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ACHILLES NINA SANTOS FERREIRA
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FERTIRRIGAÇÃO DE Panicum maximum -BRS TAMANI COM ÁGUA RESIDUAL DE PISCICULTURA
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Orientador : VALERIA XAVIER DE OLIVEIRA APOLINARIO
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Data: 24/07/2025
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A busca por soluções sustentáveis na agropecuária tem impulsionado o desenvolvimento de sistemas integrados que reutilizam resíduos para otimizar recursos. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da fertirrigação com água residual de piscicultura no desempenho agronômico e na qualidade nutricional do Megathyrsus maximum (BRS Tamani), comparando-o ao manejo convencional com adubação NPK, além de analisar a viabilidade econômica do sistema. O experimento foi conduzido no setor de piscicultura da Unidade de Produção Animal da Zootecnia – UNIPAZ, em delineamento experimental em blocos ao acaso com dois tratamentos: fertirrigação com água residual de piscicultura com três densidades de estocagem de peixe Tambatinga, e adubação química convencional com NPK e irrigação com água de poço. A fertirrigação foi realizada manualmente, a cada dois dias, aplicando 1 litro de água para cada 706,86 cm² de área. Foram avaliados parâmetros zootécnicos dos peixes (sobrevivência, ganho de peso e biomassa), qualidade da água, composição química do capim e o custo-benefício do sistema. Os resultados mostraram que o tratamento com água de piscicultura promoveu um crescimento 27% superior no capim em comparação ao manejo convencional com uso do NPK, sem necessidade de adubos minerais, com fornecimento médio anual de 76,3 kg/ha de nitrogênio, 19,8 kg/ha de fósforo e 38,9 kg/ha de potássio via fertirrigação. O tratamento convencional demandou aplicação de 91 kg/ha de ureia, 200 kg/ha de superfosfato simples e 69 kg/ha de cloreto de potássio, totalizando R$ 1.409,00/ha em custos com adubação. A produtividade do capim BRS Tamani no tratamento com água de piscicultura foi de 12.766 kg/ha, enquanto no tratamento convencional foi de 10.030 kg/ha, considerando o preço médio de R$ 0,90/kg. A análise econômica demonstrou maior rentabilidade no sistema integrado, com redução do custo com fertilizantes e maior produtividade forrageira. Conclui-se que a fertirrigação com água residual de piscicultura é uma alternativa viável, sustentável e economicamente vantajosa para o cultivo de forrageiras, promovendo a integração entre produção aquícola e agrícola, com benefícios ambientais e produtivos.
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ANNE CAROLINE BEZERRA DOS SANTOS
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CONTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE USO DA TERRA NA DIVERSIDADE E ABUNDÂNCIA DE CRISOPÍDEOS DA AMAZÔNIA ORIENTAL MARANHENSE E REDESCRIÇÃO DE Leucochrysa (Nodita) vittata FREITAS E PENNY (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)
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Orientador : FABRÍCIO DE OLIVEIRA REIS
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Data: 28/03/2025
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A intensificação do uso da terra é considerada uma das causas do declínio da biodiversidade. No entanto, sabe-se que a biodiversidade pode melhorar e estabilizar o funcionamento do ecossistema. Neste contexto, insetos predadores generalistas conhecidos comumente por crisopídeos (Neuroptera: Chrysopidae), são considerados importantes inimigos naturais de diversos artrópodes fitófagos. Os objetivos deste trabalho foram determinar a composição faunística, os padrões de riqueza e abundância da comunidade de crisopídeos em diferentes tipos de uso da terra (pastos, policultivos, capoeiras intermediárias e capoeiras velhas), a contribuição relativa de variáveis ambientais abióticas (temperatura, umidade relativa e precipitação pluviométrica) sobre esses indicadores ecológico e redescrever Leucochrysa (Nodita) vittata Freitas e Penny (Neuroptera: Chrysopidae). Quatro tipos de uso da terra presentes na região foram selecionados: pastagens não manejadas; policultivos; capoeiras com nível intermediário de sucessão ecológica (20 anos de idade); capoeiras velhas (60 anos de idade). Ométodo de captura dos crisopídeosfoi pormeio do uso de armadilhas atrativas. Foram capturados 1.264 adultos de Chrysopidae, distribuídos