Projeto Político Pedagógico

O Licenciado em Química deve ter formação generalista, mas sólida e abrangente em conteúdo dos diversos campos da Química, preparação adequada à aplicação pedagógica do conhecimento e experiências de Química e de áreas afins na atuaçäo profissional como educador na educação fundamental maior e média. Em concordância com os objetivos e o perfil do Curso, o perfil profissional do egresso é para compreender não só as dimensões cognitiva, afetiva e psicomotora, mas a preparação voltada para o atendimento das demandas de um exercício profissional específico que não seja uma formação genérica e nem apenas acadêmica.

Assim, o Licenciado em Química formado pela UEMA deve apresentar as seguintes habilidades:

  • Capacidade de desenvolvimento de raciocínio, equacionamento e resolução de problemas em educação de Química, nas diversas áreas do conhecimento;
  • Habilidades expressas pela formação ampla e sólida nos fundamentos de educação e pela versatilidade, criatividade e capacidade analítica para resolução de problemas e inovações;
  • Comportamento ético e humanista, com constantes questionamentos em relação ao conhecimento e o ambiente social;
  • Capacidade de atendimento das demandas da sociedade;
  • Visão crítica e analítica dos aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais dos problemas a serem solucionados.

O licenciado em Química é o professor que planeja, organiza e desenvolve atividades e materiais relativos à Educação Química. Sua atribuição central é a docência na Educação Básica, que requer sólidos conhecimentos sobre os fundamentos da Química, sobre seu desenvolvimento histórico e suas relações com diversas áreas; assim como sobre estratégias para transposição do conhecimento químico em saber escolar. Além de trabalhar diretamente na sala de aula, o licenciado elabora e analisa materiais didáticos, como livros, textos, vídeos, programas computacionais, ambientes virtuais de aprendizagem, entre outros. Realiza ainda pesquisas em Educação Química, coordena e supervisiona equipes de trabalho. Em sua atuação, prima pelo desenvolvimento do educando, incluindo sua formação ética, a construção de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico.

O Licenciado em Química trabalha como professor em instituições de ensino que oferecem cursos de nível fundamental e médio; em editoras e em órgãos públicos e privados que produzem e avaliam programas e materiais didáticos para o ensino presencial e a distância. Além disso, atua em espaços de educação não-formal, como feiras de divulgação científica e museus; em empresas que demandem sua formação específica e em instituições que desenvolvem pesquisas educacionais. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.

COMPETÊNCIAS:

· Possuir conhecimento sólido e abrangente na área de atuação, com domínio das técnicas básicas de utilização de laboratórios, bem como dos procedimentos necessários de primeiros socorros, nos casos dos acidentes mais comuns em laboratórios de Química;

· Possuir capacidade crítica para analisar de maneira conveniente os seus próprios conhecimentos; assimilar os novos conhecimentos científicos e/ou educacionais e refletir sobre o comportamento ético que a sociedade espera de sua atuação e de suas relações com o contexto cultural, socioeconômico e político;

·  Identificar os aspetos filosóficos e sociais que definem a realidade educacional;

·     Identificar o processo de ensino/aprendizagem como processo humano em construção;

·    Ter uma visão crítica com relação ao papel social de Ciência e à sua natureza epistemológica, compreendendo o processo histórico-social de sua construção.

 

HABILIDADES:

· Ter consciência da importância social da profissão como possibilidade de desenvolvimento social e coletivo;

·  Ter capacidade de disseminar e difundir e/ou utilizar o conhecimento relevante para a comunidade;

·    Atuar no magistério, em nível de ensino fundamental e médio, de acordo com a legislação específica, utilizando metodologia de ensino variada, contribuir para o desenvolvimento intelectual dos estudantes e para despertar o interesse científico em adolescentes; organizar e usar laboratórios de Química; escrever e analisar criticamente livros didáticos e paradidáticos e indicar bibliografia para o ensino de Química; analisar e elaborar programas para esses níveis de ensino;

·   Exercer a sua profissão com espírito dinâmico, criativo, na busca de novas alternativas educacionais, enfrentando como desafio as dificuldades do magistério;

·     Conhecer criticamente os problemas educacionais brasileiros;

·   Identificar no contexto da realidade escolar os fatores determinantes no processo educativo, tais como o contexto socio-económico, política educacional, administração escolar, e fatores específicos do processo de ensino-aprendizagem de Química;

·    Assumir conscientemente a tarefa educativa, cumprindo o papel social de preparar os alunos para o exercício consciente da cidadania;

·     Desempenhar outras atividades na sociedade, para cujo sucesso uma sólida formação universitária seja importante fator.

