estrutural do programa, indicando a necessidade de ações de planejamento e capacitação profissional para melhoria do controle da Leishmaniose Visceral.

  • KELLYANE KAREN FERREIRA AGUIAR CESAR
  • ATIVIDADE DE EXTRATOS VEGETAIS SOBRE CEPAS DE LEVEDURAS PERTENCENTES AO GÊNERO Candida

  • Data: 23/07/2021
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  • Devido ao amplo potencial medicinal de Annona muricata, as pesquisas relacionadas às suas aplicações em diferentes áreas ligadas a saúde é de fundamental importância, principalmente no que se refere a microrganismos infecciosos com tendências a desenvolver mecanismos de resistência, que é o caso de algumas espécies do gênero Candida. Nesse sentido, a pesquisa tem como principal objetivo verificar a ação antifúngica de extratos metanólicos de Annona muricata sobre Candida albicans, Candida parapsilosis, Candida krusei e Candida glabrata. Os órgãos utilizados para obtenção dos extratos metanólicos foram a folha e o fruto da Annona muricata. Para a realização da pesquisa, foram utilizadas cepas ATCC, que foram reativadas e cultivadas em Ágar Saboraud Dextrose. A determinação da atividade antifúngica dos extratos foi realizada pela técnica da difusão em ágar em poços. Na análise dos resultados, os valores de mensuração dos diâmetros dos halos indicaram uma ação mais significativa nos testes realizados com as espécies de C. krusei e C. albicans frente aos extratos brutos da folha e do fruto de A. muricata, com halo de 30mm e 22mm respectivamente. Em relação ao fracionamento químico realizado, os produtos obtidos a partir das frações butanólica e hexánica da folha sobre cepas de C. krusei, C. albicans e C. parapsilosis foram os que apresentaram resultados mais significativos. Dessa forma, comprovou-se que substancias presentes nesse vegetal podem ser utilizadas no controle cepas de Candida, contudo, estudos mais aprofundados são necessários para identificação e isolamento dos compostos biológicos ativos desses vegetais.

  • LUZIANNY FARIAS RODRIGUES
  • DIVERSIDADE GENÉTICA DO VETOR Aedes aegypti LINNAEUS, 1762 NO MEIO-NORTE DO BRASIL UTILIZANDO MARCADORES MICROSSATÉLITES

  • Data: 29/07/2021
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  • O Aedes aegypti é um mosquito invasor originário da África, que se encontra amplamente distribuído em regiões tropicais e subtropicais do mundo, tem sido um grande motivo de preocupação para saúde pública, em razão de ser o principal vetor dos arbovírus da dengue, chikungunya e zika. Estudos que se referem aos níveis de variabilidade e conhecimento da dinâmica populacional do vetor são de extrema importância para região Meio-Norte, em virtude desta área apresentar uma expressiva parcela de seus municípios em riscos de infestação por esse vetor, bem como a circulação de arboviroses. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo determinar os índices de variabilidade genética em populações de A. aegypti da Região Meio-Norte do Brasil com base em marcadores microssatélites. As amostras foram obtidas em nove Municípios da região Meio-Norte brasileira com elevados índices de infestação predial, que posteriormente foram identificadas usando chaves de identificações específicas e submetidas as técnicas moleculares: extração, amplificação dos loci via PCR e genotipagem. Os produtos da genotipagem foram submetidos em softwares para realizar as análises de: diversidade genética, distâncias genéticas, variância molecular, gargalo genético e estrutura populacional. Foram genotipados seis loci para 138 amostras que resultaram em 828 genótipos com um total de 32 alelos, que variou de um a sete. A estrutura populacional das populações relevou a presença de dois clusters subestruturados em cinco subclusters com diferenciação altamente significativa (FST= 0.13204). Desta forma, os nossos achados mostram a situação do status da diversidade genética das populações do A. aegypti no Meio-Norte, baseada em marcadores microssatélites. Revelando a coexistência de duas linhagens com subestruturações e a presença de um possível novo conjunto gênico para as populações do Maranhão, altamente diferenciadas geneticamente. Tais informações de conectividade e isolamento genético servem de apoio no delineamento de estratégias inovadoras para o controle do vetor.

  • NUBIA OLIVEIRA DA SILVA
  • CUSTO-EFETIVIDADE DE TESTES AUXILIARES NO DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE EM ÁREAS DE HIPERENDEMIA

  • Data: 25/11/2021
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  • A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica, transmitida através de vias respiratórias. O diagnóstico é clínico, tendo disponível no SUS a baciloscopia. Os testes sorológicos para detecção de anticorpos específicos do Mycobacterium leprae têm se mostrado úteis na identificação dos indivíduos que apresentam maior risco de adoecer e da infecção subclínica, que pode também estar envolvida ativamente na disseminação e propagação do bacilo para indivíduos suscetíveis. Assim, o uso de marcadores sorológicos específicos da hanseníase pode contribuir na estratégia de vigilância epidemiológica da doença e na detecção precoce de novos casos. Objetivos: avaliar o desempenho diagnóstico e o custo-efetividade de estratégias baseadas no teste diagnóstico disponível no SUS e comparálo a testes ainda não disponíveis quantificando custo por diagnóstico correto. Metodologia: estudo descritivo e analítico, com abordagem quantitativa. Resultados: O teste da PCR é a alternativa tanto mais efetiva quanto mais cara, em contraponto, os testes de Elisa apresentamse efetivos, e, com custos baixos e efetividade competitiva com o teste designado como padrão-ouro (PCR) sendo, portanto, considerada economicamente atrativa pois, o teste de Elisa é dominante em relação ao teste convencional. Conclusão: Deste modo, quanto aos custos, o desempenho do Elisa mostrou-se mais adequado para implementação como política pública a ser implementada no auxílio ao diagnóstico da hanseníase.

  • PATRICIA DOS SANTOS SOUSA
  • DIVERSIDADE DE GIRINOS DO LESTE MARANHENSE: IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR, CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E ASPECTOS ECOLÓGICOS

  • Data: 23/07/2021
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  • O Brasil se destaca por apresentar uma das maiores diversidades de anfíbios do mundo. No entanto, os estudos taxonômicos de girinos são incipientes, representando apenas 61% das espécies conhecidas. Avaliamos a diversidade de espécies de girinos do leste do Maranhão, região meio-norte do Brasil com base na identificação morfológica de caracteres externos, identificação molecular do fragmento do gene 16S rRNA, e também fornecemos os principais aspectos ecológicos dos microhabitats ocupados por cada espécie. Foram realizadas 30 coletas de campo durante 13 meses em 16 ambientes ao longo de uma área ecotonal entre as ecorregiões da Floresta do Babaçu do Maranhão e do Cerrado, em cinco cidades. Buscamos girinos em uma variedade de corpos d'água, e os girinos que atingem o estágio de desenvolvimento de 34 a 40 Gosner foram caracterizados morfologicamente. Os girinos aqui coletados representam 26 espécies pertencentes a seis famílias. A morfologia externa permitiu a identificação de 24 espécies, enquanto os dados moleculares reconheceram 22 unidades evolutivas únicas. A família mais representada foi Hylidae (11 spp.), seguida por Leptodactylidae (Leptodactylinae 7 spp., Leiuperinae 3 spp.), Microhylidae (Gastrophryninae 2 spp.), Bufonidae (2 spp.) e Phyllomedusidae (1 spp.). Nossos resultados mostram que a morfologia oral foi o caráter mais importante e conservado para a identificação de girinos com base na morfologia, e o primer 16S rRNA específico foi adequado para a identificação molecular. Este estudo é pioneiro no uso da taxonomia integrativa para identificar girinos no estado do Maranhão. Também fornece, pela primeira vez, características de microhabitat para as espécies. Nosso estudo revela um elevado número de espécies de girinos (anfíbios) na região, identifica três espécies possivelmente novas e estende a distribuição geográfica de sete espécies, três das quais representam novas ocorrências para o estado. Nossos resultados reforçam a hipótese de que a diversidade de anfíbios maranhenses está subestimada e destacam a importância dos inventários herpetológicos em áreas pouco amostradas, descentralizando o conhecimento da biodiversidade.

  • RAFAEL CARVALHO DE MARIA
  • Gestão de riscos dos eventos adversos em hospitais públicos

  • Data: 13/09/2021
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  • A gestão de riscos se trata de um planejamento estratégico, sistemático, que torna possível identificar os riscos existentes na instituição, suas análises e adoção de respostas aos problemas encontrados. Pode responder às mais variadas situações encontradas nas instituições de saúde, permitindo investir com segurança nas necessidades reais. Esse estudo objetivou investigar as circunstâncias que envolvem os eventos adversos em uma maternidade com uso da gestão de riscos. Trata-se de uma pesquisa-ação. O estudo ocorreu em uma Maternidade de Caxias, Maranhão. O período de coleta de dados foi de janeiro de 2020 a fevereiro de 2021. Foram recrutados 24 profissionais de enfermagem. Partiu-se de um diagnóstico situacional dos eventos adversos notificados pelo núcleo de segurança do paciente e aplicação de questionários com os participantes. Nos seminários temáticos, aplicaram-se ferramentas de melhoria da qualidade (Brainstorming, Cinco Por Quês e Diagrama de Ishikawa) para identificar as causas raízes dos eventos adversos prevalentes, relatos semelhantes foram agrupados e analisados. Com o diagnóstico situacional identificaram-se os eventos adversos mais frequentes na maternidade: aqueles relacionados à identificação do paciente (21,1%), quedas (14,6%) e relacionados a prescrição, uso e administração de medicamentos (9,8%). Participaram de todas as fases do estudo sete profissionais de enfermagem: cinco enfermeiras, um enfermeiro e uma técnica de enfermagem. Durante os seminários temáticos foram utilizadas as técnicas de Brainstorming associada aos Cinco Por Quês e observou-se que “excesso de trabalho” e “falhas nos processos” foram as causas raízes identificadas para os eventos adversos. Com o uso do Diagrama de Ishikawa foi possível identificar as causas raízes dos eventos adversos relacionando uma causa ao problema na perspectiva de cada dimensão (Material, Organizacional, Ambiente, Processos, Pacientes, Pessoas/profissionais): escassez de insumos e materiais; materiais de baixa qualidade; falta de treinamentos sobre identificação do paciente, quedas e medicamentos; dimensionamento inadequado; ambiente mal adaptado para os processos de trabalho; processos de trabalho para os eventos adversos com falhas; pacientes não inseridos como colaboradores nos protocolos de segurança do paciente; profissionais com baixa habilitação nos protocolos de segurança do paciente; e excesso de trabalho dos profissionais. Assim, a pesquisa- ação foi relevante para esquematizar com os profissionais as causas raízes dos eventos adversos e a gestão de riscos foi implementada na maternidade com a qual identificaram-se as circunstâncias que envolvem os eventos adversos relacionados à identificação do paciente, quedas e prescrição, uso e administração de medicamentos. Verificou-se que as barreiras adotadas pela instituição estão frágeis, havendo necessidade de investimentos consistentes para a segurança do paciente, treinamento dos profissionais e continuação da gestão de riscos. O estudo continua em curso.

  • REYLLANE CARVALHO SILVA
  • MONITORAMENTO FAUNÍSTICO E DETECÇÃO DO DNA DE Leishmania amazonensis DE FLEBOTOMÍNEOS EM UMA ÁREA ENDÊMICA DE LEISHMANIOSES NO INTERIOR DO MARANHÃO

  • Data: 29/07/2021
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  • Um maior conhecimento da distribuição de flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) e estudos de infecção pode melhorar a compreensão dos ciclos de transmissão das leishmanioses. O objetivo deste estudo foi pesquisar a fauna de flebotomíneos e detectar DNA de Leishmania em áreas rural e urbana em Caxias, Maranhão, região Nordeste do Brasil. Os insetos foram capturados no peridomicílio e intradomicílio usando armadilhas luminosas CDC, de julho de 2019 a março de 2020. O DNA de Leishmania foi detectado a partir de 123 insetos fêmeas visando o gene ITS1. O sequenciamento de DNA foi usado para identificar espécies de Leishmania. Foi coletado um total de 2.244 flebotomíneos de 14 espécies. O vetor Lu. longipalpis (89,8%) foi mais abundante na área urbana e Ny. whitmani (35,2%) na área rural. Tanto a abundância (86,3%) como diversidade de espécies (11/14) foi maior na área rural. No período chuvoso de ambas as áreas, coletouse mais espécimes, que apresentou correlação com a precipitação. Amostras de 62 fêmeas amplificaram o gene ITS1, cujo sequenciamento determinou que 60 eram semelhantes à sequência depositada no GenBank para Leishmania amazonensis. A abundância do vetor permissivo Lu. longipalpis e a detecção de somente DNA de Le. amazonensis nos flebotomíneos, sugere que este parasito pode estar dominando a região de Caxias, onde casos de leishmaniose visceral são mais notificados do que leishmaniose tegumentar na área urbana, o que sugere processo de modificação na transmissão vetorial dos parasitos dessas doenças na área. Porém estudos moleculares também em cães e amostras de pacientes da região poderá responder melhor essa questão.

  • RONISON FERREIRA OLIVEIRA
  • Avanços e Desafios na Riqueza e Distribuição da Brioflora Maranhense

  • Data: 18/09/2021
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  • O conhecimento sobre a diversidade de briófitas no Maranhão apresentou vários avanços na ultima década, mas algumas problemáticas são evidentes como as lacunas de conhecimento em Unidades de Conservação, no qual vem sendo assoladas por vários vetores antrópicos, como também a atual incerteza da riqueza (quantas espécies) e da composição (quais espécies) de briófitas que ocorrem no Maranhão, principalmente pelo acumulo de trabalhos, novos registros de espécies e a ausência de uma sinopse florística atual que compile os dados produzidos. Dessa forma o objetiv da pesquisa foi contribuir com o conhecimento de briófitas do Maranhão, através de coletas em áreas prioritárias (APA dos Morros Garapenses) e fornecer um panorama atual da riqueza, composição e distribuição dos táxons para o estado. As coletas foram realizadas entre 2019/2020, na APA dos Morro Garapenses através de excursões em campo no período chuvoso, com tratamento, herborização e identificação do material coletado. Foi elaborado um banco de dados com coletas de briófitas para o Maranhão, através de registros obtidos em repositórios de dados botânicos, incluindo herbários nacionais e internacionais; revisões de trabalhos publicados para construção de um checklist de espécies; elaboração da análise do padrão de distribuição espacial das espécies no Maranhão, com base nas informações geográficas obtidas nos registros de coletas. Para a flora de briófitas da APA dos Morros Garapenses foram registradas 13 família, 25 gêneros e 51 espécies, apresentando nove novas ocorrência para o estado do Maranhão, um novo registro para região Nordeste: Micromitrium tenerum (Bruch & Schimp.) Crosby. e uma espécie endêmica para o Brasil Bryum subapiculatum Hampe. No checklist de espécies para o estado do Maranhão, foram catalogadas 279 espécies, distribuídas em 112 gêneros e 45 famílias, com três espécies de Anthocerotophyta, 159 de Bryophyta e 117 de Marchantiophyta, informações sobre a riqueza nos domínios fitogeográficos maranhenses e distribuição das espécies em relação aos estados brasileiros são fornecidas. Quanto ao número de coletas foram reconhecidos 3.733 registros coletados, desses 2.203 estão localizados na região Leste (134 espécies), 1.020 na região Sul (155 espécies), 219 na região Oeste (88 espécies), 132 a região Norte (37 espécies) e 16 na região Central (12 espécies) do Maranhão. O padrão de distribuição espacial das espécies demonstrou-se heterogêneo para riqueza e abundância, com poucas regiões consideravelmente amostradas (35%) e muitas áreas com ausência de coletas (65%). Apenas quatro áreas no estado obtiveram densidade de coletas satisfatórias, proporcionando áreas de endemismo de espécies. De acordo com a distribuição das espécies as atividades agrícolas são o principal vetor de ameaça para as briófitas no Maranhão. Com a realização do estudo informações importantes sobre o avanço da diversidade de briófitas no estado do Maranhão foram consolidadas, através de uma lista verificada de espécies que forneceu dados relevantes sobre a diversidade, ocorrência e o padrão de distribuição geográfica das espécies no estado e nos domínios fitogeográficos brasileiros, demonstrando também os desafios que ainda precisam ser alcançados como as lacunas de conhecimento das áreas de ocorrências das briófitas, evidenciando a importância de mais coletas em áreas subamostradas ou nuca amostradas.

  • SÁRVIA RAFAELLY NUNES SANTOS
  • Bacillus thuringiensis: Uma análise quantitativa da produção científica e a influência dos fatores abióticos do solo na abundância e toxicidade para larvas do Aedes aegypti

  • Data: 27/07/2021
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  • A influência dos fatores abióticos sobre a abundância de populações de microrganismos no solo permanece pouco conhecida, para a bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) esta realidade não é diferente. Por isso, objetivou-se analisar a relação entre os fatores abióticos do solo do cerrado maranhense na abundância de Bt e patogenicidade para o A. aegypti. As coletas do solo do Cerrado maranhense ocorreram em cinco municípios do centro ao leste do Estado: São Mateus do Maranhão (SM), Alto Alegre (AT), Coroatá (CT), Timbiras (TB) e Codó (CD). As amostras de solo foram coletadas na camada de 0-0,2 m, analisando-se a fertilidade do solo, textura e coletando-se em cada local umidade e temperatura. Com o isolamento e o crescimento bacteriano, as colônias foram avaliadas quanto à morfologia. Aquelas que apresentaram características típicas de Bacillus spp. foram visualizadas sob microscopia de contraste de fase para verificar a presença de inclusões paraesporais (cristais de proteínas). Para o bioensaio seletivo, os isolados de B. thuringiensis foram cultivados em caldo nutriente e solução de sais a 180 rpm, 28ºC por 5 dias. Para o teste foi utilizado copos que continham: 10ml de água destilada, 10 larvas de 3º estágio do A. aegypti, 1 ml da cultura total. De posse dos dados procedeu-se análise de componentes principais, agrupamentos e correlação. O Bt foi encontrado em solo ácido e de baixa fertilidade, o que indica que este microorganismo possui uma adaptação metabólica capaz de se manter viável. Na análise de componentes principais o primeiro componente correlacionou-se com oito das 17 variáveis estudadas, areia e o iBt correlacionaram-se de forma negativa Quanto a toxicidade, dos 63 isolados, 50 (79,3%) apresentaram atividade larvicida para A. aegypti. Conclui-se que o Bt possui correlações com a textura do solo e que sua capacidade de adaptação ao meio ambiente pode alterar sua capacidade inseticida.
    Palavras-chave: Bactéria, ambiente, inseto

  • WALISSON MICKAEL ALVES REZENDE
  • DESCRIÇÃO DE SEIS ESPÉCIES NOVAS DE Cyamops Melander, 1913 (DIPTERA, PERISCELIDIDAE) PARA OS DOMÍNIOS AMAZÔNIA, CAATINGA E CERRADO DO BRASIL

  • Data: 29/09/2021
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  • Periscelididae (Diptera) são aparentemente raros na natureza, e são caracterizados pelo pedicelo em forma de capuz, com uma fenda dorsal e, arista bipectinada. A família é relativamente pequena e, atualmente, conta com 142 espécies formalmente descritas, distribuídas em 11 gêneros. Mais da metade das espécies, 79 possuem, ocorrência para região Neotropical. Para o Brasil estão registradas 42 espécies em seis gêneros, incluindo, Cyamops Melander, 1913. Cyamops ocorre em todas a regiões zoogeográficas; são conhecidas 34 espécies formalmente descritas, nove das quais estão registradas para a região Neotropical e quatro destas, são conhecidas para o Brasil: Cyamops fasciatus Baptista & Mathis, 1994, C. manauensis Rung & Ale-Rocha, 2011, C. neotropicus Hennig, 1969, C. sabroskyi Baptista & Mathis, 1996. Aqui são descritas e ilustradas seis espécies novas, Cyamops marleneae sp. nov., C. domingosi sp. nov., C. laercioi sp. nov., C. maranhensis sp. nov., C. osmari sp. nov. e C. rungae sp. nov.