em três gêneros e 42 morfoespécies, pertencentes às tribos Chrysopini e Leucochrysini. Dentre os Chrysopidae capturados, a tribo Leucochrysini foi a mais abundante. Em relação à riqueza de espécies de crisopídeos, houve diferença entre os tipos de uso da terra, observando-se maior riqueza de espécies de crisopídeos nas pastagens em contraste com as capoeiras intermediárias ou velhas. A composição da comunidade e abundância de espécies da família Chrysopidae amostradas na região de estudo variou conforme o tipo de uso da terra (pastos, policultivos, capoeiras intermediárias e capoeiras velhas). Apesar de ser o ambiente mais simplificado, as pastagens abrigaram uma elevada riqueza e abundância de crisopídeos em contraste aos demais usos da terra amostrados. Adicionalmente, variáveis ambientais (temperatura, umidade relativa e precipitação pluviométrica) influenciaram a riqueza e abundância de crisopídeos de diferentes maneiras. Conclui-se que a composição faunística e diversidade de crisopídeos variou de acordo com os tipos de uso da terra. As pastagens tiveram maior riqueza e abundância de espécies de crisopídeos. Os padrões de riqueza e abundância das espécies amostradas foram influenciados pela sazonalidade e principalmente pela variável abiótica precipitação pluviométrica. Com o registro e redescrição de L. (N.) vittata, expande-se consideravelmente a área de ocorrência dessa espécie no Brasil. Tendo em vista que todos os aspectos do controle biológico dependem de uma base taxonômica sólida e que a correta identificação viabiliza a comunicação entre pesquisadores bem como o acesso à literatura científica, o presente estudo contribui para o progresso da taxonomia do gênero Leucochrysa, sobretudo para populações oriundas da Amazônia Maranhense.
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FRANCISCO JAILSON DE ARAÚJO GOMES
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CARACTERIZAÇÃO FISIOLÓGICA DE CLONES DE Eucalyptus spp. VISANDO DEFINIR O MOMENTO ÓTIMO DE IRRIGAÇÃO
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Orientador : FÁBIO AFONSO MAZZEI MOURA DE ASSIS FIGUEIREDO
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Data: 27/06/2025
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O aumento da demanda por produtos oriundos de fontes renováveis tem levado as empresas de base florestal a explorarem novas regiões para a expansão e o estabelecimento de novas indústrias e florestas. Nesse contexto, o manejo florestal enfrenta desafios impostos pelo período de escassez de chuva nessas novas fronteiras, limitando a produtividade e a formação de novos povoamentos florestais. Este estudo caracterizou parâmetros ecofisiológicos de dois clones de Eucalyptus durante a etapa de estabelecimento em campo, no período seco, e determinou o momento adequado para realizar a irrigação. O experimento foi conduzido na Fazenda Boa Fé, pertencente à empresa Suzano S.A., utilizando delineamento em blocos casualizados (DBC) no esquema fatorial 2 x 2 (2 clones e 2 condições de irrigação), totalizando quatro tratamentos e cinco repetições, com 980 unidades experimentais. As plantas foram submetidas a avaliações de potencial hídrico foliar, fluorescência da clorofila a temperatura foliar, e monitoramento da umidade e temperatura do solo. Os dados foram submetidos ao teste de verificação de pressuposição de normalidade (Shapiro – Wilk), em seguida submetidos a análise de variância e ao verificar diferenças significativas, pelo teste F a 5% as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%. Os resultados indicaram que o clone MA2019 apresentou maior tolerância ao estresse hídrico, com menor redução no potencial hídrico foliar e maior taxa de sobrevivência (92%), enquanto o clone BA1922 foi mais sensível, com taxa de sobrevivência de 67%. A modelagem do potencial hídrico identificou o índice de vigor e os dias sem irrigação como variáveis preditivas robustas, com o Modelo 14 apresentando alto poder explicativo (R²aj = 0,92). Além disso, a árvore de decisão indicou que o índice de vigor ≥ 75 é o principal critério para determinar a necessidade de irrigação, complementado pelo potencial hídrico foliar inferior a -2,3 MPa. Conclui-se que o manejo hídrico pode ser otimizado por meio de critérios práticos e acessíveis, reduzindo custos e melhorando a sobrevivência das mudas em campo. Estudos adicionais são necessários para validar os resultados em diferentes condições edafoclimáticas.