A proposta de uma educação práxica, pela pesquisa, requer o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar, evitando-se a fragmentação do conhecimento. Para possibilitar esse processo práxico, o curso tem como parâmetro, em seu fazer, o ensino pela pesquisa, conduzindo o graduando na busca de soluções para problemas e ao uso do método científico na produção do conhecimento. Ao envolver-se direta e ativamente na busca de soluções para os problemas colocados pelo mundo, o educando desenvolve suas capacidades lógico reflexivas. Assim, o saber científico insere-se na modalidade de conhecimento que se espera de todo profissional da educação. O saber filosófico neste curso também perpassa a formação do profissional que se quer formar. A ética, inerente ao saber filosófico, é um compromisso do docente com a educação e se constitui em uma das dimensões da metodologia do curso, a partir da reflexão sobre os valores que subjazem à prática dos educadores. Requer também o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar, evitando-se a fragmentação do conhecimento. 

A partir dos pressupostos acima, cabe ao professor ser mediador do processo, articulando as trocas, tendo em vista o desenvolvimento do senso crítico do aluno. Nesta perspectiva, leva-se em consideração princípios fundamentais à formação profissional dos graduandos:

•   Construção da autonomia de aprendizagem, visando não apenas ao aprender a fazer, mas, sobretudo, ao "aprender a aprender";

•  Criação de condições para que sejam desenvolvidas atividades em equipes; - autonomia na prática docente articulada ao trabalho coletivo;

•   Desenvolvimento das competências e habilidades necessárias para a inclusão no mercado de trabalho.

Assim, são trabalhadas no curso distintas metodologias e distintos recursos de ensino-aprendizagem, de acordo com as necessidades e as especificidades de cada disciplina. Como por exemplo: método expositivo dialogado de aula presencial; estudo dirigido; dinâmicas de grupo; estudos de caso; jogos e simulações; debates; encenações teatrais; atividades investigativas, entre outros. Busca-se a utilização de métodos de ensino que privilegiem a iniciativa, a criatividade, o trabalho dos alunos em equipe na busca da fundamentação teórica e de soluções práticas para os problemas escolares cotidianos.

Como meios de ensino conta-se com recursos materiais portadores de informação que, utilizados por docentes e discentes, sob condições previamente planejadas, facilitam a comunicação entre ensinante e aprendente. O curso conta com os recursos tecnológicos e laboratórios de ensino disponibilizados por esta unidade acadêmica.

O colegiado do curso acompanha e avalia constantemente o desempenho dos discentes para garantir a melhoria na qualidade do processo de ensino-aprendizagem e também as questões relacionais que configuram a vida universitária.

O curso de Química Licenciatura está vinculado ao Centro de Ensino, Ciências Exatas e Naturais — CECEN. O Curso de Química Licenciatura estará a cargo de um Diretor, assessorado por um Colegiado de Curso. O Diretor de Curso deverá um docente de carreira da Universidade Estadual do Maranhão, lotado no Departamento do respectivo Curso, e deverá ser eleito através de votação direta e secreta e nomeado pelo Reitor, nos termos da legislação vigente na Universidade. O mandato de diretor do Curso será de dois anos, permitindo uma única recondução.

Quanto ao Pessoal Técnico-Administrativo, do Curso de Química Licenciatura para o seu bom funcionamento, necessitará do apoio dos Departamentos cujas disciplinas integrem o Curso e Secretária, além de dois operacionais um em cada turno, um digitador e duas pessoas no apoio administrativo. O Curso funciona sobre a gestão da Diretor(a) de Curso de Química e quanto ao laboratório, precisa-se de cinco técnicos, um em cada laboratório, sendo três pela manhã, dois a tarde, e um a noite e um auxiliar. Caberá à Universidade Estadual do Maranhão oferecer oportunidades de treinamento ao pessoal técnico administrativo e auxiliar de laboratório, com o fim de aperfeiçoá-lo e mantê-lo capacitado para execução de trabalho de qualidade.


O Laboratório de Química atende a vários cursos da UEMA. E no último ano, este número aumentou pela implantação da habilitação de bacharel em três cursos, no entanto não houve contratação de funcionários técnicos para as aulas experimentais. Este aumento de aulas no laboratório, que implicou em aumento de trabalho, não acompanhou contratação de corpo técnico. A ausência de funcionários desta área implica em risco para a segurança dos alunos do curso.