2020
Descrição
  • AMANDA CAROLINE RODRIGUES DA SILVA
  • FLORISTICA E ECOLOGIA DE BRIÓFITAS DA REGIÃO MEIO NORTE DO ESTADO PIAUÍ

  • Data: 27/01/2020
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  • O estado do Piauí caracteriza-se por apresentar uma diversidade de ecossistemas, áreas de transição entre Cerrado e outros tipos de vegetação. A região Meio Norte do Estado do Piauí, está inserida em áreas de transições que estão sujeitas a grandes tensões. Foi realizado um inventário florístico de musgos em áreas de transição localizadas na região Meio Norte do Piauí. Foram encontrados um total de 51 espécies de musgos, distribuídas em 15 famílias e 26 gêneros. Das espécies registradas 33 espécies são novos registros para o estado do Piauí e uma para a região Nordeste (Campylopus fragilis (Brid.) Bruch & Schimp.). A família Fissidentaceae foi a que apresentou maior riqueza com 14 espécies. Grande parte das espécies são amplamente distribuídas no Brasil (70,58%), enquanto as espécies restritas representam 13,75%. Os resultados obtidos representam uma importante contribuição para o conhecimento da flora de musgos da região, e ampliam os dados a respeito da distribuição geográfica de muitas destas espécies, para o Brasil.

  • FELIPE AUGUSTO DE SOUSA E SILVA
  • DIVERSIDADE GENÉTICA DE POPULAÇÕES DE Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse, 1894) (Diptera: Culicidae) EM MUNICÍPIOS DO MEIO NORTE DO BRASIL UTILIZANDO MARCADORES MITOCONDRIAIS

  • Data: 11/03/2020
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  • Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse, 1894) é um mosquito originário da floresta tropical do sudeste da Ásia. Nas três últimas décadas, se expandiu e se estabeleceu de forma rápida por vários países. Essa rápida disseminação pelo mundo também se deve, sobretudo, ao transporte passivo de seus ovos, através dos deslocamentos humanos e de mercadorias, especialmente de pneus usados. Além dos problemas ecológicos resultantes da rápida disseminação desse mosquito, grandes são os riscos para a saúde pública resultantes da introdução e estabelecimento de um potencial e eficiente vetor de mais de vinte arbovírus humanos e veterinários. O presente estudo tem por objetivo verificar a diversidade genética de populações naturais de Ae. albopictus em municípios do Meio Norte do Brasil utilizando sequências do DNA mitocondrial. A partir do marcador mitocondrial ND5, foram analisadas seis populações de municípios do Meio Norte do Brasil. Um total de 101 sequências com 399 pares de bases (pb), gerou cinco haplótipos, quatro sítios polimórficos, diversidades haplotípica e nucleotídica de 0,254 e 0,00067, respectivamente. Pela AMOVA observou-se índice de fixação de 0,29237 com p significativo e 70,76% da variação ocorrendo dentro das populações. As análises filogenéticas agruparam os haplótipos em apenas um clado bem suportados com 100% de bootstrap, indicando uma forte similaridade entre os mesmos. Quando comparamos os cinco haplótipos deste estudo com aqueles disponíveis no Genbank, um deles foi compartilhado com haplótipos da França, África, Estados Unidos, Cambodia, Vietnã, Japão e Tailândia; enquanto os outros quatro foram compartilhados com haplótipos de Jacarepaguá e Represa do Cigano (RJ), Anita Garibaldi (SC) e São Luís (MA). Em relação ao marcador COI, doze sequências de localidades do Piauí e Maranhão, com 642 pb, constituíram apenas um haplótipo. A árvore de haplótipos mostrou que esse haplótipo é compartilhado com aqueles registrados na Europa e Ásia. Enfim, foi possível concluir que as populações do Meio Norte possuem baixa diferenciação genética, estão passando por recente expansão demográfica, suas mutações se mostraram neutras e existe fluxo gênico entre elas.

  • HILDA RAIANNE SILVA DE MELO
  • História natural de Malacoptila minor SASSI, 1911 (Aves: Bucconidae)

  • Data: 31/01/2020
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  • Informações acerca da biologia reprodutiva da maioria das espécies de aves neotropicais ainda são escassas, sendo desconhecidos inclusive seus ninhos e ovos. Malacoptila minor é um buconídeo de distribuição restrita, com ocorrência nos estados do Maranhão e Piauí, nordeste do Brasil. É o único representante da família classificado como ameaçado de extinção e pouco se sabe sobre sua história de vida. Neste estudo foi investigada a biologia reprodutiva de M. minor na Área de Proteção Ambiental do Inhamum, Caxias, Maranhão. Os ninhos foram localizados por busca ativa ao longo de duas estações reprodutivas, no período de maio/2017 a março/2019. Foram encontrados 27 ninhos, 14 na estação de 2017/18 e 13 na de 2018/19. O período reprodutivo se estendeu de outubro a março. O período de incubação durou em média 20 ± 1,4 dias e os ninhegos abandonaram o ninho com 21 ± 1,4 dias (n = 2 ninhos monitorados). O tamanho da ninhada variou de dois (n = 16) a três (n = 8) ovos. Foi observado sucesso reprodutivo em 27% dos ninhos (n = 7). A produção de filhotes foi de 1,0 filhote/ninhada e a  taxa de fecundidade 1,26 filhotes/fêmea. A predação foi atribuída como a principal causa do fracasso da reprodução (n = 15), com oito ninhos predados durante a incubação e sete durante 43 a fase de ninhego. Três predadores foram identificados, o cachorro-do-mato Cerdocyon thous, a formiga Solenopsis saevissima e o teiú Salvator merianae. Os resultados deste estudo representam as primeiras informações sobre a biologia reprodutiva de M. minor, preenchendo uma lacuna de conhecimento sobre a história de vida dos representantes de Bucconidae, assim como para as espécies de aves da região Neotropical.

  • MIGUEL SENA DE OLIVEIRA
  • FLORÍSTICA, TAXONOMIA E ANATÔMIA DAS ORCHIDACEAE OCORRENTES NA
    REGIÃO CENTRAL DO LESTE DO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 27/01/2020
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  • A região Leste do estado do Maranhão é uma área de transição entre a Amazônia, Cerrado e a
    Caatinga. Pouco se conhece sobre a flora dessa região, especialmente com relação à Orchidaceae. O
    objetivo desse estudo foi realizar o levantamento das espécies desta família na área central desta região. As
    coletas em campo foram realizadas mensalmente entre dezembro de 2015 e abril de 2019 nos municípios
    de Aldeias Altas, Caxias, Codó e São João do Sóter. São apresentadas uma chave de identificação,
    descrições morfológicas e imagens das espécies encontradas. Orchidaceae está representada na área por
    sete gêneros e 17 espécies. Os gêneros mais ricos foram Catasetum (cinco espécies), Habenaria (quatro
    espécies). Habenaria schenckii Cogn é um novo registro para a Flora do Maranhão. A maioria das espécies
    apresentou hábito epífitico (oito espécies, 47%) ou terrícola (sete espécies, 41%). O município de Caxias
    foi o mais rico, com 13 espécies (76%), sendo seis destas coletadas nas Áreas de Proteção Ambiental
    (APAs) existentes no município (APA Municipal do Buriti do Meio e a APA Municipal do Inhamum). Os
    dados evidenciam a importância das Unidades de Conservação para a proteção das Orchidaceae, e o
    potencial das regiões ecotonais na descoberta de novos registros.

  • SURAMA PEREIRA
  • HISTÓRIA NATURAL DE Conopophaga roberti Hellmayr, 1905 (AVES, CONOPOPHAGIDAE)

  • Data: 30/01/2020
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  • A história natural de uma espécie está relacionada as preferências ecológicas que correspondem a benefícios próprios, incluindo aspectos comportamentais, distribuição geográfica, seleção de habitat, estudos filogenéticos e biologia reprodutiva. Especificamente para o grupo das aves, são inúmeras as estratégias e adaptações evolutivas que refletem na grande diversidade de habitats utilizados e nos aspectos reprodutivos. Vale ressaltar que informações a respeito da biologia básica das aves neotropicais são escassas, sendo que para muitas espécies não há sequer uma descrição formal de seus ninhos e ovos. Atualmente, a biologia reprodutiva de cerca de 40% das espécies de aves as informações disponíveis são fragmentadas. Dentre estas destaca os Conopophagidae umas das famílias de aves neotropicais menos conhecidas, é representada por dois gêneros (Conopophaga e Pittasoma), subdivididos em 11 espécies e 26 taxa. Com distribuição da Costa Rica ao sul do Paraguai. São aves pequenas, com o tarso longo, cauda curta e asas arredondadas, a maioria das espécies possui uma faixa pós-ocular alongada, geralmente branca. Possuem hábitos florestais, vivendo solitários ou aos casais, frequentemente são observadas sobre poleiros verticais no interior da mata e nas bordas de florestas, capturando artrópodes na serrapilheira ou forrageando próximo ao solo onde consomem uma grande variedade de táxons de artrópodes. O gênero Conopophaga possui nove espécies C. lineata, C. aurita, C. roberti, C. peruviana, C. ardesiaca, C. castaneiceps, cearae, C. melanops e C. melanogaster, destas sete ocorrem no Brasil. O gênero Pittasoma possui duas espécies P. michleri e P. rufopileatum. Contudo, poucos trabalhos foram realizados abordando a história natural dos Conopophagidae. Pois não se conhece em detalhes, distribuição, tamanho da área de vida e outros comportamentos como reprodução, alimentação e conhecimento do habitat preferencial ocupado pelas espécies. Em virtude disso, o presente estudo buscou ampliar o conhecimento sobre a história natural de Conopophagidae, família endêmica da região neotropical pouco conhecida.

2019
Descrição
  • ALESSANDRA MARIA SILVA VIDIGAL
  • Diagnóstico molecular do vírus da dengue e variabilidade genética do Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762) no meio Norte do Brasil

  • Data: 05/07/2019
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  • A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos, especialmente Aedes aegypti, que mostra uma ampla ocorrência, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. O presente estudo objetiva fornecer o diagnóstico molecular do vírus da dengue quanto aos seus sorotipos nas populações do município de Caxias/MA e estimar a variabilidade genética do vetor da dengue, A. aegypti, em municípios do Piauí e Maranhão com base em sequências do gene NADH4 do genoma mitocondrial. Para o ano de 2018, a Vigilância Epidemiológica notificou 22 casos suspeitos de dengue para as unidades de atenção básica a saúde no município de Caxias/MA, mas o teste de sorologia confirmou apenas três casos positivos para o vírus da dengue. Para 13 amostras sanguíneas deste município submetidas a extração de RNA viral e a ensaios de PCR o diagnóstico foi negativo para a presença do vírus. Em 2019, obteve-se 25 amostras suspeitas de dengue da Unidade de Pronto Atendimento de Caxias/MA, estas foram submetidas a ensaios de PCR, três foram positivas, sendo duas para DENV-4 e uma para DENV-2. Quanto a variabilidade genética de A. aegypti foram analisadas haplótipos tanto do Piauí quanto do Maranhão. Para o Piauí foram analisadas sete populações a partir de 68 sequências com 336pb do gene NDH4. Obteve-se 15 haplótipos, 13 sítios informativos, һ = 0,7629 e π = 0,01653. A AMOVA indicou que a maior variação ocorreu dentro das populações (64,54%-FST = 0.35456) com P significativo (p > 0.05). 15 haplótipos de ocorrência no Piauí foram adicionados aos haplótipos do estado do Maranhão envolvendo 15 municípios obteve-se 26 haplótipos, no entanto apenas três foram compartilhados entre populações do Piauí e Maranhão, sendo estes H1, H2 e H3. As análises filogenéticas agruparam os haplótipos em dois clados bem suportados com 99% de bootstrap, indicando a presença de duas linhagens nos estados do Piauí e Maranhão, mesmo apresentando uma distância entre as localidades. O gene COI foi usado para confirmar a espécie em estudo, os valores de similaridade variaram de 98,84 a 100%, confirmando assim a identificação para a espécie A. aegypti. Estudos de monitoramento da inserção e circulação viral, a caracterização molecular dos DENV, bem como, a investigação da variabilidade genética do A. aegypti são de fundamental importância, pois por auxiliam na previsão de epidemias e no estabelecimento de medidas de controle da doença.

  • ANDRE RICARDO FERREIRA DA SILVA ROCHA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATO DE Croton spp. L. (EUPHORBIACEAE) SOBRE PATÓGENOS DA MUCOSA ORAL

  • Data: 31/07/2019
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  • O Brasil é um país privilegiado em relação ao emprego da fitoterapia. Espécies vegetais do gênero Croton (Euphorbiaceae) possuem destaque, visto a diversidade de metabólitos secundários. C. betaceus e C. lundianus possuem fitoquímica diversificada agregando valor a estudos neste setor tecnológico e novas terapias para patologias da mucosa oral. Objetivou-se avaliar o potencial antimicrobiano de compostos bioativos no extrato etanólico foliar e frações de duas espécies do gênero Croton L. (Euphorbiaceae) frente a linhagens padronizadas de patógenos da cavidade oral humana potencialmente virulentas. As folhas das espécies de Croton, após secas à temperatura ambiente (26ºC±1), foram moídas até estado de pó, e extraídas três vezes consecutivas com etanol a 99% a 26ºC±1. Os extratos etanólicos das folhas foram suspensos em Metanol/Água e submetidos sucessivamente ao processo de divisão líquido-líquido com os solventes, sendo obtidas as quatro frações do extrato de etanol das folhas: em hexano, em clorofórmio, em acetato de etila e hidrometanol. Para triagem da atividade antimicrobiana foi realizado o ensaio de difusão em disco em ágar Muller-Hinton, nas concentrações: 1,0; 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 30,0; 100,0mg/mL. A prospecção das classes dos metabólitos secundários foi realizada de acordo com reações qualitativas de precipitação e coloração. Para o teste citotoxidade, utilizou-se os ensaios em sementes de Allium cepa. Os resultados das análises sobre o potencial antimicrobiano demostram que existem metabólitos com potencialidades bioativas em sua composição, sendo capazes de inibir o crescimento dos patógenos analisados. Enterococcus faecalis mostrou-se um dos patógenos mais sensíveis, sendo possível verificar inibição do seu crescimento em todas as frações e no Extrato Bruto em C. betaceus, e na maioria em C. lundianus. Dentre as frações, a Fração Hexânica tem destaque devido ao seu potencial de inibir os patógenos em concentrações baixa no teste. A prospecção fitoquímica das classes dos metabólitos secundários demostram a presença de compostos secundários, como flavonoides, esteroides, taninos, saponinas e triterpenos. Não foram identificados a classe de alcaloides em ambos os extratos. Todos os extratos possuem potencial antioxidante. Quanto às citotoxidade, foi observado um decréscimo no índice mitótico com o aumento das concentrações, exceto em C. betaceus na concentração de 20,0mg/mL. Frações de extratos oriundos de espécies de Croton possuem atividade frente microrganismos de importância clínica odontológica, com a presença de compostos biologicamente ativos, nas condições de teste.

  • ANTÔNIA TAINARA SOUSA DA SILVA
  • Modelos de distribuição potencial de espécies da família Lejeuneaceae (Marchantiophyta) endêmicas da América do Sul diante de cenários de mudanças climáticas

  • Data: 04/07/2019
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  • As briófitas constituem o segundo maior grupo de plantas terrestres após às plantas vasculares. São um grupo potencialmente informativo a ser considerado nos estudos de mudanças climáticas, uma vez que sua fisiologia e a ecologia são distintas das plantas vasculares, por ter capacidade de resistir à seca. As mudanças climáticas serão responsáveis pelo aumento de perdas na biodiversidade da brioflora; em virtude disto, é necessário identificar áreas importantes e estabelecer estratégias para a proteção da biodiversidade. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos das mudanças climáticas sobre as áreas de adequabilidade ambiental para as espécies das famílias Lejeuneaceae Cas.-Gil endêmicas da América do Sul e do Brasil. Para modelar a distribuição das espécies, foi definido como área de estudo a América do Sul, com recortes finais para o Brasil. Utilizando o algoritmo MaxEnt, os modelos de distribuição preditiva (atual e futura) foram elaborados e analisados. As variáveis ambientais utilizadas foram obtidas a partir do projeto CHELSA e WorldClim (resolução 30 segundos). Como resultado da modelagem preditiva atual, foram reveladas áreas com alta adequabilidade ambiental para L. perpapillosa que ainda não possui registros da espécie. Ao considerar um cenário futuro de aumento de temperatura, a modelagem sugere uma diminuição nas áreas adequadas à ocorrência de L. cristulata, L. perpapillosa, H. schiffneri e V. bischlerianus. Os resultados apresentados neste trabalho contribuem para futuros trabalhos de modelagem em cenários de mudanças climáticas, colaborando, desta maneira, para o estudo de espécies mais afetadas por mudanças de temperatura como as briófitas.

  • BEATRIZ MOURÃO PEREIRA
  • ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS

  • Data: 30/07/2019
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  • A análise de situação de saúde trata-se de um processo analítico-sintético que permite caracterizar, medir e explicar o perfil de saúde-doença de uma população, facilitando a identificação de necessidades e prioridades em saúde, principalmente quando se tem o conhecimento de que os reflexos de pobreza afligem de maneira mais intensa as comunidades negras, que independentemente de suas vontades coletivas, são assoladas por problemas de infraestrutura, saneamento e saúde. Esta pesquisa teve o objetivo de analisar as condições de vida, a situação de saúde e o acesso aos serviços de saúde pela população residente nos quilombos do município de Caxias – MA. Trata-se de um estudo ecológico, transversal com abordagem quantitativa, que foi realizado no período de fevereiro de 2018 a julho de 2019 nas comunidades de Jenipapo, Soledade e Cana Brava das Moças. A população do estudo foi constituída por indivíduos com 18 anos ou mais e crianças com até cinco anos de idade. O instrumento utilizado foi o questionário semiestruturado da Pesquisa Nacional de Saúde adaptado para comunidades quilombolas composto por um bloco de informações sobre o domicílio e outro sobre o indivíduo. Os questionários foram aplicados na casa dos próprios indivíduos e o software Epi Info versão 7.2.1.0 foi utilizado para a programação, armazenamento dos dados e estimativas da estatística descritiva da situação de saúde. Fizeram parte do estudo, 103 domicílios, onde observou-se que 62,1% (n=64) não possuem banheiro, 52,4% (n=54) das casas são de alvenaria/tijolo, 28,1% (n=29) das residências têm fossa rudimentar para escoamento dos sanitários, com predominância no abastecimento de água por poço ou nascente, porém identificou-se ausência da coleta de lixo. Verificou-se uma deficiência estrutural de lugares para praticar esporte, fazer caminhada, comprar frutas e/ou legumes. Destaca-se que 86,4% (n=89) dos domicílios são cadastrados na ESF. Dentre os 146 adultos que participaram, 62,3% (n=91) foram do sexo feminino, 25,4% (n=37) com idade ≥ 60 anos, 77,4% (n=113) casados, 54,8% (n=80) se autodeclararam negros e 35,0% (n=51) afirmaram não terem nenhum grau de instrução. Observou-se que 50,7% (n=74) avaliaram como regular sua condição de saúde. Verificou-se que a base alimentar predominante nessas comunidades foi o consumo de feijão e leite e baixo consumo de salada, verdura, legume, carne vermelha, frango e frutas. Identificou-se prevalência de HAS, DM, hipercolesterolemia, anemia, problemas crônicos na coluna e depressão. Evidenciou-se baixa frequência de acidentes e violência. Das 91 mulheres, 83,5% (n=76) já engravidaram e 64,5% (n=49) ficaram gestantes com idade ≤18 anos. Destaca-se que 62,1% (n=18) das mães fizeram 6 ou mais consultas de atendimento pré-natal. Das 36 crianças estudadas, aponta-se uma prevalência de 22,2% (n=8) com estatura muito abaixo para a idade e 13,9% (n=5) com baixa estatura para a idade. Sobre as características de saúde dos 37 idosos quilombolas, 67,6% (n=25) avaliam sua saúde de regular a muito ruim. Os quilombolas costumam procurar a Unidade de Saúde Pública quando precisam de assistência, principalmente por motivo de doença, conseguindo atendimento quando solicita o serviço e avaliam como boa a assistência recebida. Após compreender este cenário, foi possível identificar que a assistência e as condições de saúde entre os quilombolas estão a quem do nível ideal, apontando um desafio para a superação das deficiências encontradas, mas que serviu para dar visibilidade a comunidades que nunca foram estudadas.