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HAYLSON RODRIGUES DE ARAUJO
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IMPACTO DA SALINIDADE SOBRE O CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E METABOLISMO SECUNDÁRIO DE Eryngium foetidum L. CULTIVADO IN VITRO
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Data: 13/03/2025
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O Eryngium foetidum L., pertencente à família Apiaceae-umbelliferae, é uma planta amplamente utilizada na América do Sul por suas propriedades fitoterápicas e valor culinário. Conhecido por diversos nomes regionais, como coentro-maranhense, chicória-do-Pará e coentrão, é cultivado em climas tropicais e subtropicais, especialmente na região amazônica brasileira. Embora seja resistente e adaptável a altas temperaturas e umidade, pouco se sabe sobre sua resposta ao estresse salino, um fator crucial dado os desafios ambientais globais. A planta também desperta interesse na biotecnologia vegetal, especialmente na cultura de tecidos e micropropagação. Estas técnicas permitem a multiplicação rápida de genótipos selecionados, a produção de plantas livres de patógenos e a indução de metabólitos secundários de interesse farmacológico. No entanto, apesar de sua relevância cultural e econômica, ainda há lacunas de pesquisa, como a falta de estudos sobre sua resposta ao estresse salino, um fator ambiental significativo que afeta a produtividade agrícola em várias regiões do mundo. Investigações adicionais são necessárias para entender melhor como o E. foetidum pode adaptar-se ou beneficiar-se dessas condições adversas, potencialmente contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis e diversificadas. Dessa forma, visando entender o efeito da salinidade na morfofisiologia e na produção de metabólitos secundários de E. foetidum, plantas foram cultivadas in vitro sob três diferentes concentrações de NaCl: 0 (controle), 40 e 80 mM. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com 6 repetições e a unidade experimental sendo duas plantas por frasco. Foram realizadas avaliações morfológicas, de emissão da fluorescência da clorofila a, a determinação de pigmentos fotossintéticos, anatomia e análise química. Os resultados demonstraram que o estresse salino afeta de maneira distinta nas concentrações que simulam condições de salinidade e sugerindo sensibilidade quando expostas ao ambiente salino. Nas variáveis de pigmentos fotossintéticos, a concentração sal causa diminuições na produção de clorofila, o mesmo acontece com os parâmetros de fluorescência da clorofila a. No que diz respeito a anatomia, o estresse salino causa alterações nos diâmetros dos vasos condutores, xilema e floema, além de indicar uma possível lignificação das paredes celulares. Já a análise química, demonstra alteração nos componentes químicos, demonstrando a presença de diferentes picos, principalmente nas plantas sob estresse alto. Concluindo que o estresse salino, causa alterações significativas nos níveis morfofisiológicos, anatômicos e químicos de E. foetidum cultivadas in vitro, permitindo sua sobrevivência ao ambiente estressante a qual foi submetida.
