Projeto Político Pedagógico

O Bacharel em Enfermagem ou Enfermeiro atua no planejamento, organização, supervisão e execução da assistência de enfermagem ao doente, à família e à comunidade. Presta cuidados de enfermagem aos casos de grande complexidade técnica e aos pacientes graves com risco de vida. Desenvolve atividades de pesquisa e extensão na área de saúde. Realiza a consulta de enfermagem e presta serviços de consultoria e auditoria de Enfermagem. Em sua atividade gerencia o trabalho e os recursos materiais, de modo compatível com as políticas públicas de saúde. Atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da comunidade, primando pelos princípios éticos e de segurança.
O curso de Enfermagem da UEMA forma enfermeiros generalistas, capazes de conhecer e intervir nas situações-problema, atendendo ao perfil epidemiológico regional e nacional. A UEMA capacita seus alunos para atuar como promotores da saúde, estabelecendo relações de zelo junto ao cidadão, à família e à coletividade. Diante das novas mudanças nas diretrizes do SUS e na política de saúde vigente, o corpo docente e discente da UEMA está propondo esta reforma curricular, visando atender essa nova política.
Em sintonia com os princípios e objetivos evidenciados, e obedecendo ao parecer CNE/CES 1.133/2001 item 1, define-se como perfil do graduado em Enfermagem a ser seguido pelo Curso de Enfermagem/Campus Bacabal um Profissional generalista com sólida formação humanística, técnico-científica e prática, com uma adequada compreensão interdisciplinar da Enfermagem e de sua real importância para a saúde no mundo atual;
A proposta privilegia a formação do enfermeiro, tendo um perfil condizente com a capacidade de:
● Atuar profissionalmente compreendendo a natureza humana em suas diferentes expressões e fases evolutivas;
● Incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação de intervenção profissional;
● Estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as formas de organização social; suas transformações e expressões;
● Compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os perfis epidemiológicos das populações;
● Reconhecer as relações dos trabalhadores com o ambiente de trabalho e sua influência na saúde;
● Reconhecer-se como sujeito no processo de formação de recursos humanos;
● Dar respostas às especificidades regionais de saúde através de intervenções planejadas estrategicamente;
● Comprometer-se com os investimentos voltados à solução de problemas sociais;
● Sentir-se membro do seu grupo profissional.
● Reconhecer-se como responsável pela coordenação da equipe de Enfermagem.
● Identificar fontes, buscar e produzir conhecimentos para o desenvolvimento da prática profissional.
● Buscar sua constante capacitação e atualização.
● Profissional familiarizado com o raciocínio, com as técnicas e com as metodologias utilizadas na área de Enfermagem, dotadas de capacidades crítico-reflexiva, ciente da necessidade de uma “formação permanente”;
● Profissional dotado de conduta ética e profundo senso de cidadania, solidariedade e responsabilidade social, consciente dos problemas, dilemas e esperanças de seu tempo e de sua região;
● Profissional com capacidade de equacionar problemas e buscar soluções criativas, dotado de capacidade de iniciativa pessoal e associação coletiva, como cidadão e como profissional;
● Profissional capaz de atuar de forma competente e transparente;
● Profissional comprometido, comunicativo, participativo, engajado na construção, a partir dos desafios e lutas de seu cotidiano.
O Curso de Graduação em Enfermagem da UEMA/Campus Bacabal, confere ao egresso o título de Bacharel em Enfermagem e tem como perfil do egresso/profissional, o enfermeiro, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva; profissional qualificado para o exercício de Enfermagem, com base no rigor científico e intelectual e pautado em princípios éticos. Capaz de conhecer e intervir sobre os problemas/situações de saúde-doença mais prevalentes no perfil epidemiológico nacional, com ênfase no município de Bacabal, identificando as dimensões biopsicossociais dos seus determinantes. Capacitado a atuar, com senso de responsabilidade social, como promotor da saúde integral do ser humano.
O Bacharel em Enfermagem possui enorme potencial de atuação, regulamentado na Lei nº 7.498, de 25/06/1986 que dispõe sobre o Exercício da Enfermagem. Ele pode trabalhar como profissional liberal, na área de prestação de serviços (consultórios e assessorias), envolver-se em todos os níveis e cuidados de saúde (individual e coletivo), ou seja, pode atuar tanto na área pública quanto na privada.
Portanto, o enfermeiro formado neste Curso, poderá:
● Trabalhar, nos vários cenários do mercado, de acordo com os requerimentos dos programas nacionais de assistência à saúde dos grupos humanos e das pessoas quando consideradas individualmente;
● Efetuar a vigilância clínico/epidemiológica/demográfica pertinente às situações humanas que interessam à assistência, à saúde e ao trabalho de enfermagem nos diversos cenários da prática profissional;
● Atuar, decisivamente, em termos de visão abrangente quanto aos problemas sociais, mormente, no interesse da saúde e da prática da enfermagem na assistência individual, coletiva e nas lutas pela qualidade de vida;
● Avaliar os resultados dos programas de saúde e da participação da enfermagem na assistência à saúde sobre a realidade na qual está inserido.
● Assumir o compromisso de enfrentar, desde a graduação, os objetivos de treinamento profissional e da educação em serviço, conferindo qualidade ao exercício profissional de enfermagem.
● Realizar investigações para o intercâmbio e a produção do conhecimento que interessa ao saber e aos programas da enfermagem, nos projetos interdisciplinares, e que envolvem, também, articulação entre ensino, pesquisa e extensão, além de interesse das relações intra-institucionais e interinstitucionais.
● Posicionar-se eticamente em defesa dos direitos individuais e coletivos.
● Responsabilizar-se pela qualidade da assistência de enfermagem enquanto: coordenação técnica e científica da equipe de enfermagem; articulação do processo do trabalho de enfermagem, internamente, com os demais trabalhadores de saúde e afins; administração sistematizada visando alcançar objetivos que levem a efetivação da assistência a indivíduos, grupos e comunidades.