  • DERISE DE ASSUNÇÃO BARBOSA
  • PADRÕES DE DIVERSIDADE E MECANISMOS ESTRUTURANTES DE COMUNIDADES DE EPHEMEROPTERA, PLECOPTERA E TRICHOPTERA EM RIACHOS DO MARANHÃO

  • Data: 02/07/2019
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  • Insetos das ordem Ephemeroptera, Trichoptera e Plecoptera (EPT), tem grande destaque em estudos ecológicos e de biomonitoramento, pois apresentam um amplo espectro de espécies adaptadas a condições ambientais distintas. Dessa forma diante as alterações das condições ambientais e das estruturas dos habitats poderá haver mudanças na composição e riqueza das especies. Nesse sentido o objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura das comunidades de EPT e verificar a relação da distribuição dos gêneros e grupos funcionais em microhabitats de riachos de duas unidades de conservação (UCs) localizadas em áreas de Cerrado, no Estado do Maranhão, região nordeste do Brasil. A pesquisa foi realizada no estado do Maranhão - MA nas seguintes unidades de proteção integral: Parque Estadual do Mirador e Parque Nacional da Chapada das Mesas. Foram amostrados 20 riachos sendo 10 em cada UC. O estudo da integridade ambiental, variação na composição de gêneros entre as UCs, influência das variáveis ambientais na disposição dos riachos e os efeitos dos parâmetros ambientais na riqueza e abundância de EPT foram avaliados. Quanto a diversidade taxonômica, nas duas UCs, a ordem Ephemeroptera apresentou maior riqueza seguida por Trichoptera e Plecoptera, e a ordem Trichoptera, foi a mais abundante. Houve uma diferença significativa na composição de gêneros entre as UCs. Na classificação dos grupos funcionais alimentares os mais representativos foram os predadores e os coletor-catador e os mais raros foram os filtradores e apresentaram distribuição condizente nos microhabitats de acordo com a preferência alimentar de cada gênero, onde o substrato folha e raiz foram os mais representativos. Portanto, essas informações reforçam a importância não só do grupo alimentar mais também da biologia dos organismos para a seleção dos habitats.

  • DOMINGA HOSANIRA SILVA DE SOUSA
  • Flora da Área de Proteção Ambiental Municipal do Inhamum: avanços no conhecimento da diversidade do Cerrado Maranhense

  • Data: 26/07/2019
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  • O Cerrado brasileiro abriga uma grande diversidade da fauna e flora do país, incluindo as
    principais linhagens de plantas: Briófitas, Samambaias, Licófitas e Angiospermas. Essa
    diversidade de plantas no Cerrado, faz com que o domínio seja importantes para o planeta e
    para o processo de especiação dos grupos. O objetivo do trabalho foi conhecer as flora de
    Briófitas, Samambaias, Licófitas e Angiospermas da Área de Proteção Ambiental Municipal do
    Inhamum em Caxias/MA, catalogando espécies através de coletas e revisão de espécimes em
    herbário. São fornecidos dados sobre hábito de vida, substrato, distribuição geográfica, domínio
    fitogeográfico e correlação do padrão florístico encontrado com outras áreas do estado do
    Maranhão. Foram realizadas 18 excursões de janeiro/2018 a junho/2019, em toda área da APA
    principalmente em trilhas, utilizando o método de busca ativa para coleta dos espécimes, além
    da revisão no herbário HABIT de todas as coletas realizadas na APA. Para Angiospermas foram
    catalogadas 229 espécies distribuídas em 50 famílias e 148 gêneros, com Fabaceae e Cyperus
    L. a família e gênero mais representativos. São registradas 42 espécies endêmicas para o Brasil,
    e 11 são novos registros para o Maranhão. Para Monilófitas e Licófitas foram catalogadas 15
    espécies distribuídas em 10 famílias e 14 gêneros. Thelypteridaceae e Tricomanes L. foram a
    família e gênero mais representativos. Recentemente, Schizaea elegans (Vahl) Sw. proveniente
    dessa pesquisa, foi publicada como novo registro para o Maranhão e Cerrado Brasileiro. Para
    as Briófitas foram catalogadas 64 espécies, distribuídas em 18 famílias e 37 gêneros.
    Sematophyllaceae e Fissidens Hedw. foram a família e gênero mais representativos. As
    espécies de briófitas registradas apresentam várias formas de vida e colonizam uma diversidade
    de substratos. São registradas oito espécies endêmicas para o Brasil. Verificou-se diversificação
    na distribuição geográfica e domínios fitogeográficos de todas as espécies do levantamento. As
    análises de similaridade para os três grupos em estudo mostraram que esse trabalho estabelece
    maior relação com estudos florísticos realizados na região Leste do Maranhão, mas que os
    coeficientes encontrados foram baixos principalmente para Angiospermas e Samambaias-
    Licófitas, corroborando com a hipótese de que a similaridade diminui de acordo com a distância
    geográfica em áreas tropicas e que a exclusividade de espécies em nível local é alta. Dessa
    forma a pesquisa contribui com o conhecimento da diversidade florística do Cerrado
    maranhense e demonstra o potencial florístico da Área de Proteção Ambiental Municipal do
    Inhamum com o alerta para conservação da mesma, a qual é acometida por várias ações
    antrópicas o que pode diminuir ou dizimar a riqueza aqui demonstrada.

  • EDERSON DOS SANTOS COSTA
  • PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO RENAL EM PESSOAS COM DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELLITUS ASSISTIDAS POR EQUIPES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

  • Data: 29/07/2019
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  • As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por perda importante da qualidade de vida, nos últimos anos, com aumento da expectativa de vida da população, têm sido responsáveis por alta morbimortalidade no globo. Dentre aquelas, está a Doença Renal Crônica (DRC), crescente problema de saúde pública, cujos agravos mais relacionados são a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus. De curso silencioso, seu diagnóstico tem sido formulado tardiamente, sendo necessário tratamento dispendioso, gerando altos custos aos serviços públicos de saúde e mudanças significativas do estilo de vida, daqueles com a DRC e de seus familiares. Desta forma, objetivou-se avaliar a prevalência de disfunção renal em pessoas com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e diabetes Mellitus assistidas por equipes da atenção primária à saúde. Estratificou-se o risco cardiovascular pelo Escore de Risco de Framingham, os pacientes classificados com alto risco cardiovascular tiveram avaliada a função renal, pela estimativa da taxa de filtração glomerular através da fórmula Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration, a estrutura renal, avaliada por meio da presença de albuminúria (albumina/creatinina urinária) e o prognóstico da DRC pela categoria de TFG e estratos de albuminúria. A amostra foi constituída por 289 voluntários, sendo 52,7% (157/298), classificados com baixo risco cardiovascular e risco alto, 40,6% (121/298). Destes, 24,8% (30/121) hipertensos, 21,5% (26/121) diabéticos e 53,7% (65/121) acometidos com os dois agravos. Na avaliação da função renal dos pacientes com alto risco cardiovascular na primeira análise, 91,7% (111/121), apresentou função renal normal ou alta, 7,5% (9/121) função ligeiramente diminuída e 0,8% (1/121) ligeira a moderadamente diminuída, ainda, a estrutura renal apontou 86,8% (105/121) normoalbuminúria. Identificou-se 13,2% (16/121) com indícios de acometimento renal, a prevalência de DRC foi de 7,4% (9/121) e 60,0% apresentaram o prognóstico risco moderado. Avaliação periódica da função renal é medida relevante em todas as pessoas sob o risco de doença renal, permitindo diagnóstico precoce, implementação de medidas protetivas de progressão da doença renal crônica e melhor prognóstico, reduzindo consideravelmente o número de pacientes submetidos a terapia renal substitutiva.

  • HELENICE SILVA GOMES
  • BIODIVERSIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA:FORMICIDAE) EM UMA ÁREA DE CAATINGA NO MUNICIPIO DE CRISTINO CASTRO, PIAUI, BRASIL

  • Data: 17/12/2019
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  • A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, com uma biodiversidade endêmica, compreende 11% do território nacional. Apesar grande riqueza natural, encontra-se em via processo de degradação, devido a ações antrópicas e exploração dos recursos naturais. Com a finalidade de mitigar tais ações, faz-se necessário a realização de programas de manejo florestal sustentável, aliado a grupos de organismos que possam estar atuando em conjunto. Os insetos são frequentemente utilizados em programas de monitoramento ambiental, principalmente as formigas, por sua ampla distribuição geográfica, diversidade e sensíveis as mudanças do meio. Este estudo teve como objetivo avaliar a composição de espécies de Formicidae, frente a atividade de manejo florestal em área de caatinga arbórea – arbustiva, na Fazenda Aracajú, no município de Cristino Castro, Piauí, Brasil, utilizando armadilhas do tipo Pitfall e armadilhas arbóreas, com isca e sem. Foram selecionadas duas parcelas (manejada e controle), uma que será manejada, para verificar os padrões ecológicos. Os resultados obtidos foi um total de 8.337 indivíduos, 33 espécies distribuídos em seis subfamílias e 16 gêneros. Com subfamília Myrmicinae (16 espécies) alocando maior riqueza, seguida de Formicinae (8 espécies). Portanto, este trabalho é extremamente importante para se conhecer de que forma as atividades de manejo florestal, estão atuando sobre a mirmecofauna da Caatinga.

  • JÉSSICA SOBRAL DE AGUIAR
  • FREQUÊNCIA SAZONAL DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA, PSYCHODIDAE) E DETECÇÃO DE Leishmania EM ÁREA URBANA ENDÊMICA NO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 09/07/2019
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  • As leishmanioses são doenças infecciosas, causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos por insetos da família Phlebotominae (Diptera: Psychodidae). O município de Caxias, Maranhão, registra elevada densidade de flebotomíneos e casos autóctones dessas patologias com ocorrência de óbitos. Essa pesquisa tem o objetivo de analisar a ocorrência das espécies de flebotomíneos e verificar os níveis de infecção por Leishmanias em áreas urbanas do município de Caxias. Foram selecionados cinco bairros: Vila São José, Vila Lobão, Campo de Belém, Cangalheiro e Teso Duro para coletas de flebotomíneos no período de dezembro de 2017 a novembro de 2018, com auxílio de armadilhas luminosas CDC instaladas às 18h00 e retiradas às 6h00 do dia seguinte, no peridomicílio de quatro residências por bairro. Foram capturados 2.328 exemplares, sendo 1.043(44,9%) no bairro Teso Duro; 436 (18,7%) Vila Lobão; 448 (19,2%) Cangalheiro; 261(11,2%) Campo de Belém e 140 (6%) no bairro Vila São José, pertencentes a nove espécies, oito espécies do gênero Lutzomyia e uma do gênero Brumptomyia. Foi predominante Lu. longipalpis com 2.274 exemplares (97,7%), seguida por Lu.whitmani com 26 (1,1%), as demais espécies coletadas representaram menos que 0,6%. A distribuição dos flebotomíneos por sexo verificou-se um predomínio dos machos com 72% (N= 1.678) e 27,9% (N= 650) fêmeas. Verificou-se captura de flebotomíneos em todos os meses, com maior frequência em dezembro/2017 com 565 (25,3%), em março e maio de 2018 com 538 e 407 exemplares respectivamente. A abundância foi maior no período chuvoso 1.634 (70,2%) do que no período seco 694 (29,8%). Verificou-se correlações moderadas negativa entre as variáveis continuas, espécies e temperatura (r= 0,5579), e positivas entre espécie e pluviosidade (r= 0,6619), em relação a espécie e umidade (r= 0,7972) constatou-se forte correlação positiva. Foram analisadas 144 fêmeas, destas23 foram positivos para Leishmania spp. pois amplificaram uma banda de 300-350pb, provenientes de duas espécies de flebotomíneos: Lu. longipalpis (N= 22), Lu. whitmani (N=1), apresentando uma taxa de infecção geral de 16%. As amostras positivas quando foram submetidas à digestão por enzima de restrição HaeIII (PCR/RFLP), apresentaram o padrão de restrição para o fragmento da espécie de Leishmania infantum. A Taxa de Infecção Natural (TIN) obtida de Le. infantum em Lu. longipalpis foi 4,5% e em Lu. whitmani foi de 1%.Verificou-se que o município de Caxias, MA apresenta elevada abundância de flebotomíneos com predominância de Lu. Longipalpis e Lu. whitmani, vetores comprovados das leishmanioses. A presença de Le. Infantum em Lu. longipalpis, e em Lu. whitmani que não é vetor natural de leishmaniose visceral, sugere uma crescente e preocupante adaptação deste parasita, demonstrando a necessidade de um constante monitoramento entomológico, estudo da Lu. whitmani na transmissão de LVA. Além da aplicação de medidas mais efetivas pelo programa de controle dessas endemias visando à diminuição dos casos de LVA e LTA no município de Caxias, Maranhão.

  • LORRAN ANDRE MORAES
  • O parque Estadual Cânion do rio Poti, Buriti dos Montes - PI: Processo de criação, implantação e diversidade florística.

  • Data: 30/01/2019
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  • O Brasil é megadiverso, apresenta e abriga a maior biodiversidade do planeta, em especial da flora. Nesse sentido, os estudos sobre a composição e diversidade florística são extremamente importantes, principalmente para as angiospermas, briófitas e samambaias, para o conhecimento e compreensão da estrutura e da dinâmica da vegetação. Esses estudos possibilitam informações qualitativas e quantitativas (abundancia, diversidade, riqueza e distribuição) das espécies, que visam a priore subsidiar a tomada de decisões sobre o manejo, modelos de conservação e preservação sobre as áreas pesquisadas. Nesse contexto, as áreas de proteção ambiental, áreas de relevante interesse ecológico, estações e reservas ecológicas/biológicas, funcionam como aliado e parceiro, com objetivos de proteção dos biomas e da biodiversidade. Diante disso, esta pesquisa objetivou analisar os aspectos e mecanismos responsáveis pelos processos de criação, implantação do Parque Estadual Cânion do Rio Poti, Buriti dos Montes/Piauí e listar a sua flora das angiospermas, briófitas e samambaias. Para tanto, a metodologia utilizada para analisar o processo de criação, implantação foi a bibliográfica e documental. Já para a florística, procedeu-se com a coleta de material botânico provenientes de trechos de áreas de afloramentos rochosos presentes sobre a influência do Cânion do Rio Poti. As plantas coletadas foram herborizadas, identificadas e classificadas, seguindo metodologia usual para cada um dos grupos supracitados. As espécies encontram-se depositadas no Herbário do Centro de Estudos Superiores de Caxias/CESC, da Universidade Estadual do Maranhão/UEMA. Como resultados, tem-se que o Parque Estadual Cânion do Rio Poti, localizado no município de Buriti dos Montes, é uma Unidade de Conservação Integral, criada no Piauí em 2017, pelo decreto nº 17.429, e o seu processo histórico de criação foi uma luta de ambientalistas, representantes de organizações não governamentais (ONGs) e dirigentes de órgãos públicos e privados dos estados do Piauí e Ceará, seguindo os preceitos estabelecidos em Lei. A UC ainda não deu início as fases do processo de instalação/implantação da infraestrutura da sede. Assim, há portanto a necessidade urgente da implantação da infraestrutura física da sede do Parque proposta, mediante as diversas funções, como a de assegurar a manutenção e o suporte dos serviços ecológicos e ambientais essenciais para a conservação e preservação da biodiversidade, recursos naturais, sítios arqueológicos e paleontológicos, entre outros na região. Já na parte da vegetação, a composição florística de angiospermas, briófitas e samambaias do Parque é representada por 116 espécies, distribuídas em 94 gêneros e 42 famílias. Destas, 96 espécies (82,7%), 82 gêneros e 34 famílias são de angiospermas. Para briófitas são registradas 14 espécies (12,1%), distribuídas em seis famílias e oito gêneros, enquanto as samambaias são compostas por seis espécies (5,2%), distribuídas em quatro gêneros e duas famílias. Em relação a distribuição das espécies dos respectivos taxa nos domínios fitogeográficos, seis (8 spp., 6,9%) estão presentes em todos, em cinco (21 spp., 18,1%), quatro (28 spp., 24,1%), três (22 spp., 20%), dois (23 spp., 19,8%) e em um (14 spp., 12,1%). Das espécies registradas 13,8% (16 spp.) são novos registros para o Piauí; destas 7,8% (9 spp.) são briófitas e 6% (9 spp.). Para a Caatinga 8,6% (10 spp.) são novos registros; 6% (7 spp.) são de angiospermas e 2,6% (3 spp.) para briófitas. A pesquisa é a primeira listagem florística de angiospermas, briófitas e samambaias para o município de Buriti dos Montes e o Parque, com as samambaias, como primeiros resultados para o Piauí. O estudo contribui com informações importantes do registro das espécies vegetais na área de afloramento rochoso da Caatinga, que amplia a ocorrência e a distribuição geográfica das espécies. Os resultados não se dão por encerrado, sendo necessários novos estudos e levantamentos florísticos dos grupos em todos ambientes e em outras fitofisionomias nas áreas de delimitação do Parque para amostrar a real diversidade.

  • MAURO CELSO RODRIGUES DOS SANTOS
  • Padrão de atividade e seleção de habitat por três espécies de cracídeos (Aves, cracidae) em um mosaico vegetacional no Pantanal do Rio Negro

  • Data: 05/07/2019
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  • O Pantanal é internacionalmente reconhecido como uma das áreas mais atraentes do mundo para observação e pesquisa com aves. O tempo de atividade é uma das expressões do padrão circadiano e faz parte da história natural de uma espécie e suas manifestações têm significado ecológico e evolutivo. As mudanças comportamentais durante o dia podem influenciar na aptidão individual de um animal, e o aspecto temporal da atividade é uma dimensão importante do nicho ecológico de uma espécie. O habitat é um local físico que os organismos ocupam na natureza, onde intercorre as condições necessárias para a reprodução e sobrevivência de suas populações. Os estímulos para a escolha do habitat por uma ave podem se originar das características estruturais da paisagem, incluindo fatores bióticos e abióticos. Poucos são os estudos com o uso de armadilhas fotográficas para avaliação da seleção de habitat e período de atividade de aves, especialmente entre os representantes de Cracidae. Dessa forma, este estudo teve como objetivo principal verificar o período de maior atividade e os ambientes utilizados pelas espécies de Cracidae detectadas por armadilhas fotográficas no Pantanal norte. O estudo foi realizado na sub-região do Pantanal do Rio Negro, localizada no município de Aquidauana, Mato Grosso do Sul. A coleta ocorreu nos ambientes de cerrado (CE), cordilheira (CO) e mata ciliar (MC), utilizando armadilhas fotográficas. O esforço amostral empregado entre set/2013 e mai/2014 foi de 9.617 armadilhas/dias, ao longo de 231 dias de amostragem e 5.544h de armadilhas em funcionamento. Foram obtidos 4.833 registros independentes de Cracidae, totalizando 7.713 indivíduos detectados. Crax fasciolata foi a espécie com maior número de registros (nreg = 3.792) e indivíduos (nind = 5.781), seguida por O. canicollis (nreg = 934; nind = 1.758) e P. grayi (nreg = 107; nind = 174). Nestes ambientes, o período de atividade das aves se deu de forma não uniforme ao longo do dia. A distribuição do período de atividade das três espécies se deu de forma não-uniforme ao longo das 24h do dia, evidenciando um período preferencial de maior atividade quando considerados os dados globais dos habitats. Os cracídeos parecem apresentar certa plasticidade nesse sentido, por usarem habitats diferentes em paisagens heterogêneas. O conhecimento acerca da seleção de habitat e do período de atividade dos Cracidae permite auxiliar nas estratégias efetivas de manejo e conservação das espécies dessa família, tendo em vista que os representantes deste táxon são nitidamente mais susceptíveis à extinção. 

  • RICARDO CLAYTON SILVA JANSEN
  • CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE HOSPITAIS PÚBLICOS

  • Data: 12/07/2019
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  • Os profissionais de saúde que prestam cuidado ao paciente, incluindo os enfermeiros, são elementos chave no processo de evitar erros, impedir decisões ruins, referentes aos cuidados e também de assumir um papel de liderança no avanço e no uso de estratégias para promover a segurança e qualidade do cuidado. Objetivou-se avaliar o clima de segurança sob a perspectiva dos profissionais de enfermagem para cada domínio do Safety Atitudes Questionnaire – SAQ. Trata-se de um estudo transversal, de natureza descritiva e abordagem quantitativa que utilizou o SAQ para avaliar as atitudes de segurança da equipe de enfermagem de dois hospitais regionais do interior do estado do Maranhão (identificados por letras do alfabeto grego, Alpha e Beta). Este instrumento possui 36 questões distribuídas em seis domínios: clima de trabalho em equipe, clima de segurança, satisfação no trabalho, percepção do estresse, percepção da gerência e condições de trabalho. Obteve-se nos dois hospitais uma amostra de 206 profissionais entre enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem. A participação no estudo foi predominantemente do gênero feminino (188 / 91,3%), técnicos de enfermagem (156 / 75,7%), com 1 a 2 anos de tempo na especialidade (115 / 55,8%) e que cuidam de adultos (116 / 56,3%). A avaliação do clima de segurança do paciente nos dois hospitais obteve escore baixo (70). A análise individual por domínio nos hospitais Alpha e Beta, mostrou que satisfação no trabalho foi avaliado com escores altos (79 e 88, respectivamente); já clima de trabalho em equipe (70 e 75, respectivamente), clima de segurança (57 e 68, respectivamente), percepção do estresse (69 e 68, respectivamente) e condições do trabalho (59 e 73, respectivamente) foram avaliados com escores mais baixos, destacando-se que o domínio percepção da gerencia obteve o menor escore (53 e 66, respectivamente) na avaliação dos profissionais de enfermagem. Esforços coletivos precisam ser empregados para que o fortalecimento da cultura de segurança do paciente torne-se realidade. Nesse sentido, os resultados podem ser utilizados como ponto de partida para que gestores e Núcleos de Segurança do Paciente possam efetivamente modificar essa realidade.