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INAIARA COSTA DE BRITO
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CONTEÚDO DE MOLIBDÊNIO NAS SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI CULTIVADAS POR AGRICULTORES DO NORTE MARANHENSE
Conteúdo de Molibdênio nas sementes de feijão-caupi cultivadas por agricultores do Norte maranhense
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Orientador : HEDER BRAUN
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Data: 15/08/2025
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O molibdênio (Mo) é um micronutriente exigido em pequenas quantidades pelas plantas, mas que desempenha papel indispensável na fixação biológica do nitrogênio (FBN). Na cultura do feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.), o Mo é considerado um elemento importante por ser componente das enzimas que fazem parte da FBN. A quantidade do Mo na semente do feijão-caupi pode ser fonte para as bactérias responsáveis pela fixação e redução do nitrato a amônio (NH3). Não há informações sobre o conteúdo de Mo na semente de feijão-caupi usada pelos agricultores do Norte maranhense. Logo, o conteúdo de Mo na semente de feijão-caupi, coletadas no Norte do Maranhão, pode ser um indicativo/diagnóstico de deficiência desse micronutriente no solo. Objetivou-se com este trabalho avaliar o conteúdo de Mo nas sementes de feijão-caupi obtidas de agricultores do Norte do Maranhão. Amostras de sementes de feijão-caupi (~250 g) foram coletadas em 6 municípios do Norte do Maranhão, Brasil: (Pedro do Rosário, Arari, Miranda, Itapecuru, Magalhães de Almeida e Matões do Norte). Posteriormente, nessas sementes, foi quantificado o teor de Mo. O conteúdo de Mo na semente foi obtido pela multiplicação do teor pela massa de uma semente seca. E, em cada local/propriedade foi coletada uma amostra de solo na área onde foi plantado o feijão-caupi para avaliar a fertilidade desses solos.
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IRISLENE CUTRIM ALBUQUERQUE
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EFEITO DO ÁCIDO SALICÍLICO NA MODULAÇÃO DAS RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS SOB ESTRESSE SALINO E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Dizygostemon riparius
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Orientador : THAIS ROSELI CORREA
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Data: 24/02/2025
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Dizygostemon riparius é uma planta aromática, endêmica do Cerrado maranhense, que possui compostos bioativos de grande interesse para a indústria. Ainda não existem estudos sobre seu comportamento sob estresse salino, que é um grande desafio para a agricultura, pois prejudica o crescimento e produtividade das plantas. Para tentar mitigar os efeitos desse estresse nas plantas, biorreguladores como o ácido salicílico (AS), desempenham um papel crucial na regulação do metabolismo, podendo aumentar a produtividade das plantas, mitigar os estresses, melhorar a composição química, modular a produção de óleo essenciais (OE) e melhorar a atividade biológica. Os OE de D. riparius pode oferecer um método de controle alternativo e sustentável a parasitos altamente resistente ao controle convencional com anti-helmínticos, como o Haemonchus contortus, que causa grandes perdas econômicas na ovinocaprinocultura, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Assim, os objetivos deste trabalho foram: (I) avaliar o efeito do AS (0 e 100 μM), aplicadas via pulverização foliar em D. riparius sob três níveis de salinidade (0, 200 e 400 mM de NaCl) e seu impacto em características relacionadas a ecofisiologia e crescimento; (II) Caracterizar a composição química do óleo essencial de D. riparius provenientes de plantas pulverizadas com AS (0 e 100 μM); e (III) Avaliar a bioatividade do óleo essencial de D. riparius contra H. contortus. O primeiro experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado conduzido em um esquema fatorial 2 × 3 (concentrações de SA: 0 e 100 μM × concentrações de salinidade: 0, 200 e 400 mM de NaCl) com cinco repetições. Para a composição química do OEs, as plantas utilizadas no experimento receberam aplicação foliar de AS (100 µM) e água destilada durante seu cultivo em casa de vegetação, após a coleta e secagem das folhas em estufa, os óleos essenciais de Dizygostemon riparius foram extraídos (em triplicata) pelo método de hidrodestilação, testado em atividade anti-helmintica contra H. contortus através do teste de eclodibilidade de ovos e encaminhado para análise de composição química. Os resultados demonstraram que a aplicação de AS a 100 μM mitiga alguns dos impactos prejudiciais da salinidade em D. riparius, particularmente sob salinidade moderada (200 mM NaCl). Além disso, o óleo essencial de plantas tratadas com AS apresentou alteração na composição química, mas não modificou os principais constituintes. O OE também demonstrou maior atividade antiparasitária em H. contortus. Assim, a aplicação de AS em D. riparius pode ser uma estratégia promissora para a mitigação dos efeitos do estresse salino na produtividade de compostos bioativos, contribuindo para aumentar o efeito da atividade antiparasitária contra H. contortus.