O Enfermeiro atua na rede básica dos serviços de saúde; em escolas e creches; em empresas; hospitais gerais e especializados; em clínicas e ambulatórios; em orgãos de gestão, financiamento e supervisão de saúde; no atendimento em domicílio; em casas de parto; em consultórios de enfermagem. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.

 

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem estabelecem que a formação do enfermeiro tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:

Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e;
Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas;
Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis e devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação envolve comunicação verbal não-verbal e habilidades de escrita e leitura; o conhecimento de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação;
Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem-estar da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz;
Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho quanto dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde;
Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação por meio de redes nacionais e internacionais.
Para o exercício profissional deve o enfermeiro receber formação que o capacite com conhecimentos objetivando o desempenhar das habilidades específicas requeridas, a saber:
I Atuar profissionalmente, compreendendo a natureza humana em suas dimensões, em suas expressões e fases evolutivas;
II Incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional;
III Estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as formas de organização social, suas transformações e expressões;
IV Desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício profissional;
V Compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os perfis epidemiológicos das populações;
VI Reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
VII Atuar nos programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente, da mulher, do adulto e do idoso;
VIII Ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar situações em constante mudança;
IX Reconhecer as relações de trabalho e sua influência na saúde;
X Atuar como sujeito no processo de formação de recursos humanos;
XI Responder às especificidades regionais de saúde através de intervenções planejadas estrategicamente, em níveis de promoção, prevenção e reabilitação à saúde, dando atenção integral à saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades;
XII Reconhecer-se como coordenador do trabalho da equipe de enfermagem;
XIII Assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho multiprofissional em saúde.
XIV Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação social;
XV Usar adequadamente novas tecnologias, tanto de informação e comunicação, quanto de ponta para o cuidar de enfermagem;
XVI Atuar nos diferentes cenários da prática profissional, considerando os pressupostos dos modelos clínico e epidemiológico;
XVII Identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população, seus condicionantes e determinantes;
XIII Intervir no processo de saúde-doença, responsabilizando-se pela qualidade da assistência/cuidado de enfermagem em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência;
XIX Coordenar o processo de cuidar em enfermagem, considerando contextos e demandas de saúde;
XX Prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade;
XXI Compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe de enfermagem às diferentes demandas dos usuários;
XXII Integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais;
XXIII Gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de Ética e de Bioética, com resolutividade tanto em nível individual como coletivo em todos os âmbitos de atuação profissional;
XXIV Planejar, implementar e participar dos programas de formação e qualificação contínua dos trabalhadores de enfermagem e de saúde;
XXV Planejar e programar programas de educação e promoção à saúde, considerando a especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde, trabalho e adoecimento;
XXVI Desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de conhecimento que objetivem a qualificação da prática profissional;
XXVII Respeitar os princípios éticos, legais e humanísticos da profissão;
XXIII Interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse processo;
XXIX Utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de enfermagem e da assistência à saúde;
XXX Participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do sistema de saúde;
XXXI Assessorar órgãos, empresas e instituições em projetos de saúde;
XXXII Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como enfermeiro; e
XXXIII Reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e planejamento em saúde.

