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INOVAÇÕES E REPETIÇÕES DAS REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM A INTRUSA, DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
A Intrusa. Julia Lopes de Almeida. Inovações. Repetições. Feminino.
A pesquisa em apreço dedica-se à análise do romance A Intrusa (1905), da escritora Julia Lopes de Almeida, apresentando um estudo sobre as repetições e inovações das representações de suas personagens femininas presentes no contexto histórico da virada do século XIX e início do século XX. Assim, busca-se esclarecer de que maneira as personagens femininas do romance apresentam comportamentos cristalizados por uma cultura patriarcal e, ao mesmo tempo, expõem comportamentos transgressores, infringindo ou resistindo à dominação masculina. Para tanto, é imprescindível que se considerem as conjunturas históricas sociais que marcaram o contexto da produção de romances do início do século XX, a bibliografia da autora, os estudos sobre a autoria
feminina. Destaca-se a relevância de estudar a obra de Julia Lopes de Almeida, na medida em que a autora foi silenciada do âmbito da literatura brasileira pela crítica falocêntrica, apesar de seu sucesso enquanto profissional da escrita que colaborou para o enriquecimento da literatura brasileira. Para subsidiar esta pesquisa faz-se uso das
contribuições teóricas de Nicolau Sevcenko (1999), Alfredo Bosi (1994) e Brito Broca (1975), para a contextualização da produção de romances brasileiros no início do século XX; Simone de Beauvoir (2016), Virginia Woolf (1928), Showalter (2007), para os estudos de autoria e crítica feminina, além dos estudos de Lucia Zolin (2007), Zahidé Muzart (1999) e Constância Lima Duarte (1997), dentre outros.