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LARISSA FERREIRA GOMES CHAVES
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DIAGNÓSTICO DO PERFIL TECNOLÓGICO DO ABACAXI ‘TURIAÇU’ E PERSPECTIVAS DA CERTIFICAÇÃO TERRITORIAL SOB INDICAÇÃO GEOGRÁFICA
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Orientador : JOSÉ RIBAMAR GUSMÃO ARAUJO
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Data: 06/03/2025
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A variedade de abacaxi ‘Turiaçu’ tem papel de destaque no mercado consumidor maranhense, ocorre no município de Turiaçu, e reconhecida por sua excelente qualidade físico-biométrica e sensorial. Essa qualidade resulta da interação entre fatores genéticos, condições edafoclimáticas locais e práticas culturais tradicionais. Este estudo teve como objetivo avaliar e caracterizar o processo produtivo e o perfil tecnológico dos produtores de abacaxi do município, além de reunir informações que subsidiem a certificação por Indicação Geográfica (IG), na categoria Denominação de Origem (DO), com ênfase na elaboração do caderno de especificações técnicas. Foram realizadas a caracterização do município e das comunidades produtoras, o levantamento histórico, cultural e socioeconômico da abacaxicultura local, a caracterização do perfil dos produtores e do nível tecnológico empregado no cultivo em uma amostra de 30% dos produtores, e a avaliação da incidência de lesões corticosas nos frutos em áreas produtoras. Identificaram-se 22 comunidades rurais, totalizando 231 produtores atuantes na produção de abacaxi ‘Turiaçu’. As comunidades Serra dos Paz, Paxiba, Janaúba e Vila dos Castro concentram o maior número de produtores (55,0%). O perfil dos produtores mostrou predominância de agricultores familiares, com baixa escolaridade e idade média entre 41 e 50 anos. As propriedades, em sua maioria, possuem menos de 50 hectares, com cultivos de abacaxi em áreas pequenas. A produção é majoritariamente tradicional, com baixa adoção de tecnologias e práticas como o sistema de roça-no-toco. A avaliação da incidência das lesões corticosas revelou que 66,8% dos frutos apresentavam lesões corticosas, com média de 3,8 lesões por fruto. Propriedades sem assistência técnica e extensão rural (ATER) apresentaram maior incidência e gravidade dessas lesões. Dessa forma, destaca-se a importância da assistência técnica para melhorar a qualidade dos frutos e reduzir perdas. O Caderno de Especificações Técnicas visa orientar os produtores sobre os parâmetros da produção, colheita, comercialização, representatividade do produto e o uso da marca. A certificação da IG por Denominação de Origem agregará valor ao abacaxi ‘Turiaçu’, fortalecendo a sua identidade territorial e promovendo o desenvolvimento sustentável da região.
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NICOLAS TAVARES DO NASCIMENTO
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DISTRIBUIÇÃO DA ASSEMBLEIA DE ODONATA (INSECTA) EM RIACHOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE CONSERVAÇÃO EM UMA REGIÃO DE ECÓTONE AMAZÔNIA-CERRADO.
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Orientador : JOSÉ ROBERTO PEREIRA DE SOUSA
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Data: 30/06/2025
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A crescente pressão antrópica sobre ecossistemas neotropicais, especialmente em áreas de transição como o ecótone Amazônia-Cerrado, exige ferramentas eficazes de biomonitoramento para avaliar a integridade ambiental. Neste contexto, a presente dissertação investigou a resposta de comunidades de Odonata, insetos aquáticos bioindicadores, a gradientes ambientais em riachos do sudoeste maranhense. O Capítulo 1 caracterizou os padrões de integridade do habitat e avaliou a composição de Odonata, demonstrando que a dispersão da composição de espécies foi significativamente maior em riachos alterados, e que a riqueza e abundância de Zygoptera correlacionaram-se positivamente com o Índice de Integridade do Habitat (IIH). O Capítulo 2 aprofundou essas relações, utilizando Modelos Lineares Generalizados (GLMs) para analisar a influência de múltiplos fatores ambientais sobre a riqueza e abundância das subordens, e a Análise de Taxa Indicadoras por Limiar (TITAN) para identificar espécies associadas a gradientes de cobertura do dossel. Os resultados revelaram respostas diferenciadas: A subordem Zygoptera foi significativamente influenciada por variáveis ligadas à qualidade e estrutura do habitat, enquanto Anisoptera demonstrou maior plasticidade. O TITAN confirmou essa distinção ecológica, identificando espécies indicadoras que refletem as condições de sombreamento. Os achados fornecem subsídios valiosos para o uso de Odonata no biomonitoramento de riachos em regiões ecotonais sob intensas transformações, reforçando a urgência da conservação de matas ciliares.