A realização dos projetos integrados, no Curso de Enfermagem Bacharelado define como cenários de prática:
a) Ambiente externo e interno da UEMA, em unidade conveniada e de acordo com a e diversas propriedades rurais da região.
b) Laboratórios básicos, Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão.
Os projetos integradores devem ser entendidos como acompanhamento e assessoria dada ao aluno no decorrer dos períodos, por docentes (supervisor e preceptores de estágio), reconhecidos pela Coordenação do Curso, de forma a proporcionar aos alunos o pleno desempenho de ações, princípios e valores inerentes à realidade da profissão em que se processa a vivência prática.
Com o objetivo de capacitar os egressos do Curso de Enfermagem Bacharelado para atuarem produtivamente no mercado de trabalho e na sociedade, foi organizada uma estrutura curricular com a preocupação de estabelecer inter-relação entre as disciplinas que são oferecidas com a prática profissional e o mundo do trabalho. Assim, neste item são definidas metodologias e técnicas que facilitem o processo de aprendizagem visando à formação adequada do egresso pretendido.
O desenvolvimento das unidades curriculares, no momento presencial em sala de aula, é direcionado pelo professor, que organiza e define o trabalho pedagógico, descrevendo em plano de ensino, aprovado pelo colegiado do curso e apresentado aos estudantes no início do período letivo. Dentre os procedimentos de ensino mais utilizados podemos citar as aulas expositivas, práticas em laboratório, estudos de caso, trabalhos em grupo e seminários. Os recursos de ensino priorizados são: computador, projetor multimídia e quadro branco. Visando a integração do conhecimento deve-se estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares, por meio de projetos ou resolução de problemas.
Nessa perspectiva, a pesquisa deve ser importante instrumento das atividades de ensino nas diferentes unidades curriculares, propiciando a investigação e sistematização de conceitos, princípios, fundamentos teóricos para a solução de problemas práticos inerentes à área de formação/atuação do egresso. Além disso, as atividades de ensino devem primar ainda pela contextualização.
Os conteúdos devem ser abordados numa perspectiva relacional entre unidades curriculares do mesmo semestre e de semestres anteriores, para que os estudantes percebam a evolução gradativa de seus estudos e compreendam a aplicação prática do que estão aprendendo. Convém que os conteúdos sejam abordados, ainda, numa perspectiva histórica da produção conhecimento para que, os estudantes compreendam que aquilo que se sabe hoje, em relação ao assunto em estudo, é a evolução de descobertas e construções feitas no passado e, portanto, propicia novas construções futuras.
Dessa forma, as unidades curriculares desenvolvidas propiciam a aquisição de conteúdos factuais, procedimentos e ferramentas tecnológicas que estão em plena evolução. A compreensão dessa dimensão histórica e não estática do conhecimento permitirá ao egresso do curso continuar aprendendo e se adaptando às novas tecnologias e conhecimentos inerentes a sua área de atuação.
Além dos projetos integradores destacam-se como metodologias ativas para intervir ao processo formativo dos alunos tais como: estudos de caso, oficinas, fóruns, visitas técnicas, seminários temáticos, laboratórios, palestras, jogos de empresas, aula expositiva dialogada, portfólio. A seguir, serão descritas para breve caracterização:

I. Estudos de Caso: trata-se de uma técnica para análise e solução de situações reais e/ou hipotéticas, usada em sala de aula e nas atividades de campo para incentivar a discussão de ideias e trocas de experiências entre discentes e docentes. Os alunos poderão desenvolver estudos de caso ao longo do percurso formativo. Essa metodologia resultará na criação de um Banco de Estudos de Casos e de um Observatório do Agronegócio. Com isso, o profissional será capacitado a realizar análises qualitativas, identificando as ligações causais, descrevendo o contexto, fazendo avaliações descritivas, confrontando resultados de forma concreta, nas intervenções realizadas em empreendimentos agropecuários;
II. Oficinas: espaço para desenvolvimento de atividades práticas, de pesquisa, da organização do trabalho, aprofundamento e ampliação do processo de formação do aluno. Poderão envolver ou incluir temáticas articuladoras ou complementares;
III. Seminários Temáticos: encontros onde os sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem apresentem e discutam, cientificamente, investigações, diagnósticos, intervenções ou experimentos realizados sobre um determinado tema previamente definido, de forma que todos os participantes possam vir, de alguma forma, a contribuir;
IV. Fóruns: encontros nos quais sujeitos envolvidos no processo, corpo docente e discente, egressos e profissionais, apresentam e discutem experiências de práticas profissionais;
V. Visitas técnicas: visitas de estudo às instituições, como estratégia de integração entre teoria e prática;
VI. Jogos de Empresas: simulações de casos e utilização de software;
VII. Palestras: otimização para os alunos de oportunidades oriundas de eventos e da capacidade do corpo técnico do Sistema SENAR/CNA/ICNA e outros palestrantes;
VIII. Laboratório em Agronegócio: consiste na imersão de alunos, por meio de ações de investigação e intervenção, articulando ensino, pesquisa e extensão. Essas ações são constituídas a partir das demandas dos campos de atuação, planos, programas e projetos governamentais, empresariais e da sociedade civil, em formato de parcerias. São viabilizadas a partir de planos de formação e trabalho, discutidos e definidos conjuntamente entre as instituições envolvidas, gestores, corpo docente e discente. Propõe-se que o laboratório em agronegócios constitua-se em um processo continuado de formação e, ao mesmo tempo, em espaço exemplar de viabilização da articulação teoria/prática e estudo profissional e acadêmico, potencializando, com isso, o reconhecimento da formação profissional e ampliando o mercado de trabalho para os profissionais egressos da região;
IX. Aula Expositiva Dialogada: exposição de conteúdos com a participação ativa dos alunos;
X. Portfólio: identificação e registro das produções, desafios e dificuldades significativos, constituindo um referencial do conjunto dos trabalhos de cada aluno.

Maria Beatriz Pereira da Silva - Diretor de curso (Mestre em Ciências da Educação)

Tharcísio Pimentel Lima - Secretário de curso (Bacharel em Administração Pública)