Um aspecto importante a destacar, refere-se ao fato de que um curso funciona com a participação do conjunto dos agentes envolvidos no processo. O destaque ao trabalho coletivo reforça a compreensão de que a construção do conhecimento é um trabalho conjunto, integrado e deve mostrar a responsabilidade dos professores, alunos, técnico-administrativo em desenvolver uma prática educativa que valorize o compromisso social e politico com a formação de um profissional socialmente engajado em seu tempo. O Quadro 6 apresenta os gestores e funcionários que estão envolvidos no Curso de Química Licenciatura.

Quadro 6 — Gestores e Funcionários envolvidos no Curso de Química Licenciatura.

FUNÇÃO

NOME

Chefe do Departamento de Química e Biologia (DQB)

José de Ribamar Silva Barros

Secretária do Departamento de Química e Biologia (DQB)

Laurinete Alencar Muniz

Diretora do Curso de Química Licenciatura

Raquel Maria Trindade Fernandes

Secretária do Curso de Química Licenciatura

Aline Cecília Martins dos Santos

Nos últimos anos, há um consenso em torno da necessidade de se programa programas de avaliação em todos níveis de ensino, uma vez que esse processo, baseado em referencias construtivistas, possibilita a análise crítica das instituições, tanto do ponto de vista administrativo como do ponto de vista pedagógico, e posterior reconstrução da realidade.

Nessa perspectiva, a UEMA concebeu seu projeto de Avaliação Institucional, aprovado pela resolução no 188/98 — CONSUM/UEMA, enfatizando como objetivo maior subsidiar uma política de gestão e implantar o projeto político-pedagógico da instituição, hoje ratificada pela Lei no 10861/2004.

Assim sendo, a UEMA não pode estar à margem desse processo. No que se refere ao curso de Química Licenciatura, há sensibilização quanto à importância do momento em que a Universidade se prontifica para uma avaliação de qualidade e comprometimento com melhoria do processo ensino aprendizagem — ação que não se concretiza fora do processo avaliativo.

Portanto, de conformidade com o Projeto de Avaliação Institucional, seremos avaliados da seguinte forma:

a)      Avaliação da Instituições Superior;

b)      Avaliação dos Curso de Graduação;

c)      Avaliação do Estudante.


1) Avaliação das Instituições de Educação Superior (Avalies) — é o centro de referência e articulação do sistema de avaliação que se desenvolve em duas etapas principais:

a) autoavaliação — coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada IES, a partir de 1 de setembro de 2004;

b) avaliação externa — realizada por comissões designadas pelo INEP, segundo diretrizes estabelecidas pela CONAES.


2) Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG) — avalia os cursos de graduação por meio de instrumentos e procedimentos que incluem visitas in loco de comissões externas. A periodicidade desta avaliação depende diretamente do processo de reconhecimento e renovação de reconhecimento a que os cursos estão sujeitos.

3) Avaliação do Desempenho dos Estudantes (Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes — ENADE) — aplica-se aos estudantes do final do primeiro e do último ano do curso, estando prevista a utilização de procedimentos amostrais. Anualmente, o Ministro da Educação, com base em indicação da CONAES, definirá as áreas que participarão do Exame.

 

A autoavaliaçäo institucional ou avaliação interna é um exercício de avaliação do desempenho da instituição com o fim de identificar e corrigir erros para melhoria da qualidade do Ensino Superior e, desta forma, auxiliar o trabalho das CPAs. Este processo, conforme as Orientações Gerais para o Roteiro da Autoavaliação das Instituições (MEC SINAES, 2004), devem ser contínuas. Este documento anuncia que os principais objetivos da autoavaliação institucional é:

"Produzir conhecimentos, pôr em questão os sentidos do conjunto de atividades e finalidades cumpridas pela instituição, identificar as causas dos seus problemas e deficiências, aumentar a consciência pedagógica e capacidade profissional do corpo docente e técnico-administrativo, fortalecer as relações de cooperação entre os diversos atores institucionais, tornar mais efetiva a vinculação da instituição com a comunidade, julgar acerca da relevância científica e social de suas atividades e produtos, além de prestar contas à sociedade (MEC - SINAES, 2004, p. 5-6)".

A meta final desse procedimento avaliativo é a de identificar fragilidades e potencialidades da instituição. A partir dos dados coletados e apresentados em relatório abrangente e detalhado, com análises, críticas e sugestões, este instrumento colabora na tomada de decisão para revisão das atividades com impacto na qualidade educativa.