  • SÊMILLY SUÉLEN DA SILVA SOUSA
  • INVESTIGAÇÃO DOS PADRÕES REPRODUTIVOS DO Aedes aegypti E Aedes
    albopictus E IMPLICAÇÕES NO CONTROLE DA DENGUE E CHIKUNGUNYA NO 
    NORDESTE, BRASIL

  • Data: 04/07/2019
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  • O Aedes aegypti e o Aedes albopictus são mosquitos de importância epidemiológica em todo o mundo, por realizarem a transmissão de importantes arbovírus. A. aegypti é encontrado em ambiente urbano, e transmite os vírus da dengue, febre amarela, zika e chikungunya. O A. albopictus é transmissor da febre amarela e da dengue na Ásia, registrado com maior frequência em ambientes rurais, e ovipõe preferencialmente em recipientes naturais. Neste trabalho objetivou-se investigar os padrões reprodutivos desenvolvidos pelos vetores A. aegypti e A. albopictus e suas implicações no controle da dengue e chikungunya no município de Caxias, Estado do Maranhão. Foram realizadas coletas em cinco bairros (Baixinha, Fazendinha, João Viana, Seriema e Vila São José), em quatro ciclos trimestrais durante dois anos, de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Foram inspecionados os recipientes com água no peridomicílio e no intradomicílio das residências e nos terrenos baldios. Delimitou-se até 30 metros de área para observação das características dos recipientes quanto à localização, capacidade e presença de imaturos. Em cada ciclo foram vistoriados 100 imóveis, sendo 20 terrenos e 80 residências, totalizando 800 vistorias. Constatou-se a presença de imaturos (positividade) em 93 (11,6%) dos imóveis vistoriados nos dois anos, dos quais 79 (84,9%) eram residências e 14 (15,1%) terrenos baldios. Foi constatada a positividade em 110 (11, 8%) recipientes vistoriados, sendo 94 (85,5%) recipientes positivos encontrados nas residências e 16 (14,5%) nos terrenos baldios. O maior percentual de recipientes positivos 56, 4% foi encontrado no período chuvoso. O bairro Seriema apresentou maior número de recipientes, 43 (39,1%) com 1.416 (36,9%) imaturos. O grupo armazenamento destacou-se com maior positividade nas residências, 70,9% do total; e nos terrenos baldios, os frascos, onde não se verificou presença de criadouros naturais e as maiores ocorrências foram no período chuvoso. Nas observações do desenvolvimento do ciclo de A. aegypti a fase de ovo apresentou duração média de 2 dias, o estágio larval de 6,4 dias nos quatro estádios; e a fase de pupa durou em média 1,7, com duração média de 8,4 dias para todo o ciclo. As fêmeas foram mais longevas que os machos. Observou-se preferência para oviposições no horário das 7h00 da manhã e três dias após o repasto, com uma média de 43 ovos por fêmea. Os dados mostraram imóveis com positividade de A. aegypti durante todo o ano, principalmente nos depósitos de armazenamento que atuam como principais focos de proliferação. A. albopictus é encontrado em menor quantidade nas residências com maior frequência nos terrenos baldios, em recipientes do tipo frascos. O ciclo de desenvolvimento do A. aegypti mostrou-se relativamente acelerado com duração média de 8 dias, e as fêmeas apresentaram-se média de oviposição igual a 43 ovos. Recomenda-se a intensificação contínua de campanhas de educação e saúde direcionadas à população das áreas mais infestadas para reforçar as ações de limpeza e cobertura adequada nos depósitos de armazenamento que são os locais preferenciais de postura das fêmeas e com essa medida contribuir com a redução da transmissão das arboviroses no município de Caxias, Maranhão, Nordeste do Brasil.

  • STÊNIO RANIERY DE SOUSA NASCIMENTO
  • TAXONOMIA DE LEPTOPHLEBIIDAE BANKS, 1900 (INSECTA: EPHEMEROPTERA) PARA O ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 02/07/2019
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  • A ordem Ephemeroptera é considerada um grupo oligodiverso, com descrição aproximada de 4.000 espécies, 42 famílias e 400 gêneros para o mundo. Possuem desenvolvimento hemimetábolo, desempenhando várias funções importantes nos ambientes aquáticos. A família Leptophlebiidae possui ampla distribuição geográfica. Para o Brasil são registradas 115 espécies e 27 gêneros, no estado do Maranhão até o momento possui o registro de duas espécies Traverella maranhensis e Ulmeritoides uruguayensis. Neste sentido, o objetivo principal desta pesquisa é realizar um levantamento da família Leptophlebiidae para o estado do Maranhão enfatizado locais que estão inseridos dentro da Bacia Hidrográfica do Itapecuru. No total foram amostrados 12 pontos de coleta distribuídos em seis municípios. Como forma de captura foi utilizado uma rede entomológica aquática (rapiché) para coleta de ninfas. A coleta das formas aladas consistiu na utilização de dois tipos de armadilhas luminosas montadas na vegetação marginal sendo elas Pensilvânia e lençol branco, ambas utilizando como fonte de iluminação luzes de LED. O material coletado foi fixado em álcool 80%. Foi possível amostrar uma abundância de 461 indivíduos distribuídos em 14 gêneros e 18 espécies. As espécies Farrodes xingu, Hydromastodon sallesi, Miroculis eldorado e Tikuna bilineata são novos registros para Região Nordeste. A espécie Miroculitus emersoni é registrada pela primeira vez no Brasil. Uma nova espécies é descrita para o gênero Hylister, e o estágio ninfal de Thraulodes sternimaculatus é pela primeira vez descrito. Todas as espécies de Leptophlebiidae encontradas nesta pesquisa são novos registros para o Maranhão aumentando de 2 para 17 espécies reportadas para o estado

  • TATIANE NEVES DE SOUSA
  • ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS INFECÇÕES PARASITÁRIAS INTESTINAIS E ANEMIA EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE UM MUNICÍPIO DO LESTE MARANHENSE

  • Data: 19/08/2019
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  • As parasitoses intestinais são consideradas doenças negligenciadas causadas por agentes infecto-parasitários que produzem prejuízos físico, cognitivo e socioeconômico, com destaque em comunidades de baixa renda. Dentro desse contexto, as comunidades quilombolas geralmente se localizam em áreas rurais, com um relativo nível de isolamento geográfico, desigualdades sociais e de saúde, além de serem desprovidas da assistência à saúde ou dependentes de um sistema de saúde pública com várias problemáticas. Essa pesquisa objetiva avaliar o perfil socioeconômico e epidemiológico das parasitoses intestinais e da anemia na população em Comunidades Remanescentes de Quilombos do Leste Maranhense. Trata-se de um estudo ecológico, transversal com abordagem quantitativa. A população foi constituída pelos moradores das Comunidades Quilombolas de Caxias/MA certificadas pela Fundação Palmares. Após apresentação do projeto, cada morador foi convidado a participar da pesquisa, onde assinaram o termo de consentimento e receberam os coletores descartáveis com conservante e cartão de instrução de coleta das fezes. O questionário, coleta das amostras de fezes e de sangue foram realizados nas residências dos quilombolas, seguindo os devidos procedimentos de segurança biológica. As amostras de fezes foram examinadas pelo Método de Sedimentação Espontânea. As amostras de sangue em tubos de EDTA foram analisadas em aparelho hematológico. Participaram da pesquisa 211 moradores, houve maior frequência do gênero feminino (52,1%, n= 110) de cor parda (60,2%, n=127), alfabetizados (58,8%, n=124), lavradores(as) (34,1%, n=72), vivem com menos de um salário mínimo (63,5%, n= 134), em casas com piso de cimento (38,4%, n=81) e paredes de alvenaria (53,6%, n= 113), esgotos a céu aberto, sem pavimentação nas ruas, água de poços/cacimbas e coada para consumo (50,7%, n=107), dejetos descartados a céu aberto (84,4%, n= 178), presença de animais (93,8%, n= 198), que usam apenas água corrente para lavar frutas e verduras (69,7%, n=147), com o hábito de andar descalço (53,6%, n=113), não utilizaram medicação para verminoses (82,5%, n=174). Das 161 amostras de fezes, 67 (41,61%) encontravam-se parasitadas com pelo menos uma espécie de helminto ou protozoário (parasito ou comensal). Os protozoários foram os mais frequentes na população (80,6%, n=54), sendo os mais prevalentes Entamoeba coli (44,8%, n=39) e Blastocystis hominis (35,6%, n=31). Dentre os helmintos, os mais frequentes foram ovos de Ancylostoma sp. (10,3%, n=9) e Ascaris lumbricoides (3,4%, n=3). Uma maior frequência de amostras monoparasitadas (73,1%, n=49). Houve associação significativa entre a variável “parasitos” e renda familiar (p= 0,002), ocupação dos moradores (p= 0,006), condição de moradia (p= 0,036), uso de vermífugo (p= 0,007), andar descalço (p= 0,034). Das 178 amostras sanguíneas, 37,08% (n=66) com casos de anemia na população, com faixa etária prevalente entre 3 e 10 anos de idade (25,8%, n=17), 59,01% (n=39) gênero feminino e de cor parda (56,1%, n= 37). Os resultados do volume corpuscular médio (VCM) indicaram 64,8% (n=35) dos indivíduos com anemia normocítica e 24,1% (n=13) anemia microcítica. Os resultados da concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) indicaram 59,3% (n=35) dos indivíduos com anemia normocrômica e 40,7% (n=24) com anemia hipocrômica. Houve associação significativa entre as variáveis “parasitos intestinais” e “anemia” (p= 0,036). Por fim, devido aos baixos padrões socioeconômicos e as condições precárias de saneamento básico e higiene, ressalta-se a necessidade de implementação de estratégias que visem eliminar ou reduzir as taxas de parasitos intestinais e de anemia, e assim contribuir para melhorar a qualidade de vida e saúde da população.

  • WANESSA COSTA DOS SANTOS
  • COMUNIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM UM FRAGMENTO DE MATA DE COCAIS DO MUNICÍPIO DE CODÓ-MA

  • Data: 17/12/2019
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  • As formigas são excelentes bioindicadores do efeito de borda, pois são extremamente sensíveis a esses gradientes ambientais. Esse estudo analisou o efeito de borda sobre a comunidade de formigas em uma área de Mata de Cocais no povoado São Raimundo, município de Codó-MA. As coletas foram realizadas entre os meses de novembro de 2018 a agosto de 2019. Para a coleta dos espécimes, a área foi delimitada em três parcelas de amostragem: i. Borda, ii. 250 metros e iii. 500 metros. Em cada parcela de amostragem foram utilizados dois tipos de armadilhas: i. Pitfall (sem atrativos (água e detergente) e com atrativos (sardinha com mel)); ii. Arbórea (sem atrativos (água e detergente) e com atrativos (sardinha com mel)). Foram coletadas 65 espécies de formigas, distribuídas em sete subfamílias, 11 tribos e 22 gêneros. Myrmicinae e Formicinae foram as subfamílias mais representativas em número de espécies. Camponotus e Pheidole foram os gêneros mais bem amostrados. Não houve diferença significativa entre a riqueza observada nas parcelas amostradas. A riqueza de espécies não apresentou uma crescente no sentido borda-interior, sendo a borda verificada com maior riqueza, tal fato justifica-se pelas características bióticas e abióticas das bordas que podem favorecer espécies generalistas e oportunistas. A diversidade de espécies aumentou no sentido borda-interior, sendo que a parcela de 500m obteve maior diversidade. As parcelas interiores (250m e 500m) são mais similares entre si, quando comparadas a parcela de borda. Esse estudo contribuiu de forma relevante para o conhecimento da diversidade e distribuição da fauna de formicideos do Maranhão.

2018
Descrição
  • ANA PRISCILA MEDEIROS OLIMPIO
  • Morcegos do gênero Molossus (Chiroptera, Molossidae): Análises genéticas, morfológicas e morfométricas com ênfase nas espécies de ocorrência no Cerrado e Amazônia maranhense, Brasil

  • Data: 29/06/2018
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  • Os morcegos do gênero Molossus pertencem à família Molossidae e distribuem-se apenas na região Neotropical. São insetívoros, possuem uma aerodinâmica que facilita um voo alto e rápido, as espécies são morfologicamente parecidas com os machos maiores que as fêmeas. Essas características fazem com que a taxonomia do gênero seja insatisfatória favorecendo o surgimento, desaparecimento e/ou fusão de táxons. Objetivou-se neste estudo caracterizar através da morfologia, morfometria e genética os morcegos do gênero Molossus de ocorrência em fragmentos dos domínios fitogeográficos Cerrado e Amazônia maranhense. A análise morfológica foi realiza através de observação dos caracteres e também a partir de comparações com as chaves taxonômicas. Para a análise morfométrica foram obtidas 15 medidas externas e 23 cranianas de 31 fêmeas e 12 machos de Molossus molossus e quatro fêmeas e nove machos de Molossus rufus que foram analisadas no programa STATA v. 13. O teste t foi usado nas variáveis paramétricos e o teste de Man-witeney nas não paramétricos. Para as análises moleculares utilizou-se os genomas mitocondriais e nucleares, para o genoma mitocondrial sequenciou-se os genes citocromo b e Co1 que foram analisados nos softwares: Bioedit, Mega, Dnasp, Dambe, Network e Arlequim, para o gene Co1 utilizou-se ainda a plataforma BoldSystems. Para o genoma nuclear foram genotipados seis loci microssatélites que foram analisados a partir dos softwares GeneMarker, GenALex 6.5, GENEPOP v.4.0.10 e o STRUCTURE 2.3.4. A análise foi executada utilizando-se os intervalos de K= 2 a K=5 com 10 interações, um período de burni-in de 60.000 ciclos seguidos de 200.000 amostras da Cadeias de Markov-Monte Carlo (MCMC). Os resultados da análise morfológica e morfométrica mostrou que para o Maranhão ocorrem as espécies M. rufus no Cerrado e M. molossus na Amazônia e no Cerrado, sendo este o primeiro registro de M. molossus para o domínio fitogeográfico Cerrado. As medidas significativas para separar M. rufus e M. molossus do Maranhão corroboraram com a literatura e foram Cauda, 2ªFal-IVMe, Cb, Basal, CM2/3S, Cm, Lc, Lm, Li, Lpt, Acx, CC+Inc, Cca-PMO, DNaFo, LBTIL, LBTPP. Os seis loci genotipados resultaram em 22 alelos, desses os alelos 228, 280 (MolA2), 250, 260 (MolC56) e 290 (MolC109bis) foi encontrado apenas para M. rufus. O alelo 260 (MolC61) e 220 (MolA221) foi observado apenas em M. molossus. Os resultados para os genes Co1 e citocromo b revelaram que o gênero Molossus é monofilético para as espécies analisadas, entretanto os limites entre as espécies ainda não foram definidos. Esse resultado é refletido na divergência, onde em alguns casos a divergência intraespecíficas é maior que as interespecíficas como observado entre M. coibensis e M. molossus, em outros revela diferentes espécies correspondendo ao mesmo táxon, exemplo: M. coibensis e M. barnesi. Para o Maranhão observa-se tanto para os genes mitocondriais quanto nucleares a presença de dois conjuntos gênicos para as espécies analisadas, no entanto os resultados não foram suficientes para discriminar como unidades taxonômicas independentes reforçando a necessidade de mais estudos para este gênero.

  • ANDERSON ARAUJO CORREA
  • Mortalidade evitável entre raça e sexo: uma análise da região de saúde de Caxias, Maranhão, Brasil

  • Orientador : JOSENEIDE TEIXEIRA CÂMARA
  • Data: 18/06/2018
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  • As causas de morte evitáveis tornaram-se um influente indicador para avaliação dos serviços de saúde. São óbitos que poderiam ter sido evitados pela presença de serviços de saúde eficazes, ou seja, a evitabilidade pode ser alcançada através da prevenção em saúde e por ações curativas. O objetivo do estudo é analisar a mortalidade evitável como indicador de disparidades na mortalidade por raça e sexo na Região de Saúde de Caxias, Maranhão, Brasil no período de 2006 a 2015. É um estudo ecológico realizado nos sete municípios da Região de Saúde. Foram selecionados os óbitos ocorridos em indivíduos de 0 a < 75 anos seguindo a classificação da Lista Brasileira de Causas de Óbitos Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde do Brasil. Na análise, para medir a associação entre as causas de morte evitáveis e as variáveis básicas utilizou-se como método estatístico a taxa de mortalidade e a regressão binomial negativa. No período analisado, ocorreram 5.277 óbitos por causas evitáveis. A análise indicou que o sexo masculino possui risco mais elevado para mortes por doenças imunopreveníveis (IRR – 3.99) e por violências e acidentes (IRR – 7.75) na faixa etária de 5 a 74 anos. Para a faixa de 0 a 5 anos foi observado que o sexo masculino apresenta risco de morte maior para o grupo de doenças relacionadas a gestação, parto, e ao recém-nascido (IRR – 1.22). Além disso, ambos os sexos apresentam risco de morte elevado para faixa etária entre 60 a 74 anos. Quanto a raça/cor, os resultados indicam que pardos entre 5 e 74 anos possuem maior risco de morte para causas externas (IRR – 2.27) e menores de 5 anos possuem maior risco (IRR – 3.01) para doenças relacionadas a gestação, parto e ao recém-nascido. A Taxa Bruta de Mortalidade apresentou uma redução de 29% na Região de Saúde com destaque para a faixa etária de 0 a 9 (queda de 69.7%). O infarto agudo do miocárdio, principal causa de morte, teve aumento de 10.1% na taxa de mortalidade, o acidente vascular cerebral apresentou uma queda de 35.1%, a maior redução em as causas de óbitos foi observada na morte por agressão por meio de objeto cortante ou penetrante 90.7%. Considerando a classificação da Lista Brasileira foi observado que a maior redução (596.6%) ocorreu no grupo de doenças evitáveis por ações adequadas de promoção e atenção à saúde. Foi evidenciada em todos os municípios fator de proteção para mortes decorrentes de causas infecciosas, doenças não transmissíveis e causas externas em comparação com Caxias. Os resultados sugerem que, na Região de Saúde, o declínio da mortalidade por causas evitáveis entre 2006 e 2015 decorre de mudanças ocorridas no acesso aos serviços de saúde, impulsionadas pela estruturação e ampliação crescente no Sistema Único de Saúde. A análise das diferenças entre a mortalidade por sexo e raça representa uma ferramenta útil no monitoramento da saúde da população. Portanto, a abordagem da evitabilidade é de fundamental importância no planejamento e avaliação dos serviços, visando uma equidade das estratégias de intervenção em saúde.

  • ANDREIA CASTRO DE SOUSA
  • AVALIAÇÃO DO CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE ENTRE
    PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM DE HOSPITAIS DO INTERIOR DO
    ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

  • Orientador : RITA DE MARIA SEABRA NOGUEIRA
  • Data: 19/06/2018
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  • Estima-se que os cuidados à saúde provoquem danos à saúde de dezenas de milhares de pessoas todos os anos no mundo. Globalmente, está em construção uma cultura de segurança que permite às organizações e seus profissionais disporem de dados e ferramentas para trabalhar em prol da melhoria da assistência à saúde. Este estudo objetivou avaliar o clima de segurança sob a perspectiva dos profissionais da equipe de enfermagem, atuantes nas clínicas médica e cirúrgica de dois hospitais do interior do Maranhão utilizando-se Safety Atitudes Questionnaire – SAQ. Estudo quantitativo, transversal e descritivo que após uma qualificação com os profissionais de enfermagem das clínicas médica e cirúrgica de dois hospitais gerais do interior do Maranhão aplicou o SAQ a estes mesmos profissionais, o SAQ é um instrumento mais sensível para avaliar as atitudes de segurança individuais. Após cumprir os requisitos éticos das pesquisas que envolvem seres humanos, procedeu-se a coleta dos dados. Para o processamento dos dados utilizou o Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 11.0. Consideraram-se resultados estatisticamente significativos aqueles cujas associações apresentarem p<0,05. Com base na avaliação dos questionários foram encontrados os seguintes resultados: os escores por cada domínio das clínicas médica e cirúrgica em Açailândia e Imperatriz respectivamente foram: clima de trabalho em equipe, 54,67 e 63,43; clima de segurança, 57,25 e 53,99; satisfação no trabalho, 81,67 e 80,59; percepção de estresse, 46,40 e 66,51; percepção da gerência do hospital, 57,27e 54,03; condições de trabalho, 57,27 e 51,02. O escore final do SAQ foi 58,75 em Açailândia e 60,43 em Imperatriz. Nenhuma associação dos escores dos domínios, tanto em Açailândia quanto em Imperatriz apresentou correlação forte. Com este estudo notou-se que as clínicas médica e cirúrgica dos dois hospitais em estudo precisam de ajustes, pois os escores se apresentaram de maneira geral baixos, significando graves deficiências nos diversos domínios e a necessidade da implantação, eficaz, dos protocolos de segurança do paciente.