A autoavaliação da UEMA constitui-se em uma experiência social significativa, orientada para a formação de valores e potencialização do desenvolvimento humano e institucional, pautada nos seguintes princípios:
a) Ética: a autoavaliação bem como todas as suas ações decorrentes deverá se pautar no respeito aos direitos humanos, na transparência dos atos e na lisura das informações, buscando permanentemente soluções para os problemas evidenciados. Portanto, deve fazer parte do cotidiano de todo processo avaliativo, construindo sua materialidade histórica e cultural, numa realidade concreta, pela intervenção de sujeitos sociais preocupados em defender um projeto de sociedade permeado por valores democráticos e de justiça social;
b) Flexibilidade: a autoavaliação deve ser aberta, de fácil compreensão dos seus procedimentos e resultados, além do respeito às características próprias de cada segmento. Fica assegurada no processo avaliativo a observância aos ajustes sempre que necessários às peculiaridades regionais e adaptabilidade ao processo de avaliação institucional. Assim, a autoavaliação propiciará oportunidades para aprender, criar, recriar, descobrir e articular conhecimentos, ou seja, criar perspectivas para educar e adaptar-se a uma realidade plural, contraditória e em constante processo de mutação;
c) Participação: o processo de autoavaliação deverá contar com a participação ampla da comunidade acadêmica em todas as suas etapas, abalizada no respeito aos sujeitos, considerando suas vivências e o seu papel no contexto da instituição. Constitui-se em um exercício democrático, com abertura de espaços para o diálogo com os diferentes interlocutores, assegurando a sua inserção desde a concepção e execução dos instrumentos de avaliação até a análise crítica dos seus resultados;
d) Excelência: o compromisso da UEMA com a qualidade das suas ações, processos e produtos, se estende, também à autoavaliação e aos seus resultados. Partindo da compreensão da avaliação como um processo sistêmico, a autoavaliação tem o propósito de entender o contexto institucional como um todo, buscando investigar a realidade concreta nos seus aspectos internos e externos, mediante coleta e interpretação de comportamentos sociais, garantindo que os seus resultados venham contribuir para a eficiência e eficácia dos serviços disponibilizados à comunidade;
e) Inovação: a autoavaliação deverá incentivar formas de enfrentamento de problemas que resultem em soluções criativas compatíveis com a realidade da instituição. As tecnologias de informação e comunicação estão sendo gradativamente incorporadas às práticas pedagógicas da UEMA, buscando a promoção de um ambiente favorável à criatividade, à experimentação e à implementação de novas ideias. Dessa forma, metodologias mais interativas devem ser estimuladas e difundidas no seio da autoavaliação para provocar a quebra de estilos ortodoxos ou de acomodação;
f) Impessoalidade: a autoavaliação não deverá tomar como objeto de análise as pessoas enquanto indivíduos. Não são as pessoas que serão avaliadas, mas sim as estruturas, as práticas, as relações, os processos, os produtos e os recursos que constituem o saber/fazer da UEMA em função dos seus objetivos desejados;

Objetivos

Geral
Desenvolver o processo de autoavaliação da Universidade Estadual do Maranhão – UEMAcom foco no ensino, na pesquisa, na extensão e na gestão, em conformidade com as dimensões da avaliação institucional, na perspectiva de subsidiar os realinhamentos necessários às diretrizes propostas pelas políticas institucionais e a consecução dos objetivos que lhe são próprios como universidade.
Específicos
a) Sistematizar as informações advindas do processo de autoavaliação, socializandoas com toda comunidade acadêmica e a sociedade;
b) Identificar nos ambientes internos e externos, fatores positivos e negativos que possam interferir na qualidade dos serviços prestados pelos vários segmentos da Instituição;
c) Produzir um sistema de informações quantitativas e qualitativas para o acompanhamento da trajetória de desenvolvimento da qualidade institucional;
d) Propor mudanças, objetivando a qualidade do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão universitária;
e) Possibilitar a organização, catalogação e divulgação (interna e externa) da Instituição com vistas à identificação das áreas e da forma que estão sendo atendidas às demandas sociais;
f) Integrar as diversas iniciativas de avaliação existentes na IES no intuito de gerar informações válidas e confiáveis perante a coleta, análise e interpretação dos resultados; g) Sensibilizar a comunidade acadêmica da necessidade e importância de se estabelecer um processo contínuo de avaliação na IES;
h) Subsidiar, com os resultados da autoavaliação, os processos de recredenciamento da IES e de regulação dos cursos e programas oferecidos.
A abrangência dos objetivos propostos requer o desenvolvimento de um trabalho que integre os benefícios das informações quantitativas e qualitativas, garantindo-se a otimização dos resultados obtidos. Deste modo, a autoavaliação em seu sentido amplo deve ser assumida como instrumento de compreensão, análise, reflexão e debate, em torno da Instituição, tendo em vista tomar decisões que suscitem o seu crescimento e aprimoramento, enquanto promotora do desenvolvimento da sociedade na qual se insere.