A adequada implementação e os bons resultados de um processo de autoavaliação pressupõem algumas condições fundamentais, segundo as orientações gerais para o roteiro da autoavaliaçäo das instituições (BRASIL, 2004), a saber:

a) equipe de coordenação, para planejar e organizar as atividades, manter o interesse pela avaliação, sensibilizando a comunidade e fornecendo assessoramento aos diferentes setores da IES, e refletir sobre o processo;

b)  participação dos integrantes da instituição, pois o envolvimento dos atores — por diferentes que sejam entre si auxilia na construção do conhecimento gerado na avaliação;

c) compromisso explícito dos dirigentes das IES em relação ao processo avaliativo. No entanto, isto não significa que os dirigentes devam ser os principais membros das comissões instaladas. O importante é ficar evidenciado que há um apoio institucional para que o processo ocorra com a profundidade e seriedade necessárias;

d) informações válidas e confiáveis, pois sendo a informação fidedigna o elemento fundamental do processo avaliativo, a sua disponibilização pelos órgãos pertinentes da instituição é prioritária. Nesse sentido, a coleta, o processamento, a análise e a interpretação de informações são essenciais para alimentar as dimensões que a autoavaliação quer indagar;

e)  uso efetivo dos resultados para planejar ações destinadas à superação das dificuldades e ao aprimoramento institucional. Para isso, é importante priorizar açöes de curto, médio e longo prazo, planejar de modo compartilhado e estabelecer etapas para alcançar metas simples ou mais complexas.

Nesse sentido, o processo de autoavaliação dos cursos de graduação da Universidade Estadual do Maranhão representa uma ocasião ímpar para a identificação do nível de qualidade de atuação do mesmo como formador de recursos humanos e como propulsores do desenvolvimento do Estado. Ao se viabilizar uma proposta de avaliação, algumas questões teóricas fundamentais devem ser colocadas

Em princípio, considerando-se os aspectos administrativos de implementação do processo, entende-se que o êxito estará na dependência do compromisso de todos os setores do Curso. Assim sendo, é prioritário promover a sensibilização prévia e a conscientização da comunidade, que estará permeando todo o processo de avaliação. O uso dos resultados da autoavaliação, após ampla discussão no seio do curso, servirá de subsídio para o processo de decisão seja em âmbito individual, seja em âmbito institucional. Cada pessoa — docente, discente e gestor - deverão usar os resultados da avaliação de suas atividades como instrumento de melhoria de seu desempenho e dos resultados de suas atividades. Espera-se que a autoavaliaçäo seja um momento de reflexão, onde a CURSO estará analisando seus diversos segmentos em um processo autocrítico e reflexivo. Nesta etapa serão analisados, a partir de uma série de indicadores, os vários dados de forma a qualificá-los, gerando relatórios conclusivos que reflitam a realidade do curso.

O processo de autoavaliaçäo dos cursos compreenderá os elementos que trarão contribuição para o desenvolvimento qualitativo dos mesmos. É o processo avaliativo que faz a diferença. Os servidores técnico-administrativo, docente e discente poderão a participar do processo de Autoavaliação Institucional da UEMA e, dessa forma, contribuir para a melhoria da qualidade acadêmica e administrativa da nossa instituição.Para consecução deste processo serão avaliados: os cursos, as disciplinas e os egressos. As etapas correspondentes ao diagnóstico serão desenvolvidas mediante a aplicação dos instrumentos descritos no Quadro 5.

Quadro 5 — Etapas avaliadas na aplicação dos instrumentos de avaliação

    INSTRUMENTO

  O QUE AVALIA

QUEM AVALIA

QUANDO AVALIA

 1

Curso

Discente

Semestral

2

Disciplina

Discente

Semestral

3

Disciplina

Docente

Semestral

4

Curso

Docente

Anual

5

Curso

Egresso

Anual

Fonte: Relatório de Avaliação dos Cursos de Graduação da Universidade Estadual do Maranhão — 2015

 

Com o desencadeamento da elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional para o período 2016-2020, a autoavaliaçäo institucional está sendo reafirmada como prioridade institucional. Paralelo a esta iniciativa várias ações de avaliação vêm sendo adotadas, a exemplo da reformulação da CPA/UEMA e da reestruturação do projeto de autoavaliaçäo da instituição. O desafio maior é desencadear amplo e abrangente processo de avaliação, exequível e confiável, o qual levando à revisão do posicionamento da instituição em relação a seu meio e diante dos seus objetivos possibilite aos seus tomadores de decisão um verdadeiro instrumento para o planejamento da melhoria institucional.

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