     

     

     

  • CÍCERO QUIRINO DA SILVA NETO
  • Estrutura da comunidade de diptera (Insecta) -Em ponto único - na reserva ecológica do Inhamum, município de Caxias, Estado do Maranhão, Brasil

  • Data: 10/12/2018
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  • O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo e entre os grupos mais diversos encontra-se a ordem Diptera; esta é considerada megadiversa, juntamente Coleoptera, Hemiptera, Hymenoptera e Lepidoptera, por possuirem mais de 30 mil espécies descritas, mundialmente, estão registradas cerca de 160 mil espécies distribuídas em mais de 180 famílias, cujos representantes são popularmente conhecidas como moscas, mosquitos, pernilongos e mutucas. São comuns e frequentemente encontrados em todas as regiões zoogeográficas; na região Neotropical, foram catalogadas mais de 31 mil espécies em 118 famílias, das quais 11 mil espécies em 96 famílias foram registradas para o Brasil. O presente trabalho tem por objetivo determinar a diversidade de famílias de Diptera, bem como determinar a sazonalidade, Abundância, Frequencia, Dominância, Constância, e Equitabilidade, além de relacioná-los aos fatores climáticos (Precipitação, Temperatura e Umidade Relativa) - em ponto único - na Reserva Ecológica do Inhamum – REI, município de Caxias-MA. As amostragens foram feitas com o uso de armadilhas de interceptação de voo do tipo Malaise e suspensa, por 15 dias consecutivos, entre os meses de junho de 2017 a maio de 2018; foram identificados 95.945 espécimes agrupados em 53 famílias, as mais abundantes foram Cecidomyiidae Newman, Phoridae Curtis, Tabanidae Latreille, Ceratopogonidae Newman, Chloropidae Rondani, Dolichopodidae Latreille, Milichiidae Schiner, Sarcophagidae Macquart, Drosophilidae Rondani e Sciaridae Billberg; já Periscelididae Oldenberg, Somatiidae Hendel, Mydidae Latreille, Anisopodidae Knab, Curtonotidae Duda, Syringogastridae Prado e Simuliidae Newman foram às famílias com menor abundância. Anisopodidae, Curtonotidae, Empididae Latreille, Periscelididae, Platypezidae Latreille, Simuliidae, Somatiidae e Syringogastridae foram exclusivas da estação chuvosa; Mydidae e Mythicomiidae Melander exclusivas da estação seca. As famílias com maior diversidade e equitabilidade foram Asilidae Latreille, Dolichopodidae Latreille, Clusiidae Handlirsch; enquanto as de menores índices foram Anisopodidae, Curtonotidae, Simuliidae e Syringogastridae. Na estação chuvosa ocorreu a maior abundância de indivíduos influenciados, muito provavelmente, pela precipitação. Este é o primeiro levantamento sistematizado de famílias de Diptera para o estado do Maranhão e, por conseguinte, para o município de Caxias.

  • DHEYMI WILMA RAMOS SILVA
  • SAÚDE, DOENÇA E MORTE DE MULHERES E HOMENS NEGROS: Análise comparativa da mortalidade por raça/cor no leste maranhense, Brasil

  • Data: 13/07/2018
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  • A mortalidade da população brasileira por raça tem demonstrado diferenças significativas na saúde, doença e morte. Estudos apontam desvantagem dos negros e pardos em relação aos brancos no que concerne a salário, educação, habitação e a exclusão de vários direitos sociais, que têm impacto direto no processo de saúde, doença e morte. O objetivo deste trabalho foi analisar a mortalidade por raça/cor e causa básica com enfoque na construção social a partir de dados secundários do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) de Caxias-MA. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa realizada a partir do banco de dados do SIM de 2006 a 2015. Foram incluídas na pesquisa 7484 declarações de óbitos, onde a partir destas, foram realizadas análises estatísticas, espaciais e entrevistas para a discussão dos resultados encontrados com formadores de opinião. As análises do banco de dados mostraram aumento na taxa de mortalidade geral de 14,2%, redução de 5,8% na mortalidade por doenças do aparelho circulatório, aumento de 43,8% por neoplasias e de 35,9% por causas externas. Significância estatística para as variáveis idade (p-0,014) e sexo (p-0,001) quando correlacionados a variável raça/cor. Os pretos mostraram possuir chance de 3,44 a mais de morrerem por agressão por meio de disparo de outra arma de fogo ou arma não especificada e de 2,24% por agressão por meio de objeto cortante ou penetrante do que os brancos. Os pardos por sua vez, uma chance de 3,39 % a mais de morrer por hipertensão arterial, 2,88% por agressão por meio de disparo de outra arma de fogo ou arma não especificada, 2,77 % por sequelas de doenças cerebrovasculares, 2,69 % por síndrome da angústia respiratória do recém-nascido e de 2,20 % por agressão por meio de objeto cortante ou penetrante quando comparado aos brancos. Correlacionando os capítulos do CID-10 e as variáveis raça/cor, vê -se que existe uma chance maior para morrer por causas externas de morbidade e mortalidade e algumas afecções originadas no período perinatal em pretos e pardos quando comparados aos brancos respectivamente. A análise espacial mostra uma distribuição predominante de pardos no município, com maior concentração da população negra em zonas periféricas da cidade, vê-se também que apesar da maior concentração das principais causas de óbitos serem na zona central da cidade, as mortes que estão relacionadas às condições sociais são maiores em zonas periféricas, justamente em locais que existe maior predominância de negros. As narrativas das entrevistas apontaram que, fatores que podem estar atrelados à mortalidade, são em sua grande maioria de cunho social, sendo as piores condições de saúde em indivíduos pobre e negros. Diante dos resultados encontrados neste estudo podemos dizer que existem diferenças importantes no processo de saúde, doença e morte e que esse processo acontece em um contexto de desigualdades significativas, principalmente quando relacionados à raça/cor.

  • ELAYNE IRLENE DOS SANTOS SILVA NUNES
  • INFLUÊNCIA DAS AÇÕES ANTRÓPICAS SOBRE A DIVERSIDADE TAXONÔMICA E FUNCIONAL DE EPHEMEROPTERA, PLECOPTERA E TRICHOPTERA DO LESTE MARANHENSE

  • Data: 28/06/2018
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  • Ambientes aquáticos apresentam fauna diversificada, como os insetos das ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera, comumente utilizados como bioindicadores, por apresentarem características morfológicas, fisiológicas e comportamentais, que os tornam sensíveis ou tolerantes às ações antrópicas e ambientais. Assim, o presente estudo objetivou avaliar a influência das ações antrópicas sobre a diversidade taxonômica e funcional de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) de riachos afluentes do Rio Itapecuru e Parnaíba no leste maranhense, visando compreender de que forma as ações antrópicas, assim como os fatores ambientais e físico-químicos estão afetando a funcionalidade destas ordens nos ecossistemas aquáticos do leste maranhense. Para isso foram realizadas coletas de imaturos de EPT em 20 riachos pertencentes aos rios Itapecuru e Parnaíba, entre março e julho de 2017 e março e abril de 2018. Os imaturos foram coletados com rede entomológica aquática e catação manual, nos substratos folhas, raízes, troncos, pedras, macrófitas aquáticas e areia. Foram colocados em frascos coletores e o substrato em sacos plásticos, ambos contendo álcool 80% e transportados ao Laboratório de Entomologia Aquática do CESC/UEMA. Os imaturos foram identificados ao nível de gênero com auxílio de chaves taxonômicas especializadas. Além disso, utilizou-se artigos científicos e informações sobre biologia e ecologia de EPT para caracterizá-los quanto aos seus respectivos atributos funcionais. Parâmetros ambientais e físico-químicos foram mensurados nos diferentes riachos anteriormente à coleta dos imaturos de EPT. Foram registrados 14.781 espécimes de EPT, distribuídos em 12 famílias e 45 gêneros. Trichoptera foi mais abundante (n=10.710), seguida de Ephemeroptera (n=4.025) e Plecoptera (n=46). Porém, Ephemeroptera apresentou maior número de gêneros(n=29) e foi a segunda em número de famílias(n=5). Enquanto Trichoptera foi maior em número de famílias (n=6) e segunda em número de gêneros (n=15). Para Plecoptera foi registrado apenas uma família e um gênero (Perlidae, Anacroneuria). As famílias mais representativas foram Hydropsychidae (n=9.328), Leptohyphidae (n=1.282) e Baetidae (n=974). Os gêneros mais abundantes foram Smicridea (n=7.501), Macrostemum (n=1.546) e Traverhyphes (n=1.114). Não houve diferenças significativas entre a riqueza (F(3,16) = 1.510; p=0.249), abundância (F(3,16) = 2.063; p=0.145) e riqueza funcional de EPT (F(3,16) = 1.529; p=0.245) entre as categorias de riachos avaliadas (agricultura, pecuária, preservado e urbanização). No entanto, houve a separação entre a composição taxonômica das categorias de riachos (PERMANOVA: pseudo-F= 1.626; DF= 19; p= 0.039), mas não para composição funcional (PERMANOVA: pseudo-F= 0.103; DF= 19; p= 0.991). Além disso, a composição taxonômica (RLQ modelo 2, p=0.162) e funcional (RLQ modelo 4, p=0.315) de EPT não foram influenciada pelas variáveis ambientais. Portanto, estudos sobre diversidade taxonômica e funcional de EPT são de fundamental importância, pois contribuem para ampliação do conhecimento sobre a funcionalidade destes organismos, permitem verificar quais fatores ambientais e antrópicos influenciam na composição e funcionalidade destes espécimes, contribuindo assim para o levantamento de informações importantes para o biomonitoramento e conservação da fauna aquática.

  • FRANCILENE DE SOUSA VIEIRA
  • INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM GESTANTES ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM MUNÍCIPIOS MARANHENSES

  • Data: 04/07/2018
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  • As Infecções do Trato Urinário correspondem ao crescimento e multiplicação de bactérias dentro do trato urinário provocando lesões de graus variáveis, na gestação, sua prevalência aumenta devido a modificações anatômicas e fisiológicas. Diante disso, esse trabalho teve por objetivo analisar a incidência de infecção do trato urinário em gestantes nas cidades de Timon e Caxias, Maranhão. Trata-se de um estudo descritivo de cunho quantitativo, desenvolvido nos Municípios de Caxias e Timon com quatrocentos e trinta e sete gestantes, sendo aprovado pelo parecer n. 2.008.355 do Comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual do Maranhão. No que diz respeito às variáveis sociodemograficas, a idade mínima compreendida foi 14 anos, e a idade máxima 43 anos, com desvio padrão de 6,25 e média de 24,59 anos, 68,3% são pardas, 77,3% casadas ou união estável, 76,1% donas de casa, 40,7% a renda é inferior a um salário mínimo, 59% iniciaram ou concluíram o ensino médio. Das participantes 44% estavam no segundo trimestre e 68,7% iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, 72,3% não planejaram a gravidez. Quanto às características maternas 67,2% eram multíparas, cujo parto predominante foi o normal, correspondendo a 62,6%, 20,9% haviam tido aborto, deste 86,9% foi espontâneo, 6,7% apresentavam história de baixo peso ao nascer, 16,2% continham histórico de complicações em gestações anteriores, destas 39,4% pré-eclâmpsia, 60% das mulheres tiveram intervalo interpartal de um a cinco anos. 46,8% das gestantes já haviam tido infecção urinária, 20,2% tiveram infecção urinária na gestação anterior, e o principal antibiótico utilizado foi a cefalexina. O principal patógeno responsável pelas infecções foi Escherichia coli, seguida de Klebsiella pneumoniae, Proteus e Staphylococcus saprophyticus. Diante dos resultados este trabalho evidencia a significativa importância do diagnóstico precoce, realização da urocultura para identificação dos microrganismos com a determinação do perfil de suscetibilidade dos patógenos identificados, a fim de que seja implementado o tratamento específico, evitando assim, complicações à gestante e ao futuro concepto.

  • GÉSSICA MARIA GOMES DO NASCIMENTO
  • CARACTERIZAÇÃO DA FLORA DE BRIÓFITAS DOS PARQUES NACIONAIS SERRA DA CAPIVARA E SETE CIDADES, PIAUÍ, BRASIL

  • Data: 27/06/2018
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  • Briófitas são plantas avasculares que compreendem representantes de três filos (Bryophyta, Marchantiophyta e Antocerotophyta). Atualmente são conhecidas 1.524 espécies para o Brasil (880 musgos, 633 hepáticas e 11 antóceros). Apesar dos avanços de estudos brioflorísticos na região Nordeste, o Piauí ainda permanece como um estado pouco conhecido em relação aos estudos da brioflora. O objetivo do estudo foi de caracterizar a flora de briófitas em unidades de conservação no estado do Piauí, através da análise da riqueza, composição florística, distribuição geográfica e conservação dos táxons. O trabalho foi realizado em duas Unidades de Proteção Integral, o Parque Nacional de Sete Cidades e o Parque Nacional da Serra da Capivara, com três expedições em cada, do período de dezembro de 2016 a junho de 2017. No total foram analisadas 970 amostras e encontradas 111 espécies (27 famílias e 51 gêneros.). Os novos registros somaram 60 novas ocorrências de briófitas para o Piauí, sete para a região Nordeste brasileira; 53 novos registros para a Caatinga e 29 para o Cerrado. Em relação à distribuição dos táxons, 55 (50%) estão amplamente distribuídos no país, ocorrendo em quatro ou cinco regiões geográficas e 37 (33%) distribuem-se de forma descontínua, provavelmente, por falta de estudos e coletas, os demais apresentam distribuição moderada. Foram consideradas 47 (43%) táxons em situação vulnerável, 54 (48%) foram classificados em baixo risco de extinção e 10 (9%) espécies com dados deficientes. Foram encontradas 11 espécies endêmicas do Brasil, o que sugere que esses ambientes podem representar áreas de refúgio para táxons que apresentam baixas taxas de imigração e menor capacidade competitiva. O Parque Nacional de Sete Cidades, apresentou maior abundância e riqueza de espécies comparado à área de Caatinga do Parque Nacional da Serra da Capivara. Portanto, o Parque Nacional de Sete Cidades contribui para a conservação regional da brioflora por conter espécies de dois domínios biogeográfico, por outro lado o Parque Nacional da Serra da Capivara, mesmo presente em um só domínio geográfico, também contribui de forma positiva para a conservação dos táxons por possuir espécies com distribuição mais restrita

     

  • GLECIANE COSTA DE SOUSA
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    APLICABILIDADE DO TESTE ML FLOW COMO FERRAMENTA AUXILIAR DE DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE E IDENTIFICAÇÃO DE CONTATOS COM MAIOR RISCO DE ADOECER NO INTERIOR MARANHENSE

  • Data: 04/07/2018
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  • Hanseníase é uma infecção granulomatosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae; tem um período de incubação geralmente longo, podendo variar de dois a dez anos; mesmo sendo uma doença milenar, ainda é considerada um problema de saúde pública. O teste rápido Ml Flow detecta anticorpos IgM contra o antígeno específico do M. leprae, PGL-I e pode ser utilizado (no momento, apenas em pesquisas) para auxiliar no diagnóstico e classificação da hanseníase. O estudo objetiva aplicar o teste Ml Flow para auxiliar no diagnóstico da hanseníase e identificar contatos intradomiciliares com maior risco de adoecer nos municípios maranhenses de Caxias e Timon. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, com abordagem quantitativa. A amostra estimada foi de 336 participantes, compreendidos entre recém diagnosticados com hanseníase, casos índices e seus contatos intradomiciliares notificados no período de 2015 a 2017 de acordo com informações contidas no SINAN Net dos municípios estudados. Foram incluídos no estudo 403 participantes, distribuídos entre casos índices, contatos intradomiciliares e casos novos recém-diagnosticados. Identificou-se 7,0% (20/290) de contatos intradomiciliares com alto risco de adoecer. Em relação ao casos recém diagnosticados o teste Ml Flow foi negativo em 85,7% (6/7) dos casos paucibacilares e positivo em 100% (24/24) dos casos multibacilares (ambos concordantes com a baciloscopia do raspado intradérmico, com exceção de 2 casos que não realizaram a baciloscopia). Dessa forma, para diagnóstico precoce e a identificação de contatos com risco aumentado de desenvolver a doença, a metodologia demonstra resultados significativos e aponta que a utilização do teste Ml Flow poderá ser uma ferramenta útil para auxiliar no diagnóstico e classificação operacional da hanseníase, além de contribuir para a identificação de contatos intradomiciliares com alto risco de adoecer.

  • JOÃO WANDERSON PEREIRA OLIVEIRA
  • Caracterização e ecologia de briófitas Epífitas do Parque Nacional de Ubajara, Ceará, Brasil.

  • Data: 28/06/2018
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    O modo de vida epífito é claramente o mais importante para as briófitas em florestas tropicais, onde as comunidades colonizam árvores desde a base até as últimas ramificações do dossel. Objetivou-se com o estudo conhecer a riqueza e diversidade de briófitas epífitas no Parque Nacional de Ubajara e analisar a influência dos filtros ambientais sobre essas comunidades. As coletas do material briológico foram realizadas durante os meses de janeiro a julho de 2017. As amostras foram coletadas na base dos troncos de árvores e em folhas de plantas menores para a realização do estudo florístico. Foram selecionadas quatro espécies de árvores de acordo com a presença de briófitas, das quais foram realizadas mais cinco repetições (réplicas) distribuídas aleatoriamente na área estudada (4 matrizes e 20 réplicas) para estabelecer a influencia da rugosidade, pH e circunferência a altura do peito (CAP) na ocorrência e distribuição das espécies. Foram identificadas 70 espécies, distribuídas em 35 gêneros e 18 famílias; 35 espécies (49%) estão sendo citadas pela primeira vez para o estado do Ceará e cinco para o Nordeste. Foram observadas diferenciaças na composição florística em relação às características analisadas, de modo que o CAP foi a variável ambiental que influenciou de forma positiva a composição de espécies de briófitas em Byrsonima sericea DC, enquanto que a rugosidade foi o fator de maior influência sobre as espécies encontradas colonizando Pouteria macrophylla (Lam.) Eyma. O pH da casca foi a variável que mostrou menor influência na composição florística em briófitas epífitas. O CAP é um filtro ambiental determinante na composição de briófitas, pois o mesmo reflete a idade geral do forófito, de modo que aqueles que possuem maior circunferência refletem maior tempo disponível para a colonização. As novas ocorrências para o Ceará e Nordeste, além da representatividade dos filtros ambientais testados que revelaram a importância do levantamento florístico na região e da conservação da área do Parque Nacional de Ubajara.