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RAILDA SILVA GOMES
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EFEITOS DA SAZONALIDADE SOBRE A DIVERSIDADE E QUALIDADE DOS RECURSOS TRÓFICOS UTILIZADOS POR Dinoponera gigantea (PERTY, 1833) (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM DIFERENTES FITOFISIONOMIAS DE CERRADO DO NORDESTE DO ESTADO DO MARANHÃO
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Data: 13/02/2025
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O sucesso evolutivo dos formicídeos, sobretudo da espécie Dinoponera gigantea, está diretamente relacionado à sua plasticidade alimentar e capacidade adaptativa às mudanças ambientais. Assim, compreender aspectos relacionados a adaptação desse grupo torna-se relevante, pois contribuirá com dados sobre biologia alimentar dessa espécie, contribuindo com informações necessárias para sua conservação dessa espécie de formiga e suas áreas de uso. Esse estudo buscou avaliar efeitos da sazonalidade sobre a diversidade e qualidade dos recursos tróficos utilizados por Dinoponera gigantea (Perty, 1833) (Hymenoptera: Formicidae) em diferentes fitofisionomias de cerrado do nordeste do Estado do Maranhão. Foram selecionados cinco ninhos em cada fragmento amostrado para cada estação climáticas (seca e chuvosa), com coletas realizadas em novembro e março, respectivamente. Os recursos tróficos foram coletados com técnicas de escavação e desestruturação dos ninhos, sendo armazenados e identificados conforme sua natureza (vegetal ou animal). Os itens vegetais foram mantidos em potes plásticos etiquetados, enquanto os de origem animal foram refrigerados em coolers. Os indivíduos de D. gigantea de cada ninho também foram coletados e armazenados em álcool 70% e levados ao Laboratório Artrópodes do Solo da Universidade Federal do Maranhão, onde os recursos tróficos foram triados, identificados com o auxílio de chaves dicotômicas e websites especializados, e submetidos a análises bromatológicas para estimar matéria seca, proteína bruta e teor de matéria mineral. Os dados foram analisados estatisticamente com testes de normalidade (Shapiro-Wilk) e homogeneidade de variâncias (Levene). Variáveis que atenderam aos pressupostos de normalidade foram submetidas à análise de variância (ANOVA) e comparadas pelo teste LSD. Para dados que não atenderam aos pressupostos de normalidade, aplicaram-se testes não paramétricos, como Kruskal-Wallis e Wilcoxon (Mann-Whitney). Durante o período chuvoso, foram identificados 978 recursos tróficos de origem animal, incluindo Coleoptera, Gastropoda e Orthoptera, e 143 recursos tróficos de origem vegetal, com destaque para ordens como Fabales e Gentianales. No período seco, foram coletados 955 recursos tróficos de origem animal, como Coleoptera, Blattaria e Hemiptera, e 84 recursos tróficos de origem vegetal, destacando-se Fabales, Arecales e Malpighiales. Os recursos tróficos apresentaram maior qualidade nutricional no período chuvoso, com elevados teores de matéria seca, matéria mineral e proteína bruta, especialmente em áreas de mata mesófila, mata mesófila com cocais e Cerrado denso. No período seco, houve redução na qualidade nutricional, exceto para os teores de matéria seca em recursos tróficos de origem animal nas áreas de Cerrado denso e mata mesófila com cocais. Este estudo apresenta dados inéditos sobre a dieta de D. gigantea, evidenciando as alterações que as variações sazonais e diferentes áreas do bioma Cerrado possuem sobre o forrageamento desse grupo. Assim, a descrição quali-quantitativa dos recursos tróficos e da dinâmica de consumo pela espécie denota a sua importância ecológica e fomenta a importância de sua conservação para o equilíbrio ambiental de biomas como o Cerrado.