O Projeto de autoavaliação - 2016/2020 da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA apresentou os caminhos para a continuidade das ações avaliativas institucionais, pretendendo expandi-las e consolidá-las em observância as diretrizes emanadas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior - CONAES e pelo Conselho Estadual de Educação do Maranhão - CEE, respeitada as peculiaridades institucionais e ao mesmo tempo se constituirá numa experiência de aprendizagem para toda a comunidade acadêmica.
O processo de autoavaliação a ser desencadeado pela Universidade Estadual do Maranhão se constituirá numa experiência de aprendizagem para toda a comunidade acadêmica. No percurso da realização do processo exige-se o estabelecimento das condições relacionadas abaixo, consideradas prerrogativas fundamentais:
a) Comissão Própria de Avaliação - CPA/UEMA com autonomia e condições para planejar, coordenar e executar as atividades, mantendo o interesse pela avaliação, sensibilizando a comunidade, assessorando os segmentos quanto à divulgação, análise e discussão dos resultados e quanto à tomada de decisões sobre as providências saneadoras;
b) Compromisso da Administração Superior (Reitoria, Pró-Reitorias, Centro de Estudos, Diretores de Cursos, Chefes de Departamentos) em adotar a avaliação como instrumento de decisão dentro do seu planejamento estratégico. Os diversos Campi/Centros que compõem a estrutura da Instituição devem assentar as suas atividades baseadas nas informações levantadas através da autoavaliação; e
c) Comunidade acadêmica. Faz-se necessário para o alcance do sucesso a arregimentação de todos os atores para a responsabilidade e comprometimento para com a efetividade e o prosseguimento do processo avaliativo. O caráter formativo da autoavaliação deve possibilitar o aperfeiçoamento tanto pessoal dos membros da comunidade acadêmica quanto institucional, pelo fato de fazer com que todos os envolvidos se coloquem em um processo de reflexão e autoconsciência institucional.
A autoavaliação abrangerá situações internas e externas. No campo da avaliação interna contemplará gestores, servidores docentes, servidores técnico-administrativos e discentes. No que diz respeito a avaliação externa deverá contemplar os egressos, eméritos, parceiros, pais de alunos, colaboradores e a sociedade como um todo.
O processo de autoavaliação inicia-se com o estudo do Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI/UEMA 2016/2020 e das políticas de ensino, pesquisa, extensão e gestão administrativa da universidade, que constituirão parâmetros para as análises avaliativas. É necessário conhecer previamente os objetivos da instituição, sua missão, seus fundamentos pedagógicos, suas políticas de ensino, pesquisa, extensão, gestão de pessoal e outras, definidas nos documentos institucionais que serão analisados.
Para contemplar a participação efetiva de todos os campi/centros, o processo de autoavaliação será realizado pelas Comissões Setoriais de Avaliação dos Centros de Estudos - CSA/CENTRO/UEMA. As comissões Setoriais de Avaliação dos Centros têm a atribuição de desenvolver o processo avaliativo junto ao Centro, conforme o projeto de autoavaliação da Universidade, respeitadas as orientações da Comissão Própria de Avaliação CPA/UEMA.
As Comissões Setoriais de Avaliação dos Centros funcionarão como prolongamento da CPA/UEMA e devem criar estratégias adequadas à realidade local, no sentido de possibilitar a participação dos gestores, servidores docentes, servidores técnico-administrativos e de representantes da sociedade em todas as etapas da avaliação.


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