  • LAHIZE DE CARVALHO E SERRA
  • DIVERSIDADE DE INSETOS PRESENTES NO AMBIENTE HOSPITALAR

  • Data: 03/07/2018
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  • A presença de artrópodes em hospitais pode ser considerada como uma fonte em potencial para que ocorra a infecção relacionada à assistência à saúde.  Para que esse o risco de infecções seja reduzido é necessário saber quais medidas podem estar contribuindo para esse aumento e quais os locais de maior concentração destes insetos. Tem-se como objetivo realizar levantamento dos principais artrópodes com ênfase em insetos potencialmente transmissores de infecções e destacar alguns problemas que estão dificultando a prevenção e o combate desses organismos em hospitais públicos de Caxias, Maranhão. Foram realizadas seis coletas mensais, utilizando-se catação manual e uso de armadilhas de atração (isca). Foi aplicado um questionário com os profissionais de enfermagem para avaliar o grau de percepção e atuação destes sobre medidas de controle de insetos. Conseguiu-se coletar 140 artrópodes, distribuídos em 06 ordens e 20 famílias, sendo a ordem Hymenoptera a mais abundante com 83 espécimes e com maior riqueza a ordem Araneae com sete famíliasO índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de dominância de Berker-Parker mostraram que a maior diversidade e dominância de espécies ocorreram nas áreas mais abertas, como a peri-hospitalar, sendo que a família Formicidae e Araneae são as mais dominantes neste setor, bem como na enfermaria e no expurgo. No entanto, quando perguntado aos profissionais de saúde qual o inseto que eles mais observam no hospital, as baratas foram um dos insetos mais observados. Além disso, evidenciou-se que o foco de atração de insetos para as enfermarias parece ser a cozinha devido aos índices de similaridades encontrados entre espécimes desses setores. Sendo assim, a diversidade e a abundância de indivíduos dependem de cada setor hospitalar, sendo que diversos fatores, dentre eles a entrada de alimentos e o seu descarte dentro das enfermarias, deficiências estruturais e sanitárias parecem estar contribuindo para a presença constante de insetos dentro dos hospitais, o que representa um perigo a saúde dos pacientes, já que estes insetos podem estar transportando microrganismos patogênicos.

  • LEIDIMAR LUSTOSA ALVES FEITOSA
  • CONHECIMENTO TRADICIONAL DE PESCADORES COMO SUBSÍDIO PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ATIVIDADE PESQUEIRA EM BARRA GRANDE, CAJUEIRO DA PRAIA-PI, BRASIL

  • Data: 15/06/2018
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  • Este estudo analisa a dinâmica da atividade pesqueira artesanal e o status populacional dos principais recursos pesqueiros comercializados na comunidade de Barra Grande, município de Cajueiro da Praia-PI, propondo, especificamente, caracterizar a atividade nos âmbitos socioeconômico, tecnológico, biológico e de manejo com base no conhecimento tradicional de pescadores, a fim de subsidiar a gestão da pesca na área com vistas à sustentabilidade. Participaram 87 (22%) pescadores artesanais, selecionados pelo método Bola de Neve e membros da colônia de pesca utilizando-se entrevistas semiestruturadas e protocolo observacional durante o período de julho de 2017 a maio de 2018, registradas por meio de gravações de áudio, fotografias e diário de campo. Realizou-se, ainda, marcação geográfica de pontos da socioeconomia da comunidade e de pesqueiros da região. A pesquisa encontra-se cadastrada na Plataforma Brasil e foi aprovada pela Conselho de Ética em Pesquisa da UEMA e autorizada pelo ICMBio. Os resultados sugerem a necessidade de investimentos em políticas públicas que contemplem homens e mulheres, já que ambos atuam na pesca; agreguem jovens, pois somente 6,8% tem até 30 anos; atuem no planejamento familiar, dado que 64,4% possuem mais de três filhos; incrementem o nível educacional que é baixo, com 82,7% inferior ao Fundamental; melhorem a renda obtida com a pesca, cuja média (R$ 571,5) é menor que o salário mínimo e os serviços de saúde ofertados, atendendo, assim, carências sociais e econômicas identificadas. Benefícios sociais têm contribuído para a melhoria das condições de vida, adquiridos em sua maioria (87,4%) por meio da associação à Colônia de Pesca, cuja atuação é satisfatória para 74,7%, dos entrevistados, mesmo existindo conflitos na atividade. Os instrumentos de pesca utilizados são simples, sendo a estratégia manual (51,7%), a caçoeira (43,7%) e a linha de mão (35,6%) os mais utilizados. A frota pesqueira possui 45 embarcações, todas de pequeno porte (3,7 a 9 m), sendo composta de canoas (91,0%), barcos (4,5%) e baiteiras (4,5%), com propulsão à remo, motor ou vela. Peixes, moluscos e crustáceos são os recursos explorados, registrando-se 78 espécies, sendo 61 de peixes, 10 de moluscos e sete de crustáceos. Destes, os peixes são os mais capturados (80%) e com maior importância comercial na comunidade. Alterações na atividade têm contribuído para a diminuição da produção pesqueira da comunidade, apontada por 82,8% dos entrevistados, com a interação de fatores climáticos e poluição, contribuído para esse cenário. O status populacional de 19 espécies foi avaliado, evidenciando diferentes comportamentos dessas populações na área. Atributos de sustentabilidade pesqueira envolvendo as dimensões social, ecológica, tecnológica, econômica e de manejo foram identificados e caracterizou-se oito sistemas de pesca, cujas medidas de manejo tradicional tem contribuído para a continuidade da atividade. Ressalta-se que o conhecimento dos pescadores é fundamental para a gestão da pesca, recomendando-se sua participação e incorporação de seus saberes nas ações de manejo pesqueiro da área.

  • LUZIA HELENA SILVA CHAVES
  • PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DE HOMENS COM CÂNCER UROLÓGICO ATENDIDOS NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DE CAXIAS, MARANHÃO

  • Data: 26/06/2018
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  • Os cânceres urológicos representam um grupo distinto de doenças, sendo causas de morbimortalidade no Brasil. Fatores socioambientais, hábitos de vida, antecedentes mórbidos pessoais e familiares estão relacionados ao desenvolvimento desses tipos de câncer. Este trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência, o perfil clínico e epidemiológico de homens acometidos por diferentes tipos de câncer urológico atendidos em instituições de saúde públicas do município de Caxias, Maranhão. Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal e quantitativa, realizada em três instituições públicas de saúde, do referido município, por meio da consulta a prontuários, livro de admissão e pela realização de entrevistas. O questionário utilizado para esta terceira fase do estudo, continha perguntas a respeito dos aspectos clínicos e sociodemográficos dos portadores de neoplasias urológicas. Homens com idade acima de 18 anos, diagnosticados com câncer urológico e atendidos nas instituições de saúde públicas envolvidas na pesquisa foram incluídos na amostragem. Um total de 357 pacientes registrados no livro de admissão entre os anos de 2008 a 2017 e 35 pacientes entrevistados no período de 2017 e 2018 fizeram parte do estudo. O câncer de próstata foi o mais representativo dentre as neoplasias urológicas tanto em relação ao total de ocorrências na rede pública de saúde (p<0,0001), como para os casos dos residentes no município (p<0,0001), nos referidos anos dos registros. Este tipo de câncer também foi o de maior frequência entre os pacientes entrevistados (88,6%). Entre os anos de 2008 e 2017, aquele que apresentou o maior número de casos no município foi 2011 (18,48%). Quanto às associações das variáveis obtidas por entrevistas, observou-se que o risco de haver o desenvolvimento de hipertensão foi maior quando não houve uma alimentação saudável ou quando o indivíduo apresentou idade superior a 59 anos (p = 0,02). Entre os pacientes entrevistados, o risco de uma pessoa não alfabetizada nunca ter usado preservativo nas relações sexuais, foi 2,10 vezes maior do que aquele alfabetizado (p = 0,04). A falta de conhecimento sobre fatores de risco, aspectos clínicos e epidemiológicos relacionados aos cânceres urológicos gera dificuldade na prevenção e diminui a qualidade de vida. A partir da verificação da ocorrência e do perfil clínico e sociodemográfico de pacientes acometidos por essas patologias será possível lançar propostas que visem a melhoria do trabalho preventivo.

  • MARTA RAVENNA NASCIMENTO
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOANATÔMICA DE ESPÉCIES DE Euphorbia L. (EUPHORBIACEAE) OCORRENTES NO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 20/07/2018
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  • O gênero Euphorbia L., é considerado o maior da família Euphorbiaceae Juss., possui cerca de 2.000 espécies, se destaca pelo seu potencial econômico e possuem diversos compostos químicos. Sua taxonomia é complexa devido ao seu elevado número de espécies com ampla distinção morfológica e distribuição geográfica. Com isso, objetivou-se estudar os caracteres morfoanatômicos foliares e caulinares de espécies do gênero Euphorbia (Euphorbia hirta (L.) Mill., Euphorbia hyssopifolia L., Euphorbia milii Des Moul., Euphorbia tirucalli L., Euphorbia thymifolia L.), ocorrentes no estado do Maranhão, evidenciando caracteres morfoanatômicos e auxiliando na taxonomia do gênero. Foram coletados folhas e caules de três indivíduos adultos, descritos a variação de tamanho e características morfológicas. Para o estudo anatômico foram processados cortes à mão livre, transversal e longitudinal do caule, pecíolo e lâmina foliar e os caracteres obtidos para as espécies estudadas foram comparados entre si utilizando uma matriz de presença e ausência. Alguns, como: laticíferos não articulados, localizados próximo a região dos feixes; feixes vasculares do tipo colateral; epiderme uniestratificada; folha anfiestomática; mesofilo dorsiventral e conformação do feixe vascular da nervura principal em forma de arco aberto foram observados em todas as espécies analisadas. Outros caracteres como: formato das células epidérmicas; espessura da cutícula; tipos de estômatos; presença de fibras; contorno do pecíolo; ramificação e conteúdo dos laticíferos; conformidade dos feixes vasculares do pecíolo e da nervura principal; presença de bainha envolvendo os feixes da nervura principal; presença de anatomia Kranz e contorno da nervura principal, mostraram-se distintos em algumas das espécies estudadas. Foi possível observar características marcantes comuns para Euphorbiaceae e para Euphorbia e algumas foram importantes para diferenciação entre as mesmas, principalmente das espécies que já pertenciam ao gênero, das que antes faziam parte de Chamaesyce.

  • MAXCILENE DA SILVA DE OLIVEIRA
  • Eficiência de armadilhas de oviposição consorciadas com biolarvicidas no controle de Aedes aegypti e Aedes albopictus (Diptera, Culicidae)

  • Data: 28/06/2018
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  • As ovitrampas são ferramentas sensíveis para detectar a presença de mosquitos A. aegypti e A. albopictus e quando consorciadas com biolarvicidas, podem tornam-se mais eficientes para o monitoramento e controle desses vetores. O presente estudo objetiva verificar a eficiência das armadilhas de oviposição consorciadas com larvicida microbiano NatularTM DT (Saccharopolyspora spinosa - espinosade) e VectoBac® WG (Bacillus thuringiensis sub. israelensis - Bti) no controle de A. aegypti e A. albopictus em condições de campo e laboratório. Os experimentos em campo foram desenvolvidos em duas áreas na cidade de Caxias, Maranhão, em cada área foram selecionadas 10 residências, onde, foram instaladas três armadilhas, uma para cada biolarvicida, Bti e espinosade, e outra com infusão de gramíneas 10% (controle positivo). Foram realizadas três repetições no período, seco e chuvoso, somando 180 armadilhas instaladas em cada área e totalizou 360 ovitrampas. Em laboratório selecionou-se 60 fêmeas ingurgitadas de ambas as espécies, estas foram transferidas para gaiolas, nas quais foram colocados três copos plásticos, um para cada biolarvicida, Bti e espinosade, e um como controle positivo. As médias e medianas no índice de densidade de ovos entre os tratamento e controle positivo, foram comparadas pelo teste ANOVA e/ou Kruskal-Wallis. Para o experimento de campo foram obtidos os Índices de Positividade de Ovitrampa-IPO e Densidade de Ovos – IDO. Em campo obteve-se 70% de armadilhas com a presença de ovos, e verificou-se que o número de ovos nas duas áreas foi próximo, com 22.479 ovos na área 1 e 23.005 ovos na área 2. O IDO foi mais elevado no período chuvoso. Em campo, foram verificados para as duas áreas estudadas que no período seco não houve diferença significativa entre as médias de ovos nos consórcios com biolarvicidas e controle positivo. No entanto, para o período chuvoso houve diferença entre o controle positivo, no qual obteve-se maior densidade de ovos, em relação aos tratamentos. Em laboratório, não houve diferença nas médias de ovos de A. aegypti entre os tratamentos e controle positivo, porém para A. albopictus o controle positivo obteve valor significativamente maior que o obtido com os biolarvicidas. Conclui-se que biolarvicidas, Bti e espinosade, são eficientes em associação com ovitrampas para o controle dos dois vetores, pois não interferiram na média de ovos e foram semelhantes com o resultado do controle positivo. Desta forma, os biolarvicidas são indicados para ser utilizados como ferramentas para monitorar e controlar A. aegypti e A. albopictus.

  • PAULA REGINA PEREIRA MARTINS
  • CYPERACEAE JUSS. NO PARQUE NACIONAL CHAPADA DAS MESAS, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 20/07/2018
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  • Cyperaceae Juss. é constituída por plantas herbáceas, distribuídas amplamente nas regiões continentais, exceto para as zonas polares. Ocorre preferencialmente associada à ambientes úmidos contribuindo no controle erosivo e filtragem dos corpos hídricos. Entretanto, há na família gêneros e espécies adaptados à ambientes pouco húmidos ou áreas antrópicas. Neste caso, muitas espécies podem ser consideradas ervas daninhas de difícil controle, principalmente quando se desenvolvem em áreas agrícolas. Apesar da família está consideravelmente catalogada para o Brasil, os estudos estão mais concentradas em algumas localidades e a flora ciperológica do Maranhão tem sido pouco elucidada, principalmente no que diz respeito ao conhecimento taxonômico do grupo para o Estado e suas localidades. O trabalho teve como objetivo a elaboração de tratamento taxonômico para as espécies de Cyperaceae que ocorrem no Parque Nacional Chapada das Mesas, localizado no Sul do estado do Maranhão. Foram realizadas expedições científicas de coletas, acrescidas de visitas e/ou consultas online à herbários do país para obter e analisar os exemplares oriundos da área em estudo. As determinações foram realizadas com uso de metodologia usual, utilizando literatura especializada e confirmadas em analogia a opera principa e typus digitalizados. Foi realizado um tratamento taxonômico para as espécies, fornecendo descrições botânicas, status de conservação, origem, endemismo, comentários, distribuição geográfica, elaboração de chaves dicotômicas para os gêneros e espécies e prachas fotográficas do para as novas ocorrências. O tratamento taxonômico foi realizado para 59 espécies distribuídas em 12 gêneros. Rhynchospora e Cyperus, apresentaram o maior númereo de espécies. Além disso, 18 espécies são novas ocorrências para o Maranhão, cinco para a região Nordeste, uma para o Brasil e um possível novo registro para a Ciência. Além disso, C. irwiniana e H. rigens são espécies endêmicas do Cerrado brasileiro. Rhynchospora ocorre com maior diversidade em número de espécies (14 ssp.) e Bulbostylis é amplamente distribuído nos campos limpos e sujos, onde a influência do fogo é frequente. Por outro lado, algumas espécies foram coletadas restritas à veredas. Os resultados da pesquisa reforçam a importância do PNCM para manutenção da biodiversidade do Maranhão, uma vez que ampliam dados do conhecimento e da distribuição geográfica das espécies de Cyperaceae. Além disso, podem ser utilizados como subsídios para o desenvolvimentos de futuras pesquisas e conhecimento mais detalhado do grupo.

  • THITO THOMSTON ANDRADE DA SILVA
  • GLÂNDULA MANDIBULAR DE Paraponera clavata (FABRICIUS, 1775) (HYMENOPTERA: FORMICIDAE: PARAPONERINAE): ANÁLISES MORFOLÓGICAS E COMPORTAMENTAIS

  • Data: 28/06/2018
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  • A espécie Paraponera clavata é popularmente conhecida como Tucandeira ou Tocandira, e possui aspectos bem documentados da sua biologia. No entanto, estudos de morfologia interna e função das suas glândulas exócrinas, configuram-se ainda escassos na literatura. As glândulas mandibulares são as mais bem estudadas e compreendidas do sistema salivar, sendo geralmente associadas a funções de defesa e alarme, embora alguns autores atribuam funções adicionais a essa glândula, como fonte de feromônios sexuais e controle microbiano. O estudo de glândulas exócrinas em formigas pode fornecer informações relevantes para a compreensão de aspectos fisiológicos, evolutivos e comportamentais deste grupo. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo analisar a morfologia interna e externa da glândula mandibular de P. clavata, bem como, investigar a influência da secreção dessa glândula no comportamento intracolonial. Para isso, foram realizadas análises da morfologia externa, através da captura de imagens de esteromicroscópio e análises da morfologia interna, por meio de estudos histológico e histoquímico, através de microscopia de luz e análise ultraestrutural, utilizando microscopia eletrônica de transmissão. Para a investigação da função comportamental dessa glândula, foram realizados bioensaios para a comprovação do efeito de alarme e trilha. Diante dos resultados obtidos, pode-se inferir que a glândula mandibular de P. clavata está organizada em três partes distintas: i) a camada de células secretoras, ii) o reservatório e iii) ducto de excreção. As células da camada secretora, pertence à classificação do tipo III, apresentando grande quantidade de mitocôndrias e vesículas de secreção em seu citoplasma, além do canalículo interno que capta a secreção produzida e a libera no reservatório através dos feixes de canalículos externos. A secreção armazenada em seu reservatório e nos citoplasmas das células é composta de grande quantidade de grupos proteicos. Para análises de comportamento de alarme, foi possível constatar repertórios comportamentais indicativos de defesa e alarme, mediante as substâncias das glândulas mandibulares de P. clavata. Com as análises de comportamento de trilha, foi observado que a trilha com o extrato da glândula obtém preferência de percurso entre as formigas testadas. Os resultados obtidos no presente estudo, possibilitaram o esclarecimento do padrão da morfologia e dinâmica de secreção da glândula mandibular de operárias de P. clavata, além de apresentar respostas sobre a funcionalidade comportamental dessa glândula.

  • WALTER PINHEIRO MENDES JUNIOR
  • VARIABILIDADE GENÉTICA DE AEDES AEGYPTI (LINNAEUS, 1972) (DIPTERA: CULICIDAE) EM ÁREAS DE RISCO NO MARANHÃO

  • Data: 31/07/2018
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  • O Aedes aegypti é um vetor de grande importância epidemiológica por ser responsável pela transmissão dos vírus da febre amarela, febre chikungunya, zica e da dengue no Brasil tornando o vetor um grave problema de saúde pública. O presente trabalho, analisou a variabilidade genética e a dinâmica populacional de Aedes aegypti em áreas de risco no Estado do Maranhão com base em sequências do DNA mitocondrial (NADH4) e Citocromo Oxidase 1 (COI). As coletas foram realizadas em seis municípios do Maranhão com alto risco de surto de dengue e as visitas acompanhadas de um agente de endemias local, nas  quais  foram obtidas amostras de larvas e distribuídas armadilhas para ovos deixadas em paletas  por  cinco  dias  no  peridomicílio  das  residências.  O material coletado foi transportado ao laboratório de Genética e Biologia Molecular do Centro de Estudos Superiores de Caxias CESC/UEMA, onde foram realizadas as extrações do DNA usando o kit Wizard Genomic DNA Purification da Promega. A amplificação gênica foi realizada via PCR usando primers específicos. Os dados foram analisados com os softwares BioEdit , MEGA7, DNAsp 6.0, Haploview 4.2, Alles in space, BAPS e ARLEQUIN 3.5. Foi incluído como grupo externo duas sequências do gene NADH4 de Aedes albopictus (COSTA et al., 2006) –  Genbank # EF153761 e Anopheles marajoara (WILKERSON et al., 2005) – Genbank # AY846347. Para o gene COI: Aedes albopictus (Batovska et al., 2016) - Genbank # KJ011985.1 e Anopheles marajoara (FOLEY et al., 2014) . Os haplótipos identificados foram comparados com bancos disponíveis no GenBank para o Brasil e outros Países. Para o gene NADH4 foram sequenciadas 72 sequências distribuídos entre seis populações do Maranhão, dos quais foram obtidos um fragmento de 332 pares de base, 12 haplótipos com 11 sítios informativos, com diversidade haplotípica (һ = 0,549) e diversidade nucleotídica (π = 0,0094). A AMOVA indicou que a maior variação observada ocorreu dentro das populações (81,8%, FST = 0,12108) com P significativo (<0,05).  Para o gene COI foram sequenciados 37 amostras distribuídos entre cinco populações do Maranhão obtendo um fragmento de 790 pares de base, oito haplótipos, 15 sítios informativos, diversidade haplotípica (һ = 0,697) e nucleotídica (  = 0,00419). A AMOVA observou para o gene COI uma diferenciação genética maior dentro das populações (81,68%, FST = 0,11600, com P significativo (p < 0,05).  As análises filogenéticas para ambos os genes (ND4 e COI) sugerem a presença de duas linhagens bem suportados com 100%(ND4) e 99%(COI) de bootstrap, presentes no estado do Maranhão. Os resultados indicaram um fluxo gênico restrito entre as populações, com indício de forte estruturação populacional. Portanto, os níveis de diferencial genética entre populações de Aedes aegypti neste estudo mostram a necessidade da implementação de novas estratégias de controle do vetor, visto que a interferência humana, através de intensos tratamentos químicos ao vetor, pode favorecer a ocorrência de mutações e consequentemente, uma maior adaptação da espécie ao ambiente.