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SOLANEIDE VIEIRA REZENDE
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AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE NA PRODUÇÃO DO BABAÇU E SUA CONTRIBUIÇÃO COM A PROMOÇÃO DA BIOECONOMIA NO ESTADO DO MARANHÃO
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Orientador : MÁRIO LUIZ RIBEIRO MESQUITA
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Data: 30/06/2025
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A presente dissertação tem como objetivo avaliar o impacto da produção do babaçu desenvolvida por agricultores familiares no município de Bom Lugar, região do Médio Mearim (MA), sobre a sustentabilidade local, utilizando como base o método ISA (Indicadores de Sustentabilidade em Agroecossistemas). A pesquisa foi conduzida por meio de abordagem quali-quantitativa, com aplicação de questionários semiestruturados em campo, análise estatística dos indicadores e cruzamento com dados secundários. O estudo foi estruturado a partir de três dimensões da sustentabilidade: social, econômica e ambiental. Os resultados revelam que a sustentabilidade geral do sistema produtivo de babaçu obteve índice médio de 0,813, com destaque positivo para a dimensão ambiental (0,879), seguida da dimensão social (0,852), enquanto a dimensão econômica apresentou menor desempenho (0,708). As principais fragilidades foram identificadas na baixa diversificação da renda, pouca agregação de valor aos produtos extraídos e insuficiente apoio por políticas públicas. Em contrapartida, os aspectos culturais e a preservação ecológica demonstraram-se fortalecidos, especialmente por meio da atuação das quebradeiras de coco. A análise dos dados permitiu atingir todos os objetivos propostos, além de oferecer subsídios práticos para políticas públicas voltadas ao fortalecimento da bioeconomia regional. O estudo reforça o papel estratégico do babaçu como vetor de desenvolvimento sustentável no Maranhão, desde que haja investimento em capacitação, inovação tecnológica e valorização do conhecimento tradicional. Por fim, recomenda-se a replicação da metodologia em outros territórios agroextrativistas, a fim de expandir a avaliação integrada da sustentabilidade no campo.
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STEPHANIE JAEL NEGRÃO DE FREITAS RUIZ
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VULNERABILIDADE À EROSÃO NA ILHA DE SÃO LUÍS-MA: INFLUÊNCIA DO CLIMA E DAS MUDANÇAS DE USO E COBERTURA DO SOLO.
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Orientador : FRANCISCA HELENA MUNIZ
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Data: 28/08/2025
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As zonas costeiras, por sua própria natureza, são áreas expostas e, frequentemente, alvos de processos de urbanização desordenada. Em especial, nas capitais, como é o caso da Ilha de São Luís, esses territórios enfrentam impactos significativos decorrentes de processos erosivos, nos quais as mudanças de uso da terra promovem a degradação de florestas, alteram os padrões de escoamento superficial e desencadeiam uma reação em cadeia que intensifica os processos erosivos. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi analisar a relação entre o contínuo processo de antropização e a ocorrência de cenários favoráveis à erosão na Ilha de São Luís, investigando como essa dinâmica contribui para a amplificação da vulnerabilidade social, ambiental e climática na região. As hipóteses centrais do estudo consideraram que, ao cruzar variáveis como características dos solos, uso e cobertura da terra, precipitação, geomorfologia e geologia, seria possível identificar a suscetibilidade ambiental aos processos erosivos e sua contribuição para a formação de áreas espacialmente propensas à erosão. Além disso, foi levantado que as modificações na vegetação impactam diretamente o microclima da Ilha de São Luís, de forma que a antropização interfere nas variáveis meteorológicas e contribui para o aumento da frequência de eventos ambientais adversos. Para a comprovação dessas hipóteses, foram empregadas duas abordagens metodológicas. A primeira metodologia, adaptada de Crepani et al. (2001), identificou recortes espaciais dentro da Ilha suscetíveis à erosão, considerando as particularidades das