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Banca de DEFESA: DHEYMI WILMA RAMOS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DHEYMI WILMA RAMOS SILVA
DATA: 13/07/2018
HORA: 09:00
LOCAL: CESC/UEMA
TÍTULO:

SAÚDE, DOENÇA E MORTE DE MULHERES E HOMENS NEGROS: Análise comparativa da mortalidade por raça/cor no leste maranhense, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Mortalidade. Raça e Saúde. Desigualdade. Registros de mortalidade


PÁGINAS: 104
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

A mortalidade da população brasileira por raça tem demonstrado diferenças significativas na saúde, doença e morte. Estudos apontam desvantagem dos negros e pardos em relação aos brancos no que concerne a salário, educação, habitação e a exclusão de vários direitos sociais, que têm impacto direto no processo de saúde, doença e morte. O objetivo deste trabalho foi analisar a mortalidade por raça/cor e causa básica com enfoque na construção social a partir de dados secundários do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) de Caxias-MA. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa realizada a partir do banco de dados do SIM de 2006 a 2015. Foram incluídas na pesquisa 7484 declarações de óbitos, onde a partir destas, foram realizadas análises estatísticas, espaciais e entrevistas para a discussão dos resultados encontrados com formadores de opinião. As análises do banco de dados mostraram aumento na taxa de mortalidade geral de 14,2%, redução de 5,8% na mortalidade por doenças do aparelho circulatório, aumento de 43,8% por neoplasias e de 35,9% por causas externas. Significância estatística para as variáveis idade (p-0,014) e sexo (p-0,001) quando correlacionados a variável raça/cor. Os pretos mostraram possuir chance de 3,44 a mais de morrerem por agressão por meio de disparo de outra arma de fogo ou arma não especificada e de 2,24% por agressão por meio de objeto cortante ou penetrante do que os brancos. Os pardos por sua vez, uma chance de 3,39 % a mais de morrer por hipertensão arterial, 2,88% por agressão por meio de disparo de outra arma de fogo ou arma não especificada, 2,77 % por sequelas de doenças cerebrovasculares, 2,69 % por síndrome da angústia respiratória do recém-nascido e de 2,20 % por agressão por meio de objeto cortante ou penetrante quando comparado aos brancos. Correlacionando os capítulos do CID-10 e as variáveis raça/cor, vê -se que existe uma chance maior para morrer por causas externas de morbidade e mortalidade e algumas afecções originadas no período perinatal em pretos e pardos quando comparados aos brancos respectivamente. A análise espacial mostra uma distribuição predominante de pardos no município, com maior concentração da população negra em zonas periféricas da cidade, vê-se também que apesar da maior concentração das principais causas de óbitos serem na zona central da cidade, as mortes que estão relacionadas às condições sociais são maiores em zonas periféricas, justamente em locais que existe maior predominância de negros. As narrativas das entrevistas apontaram que, fatores que podem estar atrelados à mortalidade, são em sua grande maioria de cunho social, sendo as piores condições de saúde em indivíduos pobre e negros. Diante dos resultados encontrados neste estudo podemos dizer que existem diferenças importantes no processo de saúde, doença e morte e que esse processo acontece em um contexto de desigualdades significativas, principalmente quando relacionados à raça/cor.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1533769 - ANA CARLA MARQUES DA COSTA
Presidente - 1533819 - JOSENEIDE TEIXEIRA CÂMARA
Externo ao Programa - 1533751 - MAGNÓLIA DE JESUS SOUSA MAGALHÃES
Notícia cadastrada em: 09/07/2018 08:34
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