     

     

2017
Descrição
  • ANTONIO JORGE DOS SANTOS FILHO
  • COMUNIDADES DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM MONOCULTURAS E FRAGMENTOS FLORESTAIS, A LESTE DO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL.

  • Data: 30/06/2017
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  • Entre os insetos eussociais as formigas constituem até 50% da biomassa animal terrestre nas florestas tropicais, pertencentes à Ordem Hymenoptera, a superfamília Formicoidea e a família Formicidae, detêm uma complexa organização social. São amplamente distribuídas nos ecossistemas, fáceis de serem amostradas, detêm alta plasticidade comportamental possuem grande diversidade de espécies, de forma que atuam em diversos níveis tróficos nos ecossistemas. Podem ser utilizadas como bioindicadoras das alterações ambientais, sejam eles naturais ou antrópicos. Neste estudo, avaliamos os efeitos da complexidade estrutural dos habitas sobre as comunidades de formigas epigéicas. As coletas de Formicidae foram realizadas em quatro áreas no povoado Condurú município de Codó, a leste do Maranhão: mata de cocais, cerradão, monoculturas de milho e mandioca. Em cada uma das quatro áreas, foram coletadas 30 amostras de formigas da epigéicas utilizando pitfall simples (água e detergente), 30 amostras com iscas sardinha e outros 30, com iscas mel totalizando 360 amostras. As coletas foram realizadas no período de julho a setembro. Em suma foram catalogados 71 espécies, distribuídas em 24 gêneros, 9 tribos e 7 subfamílias. Sendo a riqueza estimada por Chao2 é de 101.16 espécies. Entre as subfamílias, Myrmicinae apresentou a maior abundância, já entre as áreas mata de cocais obteve maior riqueza com 40 espécies, seguida pelo fragmento de cerradão (37) espécies e os cultivo de milho (32) e cultivo de mandioca (27). As análises estatísticas indicaram Dorymyrmex goeldii (24,22%), como a espécies mais frequente nos ambientes, sendo a mesma classificada como constante (y) no cultivo de mandioca. As espécies Camponotus crassus, D. goeldii, Pheidole sp1 e Pheidole sp4 foram dominantes nas quatro áreas em estudo. Já C. crassus, Crematogaster sp4, D. gigantea, D. goeldii, Pheidole sp1, Pheidole sp3, Pheidole sp12, Solenopsis sp1 e Odontomachus sp1 foram coletadas nas quatro áreas em estudo. A armadilha pitfall simples obteve maior eficiência na captura de espécies. As áreas de cerradão e mata de cocais, possuem maior similaridade entre si e maior riqueza específica, talvez por apresentarem maior complexidade de habitats do que as áreas cultivadas por mandioca e milho. O índice de diversidade Shannon–Wiener apontou mata de cocais como a área mais diversa (1,51), seguida cerradão (1,48), cultivo milho (1,37) e cultivo de mandioca (1,31). Pela análise da curva de rarefação o esforço amostral não foi o suficiente para caracterizar o ambiente em relação às espécies presentes nele, pois a curva referente ao número de espécies não se estabilizou. Em suma, as áreas de mata de cocais e cerradão aportam maior riqueza e diversidade quando comparadas as áreas cultivadas por milho e mandioca, de fato estes resultados podem ser atribuídos ao tamanho das áreas, complexidade estrutural dos habitas, hábitos alimentares e as interferências antrópicas ocorridas nas áreas cultivadas. No estado do Maranhão, poucos trabalhos de levantamentos da fauna de formiga, no entanto, o presente trabalho é pioneiro para cidade de Codó com 71 novos registros adicionando 17 novos registros para diversidade de Formicidae do estado do Maranhão.

  • AYLANE TAMARA DOS SANTOS ANDRADE
  • Infestação e caracterização dos criadouros artificiais do Aedes aegypti e Aedes albopictus (Diptera: Culicidae) em áreas de transmissão de dengue e chikungunya

  • Data: 05/07/2017
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  • Os criadouros preferenciais para o desenvolvimento do Aedes aegypti e Aedes albopictus estão
    em sua maioria localizados nas residências e apresentam condições favoráveis para o
    desenvolvimento desses vetores que são incriminados na transmissão de várias doenças.
    Destacando-se com maior registro de casos nos últimos anos, a dengue, febre do Zika e febre
    Chikungunya. Considerando essa realidade propõe-se nesse trabalho identificar e georreferenciar
    os criadouros do A. aegypti e A. albopictus em diferentes bairros de áreas endêmicas de dengue e
    chikungunya na cidade de Caxias, Maranhão. O estudo foi realizado em cinco bairros de
    diferentes zonas da cidade de Caxias, com realização de visitas domiciliares em 80 residências
    por bairro a cada ciclo para inspeção dos recipientes potencias para o desenvolvimento dos
    imaturos. Esse procedimento repetiu-se em seis ciclos durante um ano. Foram inspecionados 400
    imóveis, escolhidos de forma aleatória tolerando a margem de erro de 5%. Foram inspecionados
    sete grupos de recipientes classificados quanto ao seu material de fabricação, altura, exposição
    dos criadouros e ausência ou presença de matéria orgânica. Foi feita a correlação entre os fatores
    climatológicos e a frequência de imaturos encontrados e realizado o georeferenciamento das
    áreas de maior produção de formas imaturas dos vetores. Foram inspecionados 4.223 recipientes,
    destes 212 (5,02%) foram positivos para pelo menos uma espécie. Em relação ao bairro com
    maior frequência de recipientes positivos, Vila São José apresentou 48 (22,66%), seguidos dos
    bairros Fazendinha e João Viana, ambos com 46 (21,69%) recipientes. Foram coletados 3.732
    espécimes, sendo 3.521 (94,35%) A. aegypti e 211 (5,65%) A. albopictus, encontrados no
    peridomicílio. Dos sete grupos analisados, frascos (TR2), pneus (TR3) e armazenamento (TR5)
    mostraram-se positivos, sendo o último predominante em todos os ciclos. Quanto as
    características dos recipientes positivos para imaturos de A. aegypti, foram predominantes os
    fabricados em cimento e plástico (44,81% e 28,77%, respectivamente), com altura entre 51-100
    cm, protegidos do sol e com presença de matéria orgânica. Para a espécie A. albopictus apenas a
    variável altura dos criadouros não obteve diferença significativa. Nos cinco bairros de coleta
    foram registrados elevados números de criadouros suscetíveis para ambas as espécies. Não foi
    verificada correlação entre o número de A. aegypti e A. albopictus com o índice pluviométrico e
    umidade relativa do ar, também não obteve correlação entre a temperatura máxima; mas
    observou-se uma correlação fraca e positiva com a temperatura mínima. Este estudo de
    caracterização de criadouros artificiais para A. aegypti e A. albopictus possibilitou obtenção de
    informações essenciais para o controle dos vetores de várias arboviroses, dentre elas Dengue e
    Chikungunya.

  • DANIEL LIMEIRA FILHO
  • IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR (DNA BARCODE) DA ICTIOFAUNA DOS RIOS PINDARÉ E TURIAÇU, BAIXADA MARANHENSE, BRASIL

  • Data: 27/07/2017
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  • A identificação genética tem proporcionado uma alternativa bem sucedida na identificação precisa ao nível de espécie servindo como ferramenta de auxílio à taxonomia clássica. O presente estudo teve por objetivo identificar com base em sequências do gene mitocondrial Citocromo Oxidase Subunidade I, espécies de peixes dos Rios Pindaré e Turiaçu, Estado do Maranhão. Os peixes foram coletados utilizando redes de arrasto, malhadeiras e tarrafas. A identificação morfológica foi realizada com o auxílio de literatura específica. O DNA total foi extraído do tecido muscular utilizando o kit Wizard Genomic DNA Purification da Promega seguindo as instruções do fabricante. O isolamento e amplificação do gene COI foram realizados por meio da técnica de PCR. Os produtos das PCRs foram purificados e sequenciados em sequenciador automático de DNA. Os dados foram analisados através dos programas BioEdit, MEGA, GENEIOS e foi utilizada a plataforma BOLDSystems para comparação das sequências. A diversidade ictiofaunística dos Rios foi representada por 59 espécies. Dos táxons identificados, Ageneiosus vitattus Steindachner, 1908 e Serrasalmus eigenmanni Norman, 1929 representam novos registros para região Nordeste do Brasil. Foram geradas 402 sequências do gene COI com 635 pares de bases para 50 espécies. Destas, 43 espécies eram oriundas do Rio Pindaré e 30 do Rio Turiaçu, sendo 23 espécies compartilhadas entre os dois Rios estudados. A distância genética média Kimura-2-Parâmetros (K2P) intraespécie foi de 0,15% e 0,21% em comparação a 5,95% e 7,9% intragenérica para os Rios Pindaré e Turiaçu, respectivamente. Ao analisar as duas bacias conjuntamente, a distância genética média intraespecífica foi de 0,6% em comparação a 6,56% intragenérica. Os valores obtidos de divergência genética entre indivíduos da mesma espécie são, em média, consistentes com aqueles encontrados na literatura. A árvore filogenética agrupou os espécimes identificados como coespecíficos em conjuntos coerentes. As espécies Leporinus piau, Hoplias malabaricus e Pimelodus blochii apresentaram elevadas divergências genéticas refletindo a complexidade taxonômica desses grupos. Dez táxons, Leporinus piau, Psectrogaster rhomboides, Triportheus signatus, Pimelodus ornatus, Pimelodus blochii, Hemisorubim platyrhynchos, Pimelodella parnaibae, Rhamphichthys marmoratus, Sternopygus macrurus e Loricaria sp., das 23 espécies compartilhadas entre os dois Rios exibiram distâncias genéticas máximas acima de 2% e formaram subgrupos que refletiram a alopatria existente. Para as espécies que divergiram em média mais que 2% entre os subgrupos formados, os valores sugerem a existência de populações diferenciadas geneticamente ou espécies que foram identificadas como um único táxon, porém, podem representar espécies distintas entre os dois Rios. Cerca de 95% das espécies na análise conjunta dos dados puderam ser identificadas sem ambiguidade. O presente estudo demonstra o potencial da técnica molecular DNA barcode para identificação da biodiversidade ictiofaunística das bacias dos Rios Pindaré e Turiaçu.

  • DANIEL SILAS VERAS DOS SANTOS
  • EFEITO DA PERDA DE INTEGRIDADE DE HABITAT DE RIACHOS SOBRE AS ASSEMBLEIAS DE ODONATA (INSECTA) NA ZONA ECOTONAL DO LESTE DO MARANHÃO

  • Data: 20/06/2017
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  • A ordem Odonata é um grupo de insetos com ampla distribuição na região Neotrópical, no entanto, no Brasil esse táxon apresenta áreas com lacunas de conhecimento em termos de déficit de ocorrência e de distribuição das suas espécies. A composição de espécies deste grupo está fortemente relacionada a variáveis estruturais e ambientais dos ecossistemas, por estas razões seus representantes têm sido bastantes utilizados como indicadores ambientais. O estudo está divido em dois capítulos: O primeiro apresenta uma lista de espécies da ordem para o estado do Maranhão e o segundo trata dos efeitos de variáveis ambientais sobre a estrutura da comunidade, como da identificação dos limiares nos quais ocorrem mudanças na abundância e ocorrência da comunidade. A pesquisa foi realizada no município de Caxias, Maranhão, Brasil, em 24 riachos. Foram coletados 844 espécimes, distribuídos em sete famílias, 26 gêneros e 59 espécies. No estudo registrou-se 46 novas ocorrências para o estado do Maranhão, elevando-se o registro de 23 espécies para 69 espécies, destas, um gênero e 17 espécies podem ser novos registros para o Nordeste. Foram testadas as hipóteses: H1. A redução da integridade de habitat, da cobertura de dossel e maior largura do canal dos córregos ocasionará uma menor riqueza de Zygoptera, devido às restrições de sua termorregulação em relação à Anisoptera, uma vez que a maior entrada de luz é favorável às espécies heliotérmicas. E H2. A alteração na integridade do habitat cria limiares ecológicos e pontos de mudança na abundância e frequência das espécies de Odonata por gerar gradientes nas condições estruturais dos ambientes lóticos. As variáveis estruturais afetaram a riqueza (R2=0,355; p=0, 029) e abundância (R2=0,365; p=0,025) de Anisoptera, a análise de limiar (TITAN) indicou espécies indicadoras para a integridade de habitat, cujos pontos de mudança comunitária foram de 0,43 (Z-) e 0,79 (Z+). A pesquisa ampliou o conhecimento da ocorrência e distribuição das espécies de Odonata para o Nordeste brasileiro, bem como possibilitou identificar os efeitos das variáveis estruturais (integridade de habita e cobertura de dossel) do ambiente sobre a riqueza e abundância da subordem Anisoptera, assim como determinou espécies indicadoras para os limiares da integridade de habitat onde ocorre a mudança na ocorrência e abundancia dos táxons.

  • FILIPE BEZERRA COSTA
  • Hepáticas (Marchantiophyta) do parque Nacional Chapada das Mesas, Maranhão, Brasil

  • Data: 08/06/2017
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  • As briófitas são plantas avasculares, pequenas e de estrutura relativamente simples,
    consequentemente são consideradas as primeiras a surgirem na escala evolutiva, por não
    possuírem estruturas do xilema e floema, apresentam pequeno porte, peculiaridades estas que
    as distinguem das algas e plantas vasculares. Estes vegetais habitam os mais diversificados
    substratos, como solo arenoso e argiloso, tronco vivo ou em decomposição, superfícies de
    rochas, calcário, folhas vivas, materiais orgânicos e substratos artificiais. São encontrados em
    domínios fitogeográficos como o Cerrado, Caatinga, Floresta Atlântica, Amazônia, em locais
    úmidos de Florestas Temperadas e em ambientes considerados inóspitos, como os desertos,
    em que a umidade relativa é muito baixa. As briófitas estão classificadas em três divisões que
    as diferenciam quanto a estrutura taxonômica e seu habitat ecológico, sendo estas:
    Marchantiophyta (hepáticas), Anthocerophyta (antóceros) e Bryophyta (musgos). Este
    trabalho teve como objetivo realizar leventamento das Hepáticas ocorrentes no Parque
    Nacional das Chapadas das Mesas. Tendo como objetivos específicos listar as espécies de
    Marchantiophyta; Estabelecer grupos briocenologicos de hepáticas através do substrato de
    ocorrências; Elaborar chaves para família, gênero e espécie de Marchantiophyta e Fornecer
    descrições e comentários sobre espécies registradas. A coleta foi realizada seguindo a
    literatura especializada da área. Consistiu em coletar cuidadosamente as briófitas com o
    auxílio de uma espátula, em seguida, foram anotados dados relativos ao tipo de substrato,
    local de coleta, data da coleta e coletor. O processo de herborização e identificação dos
    espécimes foram incorporados à coleção do Herbário Prof. Aluízio Bittencourt/HABIT, do
    CESC/UEMA. Foram catalogadas 398 hepáticas, distribuídas em 30 espécies, pertencentes a
    16 gêneros e 9 famílias. A família Lejeuneaceae apresentou-se como a mais representativa
    com 19 sp., o substrato mais frequente foi o rupícola (46%) seguido pelo substrato corticícola
    (27%). Por se tratar de um estudo pioneiro para o Parque Nacional Chapada das Mesas
    PNCM, a pesquisa contribuiu na ampliação das informações sobre a distribuição geográfica
    das espécies de Hepáticas para o estado do Maranhão e Nordeste. Os resultados comprovam
    que o PNCM apresenta uma rica diversidade destes vegetais, e que muitas espécies podem ser
    ainda encontradas levando em consideração a amplitude do Parque.

  • JAIRINA NUNES CHAVES
  • ASPECTOS EPIDEMIÓLOGICOS DE INFECÇÕES PARASITÁRIAS INTESTINAIS
    EM CRIANÇAS CADASTRADAS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM
    MUNICÍPIO DO LESTE MARANHENSE

  • Data: 02/08/2017
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  • As parasitoses intestinais são doenças causadas por helmintos ou protozoários, que se localizam
    no sistema digestivo em pelo menos uma das fases do ciclo evolutivo, podendo conduzir a
    doenças os indivíduos parasitados. Dentre os enteroparasitos que mais afetam o homem se
    destacam os nematelmintos Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e os ancilostomídeos. Em
    relação aos protozoários estão a Entamoeba histolytica e Giardia duodenalis. Essas infecções
    atingem com mais frequência as camadas sociais mais pobres, sem condições adequadas de
    moradia, de trabalho, de educação e de serviços sanitários, sendo que as crianças são as mais
    afetadas por essas enfermidades. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os aspectos
    epidemiológicos das infecções parasitárias intestinais em crianças cadastradas na área de
    abrangência de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Caxias-MA. O estudo
    observacional ocorreu no período de agosto de 2016 a abril de 2017. Foram realizados exames
    coproparasitológicos por sedimentação espontânea, através da técnica de Hoffman, Pons e
    Janner (1934) em 422 crianças de 0 a 11 anos de idades residentes nas áreas de abrangência da
    UBS Antenor Viana (zona urbana) e UBS Santo Antônio (zona rural), situadas no município
    de Caxias-MA. O perfil epidemiológico da população estudada foi identificado através de um
    questionário aplicado aos familiares. Os cálculos das frequências das parasitoses e das variáveis
    epidemiológicas foram realizados pelos programas estatísticos Stata versão 10 e EPI Info™
    versão 7. A associação dos resultados dos exames coproparasitológicos com as variáveis
    epidemiológicas foi realizado através do teste Qui-quadrado (X2) e teste exato de Fisher. A
    frequência de parasitas e/ou comensais intestinais foi de 49,05% de casos positivos. O helminto
    predominante foi o Ascaris lumbricoides (68,18%) e o protozoário a Entamoeba sp. (65,38%).
    A análise estatística revelaram associações significativas para a ocorrência de enteroparasitoses
    entre os hábitos de higiene (andar descalço, hábito de lavar as mãos depois do uso do banheiro
    e hábito de lavagem das mãos antes das refeições), aspectos sanitários (pavimentação das ruas,
    destino do lixo, o tipo de abastecimento de água, tratamento da água no domicílio e local de
    instalação da fossa), consumo de vegetais crus e problemas de saúde apresentados pelas as
    crianças. Não se encontrou associação significativa entre as variáveis referentes ao
    conhecimento dos familiares sobre enteroparasitoses e as infecções parasitárias. Em virtude das
    condições precárias de saneamento básico e higiene apresentada pelas crianças, ressalta-se a
    necessidade de implementação de políticas públicas que visem eliminar ou reduzir as elevadas
    taxas de parasitos intestinais, e que contribua para melhorar a qualidade de vida dessa
    população.