quatro estações meteorológicas da Amazônia Oriental. Essa análise resultou na elaboração de quatro mapas gerados por meio de técnicas de geoprocessamento de imagens. A segunda etapa, adaptada de Moraes et al. (2022), realizou uma análise do crescimento urbano, da perda de áreas naturais e das variações de temperatura e precipitação ao longo de uma série histórica climática de 30 anos. Os resultados obtidos confirmaram as hipóteses inicialmente formuladas. Observou-se que a Ilha de São Luís apresenta elevada vulnerabilidade aos processos erosivos durante grande parte do ano. No âmbito da análise de antropização, os dados demonstraram que as mudanças no uso da terra na Ilha afetam significativamente o microclima local, evidenciado pela variabilidade da precipitação e pelas alterações nas temperaturas do ar (máxima, mínima e média). Com base nos resultados desta pesquisa, torna-se evidente a necessidade de fortalecer o ordenamento territorial da região, com ênfase em instrumentos como o Plano Diretor, além de promover a criação e a manutenção de unidades de conservação, especialmente nos municípios de Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar, onde há maior carência de regulamentação. Adicionalmente, é essencial preservar e fortalecer as áreas protegidas já existentes, que também estão ameaçadas pelo desmatamento. A promoção de uma urbanização mais sustentável, integrada à conservação dos remanescentes florestais, é fundamental para garantir o equilíbrio ambiental da Ilha do Maranhão e melhorar a qualidade de vida da população, especialmente das comunidades que dependem da agricultura e da pesca para sua subsistência. Por fim, destaca-se a relevância do conhecimento tradicional das comunidades pesqueiras para a conservação dos recursos naturais. Para estudos futuros, sugere-se a realização de análises específicas sobre o limiar de eventos intensos e extremos na Ilha, como forma de prevenir possíveis impactos adversos associados à erosão.
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VANESSA SILVA MELO
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ADIÇÃO DE BIOMASSA DE LEGUMINOSA E CÁTIONS POLIVALENTES NO AUMENTO DAS FRAÇÕES ESTÁVEIS DA MATÉRIA ORGÂNICA DOS SOLOS DA AMAZÔNIA PERIFÉRICA
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Orientador : CAMILA PINHEIRO NOBRE
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Data: 17/06/2025
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O trópico úmido do Brasil apresenta desafios significativos para a agricultura, incluindo condições climáticas desfavoráveis, como altas temperaturas e elevadas taxas de evapotranspiração, além de solos com baixa fertilidade natural e reduzida resiliência. Diante desse cenário, é essencial aumentar e estabilizar os teores de matéria orgânica do solo (MOS) para garantir a produtividade agrícola e promover o sequestro de carbono. Nesse sentido, foi conduzido um experimento no município de Santa Rita – MA, entre 2021 e 2024, no qual se avaliou a aplicação de cátions polivalentes (Ca, Mg, Si e Fe), com distintos potenciais iônicos e números de sítios de coordenação, em associação à biomassa de leguminosas. No capítulo 2, nosso objetivo foi avaliar a influência da interação entre os cátions polivalentes e a biomassa leguminosa sobre a fração estável do carbono orgânico do solo (COS), denominada carbono orgânico associado aos minerais (COAM). Os resultados sugerem que Ca+L e Fe+L aumentaram, a curto prazo, os teores de COAM. Além disso, os dados indicam que Si+L e Fe+L também favoreceram a absorção de nitrogênio. No capítulo 3, o objetivo foi determinar qual cátion contribui mais para a eficiência de utilização do carbono microbiano (CUE) e sua capacidade de imobilizar carbono no curto prazo. Nossos resultados sugerem que o Mg+L foi o mais eficaz na imobilização de carbono no solo, apresentando a maior CUE entre os tratamentos avaliados. Concluímos que a utilização de biomassa de leguminosa associada a cátions polivalentes tem potencial para aumentar o COAM e, consequentemente potencializar a eficiência do uso do carbono, ou seja, favorece o sequestro de carbono, intensifica a produção agrícola, minimiza a degradação dos solos e promove a sustentabilidade da agricultura no trópico úmido.
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