  • JULIETE LIMA VIANA
  • ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS EM LARVAS DE Aedes aegypti (DIPTERA,
    CULICIDAE) POR TOXINAS DE ISOLADOS DE Bacillus thuringiensis (BERLINER
    1911) DE BIOMAS MARANHENSES

  • Data: 26/06/2017
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  • A busca por alternativas mais seguras no controle do Aedes aegypti, um importante vetor de
    diversos agentes etiológicos, que causam doenças como a dengue, febre amarela urbana, febre
    chikungunya e a febre zika, tornou-se uma crescente preocupação para a saúde pública. Os
    bioinseticidas são alternativas viáveis e eficazes para o controle de vetores, pois são inócuos
    ao homem e ao meio ambiente. Dentre os entomopatógenos, destaca-se a bactéria Bacillus
    thuringiensis (Bt), utilizada no controle biológico devido à presença de cristais proteicos com
    atividade inseticida, também denominados de δ-endotoxinas, sintetizados durante o processo
    de esporulação. O presente estudo objetivou investigar a presença de genes codificadores das
    toxinas mosquitocidas e avaliar os efeitos de linhagens tóxicas de B. thuringiensis no epitélio
    intestinal de larvas de A. aegypti. Foram utilizados 12 isolados de Bt provenientes dos biomas
    Amazônia, Cerrado e Caatinga e do Ecossistema Restinga do estado do Maranhão, que foram
    submetidos à técnica de PCR com iniciadores gerais (cry1, cry2, cry4, cry10, cry11, cry24,
    cry32, cyt1, cyt2) e específicos (cry1Ab e cry44Aa) para verificar a presença de genes
    mosquitocidas, e a técnica de SDS-PAGE 12% para verificar o conteúdo proteico. Os efeitos
    tóxicos de Bt foram evidenciados por meio das alterações ultraestruturais pela técnica da
    hematoxilina e eosina (HE). Na caracterização molecular, identificou-se a presença dos genes
    cry1, cry2, cry4, cry10, cry11, cry32, cyt1, cyt2 e cry1Ab, e ausência dos genes cry24 e
    cry44Aa. Os genes cry1 e cry2 foram detectados em apenas um isolado, já o gene cry4 foi
    detectado em oito dos 12 isolados testados. Em relação ao gene cry10 e cry11 amplificaram
    em cinco e quatro isolados de Bt, respectivamente. Foi detectado a presença do gene cry32 em
    sete linhagens de Bt. Os genes cyt1 e cyt2 mostraram produto de amplificação para oito e dois
    isolados, respectivamente, e o gene cry1Ab amplificou para apenas dois isolados. A
    caracterização proteica dos isolados apresentaram massa molecular com variações de 65 a 150
    kDa que corresponde ao perfil proteico das toxinas Cry1, Cry2, Cry4, Cry10, Cry11 e Cry32 e
    menor que 50 kDa semelhante ao das toxinas Cyt1 e Cyt2. A ação das toxinas de Bt no
    epitélio intestinal das larvas de A. aegypti ocasionaram degeneração celular, extravasamento
    das vesículas no espaço entre o lúmen e o epitélio e a presença de vacúolos digestivos.
    Portanto, foi possível verificar que os isolados de B. thuringiensis nativos possuem genes que
    codificam toxinas díptero-especificas e diferentes perfis proteicos com alto potencial para
    serem utilizados no controle biológico do A. aegypti. Isso demonstra que o estudo de
    caracterização molecular e proteica possibilitaram conhecer o potencial dos isolados do
    Maranhão, e as alterações histopatológicas mostraram-se essenciais para confirmar e agregar
    novas evidências aos mecanismos de toxicidade de B. thuringiensis (Bt).

  • KATIONE VALÉRIA AMORIM DE SOUSA CARDOZO
  • COMPLEXO Artibeus Leach, 1821 (CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) DE OCORRÊNCIA NOS BIOMAS CERRADO E AMAZÔNIA MARANHENSES

  • Data: 05/07/2017
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  • O gênero Artibeus são morcegos que pertencem a ordem Chiroptera, família Phyllostomidae. Estes apresentam problemas taxonômicos referentes à sua identificação, sendo motivo de grandes controvérsias. No presente trabalho foram utilizadas análises morfométricas, craniométricas e moleculares das espécies do complexo Artibeus de ocorrência nos Biomas Cerrado e Amazônia maranhenses com objetivo de inferir sobre incertezas taxonômicas, distribuição geográfica, bem como, verificar a ocorrência do vírus rábico nestas espécies. Nas análises, morfométricas e craniométricas foram investigados um total de 38 marcadores fenotípicos, dessa forma, foram obtidas medidas de caracteres externos (n=14) e cranianos (n=25) em 39 espécimes. Os resultados das medidas foram submetidos a análises estatísticas no software Statistic (análises discriminantes) para selecionar os melhores caracteres que separam as espécies. A discriminação entre a média das variáveis foram calculadas pelo método Stepwise. Das variáveis morfológicas a medida que mais contribuiu para a discriminação, foram o comprimento do antebraço (Ant.E e Ant.D), o terceiro e quarto metacarpo ( III e IV Me). Para os caracteres cranianos as principais variáveis que discriminam as espécies foram o comprimento total do crânio (Ct), da série de dentes superiores (CM2/3S), o comprimento do côndilo canino (Cc), a largura externa dos molares (Lm) e a largura da caixa craniana (Lcx), a que menos contribuiu foi a largura interorbital (Li). A análise craniana mostrou formato triangular do pós-orbital e uma crista cranial evidente. A análise canônica das variáveis cranianas separou as espécies e mostrou A. obscurus bem separada das demais espécies. Os genes citocromo oxidase I (COI) e rRNA 16S foram amplificados via PCR a partir do DNA total e após realizou-se o sequenciamento. Para análise dos dados genéticos foram utilizados os softwares: BIOEDIT, DNAsp e MEGA. As sequencias do gene COI foram plotadas na plataforma The Barcode of Life Data Systems (BOLD Systems) e do gene rRNA 16S na plataforma Basic Local Alignment Search Tool (BLAST). Verificou-se incongruências entre a identificação morfológica e molecular de algumas espécies, a exemplo de A. lituratus (CESC 114, RRM 71) que mostrou 100% de similaridade com A. planirostris e uma baixa divergência alcançando apenas 2,9 e 1,7% respectivamente; A. fimbriatus (CESC 125) 100% de similaridade com A. lituratus e a divergência alcançada de apenas 1,8% e A. obscurus (RRM29) com 99,69% de similaridade com A. planirostris alcançou 2,0%. Para A. obscurus (RRM29) e A. planirostris foi encontrado uma divergência de apenas 0,8 % para o gene RNA 16S. As árvores filogenéticas geradas independente do gene mostraram monofilia para as espécies do gênero Artibeus de ocorrência nos dois biomas maranhenses. Os resultados pelas análises morfológicas mostraram a ocorrência de A. lituratus, A. fimbriatus, A. obscurus e A. planirostris para o Bioma Cerrado, no entanto a molecular aponta apenas as espécies A. lituratus, A. obscurus e A. planirostris para este bioma. Para o bioma amazônico independente do caractere não houve registro da espécie A. fimbriatus. Fez-se o Teste de Imunofluorescência Direta para verificação da presença ou ausência do vírus da raiva que revelou resultados negativos para todos os espécimes analisados, confirmando a ausência do vírus.

  • LUANNA LAYLA MENDES SANTOS
  • Taxonomia de Pieza Evenhuis, 2002 (Diptera: Mythicomyiidae) de fitofisionomias de Caatinga e Cerrado nos estados do Maranhão e Piauí, Brasil

  • Data: 02/08/2017
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  • The study was performed with taxonomic specimens of Pieza Evenhuis 2002, Mythicomyiidae, collected in Caatinga and Cerrado areas in the states of Maranhão and Piauí. For the identifications at specific level was used dichotomous key of Evenhuis, 2002; with original descriptions and illustrations, as well as redescriptions of the species. In order to identify the species, the morphological structures of taxonomic weight were studied, with emphasis on the characters of the terminalia. Descriptions and illustrations of the species identified in this study are provided, as well as maps with geographical records. It was studied 2,918 specimens, identified in eight new species. The genus is cataloged for the first time for the study areas, and consequently for the Brazilian Northeast. With these results is increased from 11 to 19 species described in Pieza, there is also increased from one to nine the number of species of the genus recorded for Brazil.

  • LUCIANA DA SILVA SANTOS
  • SCARABAEINAE (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) DO PARQUE ESTADUAL DO MIRADOR, ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 30/08/2017
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  • Os escarabeíneos, conhecidos popularmente como besouros rola-bosta, são insetos detritívoros, desempenhando importante papel ecológico na ciclagem de nutrientes nos ecossistemas. No Maranhão, as informações sobre este grupo são ainda bastante escassas, notadamente no que se refere a sua ocorrência no Parque Estadual do Mirador (PEM), a maior unidade de conservação do estado. Em virtude disto, o presente estudo teve por objetivo registrar os táxons pertencentes à subfamília Scarabaeinae presentes no PEM. Para amostragem dos escarabeíneos foram realizadas quatro expedições no período de 2014 a 2016. Foram utilizadas para coleta dos besouros 35 armadilhas do tipo pitfall, iscadas com fezes humanas de dieta onívora, por um período de dois dias. Foram registradas seis tribos, 19 gêneros e 36 espécies de 1.628 espécimes de Scarabaeinae. Dentre estas, obteve-se três novas espécies, pertencente aos gêneros Dichotomius, Ontherus e Canthon. No presente trabalho, 13 espécies constituem registros novos para o estado do Maranhão, que soma agora 78 espécies registradas com este estudo. Os resultados obtidos neste estudo enfatizam a relevância da continuidade de investimentos no conhecimento da biodiversidade maranhense. Além disto, se ressalta também a importância da criação e da manutenção de unidades de conservação no estado, as quais representam em muitas situações escassos refúgios para várias espécies, algumas delas possivelmente ainda desconhecidas pela comunidade científica.

  • MARIA LINDALVA ALVES DA SILVA
  • PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS MORADORES DA CHAPADA DAS MESAS
    SOBRE A CRIAÇÃO DO PARQUE NACIONAL, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 19/06/2017
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  • A presente pesquisa teve como objetivo investigar a percepção ambiental dos moradores que
    vivem em comunidades tradicionais no Parque Nacional da Chapada das Mesas, bem como
    dos atores sociais do município de Carolina/MA, que representam segmentos da área da
    educação, do setor de turismo, funcionários do ICMBIO e o ativista que participou de
    movimentos civis em prol da criação da Unidade de Conservação, implantada em 2005. O
    trabalho constou dos seguintes tipos de pesquisas: descritiva, com abordagem quantiqualitativa;
    documental, com a utilização de textos oficiais e; bibliográfica, em livro, artigos,
    teses de doutorado, dissertações de mestrado e em sites oficiais. Como procedimentos
    metodológicos, aplicaram-se: i) roteiro de observação indireta; ii) formulário
    semiestruturado, no segundo semestre de 2016, com 52 questões fechadas e abertas,
    destacando: diagnóstico do perfil socioeconômico e cultural dos moradores, investigação da
    participação dos moradores em mobilizações organizadas pela sociedade civil em prol da
    implantação da Unidade de Conservação, descrição das atividades de produção para o sustento
    do grupo familiar e análise da percepção dos indivíduos sobre as questões ambientais
    relacionadas à área de preservação, realizada através de um teste de associação; iii) roteiro
    de entrevistas semiestruturado, aplicado a 13 atores sociais que representaram segmentos da
    sociedade civil, sobre a percepção ambiental após a criação da UC. Os dados foram
    demonstrados por meio de frequências relativas simples e teste de associação
    sociodemográfica (teste ou exato de Fisher). O nível de significância adotado no teste foi de
    5%, paralelo ao nível de confiança, 95%. Para resumo dos dados e teste estatístico, foi
    utilizado o software SPSS versão 20. Os resultados revelaram que as comunidades
    tradicionais existiam antes da criação do Parque Nacional e que têm como atividade
    econômica a prática da agricultura de subsistência e a criação de animais. Verificou-se a
    associação entre a percepção ambiental dos moradores a partir do gênero, idade, escolaridade e
    renda, em relação às questões ambientais, não sendo significativas, com (p>0,05). No que se
    refere aos atores sociais entrevistados, percebeu-se que a maioria compreende que a criação
    da referida Unidade de Conservação foi uma estratégia de preservação da biodiversidade e a
    promoção da geração de emprego e renda através do ecoturismo para a região Sul do
    Maranhão.

  • Regigláucia Rodrigues de Oliveira
  • MUSGOS (BRYOPHYTA) DO PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DAS MESAS, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 09/06/2017
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  • O Parque Nacional da Chapada das Mesas localiza-se a Sudoeste do estado de Maranhão e apresenta diversas fitofisionomias, tais como: Cerrado, Caatinga e Floresta Amazônica, caracterizando-se como um ecótono. Objetivou-se com o presente trabalho realizar o levantamentode briófitas do PARNA Chapada das Mesas. Para tanto, foram coletadas e analisadas amostras de diferentes ambientes úmidos no interior do PARNA. Foram registradas 66 espécies de musgos, dentre os locais coletados, a Reserva Particular do Patrimônio Natural/RPPN-Mansinha foi a que apresentou maior número de espécies exclusivas. Fissidentaceae foi a família mais diversa, apresentando 11 espécies. Os musgos acrocárpicos (38espécies) tiveram maior número de espécies do que os pleurocápicos (26 espécies) e apenas duas, das espécies coletadas são de musgos cladocárpicos. Dentre as espécies encontradas, uma é endêmica do Brasil e restrita ao Cerrado, 35 espécies são novas ocorrências para Maranhão e seis são registradas pela primeira vez para a região Nordeste do Brasil. A maioria das espécies (68%) encontradas é amplamente distribuída no Brasil, enquanto que 9% das espécies classificaram-se como espécies raras. As espécies mais frequentes de musgos pleurocárpicos foram Vesicularia vesicularis (Schwägr.) Broth. e Cryso-hypnum diminutivum (Hampe) W.R.Buck. ambas da família Hypnaceae, e Sematophyllum subsimplex (Hedw.) Mitt., Sematophyllaceae. Hyophilla involuta (Hook.) A. Jaeger/Pottiaceae e Octoblepharum albidum Hedw./ Calymperaceae as espécies mais frequentes entre os musgos acrocárpicos. Esse trabalho contribuiu para o enriquecimento da distribuição da flora brasileira sobre briófitas, além de evidenciar que o PARNA estudado é um importante centro de diversidade de briófitas, pois abriga elevada riqueza de musgos além de novas ocorrências para a região, refoçando a importância da manutenção dessa Unidade de Conservação.

  • RENATO CORRÊIA LIMA
  • IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE PEIXES DA APA DO INHAMUM, LESTE MARANHENSE, BRASIL

  • Data: 05/07/2017
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  • The correct fish identification is the first step to the success of any conservation program that often needs ancillary tools to solve certain problems. The DNA barcode is one of the most effective auxiliary tools of species recognition. Thus, this study aimed to identify and characterize genetically the ichthyofauna of the Inhamum Municipal Environmental Protection Area (APA of Inhamum). A total of 440 fish samples from Inhamum APA were obtained with the aid of fishing gear (nets, sieves). The samples were taken to the Laboratory of Genetics and Molecular Biology (GENBIMOL) of the CESC/UEMA being removed part of the muscle tissue for DNA extraction; subsequently performed PCR of the COI and 16S rRNA genes, sequencing of these genes in an ABI 3500 automatic sequencer. Were obtained 72 sequences of the COI gene and 74 sequences of the 16S rRNA gene representing six orders, 10 families and 15 species. The average of within-family and intraspecific divergences were respectively 16.7% and 0.55% for the COI gene and 9% and 0.54% for the 16S rRNA gene. The mean value of intraspecific divergence using COI gene sequences is in agreement with the literature. The molecular data contradict the morphological identification when it points to the occurrence of two species within the genus Gymnotus, by obtaining a 3.6% genetic divergence that exceeds the intraspecific genetic divergence threshold (3%) established for animals. The sequences of the 16S rRNA gene from Hemigrammus guyanensis showed a high genetic distance, which did not occur in the COI gene, perhaps due to the lower number of sequences of the COI gene of this species. In addition, a new registry was confirmed for the Itapecuru river basin (Megalechis thoracata). Therefore, the present study contributes to the knowledge of the fish diversity of the Inhamum APA, which can serve as a basis for possible management and conservation programs.

    Megalechis thoracata; Barcode; 16S rRNA.

  • ROSÂNGELA NUNES ALMEIDA
  • ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS POTENCIALMENTE PATOGÊNICAS DO TRATO
    RESPIRATÓRIO DE PACIENTES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA:
    incidência e perfil de susceptibilidade

  • Data: 30/06/2017
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  • As Unidades de Terapias Intensiva são os locais de maior incidência de infecções,
    principalmente por receber e alojar pacientes com extrema vulnerabilidade e que necessitam da
    realização de procedimentos invasivos, os quais os expõem aos riscos de contraírem infecção
    hospitalar. Este setor apresenta 5 a 10 vezes mais chances de desenvolver infecção hospitalar,
    do que nas demais unidades de internação. Assim, o objetivo deste estudo foi relacionar as
    bactérias isoladas do trato respiratório de pacientes em Unidade de Terapia Intensiva de uma
    instituição hospitalar pública, no município de Caxias-MA, com infecção hospitalar,
    enfatizando sua incidência e o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. Trata-se uma
    pesquisa avaliativa, descritiva e experimental, com abordagem mista, quantitativa e qualitativa.
    O cenário desta investigação foi o Hospital Geral Municipal “Gentil Filho”, tendo sido realizado
    com 172 pacientes internados. Os dados foram coletados mediante observação sistemática, do
    tipo participante, análise dos dados sociodemográficos diretamente nos prontuários e um check
    list, baseado nos critérios diagnósticos de infecção respiratória. Realizou-se ainda, coletas
    microbiológicas do trato respiratório superior e o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos,
    durante o período de outubro de 2016 a maio de 2017. Quanto aos dados quantitativos, compôsse
    um banco de dados, no software STATA- Data Analysis and Statistical Software,
    posteriormente, foram consolidados por meio de técnicas de estatísticas descritivas e
    apresentados sob a forma de tabelas. Além da realização de testes estatísticos como o Chiquadrado
    (X2) de Pearson. Os dados qualitativos foram analisados de acordo com a percepção
    do observador. Procedeu-se à discussão dos achados com base na literatura produzida sobre o
    tema. Os resultados apontaram que a maioria eram do sexo feminino, com 91(52,91%),
    apresentando faixa etária ≥ 60, 68(37,79%) e casados, com 86(50%). Quanto a incidência de
    bactérias, houve predomínio da P. aeruginosa, com 58(33,72%). Em relação ao perfil de
    susceptibilidade, percebeu-se que as bactérias encontradas, apresentaram resistência a algum
    tipo de antibiótico. Verificou-se ainda, resistência à amoxicilina + ácido clavunânico,
    classificando-as como produtoras de β-lactamases de espectro estendido. No que tange à
    observação sistemática, notou-se que estavam de acordo com o que é preconizado pela
    ANVISA. Entretanto, em relação as técnicas assépticas utilizadas e a existência de
    equipamentos de proteção individual, percebeu-se que não eram constantes essas práticas.
    Sobre os fatores que contribuem para o aumento de infecção hospitalar, verificou-se que os
    pacientes apresentavam Cetoacidose Diabética, com 26(15,12%), encontravam-se em
    respiração espontânea com cateter nasal, 63(36,63%) e a maioria estavam desorientados,
    63(36,63%). O uso de antimicrobianos e de sonde vesical, foram percebidos em 137(79,65%)
    e 94 (54,65%), respectivamente. Portanto, enfatiza-se a adesão de práticas profissionais
    baseadas na segurança do paciente, que subsidiem a práxis mais efetiva e segura com relação
    ao cuidar. Ademais o conhecimento das bactérias e do perfil de susceptibilidade permitirão uma
    antibioticoterapia correta. Por fim, afirma-se que o controle das infecções hospitalares nos
    serviços de saúde é desafiador, e que a resistência antimicrobiana representa um grande
    problema para a saúde.

  • THARLIANE SILVA CHAVES
  • Análise espacial do Tracoma em escolares do ensino fundamental público de um Município do Leste Maranhense

  • Data: 30/06/2017
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  • O tracoma é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge a conjuntiva e a córnea humana, acometendo principalmente crianças em idade escolar, sendo, uma das principais causas de cegueira evitável. Estima-se a existência de 146 milhões de pessoas com tracoma ativo no mundo, 10 milhões com triquíase tracomatosa e cinco milhões com sérios riscos para a visão e potencial desenvolvimento de cegueira. O objetivo desse estudo foi analisar o perfil clínico epidemiológico do tracoma em escolares do primeiro ao nono ano da rede municipal de ensino de Caxias-MA. Foram avaliados 6.211 escolares da rede de ensino fundamental, por meio da busca ativa realizadas em escolas públicas entre os meses de agosto a novembro de 2016 do município de Caxias-MA. O diagnóstico dos casos com tracoma foi essencialmente clínico, sendo realizado também para os casos positivos de Tracoma Inflamatório Folicular (TF), a coleta do raspado conjuntival da pálpebra para diagnóstico laboratorial através da Imunofluorescência Direta - IFD, e o geoprocessamento para mapear os casos no território. A análise estatística foi realizada com o programa SPSS versão 20.0 Windows, usando os testes de associação qui-quadrado e Odds Ratio (IC95%), considerando-se o nível de significância de 5%. A prevalência das formas clínicas do Tracoma Inflamatório Folicular (TF) e Cicatriz Tracomatosa (TS) foi de 0,4%, 25 casos. Destes, dois casos (8%) foram TF e 23 casos (92%) TS. As variáveis higiene facial, número de vezes que lava o rosto, localização e faixa etária, apresentaram associação com o tracoma. A análise espacial dos casos diagnosticados mostrou distribuição do tracoma nas regiões mais periféricas da cidade, áreas onde a infra-estrutura e fornecimento dos serviços de saúde podem estar mais precários. Assim, mesmo com uma prevalência baixa, deve-se levar em conta a importância epidemiológica do tracoma no município, reforçando especialmente, atividades de educação em saúde como forma combinada às ações da vigilância epidemiológica, para o controle da doença.

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